Somos pedras que se consomem em angústia - a temática da inquietação no diálogo entre Graciliano Ramos e Raimundo Carrero

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CONCEIÇÃO, Auríbio Farias
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000shdt
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7951
Resumo: O presente trabalho se propõe a investigar, à luz da filosofia da existência, manifestações de angústia no diálogo entre Graciliano Ramos e Raimundo Carrero, mais especificamente em suas respectivas obras Angústia e Somos Pedras que se Consomem, representativas, por excelência, da referida temática nos autores. As personagens conduzem a investigação que visa identificar como a angústia se inscreve nas narrativas. Dessa perspectiva são abordados o encolhimento, a liberdade existencial, a possibilidade de suicídio e a esperança, o incesto e a desmesura. Tais assuntos vão tecendo a inquietação, alvo de discussão de autores como Kierkegaard, Sartre, Gabriel Marcel, Erich Fromm, entre outros convocados para o diálogo com os autores. Daí se depreende que a angústia adâmica, que se manifestava como possibilidade de conhecer o bem e o mal, é análoga à que hoje se manifesta no indivíduo e na cultura, dentre outras formas, como impossibilidade de manter um eu coerente, diante de diferentes identidades. Ou seja, esses textos nos conduzem à compreensão de que a angústia é uma inerência à condição humana, uma vez que o homem só se torna homem através da consciência de si mesmo e essa consciência é em si angústia
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