Paisagem acústica em um fragmento de mata atlântica com diferentes anos de reflorestamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ANDRADE, Bruna Marcela Teixeira de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000cq87
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43615
Resumo: O uso diversificado do solo pelos humanos resulta em fragmentação, perda de hábitats naturais e da sua biodiversidade. Os gravadores autônomos são tecnologias emergentes que permitem amostrar a atividade acústica de comunidades de animais e os sons da paisagem, auxiliando assim em monitoramentos da biodiversidade. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo geral entender a paisagem acústica de um fragmento Mata Atlântica com trechos de mata primária e mata secundária que foram desmatados e reflorestados após atividades de mineração. Esta dissertação está dividida em duas partes. A primeira traz uma contextualização do tema através de um referencial teórico para situar o leitor. A segunda parte traz os resultados da análise da paisagem acústica de um fragmento de Mata Atlântica localizado no município de Mataraca no extremo norte do Estado da Paraíba. Para tanto, coletamos dados acústicos usando gravadores autônomos instalados simultaneamente em cinco áreas com diferentes períodos de regeneração florestal (i. e., mata primária e matas secundárias reflorestadas em 1989, 1999, 2009 e 2019, aqui consideradas como áreas tratamento). As gravações foram realizadas durante três meses secos (outubro, novembro e dezembro/2020) e três meses chuvosos (março, abril e maio/2021). Fizemos a caracterização da vegetação das áreas tratamento através do método vizinho mais próximo, com a contagem do número total de árvores em dez quadrantes de cinco metros quadrados. As gravações da paisagem acústica foram analisadas no programa Kaleidoscope (Wildlife Acoustics), através do qual realizamos a inspeção e contagem dos diferentes dados acústicos gerados em agrupamentos pelo programa para cada área tratamento. Essas áreas foram então comparadas. As cinco áreas tratamento foram claramente diferenciadas com base em sua vegetação em uma análise de função discriminante, havendo 84% de classificação correta das áreas (76% quando consideramos uma correção por validação cruzada). Obtivemos 366.700 dados acústicos de biofonia, 24.370 de geofonia e 8.158 de antropofonia no período seco. No período chuvoso, obtivemos 386.339 sonótipos de biofonia, 36.484 de geofonia e 5.850 de antropofonia. Assim como a estrutura da vegetação, a paisagem acústica também foi diferente entre as áreas. A proporção de geofonia, biofonia e antropofonia discrimina entre as áreas tratamento 58,8% de classificação correta, baixando a 55% quando consideramos a correção por validação cruzada. A biofonia e a antropofonia foram as variáveis que contribuíram de fato para diferenciar entre as áreas tratamento. Calculamos automaticamente através do software Kaleidoscope sete índices acústicos entre as áreas tratamento em seguida comparamos: Índice de Complexidade Acústica (ACI), Índice de Diversidade Acústica (ADI), Índice de Regularidade Acústica (AEI), Índice Bioacústico (BIO), Entropia Total (H), Eventos por Segundo (EVN) e Índice de Paisagem Sonora de Diferença Normalizada (NDSI) para aferir tanto a abundância como a diversidade acústica. Nossos resultados mostram que os índices acústicos são sensíveis para detectar as mudanças na paisagem sonora de áreas contínuas com mata primária e secundárias reflorestadas em diferentes períodos. Em particular, o Índice de Paisagem Sonora de Diferença Normalizada (NDSI) se mostrou um excelente medidor da relação biofonia e antropofonia, O Índice de Complexidade Acústica (ACI) e o Índice Bioacústico (BIO) não apresentaram resultados que refletissem a paisagem sonora de áreas reflorestadas e o Índice de Diversidade Acústica (ADI) se mostrou um ótimo índice para representar as variáveis climáticas. Dentre os Índices Acústicos utilizados no trabalho, aqueles que representam melhor configuração da paisagem são o Índice de Entropia Total (H), Eventos por Segundo (EVN) e o Índice de Paisagem Sonora de Diferença Normalizada (NDSI). Por fim, relatamos que alguns cuidados devem ser tomados na metodologia e sugestões para o futuro como, por exemplo, a realização de estudos com gravações contínuas para caracterização mais completa dos sonótipos de áreas de estudo com diferentes períodos de reflorestamento.
id UFPE_b68358b02af8eb3f6f6d684d21249b64
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/43615
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling ANDRADE, Bruna Marcela Teixeira dehttp://lattes.cnpq.br/6365526587065516http://lattes.cnpq.br/4772160868667222BEZERRA, Bruna Martins2022-03-30T19:42:04Z2022-03-30T19:42:04Z2021-10-29ANDRADE, Bruna Marcela Teixeira de. Paisagem acústica em um fragmento de mata atlântica com diferentes anos de reflorestamento. 2021. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43615ark:/64986/001300000cq87O uso diversificado do solo pelos humanos resulta em fragmentação, perda de hábitats naturais e da sua biodiversidade. Os gravadores autônomos são tecnologias emergentes que permitem amostrar a atividade acústica de comunidades de animais e os sons da paisagem, auxiliando assim em monitoramentos da biodiversidade. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo geral entender a paisagem acústica de um fragmento Mata Atlântica com trechos de mata primária e mata secundária que foram desmatados e reflorestados após atividades de mineração. Esta dissertação está dividida em duas partes. A primeira traz uma contextualização do tema através de um referencial teórico para situar o leitor. A segunda parte traz os resultados da análise da paisagem acústica de um fragmento de Mata Atlântica localizado no município de Mataraca no extremo norte do Estado da Paraíba. Para tanto, coletamos dados acústicos usando gravadores autônomos instalados simultaneamente em cinco áreas com diferentes períodos de regeneração florestal (i. e., mata primária e matas secundárias reflorestadas em 1989, 1999, 2009 e 2019, aqui consideradas como áreas tratamento). As gravações foram realizadas durante três meses secos (outubro, novembro e dezembro/2020) e três meses chuvosos (março, abril e maio/2021). Fizemos a caracterização da vegetação das áreas tratamento através do método vizinho mais próximo, com a contagem do número total de árvores em dez quadrantes de cinco metros quadrados. As gravações da paisagem acústica foram analisadas no programa Kaleidoscope (Wildlife Acoustics), através do qual realizamos a inspeção e contagem dos diferentes dados acústicos gerados em agrupamentos pelo programa para cada área tratamento. Essas áreas foram então comparadas. As cinco áreas tratamento foram claramente diferenciadas com base em sua vegetação em uma análise de função discriminante, havendo 84% de classificação correta das áreas (76% quando consideramos uma correção por validação cruzada). Obtivemos 366.700 dados acústicos de biofonia, 24.370 de geofonia e 8.158 de antropofonia no período seco. No período chuvoso, obtivemos 386.339 sonótipos de biofonia, 36.484 de geofonia e 5.850 de antropofonia. Assim como a estrutura da vegetação, a paisagem acústica também foi diferente entre as áreas. A proporção de geofonia, biofonia e antropofonia discrimina entre as áreas tratamento 58,8% de classificação correta, baixando a 55% quando consideramos a correção por validação cruzada. A biofonia e a antropofonia foram as variáveis que contribuíram de fato para diferenciar entre as áreas tratamento. Calculamos automaticamente através do software Kaleidoscope sete índices acústicos entre as áreas tratamento em seguida comparamos: Índice de Complexidade Acústica (ACI), Índice de Diversidade Acústica (ADI), Índice de Regularidade Acústica (AEI), Índice Bioacústico (BIO), Entropia Total (H), Eventos por Segundo (EVN) e Índice de Paisagem Sonora de Diferença Normalizada (NDSI) para aferir tanto a abundância como a diversidade acústica. Nossos resultados mostram que os índices acústicos são sensíveis para detectar as mudanças na paisagem sonora de áreas contínuas com mata primária e secundárias reflorestadas em diferentes períodos. Em particular, o Índice de Paisagem Sonora de Diferença Normalizada (NDSI) se mostrou um excelente medidor da relação biofonia e antropofonia, O Índice de Complexidade Acústica (ACI) e o Índice Bioacústico (BIO) não apresentaram resultados que refletissem a paisagem sonora de áreas reflorestadas e o Índice de Diversidade Acústica (ADI) se mostrou um ótimo índice para representar as variáveis climáticas. Dentre os Índices Acústicos utilizados no trabalho, aqueles que representam melhor configuração da paisagem são o Índice de Entropia Total (H), Eventos por Segundo (EVN) e o Índice de Paisagem Sonora de Diferença Normalizada (NDSI). Por fim, relatamos que alguns cuidados devem ser tomados na metodologia e sugestões para o futuro como, por exemplo, a realização de estudos com gravações contínuas para caracterização mais completa dos sonótipos de áreas de estudo com diferentes períodos de reflorestamento.FACEPEThe diversified use of land by humans results in fragmentation, loss of natural habitats and their biodiversity. Sound traps are emerging technologies that allow sampling the acoustic activities of animal communities and the sounds of landscapes, thus helping to monitor biodiversity. Therefore, this study aimed to understand the acoustic landscape of an Atlantic Forest fragment with stretches of primary and secondary forest that were deforested and reforested after a mining process. This dissertation is divided into two parts. The first brings a contextualization of the theme through a theoretical framework to situate the reader. The second part presents the results of the acoustic landscape data of a fragment of Atlantic Forest located in the municipality of Mataraca in the extreme north of the State of Paraíba. To this end, we collected acoustic data using standalone SM4 (wildlife acoustics) recorders installed simultaneously in five areas with different periods of forest regeneration (i.e., “primary” forest and secondary forests reforested in 1989, 1999, 2009 and 2019, considered here as treatment areas). We performed six consecutive 72-hour recordings, sampling 15 minutes per hour. The six recordings were carried out during three dry months (October, November and December/2020) and three rainy months (March, April and May/2021). We performed the characterization of the vegetation in the treatment areas using the closest neighbour method, counting the total number of trees in ten quadrants of 5m2, considering the rooted trees and with a trunk diameter of at least 5cm. The distance between the trunks was measured 1m above the ground. The acoustic landscape recordings were analyzed using the Kaleidoscope program (Wildlife Acoustics), through which we carried out the inspection and counting of the different sonotypes generated in clusters by the program for each treatment area. These areas were then compared. The five treatment areas were clearly differentiated based on their vegetation, as shown by our discriminant function analysis, with 84% correct classification of the areas, decreasing to 76% when considering correction by cross-validation. We obtained 366,700 sonotypes of biophony, 24,370 geophony and 8,158 anthropophony in the dry period. In the rainy season, we obtained 386,339 biophonies, 36,484 geophonies and 5,850 anthropophony sonotypes. As well as the vegetation landscape, the acoustic landscape was also able to differentiate the areas, that is, the proportion of geophony, biophony and anthropophony discriminate between the treatment areas 58.8% of correct classification, lowering 55% when considering correction by cross-validation. Biophony and Anthropophony were the variables that contributed to differentiate between the treatment areas. We calculated and compared seven acoustic indices between the treatment areas: Acoustic Complexity Index (ACI), Acoustic Diversity Index (ADI), Acoustic Regularity Index (AEI), Bioacoustic Index (BIO), Total Entropy (H), Events per Second (EVN) and Normalized Difference Soundscape Index (NDSI) to measure both abundance and acoustic diversity. Our results show that acoustic indices are sensitive to detect changes in the soundscape of continuous areas with primary and secondary forests reforested in different periods. In particular, the Normalized Difference Soundscape Index (NDSI) proved to be an excellent measure of the relationship between biophony and anthropophony, the Acoustic Complexity Index (ACI) and the Bioacoustic Index (BIO) did not show results that reflect the soundscape of areas and the Acoustic Diversity Index (ADI) proved to be an excellent index to represent the climatic variables. Among the Acoustic Indices used in our study, those that present the best landscape configuration are Total Entropy Index (H), Events per Second (EVN) and Normalized Difference Sound Landscape Index (NDSI). Finally, we report that some precautions and potential future studies such conduct continuous recordings to obtain a complex characterization acoustic landscape of areas with different periods of reforestation.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia AnimalUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAntropofoniaBiofoniaGeofoniaÍndices acústicosPaisagem acústica em um fragmento de mata atlântica com diferentes anos de reflorestamentoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Bruna Marcela Teixeira de Andrade.pdfDISSERTAÇÃO Bruna Marcela Teixeira de Andrade.pdfapplication/pdf2083746https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43615/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Bruna%20Marcela%20Teixeira%20de%20Andrade.pdf43177e303a50a17f3a542c2f132f1251MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43615/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82142https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43615/3/license.txt6928b9260b07fb2755249a5ca9903395MD53TEXTDISSERTAÇÃO Bruna Marcela Teixeira de Andrade.pdf.txtDISSERTAÇÃO Bruna Marcela Teixeira de Andrade.pdf.txtExtracted texttext/plain132724https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43615/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Bruna%20Marcela%20Teixeira%20de%20Andrade.pdf.txt0978c037eb680bb6656a8d4ee7811190MD54THUMBNAILDISSERTAÇÃO Bruna Marcela Teixeira de Andrade.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Bruna Marcela Teixeira de Andrade.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1296https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43615/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Bruna%20Marcela%20Teixeira%20de%20Andrade.pdf.jpg95c8452ebf8b9aca9c8234899851ce16MD55123456789/436152022-03-31 02:15:15.444oai:repositorio.ufpe.br:123456789/43615VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2HDp8OjbyBkZSBEb2N1bWVudG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUKIAoKRGVjbGFybyBlc3RhciBjaWVudGUgZGUgcXVlIGVzdGUgVGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyB0ZW0gbyBvYmpldGl2byBkZSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZG9zIGRvY3VtZW50b3MgZGVwb3NpdGFkb3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBlIGRlY2xhcm8gcXVlOgoKSSAtICBvIGNvbnRlw7pkbyBkaXNwb25pYmlsaXphZG8gw6kgZGUgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBkZSBzdWEgYXV0b3JpYTsKCklJIC0gbyBjb250ZcO6ZG8gw6kgb3JpZ2luYWwsIGUgc2UgbyB0cmFiYWxobyBlL291IHBhbGF2cmFzIGRlIG91dHJhcyBwZXNzb2FzIGZvcmFtIHV0aWxpemFkb3MsIGVzdGFzIGZvcmFtIGRldmlkYW1lbnRlIHJlY29uaGVjaWRhczsKCklJSSAtIHF1YW5kbyB0cmF0YXItc2UgZGUgVHJhYmFsaG8gZGUgQ29uY2x1c8OjbyBkZSBDdXJzbywgRGlzc2VydGHDp8OjbyBvdSBUZXNlOiBvIGFycXVpdm8gZGVwb3NpdGFkbyBjb3JyZXNwb25kZSDDoCB2ZXJzw6NvIGZpbmFsIGRvIHRyYWJhbGhvOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogZXN0b3UgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBhIGFsdGVyYcOnw6NvIGRhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgYWNlc3NvIGFvIGRvY3VtZW50byBhcMOzcyBvIGRlcMOzc2l0byBlIGFudGVzIGRlIGZpbmRhciBvIHBlcsOtb2RvIGRlIGVtYmFyZ28sIHF1YW5kbyBmb3IgZXNjb2xoaWRvIGFjZXNzbyByZXN0cml0bywgc2Vyw6EgcGVybWl0aWRhIG1lZGlhbnRlIHNvbGljaXRhw6fDo28gZG8gKGEpIGF1dG9yIChhKSBhbyBTaXN0ZW1hIEludGVncmFkbyBkZSBCaWJsaW90ZWNhcyBkYSBVRlBFIChTSUIvVUZQRSkuCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBBYmVydG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAsIGRlIDE5IGRlIGZldmVyZWlybyBkZSAxOTk4LCBhcnQuIDI5LCBpbmNpc28gSUlJLCBhdXRvcml6byBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFBlcm5hbWJ1Y28gYSBkaXNwb25pYmlsaXphciBncmF0dWl0YW1lbnRlLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHBhcmEgZmlucyBkZSBsZWl0dXJhLCBpbXByZXNzw6NvIGUvb3UgZG93bmxvYWQgKGFxdWlzacOnw6NvKSBhdHJhdsOpcyBkbyBzaXRlIGRvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgbm8gZW5kZXJlw6dvIGh0dHA6Ly93d3cucmVwb3NpdG9yaW8udWZwZS5iciwgYSBwYXJ0aXIgZGEgZGF0YSBkZSBkZXDDs3NpdG8uCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBSZXN0cml0bzoKCk5hIHF1YWxpZGFkZSBkZSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBhdXRvciBxdWUgcmVjYWVtIHNvYnJlIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBmdW5kYW1lbnRhZG8gbmEgTGVpIGRlIERpcmVpdG8gQXV0b3JhbCBubyA5LjYxMCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIHF1YW5kbyBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvIGNvbmRpemVudGUgYW8gdGlwbyBkZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbmZvcm1lIGluZGljYWRvIG5vIGNhbXBvIERhdGEgZGUgRW1iYXJnby4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212022-03-31T05:15:15Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Paisagem acústica em um fragmento de mata atlântica com diferentes anos de reflorestamento
title Paisagem acústica em um fragmento de mata atlântica com diferentes anos de reflorestamento
spellingShingle Paisagem acústica em um fragmento de mata atlântica com diferentes anos de reflorestamento
ANDRADE, Bruna Marcela Teixeira de
Antropofonia
Biofonia
Geofonia
Índices acústicos
title_short Paisagem acústica em um fragmento de mata atlântica com diferentes anos de reflorestamento
title_full Paisagem acústica em um fragmento de mata atlântica com diferentes anos de reflorestamento
title_fullStr Paisagem acústica em um fragmento de mata atlântica com diferentes anos de reflorestamento
title_full_unstemmed Paisagem acústica em um fragmento de mata atlântica com diferentes anos de reflorestamento
title_sort Paisagem acústica em um fragmento de mata atlântica com diferentes anos de reflorestamento
author ANDRADE, Bruna Marcela Teixeira de
author_facet ANDRADE, Bruna Marcela Teixeira de
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6365526587065516
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4772160868667222
dc.contributor.author.fl_str_mv ANDRADE, Bruna Marcela Teixeira de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv BEZERRA, Bruna Martins
contributor_str_mv BEZERRA, Bruna Martins
dc.subject.por.fl_str_mv Antropofonia
Biofonia
Geofonia
Índices acústicos
topic Antropofonia
Biofonia
Geofonia
Índices acústicos
description O uso diversificado do solo pelos humanos resulta em fragmentação, perda de hábitats naturais e da sua biodiversidade. Os gravadores autônomos são tecnologias emergentes que permitem amostrar a atividade acústica de comunidades de animais e os sons da paisagem, auxiliando assim em monitoramentos da biodiversidade. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo geral entender a paisagem acústica de um fragmento Mata Atlântica com trechos de mata primária e mata secundária que foram desmatados e reflorestados após atividades de mineração. Esta dissertação está dividida em duas partes. A primeira traz uma contextualização do tema através de um referencial teórico para situar o leitor. A segunda parte traz os resultados da análise da paisagem acústica de um fragmento de Mata Atlântica localizado no município de Mataraca no extremo norte do Estado da Paraíba. Para tanto, coletamos dados acústicos usando gravadores autônomos instalados simultaneamente em cinco áreas com diferentes períodos de regeneração florestal (i. e., mata primária e matas secundárias reflorestadas em 1989, 1999, 2009 e 2019, aqui consideradas como áreas tratamento). As gravações foram realizadas durante três meses secos (outubro, novembro e dezembro/2020) e três meses chuvosos (março, abril e maio/2021). Fizemos a caracterização da vegetação das áreas tratamento através do método vizinho mais próximo, com a contagem do número total de árvores em dez quadrantes de cinco metros quadrados. As gravações da paisagem acústica foram analisadas no programa Kaleidoscope (Wildlife Acoustics), através do qual realizamos a inspeção e contagem dos diferentes dados acústicos gerados em agrupamentos pelo programa para cada área tratamento. Essas áreas foram então comparadas. As cinco áreas tratamento foram claramente diferenciadas com base em sua vegetação em uma análise de função discriminante, havendo 84% de classificação correta das áreas (76% quando consideramos uma correção por validação cruzada). Obtivemos 366.700 dados acústicos de biofonia, 24.370 de geofonia e 8.158 de antropofonia no período seco. No período chuvoso, obtivemos 386.339 sonótipos de biofonia, 36.484 de geofonia e 5.850 de antropofonia. Assim como a estrutura da vegetação, a paisagem acústica também foi diferente entre as áreas. A proporção de geofonia, biofonia e antropofonia discrimina entre as áreas tratamento 58,8% de classificação correta, baixando a 55% quando consideramos a correção por validação cruzada. A biofonia e a antropofonia foram as variáveis que contribuíram de fato para diferenciar entre as áreas tratamento. Calculamos automaticamente através do software Kaleidoscope sete índices acústicos entre as áreas tratamento em seguida comparamos: Índice de Complexidade Acústica (ACI), Índice de Diversidade Acústica (ADI), Índice de Regularidade Acústica (AEI), Índice Bioacústico (BIO), Entropia Total (H), Eventos por Segundo (EVN) e Índice de Paisagem Sonora de Diferença Normalizada (NDSI) para aferir tanto a abundância como a diversidade acústica. Nossos resultados mostram que os índices acústicos são sensíveis para detectar as mudanças na paisagem sonora de áreas contínuas com mata primária e secundárias reflorestadas em diferentes períodos. Em particular, o Índice de Paisagem Sonora de Diferença Normalizada (NDSI) se mostrou um excelente medidor da relação biofonia e antropofonia, O Índice de Complexidade Acústica (ACI) e o Índice Bioacústico (BIO) não apresentaram resultados que refletissem a paisagem sonora de áreas reflorestadas e o Índice de Diversidade Acústica (ADI) se mostrou um ótimo índice para representar as variáveis climáticas. Dentre os Índices Acústicos utilizados no trabalho, aqueles que representam melhor configuração da paisagem são o Índice de Entropia Total (H), Eventos por Segundo (EVN) e o Índice de Paisagem Sonora de Diferença Normalizada (NDSI). Por fim, relatamos que alguns cuidados devem ser tomados na metodologia e sugestões para o futuro como, por exemplo, a realização de estudos com gravações contínuas para caracterização mais completa dos sonótipos de áreas de estudo com diferentes períodos de reflorestamento.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-10-29
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-03-30T19:42:04Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-03-30T19:42:04Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv ANDRADE, Bruna Marcela Teixeira de. Paisagem acústica em um fragmento de mata atlântica com diferentes anos de reflorestamento. 2021. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43615
dc.identifier.dark.fl_str_mv ark:/64986/001300000cq87
identifier_str_mv ANDRADE, Bruna Marcela Teixeira de. Paisagem acústica em um fragmento de mata atlântica com diferentes anos de reflorestamento. 2021. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.
ark:/64986/001300000cq87
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43615
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43615/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Bruna%20Marcela%20Teixeira%20de%20Andrade.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43615/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43615/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43615/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Bruna%20Marcela%20Teixeira%20de%20Andrade.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43615/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Bruna%20Marcela%20Teixeira%20de%20Andrade.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 43177e303a50a17f3a542c2f132f1251
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
6928b9260b07fb2755249a5ca9903395
0978c037eb680bb6656a8d4ee7811190
95c8452ebf8b9aca9c8234899851ce16
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1815172791102603264