Influência da dieta materna perinatal sobre o estresse oxidativo no sistema nervoso central da prole e sua relação com doenças neurogênicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: NEGROMONTE, Natalia Reis de Souza
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
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Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46431
Resumo: A dieta materna durante a gestação e lactação influencia a atividade de enzimas e níveis de biomarcadores relacionados ao estresse oxidativo no sistema nervoso da descendência. Trata-se de uma revisão sistemática da literatura para investigar os efeitos da dieta materna durante o período perinatal sobre o estresse oxidativo no sistema nervoso central (SNC) da prole e sua contribuição para o desenvolvimento das doenças neurogênicas. Foram realizadas buscas nas bases de dados Pubmed, Embase, Web of Science, Scopus, Lilacs e Cochrane entre dezembro de 2020 a janeiro de 2021 com atualização em janeiro de 2022. Dois revisores independentes extraíram os dados e avaliaram a qualidade dos estudos incluídos. Foram encontrados 2.563 trabalhos, que passaram por etapas de exclusão de duplicatas, leituras e avaliações. Vinte e seis artigos foram incluídos na revisão. Em relação às dietas, os tipos mais encontrados foram: hipoproteicas, modificadas na quantidade ou tipo de gordura e mudanças na quantidade de micronutrientes (como vitaminas C, D, E, B9, B12, cobalamina, colina, e o mineral vanádio). As regiões do SNC mais estudadas foram encéfalo, tronco encefálico, córtex cerebral, cerebelo e hipocampo. Dentre os marcadores mais estudados de estresse oxidativo, estavam níveis de malondialdeído (MDA), proteínas carboniladas, glutationa (GSH) e glutationa dissulfeto (GSSG) e atividades de enzimas, como superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx), glutationa redutase (GR). Nos estudos com dieta materna hipoproteica, foi observada, em sua maioria, níveis aumentados de MDA e redução da atividade da SOD e CAT. Os resultados em relação aos níveis de carbonilas e GSH foram divergentes. Os trabalhos com modificações de lipídios na dieta materna também apresentaram resultados conflitantes. Poucos trabalhos realizaram análises comportamentais ou outros testes em conjunto com o estudo do estresse oxidativo. Naqueles que realizaram alguma análise secundária, os resultados encontrados também foram mistos. Desequilíbrios na dieta materna durante a gestação e/ou lactação podem influenciar o aumento dos biomarcadores de estresse oxidativo e prejudicar a atividade das enzimas antioxidantes, reduzindo sua atividade no sistema nervoso central. Contudo, diferenças nas elaborações das dietas, no período realizado e estrutura de análise do estresse oxidativo nos filhotes levam a divergências nos resultados. Devido às divergências, não foi possível fazer uma relação direta entre as mudanças no equilíbrio oxidativo e as repercussões secundárias.
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Trata-se de uma revisão sistemática da literatura para investigar os efeitos da dieta materna durante o período perinatal sobre o estresse oxidativo no sistema nervoso central (SNC) da prole e sua contribuição para o desenvolvimento das doenças neurogênicas. Foram realizadas buscas nas bases de dados Pubmed, Embase, Web of Science, Scopus, Lilacs e Cochrane entre dezembro de 2020 a janeiro de 2021 com atualização em janeiro de 2022. Dois revisores independentes extraíram os dados e avaliaram a qualidade dos estudos incluídos. Foram encontrados 2.563 trabalhos, que passaram por etapas de exclusão de duplicatas, leituras e avaliações. Vinte e seis artigos foram incluídos na revisão. Em relação às dietas, os tipos mais encontrados foram: hipoproteicas, modificadas na quantidade ou tipo de gordura e mudanças na quantidade de micronutrientes (como vitaminas C, D, E, B9, B12, cobalamina, colina, e o mineral vanádio). As regiões do SNC mais estudadas foram encéfalo, tronco encefálico, córtex cerebral, cerebelo e hipocampo. Dentre os marcadores mais estudados de estresse oxidativo, estavam níveis de malondialdeído (MDA), proteínas carboniladas, glutationa (GSH) e glutationa dissulfeto (GSSG) e atividades de enzimas, como superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx), glutationa redutase (GR). Nos estudos com dieta materna hipoproteica, foi observada, em sua maioria, níveis aumentados de MDA e redução da atividade da SOD e CAT. Os resultados em relação aos níveis de carbonilas e GSH foram divergentes. Os trabalhos com modificações de lipídios na dieta materna também apresentaram resultados conflitantes. Poucos trabalhos realizaram análises comportamentais ou outros testes em conjunto com o estudo do estresse oxidativo. Naqueles que realizaram alguma análise secundária, os resultados encontrados também foram mistos. Desequilíbrios na dieta materna durante a gestação e/ou lactação podem influenciar o aumento dos biomarcadores de estresse oxidativo e prejudicar a atividade das enzimas antioxidantes, reduzindo sua atividade no sistema nervoso central. Contudo, diferenças nas elaborações das dietas, no período realizado e estrutura de análise do estresse oxidativo nos filhotes levam a divergências nos resultados. Devido às divergências, não foi possível fazer uma relação direta entre as mudanças no equilíbrio oxidativo e as repercussões secundárias.FACEPEMaternal diet during pregnancy and lactation influences the activity of enzymes and levels of biomarkers related to oxidative stress in offspring central nervous system (CNS). This is a systematic review of the literature to investigate the effects of maternal diet during the perinatal period on oxidative stress in the offspring's central nervous system (CNS) and its contribution to the development of neurogenic diseases. Pubmed, Embase, Web of Science, Scopus, Lilacs, and Cochrane databases were searched between December 2020 and January 2021 with an update in January 2022. Two independent reviewers extracted data and assessed the quality of included studies. A total of 2,563 works were found, which underwent steps of deleting duplicates, readings, and evaluations. Twenty-six articles were included in the review. Regarding the diets, the most common were protein restriction, modification of amount or type of fat, and modification of micronutrients (such as vitamins C, D, E, B9, B12, cobalamin, choline, and the mineral vanadium). The most studied CNS regions were brain, brainstem, cerebral cortex, cerebellum, and hippocampus. Among the most studied markers of oxidative stress were levels of malondialdehyde (MAD), carbonyl proteins, glutathione (GSH), and glutathione disulfide (GSSG) and enzyme activities such as superoxide dismutase (SOD), catalase (CAT), glutathione peroxidase (GPx), and glutathione reductase (GR). In studies with low-protein maternal diet, increased levels of MDA and reduced activity of SOD and CAT were observed. Results regarding carbonyl and GSH levels were divergents. The studies with modifications of lipids in the maternal diet also presented conflicting results. Few studies performed behavioral analyzes or other tests in conjunction with the study of oxidative stress. In those who performed some secondary analysis, the results were also mixed. Imbalances in the maternal diet during pregnancy and/or lactation may influence the increase of oxidative stress biomarkers levels and impair the activity of antioxidant enzymes, reducing their activity in the central nervous system. However, differences in elaboration of diets and the age and sample of analysis of oxidative stress in pups lead to divergences in the results. Due to divergences, it was not possible to make a direct relationship between changes in oxidative balance and secondary repercussions.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Nutricao, Atividade Fisica e Plasticidade FenotipicaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessNutrição MaternaEstresse OxidativoDoenças do Sistema Nervoso CentralInfluência da dieta materna perinatal sobre o estresse oxidativo no sistema nervoso central da prole e sua relação com doenças neurogênicasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETEXTDISSERTAÇÃO Natalia Reis de Souza Negromonte.pdf.txtDISSERTAÇÃO Natalia Reis de Souza Negromonte.pdf.txtExtracted texttext/plain165240https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/46431/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Natalia%20Reis%20de%20Souza%20Negromonte.pdf.txt873bfb181d55c05eb863affa726070a5MD54THUMBNAILDISSERTAÇÃO Natalia Reis de Souza Negromonte.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Natalia Reis de Souza Negromonte.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1227https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/46431/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Natalia%20Reis%20de%20Souza%20Negromonte.pdf.jpg3c9513855906bb530f812bad4de6a812MD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Natalia Reis de Souza Negromonte.pdfDISSERTAÇÃO Natalia Reis de Souza Negromonte.pdfapplication/pdf2237560https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/46431/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Natalia%20Reis%20de%20Souza%20Negromonte.pdf68d97756a648b37571615b303c1456e0MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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