Capacidade funcional e fatores associados em idosos residentes na ilha de Fernando de Noronha/PE

• Autor(a) principal: MELLO, Amanda Maria Santiago de
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
• Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38594
• topic: Idoso; Ilhas; Atividades cotidianas; Autonomia pessoal; Capacidade funcional

Este trabalho teve como objetivo analisar o perfil de capacidade funcional e os fatores associados em idosos residentes na ilha de Fernando de Noronha/PE. Tratouse de um estudo seccional, de caráter analítico, e a coleta de dados foi realizada no período entre agosto e outubro de 2019. A população do estudo compreendeu o universo de idosos residentes na ilha, cadastrados no e-SUS pela Unidade de Saúde da Família. O protocolo de coleta foi aplicado por meio de entrevista para resposta ao questionário de variáveis demográficas, sociais, clínicas e ambientais, e aos instrumentos de avaliação. A capacidade funcional foi determinada a partir da Análise de Classes Latentes, indiretamente mensurada pelos protocolos relativos aos domínios cognição, humor, atividades de vida diária, mobilidade e comunicação. Dentre os resultados obtidos: o modelo da análise escolhido possuiu duas classes, nomeadas como: “Boa autonomia e independência” e “Moderada autonomia e dependência parcial”. A prevalência de boa autonomia e independência entre os idosos residentes na ilha foi de 80,7% e os fatores associados foram identificados: pertencer ao sexo masculino (OR = 6,93), ser separado ou divorciado (OR = 14,87), viver sozinho (OR = 5,49), visitar amigos ou parentes pelo menos duas vezes por semana (OR = 5,20), ter tempo de trabalho superior a 36 anos (OR = 6,38), ser alfabetizado (OR = 13,19), não ter deficiência visual (OR = 4,96) ou auditiva (OR = 9,23), fazer uso de uma ou duas medicações (OR = 7,23) e ter história de queda (OR = 4,72). E a conclusão foi de que a maioria da população idosa noronhense apresenta boa autonomia e independência, e a capacidade funcional se apresentou como um fenômeno multifatorial e complexo, na medida em que fatores demográficos, sociais e clínicos estão associados de forma independente à boa funcionalidade. É importante que em qualquer meio social em que esteja o idoso, abordagens voltadas para a manutenção da capacidade funcional sejam incentivadas no processo de envelhecimento.