Histórico de recuperação e padrões de movimentação do tubarão de Galápagos Carcharhinus galapagensis (SNODGRASS & HELLER, 1905) no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: QUEIROZ, Joyce Dias Gois Rodrigues de
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39161
Resumo: O tubarão de Galápagos (Carcharhinus galapagensis) é uma espécie cosmopolita encontrada principalmente associada as ilhas oceânicas. No passado, a espécie foi considerada uma das mais abundantes do Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP), um conjunto de ilhas brasileiras localizadas entre o Brasil e a África, no hemisfério norte próximo a região equatorial. No transcorrer dos anos, a espécie sofreu uma drástica redução após o início das atividades pesqueiras no entorno da região, chegando a ser considerada como localmente extinta. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi comprovar a ocorrência e determinar os padrões de movimentação e o uso do hábitat do tubarão de Galápagos no ASPSP. Com base nas informações fornecidas pelos pescadores, em dados de captura e em registro de imagens, foi possível comprovar que a espécie não somente continua presente no ASPSP, como a sua população está em processo de recuperação, se tornando novamente bastante abundante na região. Entre 2010 e 2019, 37 tubarões de Galápagos foram capturados, para fins de marcação e mensuração, tendo sido, em seguida liberados de volta ao mar. A espécie foi a segunda mais capturada no arquipélago. Não houve diferença significativa na razão sexual e na distribuição de frequência de tamanho por sexo dos indivíduos capturados. A rápida recuperação dos tubarões carcharhinídeos foi relatada por todos os pescadores entrevistados, com a maioria deles descrevendo uma clara percepção de aumento da abundância de tubarões após a proibição da pesca de elasmobrânquios, em 2012, aspecto que enfatiza a vulnerabilidade dessas espécies à pressão pesqueira. Duas áreas foram definidas pelos pescadores como sendo de maior frequência de avistagens de tubarões. Além disso, foi observada uma clara segregação interespecífica entre o C. galapagensis e C. falciformis, com o tubarão de Galápagos sendo mais capturado do lado oeste do arquipélago e o contrário ocorrendo com o C. falciformis. Cinco tubarões de Galápagos capturados durante uma expedição científica em agosto de 2019 foram marcados com transmissores via satélite, no intuito de compreender os padrões de movimentação da espécie no ASPSP. Apenas duas das cinco marcas, uma Pop-up Satellite Archival Transmitting tag (PSAT) e uma Smart Position or Temperature Transmitting tag (SPOT) fixadas em um macho adulto de 223 cm e uma fêmea adulta de 220 cm de comprimento total, respectivamente, transmitiram dados para o sistema Argos de satélites. Dados dos perfis de profundidade e temperatura obtidos com a PSAT demonstram que o indivíduo realizou mergulhos abaixo da termoclina, alcançando uma profundida de 304 m. Os dois indivíduos apresentaram diferentes padrões de movimento horizontal. Enquanto o macho permaneceu próximo ao arquipélago durante o período de marcação (59 dias), a fêmea percorreu uma longa distância, sendo detectada próxima a costa da África após 168 dias de marcação. A distância percorrida por essa fêmea é a mais longa registrada para a espécie até o momento. Ambos os indivíduos marcados ultrapassaram os limites das áreas de proibição da pesca de elasmobrânquios, ressaltando a importância de se ter um amplo conhecimento sobre a ecologia espacial das espécies ameaçadas para que se possa definir medidas adequadas de manejo e conservação.
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No transcorrer dos anos, a espécie sofreu uma drástica redução após o início das atividades pesqueiras no entorno da região, chegando a ser considerada como localmente extinta. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi comprovar a ocorrência e determinar os padrões de movimentação e o uso do hábitat do tubarão de Galápagos no ASPSP. Com base nas informações fornecidas pelos pescadores, em dados de captura e em registro de imagens, foi possível comprovar que a espécie não somente continua presente no ASPSP, como a sua população está em processo de recuperação, se tornando novamente bastante abundante na região. Entre 2010 e 2019, 37 tubarões de Galápagos foram capturados, para fins de marcação e mensuração, tendo sido, em seguida liberados de volta ao mar. A espécie foi a segunda mais capturada no arquipélago. Não houve diferença significativa na razão sexual e na distribuição de frequência de tamanho por sexo dos indivíduos capturados. A rápida recuperação dos tubarões carcharhinídeos foi relatada por todos os pescadores entrevistados, com a maioria deles descrevendo uma clara percepção de aumento da abundância de tubarões após a proibição da pesca de elasmobrânquios, em 2012, aspecto que enfatiza a vulnerabilidade dessas espécies à pressão pesqueira. Duas áreas foram definidas pelos pescadores como sendo de maior frequência de avistagens de tubarões. Além disso, foi observada uma clara segregação interespecífica entre o C. galapagensis e C. falciformis, com o tubarão de Galápagos sendo mais capturado do lado oeste do arquipélago e o contrário ocorrendo com o C. falciformis. Cinco tubarões de Galápagos capturados durante uma expedição científica em agosto de 2019 foram marcados com transmissores via satélite, no intuito de compreender os padrões de movimentação da espécie no ASPSP. 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Ambos os indivíduos marcados ultrapassaram os limites das áreas de proibição da pesca de elasmobrânquios, ressaltando a importância de se ter um amplo conhecimento sobre a ecologia espacial das espécies ameaçadas para que se possa definir medidas adequadas de manejo e conservação.CAPESThe Galapagos shark (Carcharhinus galapagensis) is a cosmopolitan species mostly found associated with oceanic islands. In the past, the species was considered one of the most abundant in the Saint Peter and Saint Paul Archipelago (SPSPA), a group of Brazilian islands located between Brazil and Africa, in the northern hemisphere close to the equator. Over the years, the species suffered a major decline after the beginning of fishing activity in the region, being considered locally extinct. In this context, the objective of the present study was to prove the occurrence and to determine the patterns of movement and habitat use of the Galapagos shark in the SPSPA. Based on information provided by the fishermen, catch data and video images, it was possible to confirm that the species is not only still present in the SPSPA, but that its population is recovering quickly, becoming again very abundant in the region. Between 2010 and 2019, 37 Galapagos sharks were caught and released, after being tagged and measured. The species was the second shark most caught in the archipelago. There was no significant difference in sex ratio and in the size frequency distribution of males and females caught. The rapid recovery in the abundance of carcharhinid sharks was attested by all fishermen interviewed, with most of them having reported a noticeable increase in the abundance of sharks after the complete ban on elasmobranch fishing in 2012, emphasizing the vulnerability of these species to fishing pressure. Two areas were defined by fishermen as having the greatest frequency of shark sightings. Furthermore, a clear interspecific segregation was observed between C. galapagensis and C. falciformis, with the Galapagos shark being much more abundant on the west side of the archipelago, and the contrary happening with the C. falciformis. Five Galapagos sharks caught during a scientific expedition in August 2019 were tagged with satellite tags to better understand their movements around the SPSPA. Only two of the five tags, a Pop-up Satellite Archival Transmitting tag (PSAT) and a Smart Position or Temperature Transmitting tag (SPOT), deployed in an adult male of 223 cm and an adult female of 220 cm total length, respectively, transmitted their data to the Argos satellite system. Profiles of depth and temperature obtained with the PSAT demonstrated that the individual made dives below the thermocline zone, reaching a depth of 304 m. The two tagged sharks displayed different patterns of horizontal movement. While the male remained close to the archipelago during the period of tag deployment (59 days), the female specimen undertook a long-distance movement, being detected close to the coast of Africa after 168 days of tag deployment. This was the longest movement recorded for the species, so far. Both individuals moved beyond the areas where elasmobranch fishing is prohibited, highlighting the importance of having a broad knowledge of the spatial ecology of threatened species to define appropriate management and conservation measures.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em OceanografiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessOceanografiaCarcharhinídeosRecuperação populacionalEstrutura populacionalEtnobiologiaTelemetria via satéliteConservaçãoHistórico de recuperação e padrões de movimentação do tubarão de Galápagos Carcharhinus galapagensis (SNODGRASS & HELLER, 1905) no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Joyce Dias Gois Rodrigues de Queiroz.pdfDISSERTAÇÃO Joyce Dias Gois Rodrigues de Queiroz.pdfapplication/pdf1367413https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39161/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Joyce%20Dias%20Gois%20Rodrigues%20de%20Queiroz.pdf02670a1c051b3398b0c785d3b2fab91fMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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