Fungos hipógeos (Basidiomycota) na Mata Atlântica do Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SULZBACHER, Marcelo Aloisio
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000zq0n
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24788
Resumo: Os basidiomicetos sequestroides hipógeos têm sido considerados importantes integrantes de diversos ecossistemas terrestres, notadamente os florestais. Estão constituídos por diversas linhagens distintas que apresentam como características comuns os basidiomas angiocárpicos e subterrâneos. A distribuição destes fungos ainda é pouco compreendida e as comunidades de fungos hipógeos ocorrentes nas regiões tropicais e subtropicais são praticamente desconhecidas. Para o Brasil, os registros de fungos hipógeos são escassos, estes, geralmente são associados à vegetação exótica. Com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre estes fungos naturalmente encontrados nas florestas da região Nordeste do Brasil, um estudo foi desenvolvido a partir da análise de espécimes coletados entre 2011 a 2013, nos fragmentos florestais de Mata Atlântica nos Estados do Rio Grande do Norte e Paraíba. Além dos estudos in situ, compilaram-se também dados de literatura, com o principal objetivo de fornecer um atual estado de conhecimento destes fungos em todo o continente Sul Americano. Para os estudos in loco, foram realizadas 33 expedições científicas nas áreas de estudo e um total de 24 coleções amostradas. Todo o material coletado foi também separado para extração, amplificação e sequenciamento do DNA, utilizando-se os marcadores ITS, LSU, apt6, e TEF-1alpha. Dentre os principais resultados deste estudo destacam-se a proposta de estabelecimento de dois novos gêneros para a ciência, Restingomyces (Phallales) e Sulcatospora (Boletales) e além das espécies novas Sulcatospora flava, Restingomyces reticulatus e Hysterangium atlanticum. A associação ectomicorrízica entre Hysterangium atlanticum foi determinada para espécies de Coccoloba alnifolia e C. laevis (Polygonaceae). Os resultados demonstraram que as florestas de Mata Atlântica no Nordeste do Brasil apresentam uma comunidade nativa de fungos hipógeos ainda pouco explorada. Muitos espécimes coletados são inéditos para a ciência, o que torna a pesquisa de fungos hipógeos na Mata Atlântica extremamente importante.
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Com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre estes fungos naturalmente encontrados nas florestas da região Nordeste do Brasil, um estudo foi desenvolvido a partir da análise de espécimes coletados entre 2011 a 2013, nos fragmentos florestais de Mata Atlântica nos Estados do Rio Grande do Norte e Paraíba. Além dos estudos in situ, compilaram-se também dados de literatura, com o principal objetivo de fornecer um atual estado de conhecimento destes fungos em todo o continente Sul Americano. Para os estudos in loco, foram realizadas 33 expedições científicas nas áreas de estudo e um total de 24 coleções amostradas. Todo o material coletado foi também separado para extração, amplificação e sequenciamento do DNA, utilizando-se os marcadores ITS, LSU, apt6, e TEF-1alpha. Dentre os principais resultados deste estudo destacam-se a proposta de estabelecimento de dois novos gêneros para a ciência, Restingomyces (Phallales) e Sulcatospora (Boletales) e além das espécies novas Sulcatospora flava, Restingomyces reticulatus e Hysterangium atlanticum. A associação ectomicorrízica entre Hysterangium atlanticum foi determinada para espécies de Coccoloba alnifolia e C. laevis (Polygonaceae). Os resultados demonstraram que as florestas de Mata Atlântica no Nordeste do Brasil apresentam uma comunidade nativa de fungos hipógeos ainda pouco explorada. Muitos espécimes coletados são inéditos para a ciência, o que torna a pesquisa de fungos hipógeos na Mata Atlântica extremamente importante.CAPESHypogeous sequestrated Basidiomycota have been considered important members of various terrestrial ecosystems, notably forestry. These fungi comprise diverse independent lineages that have as common characteristics belowground basidiomata and enclosed hymenial development. The geographical distribution of these fungi is poorly understood and the hypogeous fungal communities related to tropical and subtropical areas remain virtually unknown. To Brazil, there are few reports of hypogeous fungi, these are generally associated with exotic forests. With the aim to increase the knowledge of these fungi naturally occurring in association with the Northeastern Brazilian vegetation, a study was developed based on the analysis of specimens sampled between 2011 and 2013 in fragments of the Brazilian Atlantic forest in the states of Rio Grande do Norte and Paraíba. In addition to the in situ surveys, literature records were also compiled to obtain the current knowledge of this group of fungi in the entire South American continent. In total, 33 field trips were carried out and a total of 24 specimens sampled. All material was also sampled for molecular studies using the ITS, LSU, apt6, and TEF-1α markers. Among the main results, the proposition of two new genera, Restingomyces (Phallales) and Sulcatospora (Boletales), and the new species Restingomyces reticulatus, Sulcatospora flava and Hysterangium atlanticum. The ectomycorrhizal status of Hysterangium atlanticum and species of Coccoloba alnifolia and C. laevis (Polygonaceae) was also determined. The results has shown that Atlantic forest in Northeastern Brazil have a native community of hypogeous fungi and remains undersampled. Many of the specimens collected are new to science, which makes the study of great importance in the Brazilian Atlantic forests.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia de FungosUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessDiversidadeFungos gasteroidesRestingaFungos hipógeos (Basidiomycota) na Mata Atlântica do Nordeste do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Marcelo Aloísio Sulzbacher.pdf.jpgTESE Marcelo Aloísio Sulzbacher.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1142https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/24788/5/TESE%20Marcelo%20Alo%c3%adsio%20Sulzbacher.pdf.jpg0acd4ae098f0e5d926ff357a5c5e6a5eMD55ORIGINALTESE Marcelo Aloísio Sulzbacher.pdfTESE Marcelo Aloísio Sulzbacher.pdfapplication/pdf4102980https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/24788/1/TESE%20Marcelo%20Alo%c3%adsio%20Sulzbacher.pdfd202dab1ee16f71bb521b95e117d554fMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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