Ecologia comportamental do macaco-prego-galego em um mosaico de Floresta Atlântica no Nordeste brasileiro: manguezal, várzea e terra firme
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31377 |
Resumo: | Ambientes costeiros alagáveis como manguezais e várzeas são particularmente vulneráveis aos impactos antrópicos e já sofreram uma perda substancial em sua extensão e biodiversidade. Para somar ao conhecimento sobre o uso de áreas costeiras alagáveis por primatas, investigamos a relação de uma população de macacos-prego-galegos (Sapajus flavius) e um fragmento de Mata Atlântica formado por um mosaico de manguezal, várzea e terra firme, localizado no estado da Paraíba, Brasil. O estudo foi realizado através de observações diretas dos animais e monitoramento por armadilhas fotográficas entre janeiro e dezembro de 2016. Os macacos-prego-galegos utilizaram os três ambientes desse mosaico, sendo provavelmente visitantes ocasionais do mangue em função do número reduzido de visitas neste local. Registramos 26 itens alimentares para os animais, sendo 17 de origem vegetal e nove de origem animal. Dos itens vegetais, a maior porcentagem de consumo foi representada por Elaeis guineensis e Anacardium occidentale, sendo a primeira exótica. Acreditamos que recursos alimentares comumente encontrados no manguezal como caranguejos e turus não fazem parte da dieta da espécie na área, o que foi evidenciado pelo comportamento de aversão ou indiferença, respectivamente, dos animais quando em contato com esses itens. As visitas às estações começaram principalmente durante o período de maré alta, confirmando a falta de interesse nesses itens alimentares que seriam mais facilmente encontrados no período de maré baixa. A locomoção e o forrageio foram as atividades mais frequentemente exibidas pelos animais, semelhante ao encontrado para a espécie e primatas do mesmo gênero em outras áreas. As visitas concomitantes em mais de uma estação de monitoramento fotográfico evidenciaram a dinâmica social de fissão-fusão na espécie estudada. As visitas às estações foram mais frequentes pela manhã, onde usualmente os machos adultos chegaram primeiro, evidenciando o papel dominante dos mesmos na sociedade dos macacos-pregos-galegos. Houve registro de infantes no decorrer de todos os meses do ano 2016, indicando a ausência de uma estação reprodutiva para a espécie, e as fêmeas usualmente os carregavam. Portanto, as fêmeas possuem um papel chave no cuidado da prole. Os animais se apresentaram ativos no período crepuscular, embora de maneira reduzida, mostrando que apesar da visão adaptada para hábito diurno, eles podem exercer atividades nos períodos de pouca luminosidade. Durante as visitas nas estações fotográficas, os comportamentos agonísticos, apesar de poucos, foram diretamente proporcionais à quantidade de alimento provisionado, enquanto as brincadeiras foram inversamente proporcionais. É importante que estudos futuros se concentrem nos efeitos da perda do hábitat do manguezal e da várzea sobre o comportamento de macacos-prego-galegos, devido à existência de várias populações próximas a esses ambientes. |
id |
UFPE_b2c54ca4a2734ebcd944a753a62bd1cf |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/31377 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
SANTOS, Karolina Medeiros de Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/3513429964669250http://lattes.cnpq.br/4772160868667222BEZERRA, Bruna Martins2019-07-08T18:00:36Z2019-07-08T18:00:36Z2017-09-22https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31377Ambientes costeiros alagáveis como manguezais e várzeas são particularmente vulneráveis aos impactos antrópicos e já sofreram uma perda substancial em sua extensão e biodiversidade. Para somar ao conhecimento sobre o uso de áreas costeiras alagáveis por primatas, investigamos a relação de uma população de macacos-prego-galegos (Sapajus flavius) e um fragmento de Mata Atlântica formado por um mosaico de manguezal, várzea e terra firme, localizado no estado da Paraíba, Brasil. O estudo foi realizado através de observações diretas dos animais e monitoramento por armadilhas fotográficas entre janeiro e dezembro de 2016. Os macacos-prego-galegos utilizaram os três ambientes desse mosaico, sendo provavelmente visitantes ocasionais do mangue em função do número reduzido de visitas neste local. Registramos 26 itens alimentares para os animais, sendo 17 de origem vegetal e nove de origem animal. Dos itens vegetais, a maior porcentagem de consumo foi representada por Elaeis guineensis e Anacardium occidentale, sendo a primeira exótica. Acreditamos que recursos alimentares comumente encontrados no manguezal como caranguejos e turus não fazem parte da dieta da espécie na área, o que foi evidenciado pelo comportamento de aversão ou indiferença, respectivamente, dos animais quando em contato com esses itens. As visitas às estações começaram principalmente durante o período de maré alta, confirmando a falta de interesse nesses itens alimentares que seriam mais facilmente encontrados no período de maré baixa. A locomoção e o forrageio foram as atividades mais frequentemente exibidas pelos animais, semelhante ao encontrado para a espécie e primatas do mesmo gênero em outras áreas. As visitas concomitantes em mais de uma estação de monitoramento fotográfico evidenciaram a dinâmica social de fissão-fusão na espécie estudada. As visitas às estações foram mais frequentes pela manhã, onde usualmente os machos adultos chegaram primeiro, evidenciando o papel dominante dos mesmos na sociedade dos macacos-pregos-galegos. Houve registro de infantes no decorrer de todos os meses do ano 2016, indicando a ausência de uma estação reprodutiva para a espécie, e as fêmeas usualmente os carregavam. Portanto, as fêmeas possuem um papel chave no cuidado da prole. Os animais se apresentaram ativos no período crepuscular, embora de maneira reduzida, mostrando que apesar da visão adaptada para hábito diurno, eles podem exercer atividades nos períodos de pouca luminosidade. Durante as visitas nas estações fotográficas, os comportamentos agonísticos, apesar de poucos, foram diretamente proporcionais à quantidade de alimento provisionado, enquanto as brincadeiras foram inversamente proporcionais. É importante que estudos futuros se concentrem nos efeitos da perda do hábitat do manguezal e da várzea sobre o comportamento de macacos-prego-galegos, devido à existência de várias populações próximas a esses ambientes.FACEPECoastal environments prone to flooding such as mangroves and várzeas are particularly vulnerable to anthropogenic impacts and have already suffered substantial losses in area and biodiversity. To contribute to the knowledge on the use of coastal areas prone to flooding by primates, we monitored a population of blonde capuchin monkeys (Sapajus flavius) in an area of Atlantic forest formed by a mosaic of mangrove, várzea and terra firme, located at the State of Paraíba, Brazil. The study was carried out using direct observations of the animals and camera traps between January and December 2016. Blonde capuchin monkeys used all three environments in this mosaic, most likely being occasional visitors in the mangrove due to the relatively small number of visits to this area. We recorded 26 food items consumed by the animals, 17 items were from plant origin and nine items were from animal origin. Most of the consumed plants by the monkeys were fragment were Elaeis guineensis and Anacardium occidentale, the former being an exotic species. Based on the blonde capuchin behaviours when in contact with food resources commonly found in the mangrove such as crabs and shipworm (i.e., fear and indifference, respectively), we believe they are not part of the blonde capuchins’ diet. The capuchin visits to the floodable stations started, usually, at the high tide, confirming the lack of interest on those animals that would be easily caught in the low tide. Locomotion and foraging were the most common activities demonstrated by the animals, similar to the patterns of the species and other congeneres observed in other sites. Concurrent visits to more than one camera trap station evidenced the fission-fusion social dynamic in the specie. Visits to the camera trap stations were more frequent in the morning, with the usually adult males arriving first, showing that they had a dominant role in their society. The presence of infants was recorded throughout all months of the year 2016, indicating the absence of a reproductive season for the species, and females were usually observed to be carrying infants. Thus, the adult females have a key hole in parental care. The animals demonstrated diminished activity during the twilight period, showing that despite their vision is adapted for a diurnal habit, the animals present some activity in hours with low light. During the visits to the camera trap stations, agonistic behaviours, although rare, were found to be directionally proportional to the quantity of food available, while play behaviour was found to be inversely proportional. It is important that future studies focus on the effects of habitat loss of the mangrove/várzea on the behaviour of blonde capuchin monkeys, due to the existence of several populations in coastal areas.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia AnimalUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCebidaeAnimais- comportamentoVárzeasEcologia comportamental do macaco-prego-galego em um mosaico de Floresta Atlântica no Nordeste brasileiro: manguezal, várzea e terra firmeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Karolina Medeiros.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Karolina Medeiros.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1257https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31377/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Karolina%20Medeiros.pdf.jpgd84cc398e17f2a41f8fc774bf2a14614MD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Karolina Medeiros.pdfDISSERTAÇÃO Karolina Medeiros.pdfapplication/pdf2748335https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31377/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Karolina%20Medeiros.pdf668de8cb81e12a05c0252884fdc3aa83MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31377/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82310https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31377/3/license.txtbd573a5ca8288eb7272482765f819534MD53TEXTDISSERTAÇÃO Karolina Medeiros.pdf.txtDISSERTAÇÃO Karolina Medeiros.pdf.txtExtracted texttext/plain149517https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31377/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Karolina%20Medeiros.pdf.txtdb2bdda11c8809bcfb5a215827ff5439MD54123456789/313772019-10-25 08:33:43.708oai:repositorio.ufpe.br:123456789/31377TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLCBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWlzcXVlciBvYnJpZ2HDp8O1ZXMgZXhpZ2lkYXMgcGVsbyByZXNwZWN0aXZvIGNvbnRyYXRvIG91IGFjb3Jkby4KCkEgVUZQRSBpZGVudGlmaWNhcsOhIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T11:33:43Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Ecologia comportamental do macaco-prego-galego em um mosaico de Floresta Atlântica no Nordeste brasileiro: manguezal, várzea e terra firme |
title |
Ecologia comportamental do macaco-prego-galego em um mosaico de Floresta Atlântica no Nordeste brasileiro: manguezal, várzea e terra firme |
spellingShingle |
Ecologia comportamental do macaco-prego-galego em um mosaico de Floresta Atlântica no Nordeste brasileiro: manguezal, várzea e terra firme SANTOS, Karolina Medeiros de Oliveira Cebidae Animais- comportamento Várzeas |
title_short |
Ecologia comportamental do macaco-prego-galego em um mosaico de Floresta Atlântica no Nordeste brasileiro: manguezal, várzea e terra firme |
title_full |
Ecologia comportamental do macaco-prego-galego em um mosaico de Floresta Atlântica no Nordeste brasileiro: manguezal, várzea e terra firme |
title_fullStr |
Ecologia comportamental do macaco-prego-galego em um mosaico de Floresta Atlântica no Nordeste brasileiro: manguezal, várzea e terra firme |
title_full_unstemmed |
Ecologia comportamental do macaco-prego-galego em um mosaico de Floresta Atlântica no Nordeste brasileiro: manguezal, várzea e terra firme |
title_sort |
Ecologia comportamental do macaco-prego-galego em um mosaico de Floresta Atlântica no Nordeste brasileiro: manguezal, várzea e terra firme |
author |
SANTOS, Karolina Medeiros de Oliveira |
author_facet |
SANTOS, Karolina Medeiros de Oliveira |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3513429964669250 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4772160868667222 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
SANTOS, Karolina Medeiros de Oliveira |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
BEZERRA, Bruna Martins |
contributor_str_mv |
BEZERRA, Bruna Martins |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cebidae Animais- comportamento Várzeas |
topic |
Cebidae Animais- comportamento Várzeas |
description |
Ambientes costeiros alagáveis como manguezais e várzeas são particularmente vulneráveis aos impactos antrópicos e já sofreram uma perda substancial em sua extensão e biodiversidade. Para somar ao conhecimento sobre o uso de áreas costeiras alagáveis por primatas, investigamos a relação de uma população de macacos-prego-galegos (Sapajus flavius) e um fragmento de Mata Atlântica formado por um mosaico de manguezal, várzea e terra firme, localizado no estado da Paraíba, Brasil. O estudo foi realizado através de observações diretas dos animais e monitoramento por armadilhas fotográficas entre janeiro e dezembro de 2016. Os macacos-prego-galegos utilizaram os três ambientes desse mosaico, sendo provavelmente visitantes ocasionais do mangue em função do número reduzido de visitas neste local. Registramos 26 itens alimentares para os animais, sendo 17 de origem vegetal e nove de origem animal. Dos itens vegetais, a maior porcentagem de consumo foi representada por Elaeis guineensis e Anacardium occidentale, sendo a primeira exótica. Acreditamos que recursos alimentares comumente encontrados no manguezal como caranguejos e turus não fazem parte da dieta da espécie na área, o que foi evidenciado pelo comportamento de aversão ou indiferença, respectivamente, dos animais quando em contato com esses itens. As visitas às estações começaram principalmente durante o período de maré alta, confirmando a falta de interesse nesses itens alimentares que seriam mais facilmente encontrados no período de maré baixa. A locomoção e o forrageio foram as atividades mais frequentemente exibidas pelos animais, semelhante ao encontrado para a espécie e primatas do mesmo gênero em outras áreas. As visitas concomitantes em mais de uma estação de monitoramento fotográfico evidenciaram a dinâmica social de fissão-fusão na espécie estudada. As visitas às estações foram mais frequentes pela manhã, onde usualmente os machos adultos chegaram primeiro, evidenciando o papel dominante dos mesmos na sociedade dos macacos-pregos-galegos. Houve registro de infantes no decorrer de todos os meses do ano 2016, indicando a ausência de uma estação reprodutiva para a espécie, e as fêmeas usualmente os carregavam. Portanto, as fêmeas possuem um papel chave no cuidado da prole. Os animais se apresentaram ativos no período crepuscular, embora de maneira reduzida, mostrando que apesar da visão adaptada para hábito diurno, eles podem exercer atividades nos períodos de pouca luminosidade. Durante as visitas nas estações fotográficas, os comportamentos agonísticos, apesar de poucos, foram diretamente proporcionais à quantidade de alimento provisionado, enquanto as brincadeiras foram inversamente proporcionais. É importante que estudos futuros se concentrem nos efeitos da perda do hábitat do manguezal e da várzea sobre o comportamento de macacos-prego-galegos, devido à existência de várias populações próximas a esses ambientes. |
publishDate |
2017 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017-09-22 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-07-08T18:00:36Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-07-08T18:00:36Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31377 |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31377 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31377/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Karolina%20Medeiros.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31377/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Karolina%20Medeiros.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31377/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31377/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31377/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Karolina%20Medeiros.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
d84cc398e17f2a41f8fc774bf2a14614 668de8cb81e12a05c0252884fdc3aa83 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 bd573a5ca8288eb7272482765f819534 db2bdda11c8809bcfb5a215827ff5439 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310665046589440 |