Biologia reprodutiva e efeitos do Tributilestanho (TBT) sobre Mytella charruana e Mytilopis leucophaeta (Bivalvia- Mollusca) do estuário do Rio Capibaribe, Pernambuco
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1022 |
Resumo: | O tributilestanho é um biocida extremamente tóxico, utilizado para proteger os cascos de embarcações de incrustações de invertebrados. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos deste composto sobre M. charruana e M. leucophaeta, e descrever o ciclo reprodutivo destas espécies, que foi avaliado de Setembro de 2009 a Setembro de 2010. Para a realização dos ensaios e determinação do ciclo reprodutivo, os animais foram coletados em dois pontos do estuário do Rio Capibaribe. Para M. leucophaeta foram identificados dois períodos de intensa atividade gametogênica, entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010, e em março de 2010; e dois períodos de desova, de setembro a novembro de 2009, e em agosto de 2010. Para M. charruana a desova ocorreu em praticamente todos os meses, com destaque para abril e agosto de 2010. O ciclo reprodutivo de ambas as espécies demonstrou ser contínuo e assincrônico. Para avaliar a toxicidade aguda do TBT sobre M. charruana e M. leucophaeta, indivíduos das duas espécies foram expostos por 96h a concentrações de 2, 5, 12,5 e 50 μg.L-1 de cloreto de tributilestanho TBTCl. Observou-se mortalidade de 100% dos indivíduos de M. charruana expostos a concentração de 12,5 μg.L-1 enquanto que para M. leucophaeta houve mortalidade de 100% dos indivíduos expostos a 50 μg.L-1. A proporção de indivíduos de ambas as espécies com valvas fechadas aumentou significativamente com o aumento da concentração de cloreto de tributilestanho (TBTCl) (p<0,05). Os resultados indicam que M. charruana é mais sensível à exposição ao TBT que a espécie exótica M. leucophaeta, o que pode ser relevante para o sucesso da colonização do invasor. Para avaliar a toxicidade crônica do TBT sobre M. leucophaeta, indivíduos foram expostos por 14 dias a concentrações de 1, 5 e 10 μg.L-1. A mortalidade foi menor do que 20% até 5 μg.L-1, atingindo 73,3% no tratamento com 10 μg.L-1. A taxa de filtração nos controles foi maior que nos tratamentos com TBTCl (F(4, 15)=57,3; p< 0,0001). A proporção de indivíduos com valvas fechadas foi maior no tratamento com 10 μg.L-1 (p< 0,0001). Os resultados sugerem que em um maior período de exposição a concentrações mais baixas, os indivíduos encerram suas valvas diminuindo consequentemente a taxa de filtração. Ambas as espécies apresentaram respostas ecologicamente relevantes à exposição ao TBT, podendo ser utilizadas no monitoramento da poluição por este composto no ambiente |
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Claudino Maciel, DanieleRoberto Botelho de Souza, José 2014-06-12T15:07:02Z2014-06-12T15:07:02Z2011-01-31Claudino Maciel, Daniele; Roberto Botelho de Souza, José. Biologia reprodutiva e efeitos do Tributilestanho (TBT) sobre Mytella charruana e Mytilopis leucophaeta (Bivalvia- Mollusca) do estuário do Rio Capibaribe, Pernambuco. 2011. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1022O tributilestanho é um biocida extremamente tóxico, utilizado para proteger os cascos de embarcações de incrustações de invertebrados. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos deste composto sobre M. charruana e M. leucophaeta, e descrever o ciclo reprodutivo destas espécies, que foi avaliado de Setembro de 2009 a Setembro de 2010. Para a realização dos ensaios e determinação do ciclo reprodutivo, os animais foram coletados em dois pontos do estuário do Rio Capibaribe. Para M. leucophaeta foram identificados dois períodos de intensa atividade gametogênica, entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010, e em março de 2010; e dois períodos de desova, de setembro a novembro de 2009, e em agosto de 2010. Para M. charruana a desova ocorreu em praticamente todos os meses, com destaque para abril e agosto de 2010. O ciclo reprodutivo de ambas as espécies demonstrou ser contínuo e assincrônico. Para avaliar a toxicidade aguda do TBT sobre M. charruana e M. leucophaeta, indivíduos das duas espécies foram expostos por 96h a concentrações de 2, 5, 12,5 e 50 μg.L-1 de cloreto de tributilestanho TBTCl. Observou-se mortalidade de 100% dos indivíduos de M. charruana expostos a concentração de 12,5 μg.L-1 enquanto que para M. leucophaeta houve mortalidade de 100% dos indivíduos expostos a 50 μg.L-1. A proporção de indivíduos de ambas as espécies com valvas fechadas aumentou significativamente com o aumento da concentração de cloreto de tributilestanho (TBTCl) (p<0,05). Os resultados indicam que M. charruana é mais sensível à exposição ao TBT que a espécie exótica M. leucophaeta, o que pode ser relevante para o sucesso da colonização do invasor. Para avaliar a toxicidade crônica do TBT sobre M. leucophaeta, indivíduos foram expostos por 14 dias a concentrações de 1, 5 e 10 μg.L-1. A mortalidade foi menor do que 20% até 5 μg.L-1, atingindo 73,3% no tratamento com 10 μg.L-1. A taxa de filtração nos controles foi maior que nos tratamentos com TBTCl (F(4, 15)=57,3; p< 0,0001). A proporção de indivíduos com valvas fechadas foi maior no tratamento com 10 μg.L-1 (p< 0,0001). Os resultados sugerem que em um maior período de exposição a concentrações mais baixas, os indivíduos encerram suas valvas diminuindo consequentemente a taxa de filtração. Ambas as espécies apresentaram respostas ecologicamente relevantes à exposição ao TBT, podendo ser utilizadas no monitoramento da poluição por este composto no ambienteCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessGametogêneseDesovaMortalidadeTaxa de filtração e fechamento das valvas.Biologia reprodutiva e efeitos do Tributilestanho (TBT) sobre Mytella charruana e Mytilopis leucophaeta (Bivalvia- Mollusca) do estuário do Rio Capibaribe, Pernambucoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo3004_1.pdf.jpgarquivo3004_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1306https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1022/4/arquivo3004_1.pdf.jpgb17ead25bdf42f244791d83c1689dfcaMD54ORIGINALarquivo3004_1.pdfapplication/pdf3600988https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1022/1/arquivo3004_1.pdf866861a6f227f56baa88f4b5126f8290MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1022/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo3004_1.pdf.txtarquivo3004_1.pdf.txtExtracted texttext/plain162872https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1022/3/arquivo3004_1.pdf.txtb23c4563e6dba709d525f7dffff5ada0MD53123456789/10222019-10-25 12:19:43.428oai:repositorio.ufpe.br:123456789/1022Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T15:19:43Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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