Avaliação das interações biológicas por eletroquímica entre bactérias endofíticas e lectina galactose específica (BmoLL) isolados de folhas de Bauhinia monandra Kurz

• Autor(a) principal: FARIAS, Josivan Barbosa
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
• Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46233
• topic: Bactérias; Lectinas; Plantas

A espécie vegetal Bauhinia monandra Kurz., pertencente à família das Fabaceae e amplamente distribuída no território brasileiro é conhecida popularmente como “pata de vaca” e utilizada principalmente na medicina pelo uso no tratamento de inflamação e diabetes. Bactérias endofíticas podem promover inúmeras vantagens a suas plantas hospedeiras, como indução do crescimento e defesa contra agentes patogênicos. Lectinas são proteínas reconhecedoras e ligantes de carboidratos e promovem diversas atividades biológicas. Em alguns estudos já foi demonstrada a capacidade de lectinas aglutinar células bacterianas endofíticas sem promover atividade antimicrobiana. Processos de caracterização de lectinas são fundamentais para definição de sua estrutura e função, sendo empregados métodos convencionais e diferenciados para este processo, como a técnica eletroquímica de voltametria cíclica. O objetivo do presente estudo foi avaliar a interação entre bactérias endofíticas e a lectina galactose específica BmoLL isoladas de folhas de B. monandra com técnicas de aglutinação e eletroquímica como estratégia de caracterização da lectina. Nos ensaios de aglutinação BmoLL foi testada para três estírpes bacterianas Bacillus sp., Burkholderia sp. e Enterobacter sp., onde a lectina promoveu maior atividade aglutinante em células de Enterobacter sp. em títulos de 1.024-1. E em ensaios de inibição por galactose, ainda manteve atividade aglutinante para Enterobacter sp. em títulos de 8- 1. Nos ensaios eletroquímicos com Voltametria Cíclica, as diminuições das correntes de pico catódica e anódica de BmoLL imobilizada em eletrodo de ouro na presenção de carboidratos redutores glicose e galactose, foi possível perceber a interação eletroquímica específica da lectina por galactose. Nos ensaios com as bactérias endofíticas, BmoLL imobilizada em eletrodo de ouro promoveu interação com as três estípes endofíticas testadas, sendo detectado uma diminuição dos processos de oxidação e redução na interface eletrodo/solução a medida que aumentava a concentração de bactérias. Diante dos resultados foi possível perceber a possibilidade de caracterização eletroquímica da lectina BmoLL na interação com bactérias endofíticas de folhas de B. monandra.