Ecologia alimentar nas diferentes fases ontogenéticas de Cathorops spixii, C. agassizii, e Sciades herzbergii (Actinopterygii Ariidae)
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8322 |
Resumo: | Neste estudo foi descrita a ecologia alimentar nas diferentes fases ontogenéticas (juvenil, sub-adulta e adulta) de três espécies de Ariidae (C. spixii, C. agassizii e S. herzbergii). Os indivíduos foram coletados no canal principal do estuário do Rio Goiana (NE/Brasil), durante as estações seca e chuvosa de 2006 à 2008. Os estômagos de 182 indivíduos com conteúdo foram analisados, dos quais 60 pertenciam a C. spixii, 60 a C. agassizii e 62 a S. herzbergii. Mudanças na dieta ao longo das fases ontogenéticas puderam ser identificadas. Em C. spixii Calanoida foi importante nas fases juvenil (3 a 5 cm) e sub-adulta (5,1 à 12 cm) sendo substituída por Ostracoda na fase adulta (> 12 cm). Já em C. agassizii Calanoida foi a presa mais importante ao longo das três fases ontogenéticas. Em S. herzbergii Uca spp foi a presa mais importante ao longo das três fases ontogenéticas, no entanto Calanoida e larva de Diptera também foram importantes na fase juvenil (5,1 à 12 cm), o que indica sobreposição alimentar com as espécies do gênero Cathorops durante essa fase de vida em relação à presa Calanoida. C. spixii e C. agassizii apresentaram hábitos alimentares mais semelhantes quando comparados com S. herzbergii, indicando que as duas espécies possivelmente competem por alimento. Presas maiores tais como Bivalvia, Actinopterygii e crustáceos de maior tamanho podem ser ingeridas por C. spixii e C. agassizii na fase adulta, dependendo da disponibilidade local. Para S. herzbergii a fonte de alimento provem principalmente dos canais das florestas de manguezal, onde o principal item alimentar, o caranguejo do gênero Uca spp é mais abundante. S. herzbergii foi considerada a mais especializada, e C. agassizii generalista. A fase sub-adulta de C. spixii (5,1-12 cm) apresentou maior riqueza de itens alimentares, no entanto, poucas espécies dominaram em número e peso (principalmente Calanoida), causando queda na equitatividade (E2). Houve um aumento na riqueza itens alimentares ao longo da vida de C. agassizii, no entanto o número de xi espécies abundantes (N1) se manteve constante (principalmente Calanoida). Isso causou um declínio no índice de equitatividade (E2) ao longo das três fases ontogenéticas. Em relação a S. herzbergii, a riqueza de itens alimentares se manteve constante ao longo das três fases ontogenéticas. Isto sugere que essa espécie seja especialista desde as primeiras fases de vida. Os valores do índice de diversidade (N1) para número sempre foram superiores aos de peso. A ingestão de Decapoda (principalmente Uca spp) foi a principal causadora dessa tendência, por possuírem elevados pesos em relação às outras presas ingeridas. Todas as medidas morfométricas analisadas variaram como uma função do comprimento total e do comprimento da cabeça, sendo que, com exceção do comprimento do trato gastrointestinal (b > 1) todas as outras variáveis morfométricas apresentaram crescimento alométrico negativo (b < 1). A proporcionalidade no crescimento das varáveis teve implicações diretas nos hábitos alimentares das três espécies, pois possibilitou a ingestão de presas de maior tamanho na fase adulta, otimizando a relação esforço/benefício para a obtenção de energia necessária para o peixe. A ingestão de fios de nylon pelas três espécies estudas indicam que o estuário vem sofrendo influência antrópica |
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POSSATTO, Fernanda EriaBARLETTA, Mário2014-06-12T22:59:11Z2014-06-12T22:59:11Z2010-01-31Eria Possatto, Fernanda; Barletta, Mário. Ecologia alimentar nas diferentes fases ontogenéticas de Cathorops spixii, C. agassizii, e Sciades herzbergii (Actinopterygii Ariidae). 2010. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8322Neste estudo foi descrita a ecologia alimentar nas diferentes fases ontogenéticas (juvenil, sub-adulta e adulta) de três espécies de Ariidae (C. spixii, C. agassizii e S. herzbergii). Os indivíduos foram coletados no canal principal do estuário do Rio Goiana (NE/Brasil), durante as estações seca e chuvosa de 2006 à 2008. Os estômagos de 182 indivíduos com conteúdo foram analisados, dos quais 60 pertenciam a C. spixii, 60 a C. agassizii e 62 a S. herzbergii. Mudanças na dieta ao longo das fases ontogenéticas puderam ser identificadas. Em C. spixii Calanoida foi importante nas fases juvenil (3 a 5 cm) e sub-adulta (5,1 à 12 cm) sendo substituída por Ostracoda na fase adulta (> 12 cm). Já em C. agassizii Calanoida foi a presa mais importante ao longo das três fases ontogenéticas. Em S. herzbergii Uca spp foi a presa mais importante ao longo das três fases ontogenéticas, no entanto Calanoida e larva de Diptera também foram importantes na fase juvenil (5,1 à 12 cm), o que indica sobreposição alimentar com as espécies do gênero Cathorops durante essa fase de vida em relação à presa Calanoida. C. spixii e C. agassizii apresentaram hábitos alimentares mais semelhantes quando comparados com S. herzbergii, indicando que as duas espécies possivelmente competem por alimento. Presas maiores tais como Bivalvia, Actinopterygii e crustáceos de maior tamanho podem ser ingeridas por C. spixii e C. agassizii na fase adulta, dependendo da disponibilidade local. Para S. herzbergii a fonte de alimento provem principalmente dos canais das florestas de manguezal, onde o principal item alimentar, o caranguejo do gênero Uca spp é mais abundante. S. herzbergii foi considerada a mais especializada, e C. agassizii generalista. A fase sub-adulta de C. spixii (5,1-12 cm) apresentou maior riqueza de itens alimentares, no entanto, poucas espécies dominaram em número e peso (principalmente Calanoida), causando queda na equitatividade (E2). Houve um aumento na riqueza itens alimentares ao longo da vida de C. agassizii, no entanto o número de xi espécies abundantes (N1) se manteve constante (principalmente Calanoida). Isso causou um declínio no índice de equitatividade (E2) ao longo das três fases ontogenéticas. Em relação a S. herzbergii, a riqueza de itens alimentares se manteve constante ao longo das três fases ontogenéticas. Isto sugere que essa espécie seja especialista desde as primeiras fases de vida. Os valores do índice de diversidade (N1) para número sempre foram superiores aos de peso. A ingestão de Decapoda (principalmente Uca spp) foi a principal causadora dessa tendência, por possuírem elevados pesos em relação às outras presas ingeridas. Todas as medidas morfométricas analisadas variaram como uma função do comprimento total e do comprimento da cabeça, sendo que, com exceção do comprimento do trato gastrointestinal (b > 1) todas as outras variáveis morfométricas apresentaram crescimento alométrico negativo (b < 1). A proporcionalidade no crescimento das varáveis teve implicações diretas nos hábitos alimentares das três espécies, pois possibilitou a ingestão de presas de maior tamanho na fase adulta, otimizando a relação esforço/benefício para a obtenção de energia necessária para o peixe. A ingestão de fios de nylon pelas três espécies estudas indicam que o estuário vem sofrendo influência antrópicaConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessVariação ontogenéticaConteúdo estomacalEstuário do Rio GoianaEcologia alimentar nas diferentes fases ontogenéticas de Cathorops spixii, C. agassizii, e Sciades herzbergii (Actinopterygii Ariidae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo388_1.pdf.jpgarquivo388_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1185https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8322/4/arquivo388_1.pdf.jpgcb8975de893a106e11cbeb811c07fa3eMD54ORIGINALarquivo388_1.pdfapplication/pdf6201108https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8322/1/arquivo388_1.pdfa7c2f9fa1661eaf34c7f064301abd0bbMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8322/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo388_1.pdf.txtarquivo388_1.pdf.txtExtracted texttext/plain140475https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8322/3/arquivo388_1.pdf.txt1fa40f502b42da8261f79eff38ed3effMD53123456789/83222019-10-25 15:15:06.237oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8322Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T18:15:06Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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