Associação entre esquistossomose mansônica e infecções microbianas: estudo da translocação microbiana em camundongos na fase crônica, submetidos à esplenectomia
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Tese |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7392 |
Resumo: | Translocação bacteriana (TB) é a passagem de micro-organismos viáveis ou endotoxinas através da mucosa e lamina própria do trato digestório para os linfonodos mesentéricos e outros órgãos. Para que TB ocorra há necessidade da existência isolada ou em conjunto de fatores como queda da imunidade, alteração da microbiota e quebra da barreira defensiva da mucosa intestinal. Apesar dos inúmeros relatos sobre doenças bacterianas em esquistossomóticos, não foram encontrados trabalhos que elucidem a presença da TB, consequentemente, infecção e sepse na doença crônica, mesmo após esplenectomia. A esquistossomose pode provocar, além de alterações no sistema imunológico, dano ao intestino, sistema porta e linfonodos mesentéricos. Sexo e redução na evolução ponderal podem influenciar na resposta inflamatória contra Schistosoma mansoni e favorecer infecções secundárias. OBJETIVOS: Compreender as causas das coinfecções, considerando a TB e a influência da doença crônica na resistência ou susceptibilidade as infecções secundárias por componentes da microbiota intestinal, em camundongos esquistossomóticos machos e fêmeas, submetidos ou não a esplenectomia. MATERIAIS E MÉTODOS: Camundongos Swiss webster (Mus musculus) (40fêmeas/40machos) com 35 dias de nascidos foram divididos em dois grupos: esquistossomóticos (20machos/20fêmeas) e controles (20machos/20fêmeas). Noventa dias após a exposição cercariana, 20 camundongos esquistossomóticos (10machos/10fêmeas) e 20 controles (10machos/10fêmeas) foram submetidos à esplenectomia total convencional. Os animais foram pesados após 35, 80 e de 125 a 132 dias de nascidos, quando foram eutanasiados para estudo da translocação bacteriana, análises da microbiota e morfometria intestinal. Para estudo da TB, foram coletados sangue periférico e da veia porta, fragmentos de órgãos e linfonodos mesentéricos. Para a microbiota, as fezes foram coletadas da região média do intestino delgado. Segmentos desta região foram seccionados transversalmente e longitudinalmente para análise morfométrica. RESULTADOS: Na comparação entre camundongos esquistossomóticos e controles, as fêmeas infectadas apresentaram maior carga parasitária e índice esplênico. Ocorreu diminuição da evolução ponderal nos esquistossomóticos (p<0,05), que apresentaram maior variedade e quantidade de colônias bacterianas nas coproculturas. Houve redução na altura e área das vilosidades e do perímetro da superfície da mucosa no grupo esquistossomose (p=0,004, 0,003 e <0,001, respectivamente). Nas culturas, o controle apresentou negatividade em sangue, fígado e baço, e 30% (20%fêmeas/10%machos) positividade em linfonodos mesentéricos. Todas as fêmeas esquistossomóticas apresentaram bactérias em linfonodos mesentéricos, 60% em sangue porta, 50% em fígado/baço, e 30% em sangue periférico. Os linfonodos mesentéricos de 70% dos machos esquistossomóticos apresentaram positividade, sangue porta (30%), fígado/baço (20%) e nenhuma em sangue periférico.Em relação aos camundongos esplenectomizados, machos e fêmeas apresentaram redução da evolução ponderal, do 125º ao 132º dia de nascidos (p<0,0001); apresentaram maior prevalência de coproculturas positivas, tanto com relação à densidade bacteriana por espécies, quanto ao número de unidades formadoras de colônias (UFC). A análise morfométrica duodenal revelou redução na altura e área das vilosidades de machos e fêmeas esplenectomizados, quando comparado aos respectivos controles (p<0,0001). Os machos esplenectomizados apresentaram maiores taxas de TB. Na comparação entre os camundongos esquistossomóticos esplenectomizados e não-esplenectomizados, ocorreu maior redução de peso nos esquistossomóticos esplenectomizados (p<0,0001). No estudo da microbiota intestinal, foi observado aproximadamente as mesmas quantidades de colônias quando comparamos estes grupos, com diferença apenas para Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis e Klebsiella pneumoniae. Não houve redução na altura e área das vilosidades e do perímetro da superfície da mucosa entre esquistossomóticos esplenectomizados e não-esplenectomizados. Os camundongos esquistossomóticos esplenectomizados apresentavam-se bastante debilitados, e com maiores taxas de TB e sepse, inclusive por duas espécies bacterianas, gram-positivas e gram-negativas. CONCLUSÕES: Esquistossomose crônica modifica a evolução ponderal, morfometria e microbiota intestinal de camundongos e podem favorecer translocação, migração e sepse, principalmente em fêmeas, podendo estar relacionada ao maior parasitismo e alterações imunológicas. Além disso, a asplênia aumenta a suscetibilidade a TB, e consequentemente, doenças de origem séptica. Peso, sexo, microbiota intestinal e alterações da morfometria duodenal podem influenciar na ocorrência deste fenômeno |
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de Magalhães Lima, KedmaMaria Machado Barbosa de Castro, Celia 2014-06-12T18:31:56Z2014-06-12T18:31:56Z2011-01-31de Magalhães Lima, Kedma; Maria Machado Barbosa de Castro, Celia. Associação entre esquistossomose mansônica e infecções microbianas: estudo da translocação microbiana em camundongos na fase crônica, submetidos à esplenectomia. 2011. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7392ark:/64986/001300000w175Translocação bacteriana (TB) é a passagem de micro-organismos viáveis ou endotoxinas através da mucosa e lamina própria do trato digestório para os linfonodos mesentéricos e outros órgãos. Para que TB ocorra há necessidade da existência isolada ou em conjunto de fatores como queda da imunidade, alteração da microbiota e quebra da barreira defensiva da mucosa intestinal. Apesar dos inúmeros relatos sobre doenças bacterianas em esquistossomóticos, não foram encontrados trabalhos que elucidem a presença da TB, consequentemente, infecção e sepse na doença crônica, mesmo após esplenectomia. A esquistossomose pode provocar, além de alterações no sistema imunológico, dano ao intestino, sistema porta e linfonodos mesentéricos. Sexo e redução na evolução ponderal podem influenciar na resposta inflamatória contra Schistosoma mansoni e favorecer infecções secundárias. OBJETIVOS: Compreender as causas das coinfecções, considerando a TB e a influência da doença crônica na resistência ou susceptibilidade as infecções secundárias por componentes da microbiota intestinal, em camundongos esquistossomóticos machos e fêmeas, submetidos ou não a esplenectomia. MATERIAIS E MÉTODOS: Camundongos Swiss webster (Mus musculus) (40fêmeas/40machos) com 35 dias de nascidos foram divididos em dois grupos: esquistossomóticos (20machos/20fêmeas) e controles (20machos/20fêmeas). 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Os camundongos esquistossomóticos esplenectomizados apresentavam-se bastante debilitados, e com maiores taxas de TB e sepse, inclusive por duas espécies bacterianas, gram-positivas e gram-negativas. CONCLUSÕES: Esquistossomose crônica modifica a evolução ponderal, morfometria e microbiota intestinal de camundongos e podem favorecer translocação, migração e sepse, principalmente em fêmeas, podendo estar relacionada ao maior parasitismo e alterações imunológicas. Além disso, a asplênia aumenta a suscetibilidade a TB, e consequentemente, doenças de origem séptica. Peso, sexo, microbiota intestinal e alterações da morfometria duodenal podem influenciar na ocorrência deste fenômenoCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessEsquistossomoseEsplenectomiaTranslocação bacterianaSepseLinfonodos mesentéricosAssociação entre esquistossomose mansônica e infecções microbianas: estudo da translocação microbiana em camundongos na fase crônica, submetidos à esplenectomiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo8464_1.pdf.jpgarquivo8464_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1928https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/7392/4/arquivo8464_1.pdf.jpgf265c5b3779b9d802e6862b955ea3a4fMD54ORIGINALarquivo8464_1.pdfapplication/pdf2678452https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/7392/1/arquivo8464_1.pdf1410db9c3ff1f7a57cf5a0cb9a2a5a7eMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/7392/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo8464_1.pdf.txtarquivo8464_1.pdf.txtExtracted texttext/plain365915https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/7392/3/arquivo8464_1.pdf.txtb992e5f17a771274522ee0bbaeb67b23MD53123456789/73922019-10-25 03:28:28.432oai:repositorio.ufpe.br:123456789/7392Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T06:28:28Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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Translocação bacteriana (TB) é a passagem de micro-organismos viáveis ou endotoxinas através da mucosa e lamina própria do trato digestório para os linfonodos mesentéricos e outros órgãos. Para que TB ocorra há necessidade da existência isolada ou em conjunto de fatores como queda da imunidade, alteração da microbiota e quebra da barreira defensiva da mucosa intestinal. Apesar dos inúmeros relatos sobre doenças bacterianas em esquistossomóticos, não foram encontrados trabalhos que elucidem a presença da TB, consequentemente, infecção e sepse na doença crônica, mesmo após esplenectomia. A esquistossomose pode provocar, além de alterações no sistema imunológico, dano ao intestino, sistema porta e linfonodos mesentéricos. Sexo e redução na evolução ponderal podem influenciar na resposta inflamatória contra Schistosoma mansoni e favorecer infecções secundárias. OBJETIVOS: Compreender as causas das coinfecções, considerando a TB e a influência da doença crônica na resistência ou susceptibilidade as infecções secundárias por componentes da microbiota intestinal, em camundongos esquistossomóticos machos e fêmeas, submetidos ou não a esplenectomia. MATERIAIS E MÉTODOS: Camundongos Swiss webster (Mus musculus) (40fêmeas/40machos) com 35 dias de nascidos foram divididos em dois grupos: esquistossomóticos (20machos/20fêmeas) e controles (20machos/20fêmeas). Noventa dias após a exposição cercariana, 20 camundongos esquistossomóticos (10machos/10fêmeas) e 20 controles (10machos/10fêmeas) foram submetidos à esplenectomia total convencional. Os animais foram pesados após 35, 80 e de 125 a 132 dias de nascidos, quando foram eutanasiados para estudo da translocação bacteriana, análises da microbiota e morfometria intestinal. Para estudo da TB, foram coletados sangue periférico e da veia porta, fragmentos de órgãos e linfonodos mesentéricos. Para a microbiota, as fezes foram coletadas da região média do intestino delgado. Segmentos desta região foram seccionados transversalmente e longitudinalmente para análise morfométrica. RESULTADOS: Na comparação entre camundongos esquistossomóticos e controles, as fêmeas infectadas apresentaram maior carga parasitária e índice esplênico. Ocorreu diminuição da evolução ponderal nos esquistossomóticos (p<0,05), que apresentaram maior variedade e quantidade de colônias bacterianas nas coproculturas. Houve redução na altura e área das vilosidades e do perímetro da superfície da mucosa no grupo esquistossomose (p=0,004, 0,003 e <0,001, respectivamente). Nas culturas, o controle apresentou negatividade em sangue, fígado e baço, e 30% (20%fêmeas/10%machos) positividade em linfonodos mesentéricos. Todas as fêmeas esquistossomóticas apresentaram bactérias em linfonodos mesentéricos, 60% em sangue porta, 50% em fígado/baço, e 30% em sangue periférico. Os linfonodos mesentéricos de 70% dos machos esquistossomóticos apresentaram positividade, sangue porta (30%), fígado/baço (20%) e nenhuma em sangue periférico.Em relação aos camundongos esplenectomizados, machos e fêmeas apresentaram redução da evolução ponderal, do 125º ao 132º dia de nascidos (p<0,0001); apresentaram maior prevalência de coproculturas positivas, tanto com relação à densidade bacteriana por espécies, quanto ao número de unidades formadoras de colônias (UFC). A análise morfométrica duodenal revelou redução na altura e área das vilosidades de machos e fêmeas esplenectomizados, quando comparado aos respectivos controles (p<0,0001). Os machos esplenectomizados apresentaram maiores taxas de TB. Na comparação entre os camundongos esquistossomóticos esplenectomizados e não-esplenectomizados, ocorreu maior redução de peso nos esquistossomóticos esplenectomizados (p<0,0001). No estudo da microbiota intestinal, foi observado aproximadamente as mesmas quantidades de colônias quando comparamos estes grupos, com diferença apenas para Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis e Klebsiella pneumoniae. Não houve redução na altura e área das vilosidades e do perímetro da superfície da mucosa entre esquistossomóticos esplenectomizados e não-esplenectomizados. Os camundongos esquistossomóticos esplenectomizados apresentavam-se bastante debilitados, e com maiores taxas de TB e sepse, inclusive por duas espécies bacterianas, gram-positivas e gram-negativas. CONCLUSÕES: Esquistossomose crônica modifica a evolução ponderal, morfometria e microbiota intestinal de camundongos e podem favorecer translocação, migração e sepse, principalmente em fêmeas, podendo estar relacionada ao maior parasitismo e alterações imunológicas. Além disso, a asplênia aumenta a suscetibilidade a TB, e consequentemente, doenças de origem séptica. Peso, sexo, microbiota intestinal e alterações da morfometria duodenal podem influenciar na ocorrência deste fenômeno |
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