Carreador lipídico nanoestruturado contendo antimoniato de meglumina como alternativa terapêutica de uso oral contra a Leishmaniose

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOUZA, Myla Lôbo de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000vzsc
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48794
Resumo: A leishmaniose é uma doença tropical negligenciada causada por protozoários Leishmania spp., prevalente em 98 países no mundo. Entre 2018 e 2020, o Brasil ficou entre os três países com maior número de casos, os quais representam cerca de 90%. No Brasil, os medicamentos disponíveis não são totalmente eficazes, possuem uso parenteral e exibem vários efeitos adversos graves e muito frequentes, resultando em má adesão ao tratamento. Entre as alternativas que podem contornar esses problemas estão os Carreadores lipídicos nanoestruturados (CLN), que podem conferir aumento da solubilidade de fármacos, liberação prolongada e/ou controlada, maior absorção intestinal e biodisponibilidade oral. Nesse contexto, esse trabalho visa desenvolver CLNs contendo antimoniato de meglumina (AM) como alternativa terapêutica de uso oral para a leishmaniose. Inicialmente, ensaios de compatibilidade entre os insumos e o fármaco foram realizados. Otimizações de formulação e de processo foram feitas através de planejamento experimental, que possibilitou a escolha da nanopartícula com melhor tamanho, índice de polidispersão (PdI), potencial zeta (PZ) e eficiência de encapsulamento (EE). Os CLNs escolhidos também foram caracterizados por valor de pH, Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), Difração de raios-X (DRX), estabilidade simulando condições gastrointestinais, estabilidade de armazenamento, bem como foram liofilizados. Além disso, foram realizados testes in vitro de cinética de liberação, citotoxicidade em macrófagos RAW 264.7, e atividade em promastigotas e amastigotas das espécies L. infantum e L. amazonensis. Os resultados mostraram que não houve incompatibilidade entre o fármaco e os excipientes. O planejamento experimental resultou em um CLN com tamanho de 41,13 nm, PdI de 0,227, PZ de -27,9 mV, EE de 62,43% e pH 5,23. O FTIR confirmou a incorporação do AM no CLN, o DSC mostrou redução de cristalinidade da matriz da nanopartícula, que foi ratificado no DRX. O CLN foi estável simulando pH do trato gastrointestinal e também durante armazenamento sob refrigeração. Os liófilos obtidos mostraram estabilidade de tamanho e EE no período estudado. A liberação do AM no CLN em dispersão e liofilizado foi adequada ao modelo Peppas-Sahlin, com cinética de liberação por transporte anômalo. Não houve citotoxicidade em macrófagos pelo AM, enquanto os CLNs foram citotóxicos nas concentrações acima de 50 μg/mL. O AM também não apresentou atividade em promastigotas da L. infantum, mas o CLNb e CLN4 apresentaram IC50 104,7 μg/mL e 96,9 μg/mL respectivamente, enquanto nas amastigotas nenhuma das amostras 7 foram citotóxicas. Já na L. amazonensis, os IC50 foram 278,7 μg/mL para o AM, 150,6 μg/mL para CLN-B e 115 μg/mL para CLN-AM nas formas amastigotas. Portanto, foi possível obter CLNs com propriedades físico-químicas e estabilidade adequadas, com cinética de liberação prolongada e atividade contra a forma infectante de L. amazonensis, os quais são resultados encorajadores quanto ao potencial do sistema para uso oral. Estudos de farmacocinética estão sendo desenvolvidos para elucidação da biodisponibilidade oral.
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spelling SOUZA, Myla Lôbo dehttp://lattes.cnpq.br/5921826206509609http://lattes.cnpq.br/8152775457567731ROLIM NETO, Pedro José2023-01-27T13:07:09Z2023-01-27T13:07:09Z2022-11-25SOUZA, Myla Lôbo de. Carreador lipídico nanoestruturado contendo antimoniato de meglumina como alternativa terapêutica de uso oral contra a Leishmaniose. 2022. Tese (Doutorado em Inovação Terapêutica) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48794ark:/64986/001300000vzscA leishmaniose é uma doença tropical negligenciada causada por protozoários Leishmania spp., prevalente em 98 países no mundo. Entre 2018 e 2020, o Brasil ficou entre os três países com maior número de casos, os quais representam cerca de 90%. No Brasil, os medicamentos disponíveis não são totalmente eficazes, possuem uso parenteral e exibem vários efeitos adversos graves e muito frequentes, resultando em má adesão ao tratamento. Entre as alternativas que podem contornar esses problemas estão os Carreadores lipídicos nanoestruturados (CLN), que podem conferir aumento da solubilidade de fármacos, liberação prolongada e/ou controlada, maior absorção intestinal e biodisponibilidade oral. Nesse contexto, esse trabalho visa desenvolver CLNs contendo antimoniato de meglumina (AM) como alternativa terapêutica de uso oral para a leishmaniose. Inicialmente, ensaios de compatibilidade entre os insumos e o fármaco foram realizados. Otimizações de formulação e de processo foram feitas através de planejamento experimental, que possibilitou a escolha da nanopartícula com melhor tamanho, índice de polidispersão (PdI), potencial zeta (PZ) e eficiência de encapsulamento (EE). Os CLNs escolhidos também foram caracterizados por valor de pH, Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), Difração de raios-X (DRX), estabilidade simulando condições gastrointestinais, estabilidade de armazenamento, bem como foram liofilizados. Além disso, foram realizados testes in vitro de cinética de liberação, citotoxicidade em macrófagos RAW 264.7, e atividade em promastigotas e amastigotas das espécies L. infantum e L. amazonensis. Os resultados mostraram que não houve incompatibilidade entre o fármaco e os excipientes. O planejamento experimental resultou em um CLN com tamanho de 41,13 nm, PdI de 0,227, PZ de -27,9 mV, EE de 62,43% e pH 5,23. O FTIR confirmou a incorporação do AM no CLN, o DSC mostrou redução de cristalinidade da matriz da nanopartícula, que foi ratificado no DRX. O CLN foi estável simulando pH do trato gastrointestinal e também durante armazenamento sob refrigeração. Os liófilos obtidos mostraram estabilidade de tamanho e EE no período estudado. A liberação do AM no CLN em dispersão e liofilizado foi adequada ao modelo Peppas-Sahlin, com cinética de liberação por transporte anômalo. Não houve citotoxicidade em macrófagos pelo AM, enquanto os CLNs foram citotóxicos nas concentrações acima de 50 μg/mL. O AM também não apresentou atividade em promastigotas da L. infantum, mas o CLNb e CLN4 apresentaram IC50 104,7 μg/mL e 96,9 μg/mL respectivamente, enquanto nas amastigotas nenhuma das amostras 7 foram citotóxicas. Já na L. amazonensis, os IC50 foram 278,7 μg/mL para o AM, 150,6 μg/mL para CLN-B e 115 μg/mL para CLN-AM nas formas amastigotas. Portanto, foi possível obter CLNs com propriedades físico-químicas e estabilidade adequadas, com cinética de liberação prolongada e atividade contra a forma infectante de L. amazonensis, os quais são resultados encorajadores quanto ao potencial do sistema para uso oral. Estudos de farmacocinética estão sendo desenvolvidos para elucidação da biodisponibilidade oral.CAPESLeishmaniasis is a neglected tropical disease caused by the protozoan Leishmania spp., prevalent in 98 countries worldwide. Between 2018 and 2020, Brazil was among the three countries with the highest number of cases, which together represent about 90% of cases. In Brazil, the available drugs are not fully effective, require parenteral application and exhibit several serious and very frequent adverse effects, resulting in poor adherence to treatment. Among the alternatives that can overcome these problems are nanostructured lipid carriers (NLC), which can provide increased drug solubility, prolonged and/or controlled release, greater intestinal absorption and oral bioavailability. In this context, this work aims to develop NLCs containing meglumine antimoniate (MA) as a therapeutic alternative for oral use for leishmaniasis. Initially, compatibility tests between the excipients and the drug were performed. Formulation and process optimizations were made through experimental design, which made it possible to choose the nanoparticle with the best size, polydispersity index (PdI), zeta potential (ZP) and encapsulation efficiency (EE). The chosen NLCs were also characterized by pH value, Differential Scanning Calorimetry (DSC), Fourier Transform Infrared Spectroscopy (FTIR), X-ray Diffraction (XRD), stability simulating gastrointestinal conditions, storage stability, as well as were lyophilized. In addition, in vitro tests of release kinetics, cytotoxicity on RAW 264.7 macrophages, and activity on promastigotes and amastigotes of L. infantum and L. amazonensis species were performed. The results showed that there was no incompatibility between the drug and the excipients. The experimental design resulted in an NLC with a size of 41.13 nm, PdI of 0.227, PZ of -27.9 mV, EE of 62.43% and pH 5.23. The FTIR confirmed the incorporation of MA in the NLC, the DSC showed a reduction in the crystallinity of the nanoparticle matrix, which was ratified in the XRD. NLC was stable during pH simulation of the gastrointestinal tract and also during refrigerated storage. The obtained lyophiles showed stability in size and EE during the studied time. The release of MA from the NLC in dispersion and after lyophilization was adapted to the Peppas-Sahlin model, with release kinetics by anomalous transport. There was no cytotoxicity in macrophages by MA, while NLCs were cytotoxic at concentrations above 50 μg/mL. MA also showed no activity against L. infantum promastigotes, but CLNb and NLC4 presented IC50 of 104.7 μg/mL and 96.9 μg/mL respectively, while in amastigotes none of the samples were cytotoxic. Against L. amazonensis, the IC50s were 278.7 μg/mL for AM, 150.6 μg/mL for NLC-B and 115 μg/mL for NLC-AM facing the amastigote 9 forms. Therefore, it was possible to obtain NLCs with adequate physicochemical properties and stability, with prolonged release kinetics and activity against the infective form of L. amazonensis, which are encouraging results regarding the potential of the system for oral use. Pharmacokinetic studies are being developed to elucidate oral bioavailability.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Inovacao TerapeuticaUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessLeishmanioseNanopartículasTestes de toxicidadeCarreador lipídico nanoestruturado contendo antimoniato de meglumina como alternativa terapêutica de uso oral contra a Leishmanioseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPECC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48794/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48794/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53ORIGINALTESE Myla Lobo de Souza.pdfTESE 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