Plantar para sobreviver : trabalhadores (as) rurais de Palmeira dos Índios (1950- 1959)
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Data de Publicação: | 2021 |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42964 |
Resumo: | Essa dissertação historiciza as experiências cotidianas dos trabalhadores e trabalhadoras rurais de Palmeira dos Índios em meio ao discurso e prática de industrialização e modernidade no Brasil na década de 1950. Discutimos quais espaços são ocupados por esses trabalhadores em Palmeira dos Índios. Município que tinha como principal base econômica a produção agrícola, mas que se colocava dentro da vanguarda da modernização. Analisamos as táticas de (re) existências construídas por estes trabalhadores frente ao projeto excludente da modernização. Tinham à agricultura como principal meio/fonte de renda para sobrevivência. A linha de pesquisa do mestrado foi “Cultura e Memória”. E, foi com base nas memórias dos trabalhadores rurais, cruzados com documentação e fontes históricas, que pudemos perceber e analisar que o trabalho com/na terra produziu redes de aprendizagens e trocas de conhecimentos técnicos entre pais e filhos, e constituiu um quadro de relações sociais, políticas e culturais entre a comunidade e seus arredores. Essas experiências, espaços ocupados para além do campo, como as feiras-livres, cinemas, fábricas, garantiram, em certa medida, a reprodução e fortalecimento de suas relações socioculturais e políticas. O projeto de modernização pensado e colocado em prática em Palmeira dos Índios (1950) não inseriu os trabalhadores, não os resguardavam em um projeto ainda maior, que é o da cidadania. O trabalho, a agricultura incorporam as histórias de gerações de trabalhadores rurais de Palmeira dos Índios. Suas produções abasteciam as feiras, armazéns, fábricas, movimentavam e contribuía com a economia local. Os relatos orais proporcionaram, ainda, visualizar uma Palmeira dos Índios, um Nordeste que não é o da extrema seca, mas um território fértil, que tinham “olhos de água”. Nesse sentido, o agenciamento de obras historiográficas, teóricas, jornais, fotografias, atas da câmara dos vereadores e relatos de memórias compõem o quadro de fontes documentais importantes para o desenvolvimento da pesquisa. |
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FERREIRA, Érica de Oliveira Santoshttp://lattes.cnpq.br/8140922996875215http://lattes.cnpq.br/9080311347550493PORFÍRIO, Pablo Francisco de Andrade2022-02-22T13:52:18Z2022-02-22T13:52:18Z2021-08-17FERREIRA, Érica de Oliveira Santos. Plantar para sobreviver: trabalhadores (as) rurais de Palmeira dos Índios (1950- 1959). 2021. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42964ark:/64986/001300000g1t3Essa dissertação historiciza as experiências cotidianas dos trabalhadores e trabalhadoras rurais de Palmeira dos Índios em meio ao discurso e prática de industrialização e modernidade no Brasil na década de 1950. Discutimos quais espaços são ocupados por esses trabalhadores em Palmeira dos Índios. Município que tinha como principal base econômica a produção agrícola, mas que se colocava dentro da vanguarda da modernização. Analisamos as táticas de (re) existências construídas por estes trabalhadores frente ao projeto excludente da modernização. Tinham à agricultura como principal meio/fonte de renda para sobrevivência. A linha de pesquisa do mestrado foi “Cultura e Memória”. E, foi com base nas memórias dos trabalhadores rurais, cruzados com documentação e fontes históricas, que pudemos perceber e analisar que o trabalho com/na terra produziu redes de aprendizagens e trocas de conhecimentos técnicos entre pais e filhos, e constituiu um quadro de relações sociais, políticas e culturais entre a comunidade e seus arredores. Essas experiências, espaços ocupados para além do campo, como as feiras-livres, cinemas, fábricas, garantiram, em certa medida, a reprodução e fortalecimento de suas relações socioculturais e políticas. O projeto de modernização pensado e colocado em prática em Palmeira dos Índios (1950) não inseriu os trabalhadores, não os resguardavam em um projeto ainda maior, que é o da cidadania. O trabalho, a agricultura incorporam as histórias de gerações de trabalhadores rurais de Palmeira dos Índios. Suas produções abasteciam as feiras, armazéns, fábricas, movimentavam e contribuía com a economia local. Os relatos orais proporcionaram, ainda, visualizar uma Palmeira dos Índios, um Nordeste que não é o da extrema seca, mas um território fértil, que tinham “olhos de água”. Nesse sentido, o agenciamento de obras historiográficas, teóricas, jornais, fotografias, atas da câmara dos vereadores e relatos de memórias compõem o quadro de fontes documentais importantes para o desenvolvimento da pesquisa.CNPqThis dissertation historicizes the experiences of rural workers in Palmeira dos Índios in the midst of the discourse and practice of industrialization and modernity in Brazil in the 1950s. We discuss which spaces are occupied by these workers in Palmeira dos Índios. A municipality whose main economic base was agricultural production, but which placed itself at the forefront of modernization. We analyze the tactics of (re)existence built by these workers against the exclusionary project of modernization. They had agriculture as their main means/source of income for survival. The master's research line was "culture and memory". and, it was based on the memories of rural workers, crossed with documentation and historical sources, that we were able to perceive and analyze that working with/on land produced networks of learning and exchange of technical knowledge between parents and children, and constituted a framework of relationships social, political and cultural relationships between the community and its surroundings. these experiences, spaces occupied beyond the countryside, such as open-air markets, cinemas, factories, ensured, to a certain extent, the reproduction and strengthening of their sociocultural and political relations. The modernization project thought out and put into practice in Palmeira dos Índios (1950) did not include the workers, they did not support an even bigger project, which is that of citizenship. Work and agriculture incorporate the stories of generations of rural workers in Palmeira dos Índios. Its productions supplied fairs, warehouses, factories, moved and contributed to the local economy. The oral reports also provided a view of a Palmeira dos Índios, a Nordeste that is not one of extreme drought, but a fertile territory, which had "eyes of water". In this sense, the assemblage of historiographic and theoretical works, newspapers, photographs, minutes of the City Council and reports of memories compose the framework of important documentary sources for the development of the research.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em HistoriaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAlagoas - HistóriaTrabalhadores rurais – Palmeira dos Índios (AL)ModernidadeMemóriaPlantar para sobreviver : trabalhadores (as) rurais de Palmeira dos Índios (1950- 1959)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPECC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/42964/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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