Pessoas em situação de rua em Recife: Cidadania através do trabalho como uma alternativa

• Autor(a) principal: SILVA, Patrícia Marília Félix da
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
• dARK ID: ark:/64986/001300000fggz
• Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17054
• topic: Sociologia; Pessoas desabrigadas – Recife (PE).; Pobreza.; Cidadania; Trabalho.

Num contexto de pobreza extrema e desigualdade social provocadas pelo capitalismo, o Brasil figura como um dos países que abriga grande número de pessoas em situação de rua. Estas enfrentam, cotidianamente, dificuldades para garantirem sua mínima sobrevivência, como a alimentação e um local para dormir. O desemprego, por sua vez, consiste no principal fator que gera a situação de rua, num enfraquecimento ou quebra de laços familiares e/ou comunitários, gerando prejuízos no exercício da cidadania. Nesse sentido, esta dissertação tem como objetivo investigar, através do materialismo histórico-dialético, as principais dificuldades enfrentadas pelas pessoas em situação de rua para saírem dessa circunstância mediante um exercício cidadão, sobremodo por meio do trabalho. Para tanto, foram contactadas pessoas em situação de rua adultas, por via das principais instituições que lidam com estas em Recife, a saber: IASC, Centro POP Neuza Gomes, Centro POP Glória, Grupo Ruas e Praças, Associação Beneficente O Pequeno Nazareno. A partir de entrevistas e questionários realizados com essas pessoas, verificou-se, com base em análise qualitativa, que as mesmas vivenciam o desemprego como o principal entrave para saírem dessa circunstância, na medida em que a inserção empregatícia tem sido dificultada pelo déficit de formação educacional e profissional que possuem. Assim, as pessoas em situação de rua apresentam carência no exercício cidadão, visto que, na contemporaneidade, o trabalho, através da renda que proporciona, consiste numa das principais formas deste exercício, mediante a possibilidade de inserção em diferentes espaços sociais que satisfaçam, no mínimo, necessidades concretas, como alimentação, moradia, saúde, etc.