Diversidade de Mucorales (Mucoromycotina) em brejos de altitude Pernambuco
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Data de Publicação: | 2021 |
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Resumo: | Os brejos de altitude são enclaves de florestas úmidas circundados por áreas de caatinga que exibem uma biota distinta da Mata Atlântica e da Amazônia, sendo considerados refúgios para espécies de micro-organismos, incluindo os fungos. Até o presente, 34 espécies de fungos da ordem Mucorales foram reportadas em solo de brejos de altitude nordestinos, o que provavelmente não reflete a real riqueza desse grupo de fungos nessas áreas. Dessa forma, esse trabalho teve como objetivos: conhecer a frequência de ocorrência e a abundância relativa das espécies de Mucorales no solo dostrês brejos de altitude do semiárido de Pernambuco; conhecer e comparar a riqueza, diversidade, equitabilidade e a composição de espécies de Mucorales entre o solos dos brejo de altitude inventariados; avaliar se a temperatura e a pluviosidade influenciam na distribuição das espécies dos Mucorales no solo dos brejos de altitude estudados; descrever e ilustrar espécies novas, raras e primeiras ocorrências para o Brasil, bem como para a região Nordeste do país; contribuir com a preservação ex situ (no Herbário URM, na Micoteca URM e no GenBank) da diversidade e do patrimônio genético dos fungos zigospóricos. Foram realizadas oito coletas de solo, nos brejos da Serra do Jardim, Serra do Vento e do Benedito, localizados nas cidades de Agrestina, Belo Jardim e Gravatá, respectivamente. Para o isolamento dos fungos mucoráceos, cinco miligramas de solo foram inoculados no meio de cultura ágar germén de trigo, adicionado de cloranfenicol, previamente contido em placas de Petri, em triplicata. Foram isolados 29 táxons de Mucorales distribuídos entre Absidia, Backusella, Cunninghamella, Gongronella, Lichtheimia, Mucor, Rhizopus e Syncephalastrum. Cunninghamella bertholletiae foi o taxon mais frequente e abundante nos solos dos brejos, seguido por Gongronella sp. 1 e Absidia cornuta. A equitabilidade, diversidade e riqueza de Mucorales nos solos inventariados foram estatisticamente superiores no brejo da Serrra do Benedito, em relação aos outros dois brejos, mas não diferiram entre os brejos das Serras do Jardim e do vento. Com relação à composição de espécies, as comunidades dostrês brejos foram similares, sendo essa semelhança mais pronunciada entre os brejos das Serras do Jardim e do Vento, sendo a temperatura e umidade fatores que influenciam diretamente na distribuição das espécies nos brejos estudados. Absidia sp. 1 e Gongronella sp. 1 são novas espécies, enquanto Gongronella sp. 2 é uma provável nova espécie. Backusella gigacellularis e Mucor minutus estão sendo registrados pela primeira vez para o Nordeste do Brasil. |
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Até o presente, 34 espécies de fungos da ordem Mucorales foram reportadas em solo de brejos de altitude nordestinos, o que provavelmente não reflete a real riqueza desse grupo de fungos nessas áreas. Dessa forma, esse trabalho teve como objetivos: conhecer a frequência de ocorrência e a abundância relativa das espécies de Mucorales no solo dostrês brejos de altitude do semiárido de Pernambuco; conhecer e comparar a riqueza, diversidade, equitabilidade e a composição de espécies de Mucorales entre o solos dos brejo de altitude inventariados; avaliar se a temperatura e a pluviosidade influenciam na distribuição das espécies dos Mucorales no solo dos brejos de altitude estudados; descrever e ilustrar espécies novas, raras e primeiras ocorrências para o Brasil, bem como para a região Nordeste do país; contribuir com a preservação ex situ (no Herbário URM, na Micoteca URM e no GenBank) da diversidade e do patrimônio genético dos fungos zigospóricos. Foram realizadas oito coletas de solo, nos brejos da Serra do Jardim, Serra do Vento e do Benedito, localizados nas cidades de Agrestina, Belo Jardim e Gravatá, respectivamente. Para o isolamento dos fungos mucoráceos, cinco miligramas de solo foram inoculados no meio de cultura ágar germén de trigo, adicionado de cloranfenicol, previamente contido em placas de Petri, em triplicata. Foram isolados 29 táxons de Mucorales distribuídos entre Absidia, Backusella, Cunninghamella, Gongronella, Lichtheimia, Mucor, Rhizopus e Syncephalastrum. Cunninghamella bertholletiae foi o taxon mais frequente e abundante nos solos dos brejos, seguido por Gongronella sp. 1 e Absidia cornuta. A equitabilidade, diversidade e riqueza de Mucorales nos solos inventariados foram estatisticamente superiores no brejo da Serrra do Benedito, em relação aos outros dois brejos, mas não diferiram entre os brejos das Serras do Jardim e do vento. Com relação à composição de espécies, as comunidades dostrês brejos foram similares, sendo essa semelhança mais pronunciada entre os brejos das Serras do Jardim e do Vento, sendo a temperatura e umidade fatores que influenciam diretamente na distribuição das espécies nos brejos estudados. Absidia sp. 1 e Gongronella sp. 1 são novas espécies, enquanto Gongronella sp. 2 é uma provável nova espécie. Backusella gigacellularis e Mucor minutus estão sendo registrados pela primeira vez para o Nordeste do Brasil.CAPESUpland forests are moist-forest enclaves surrounded by the Caatinga areas that exhibit a distinct biota from the Atlantic Forest and the Amazon Rainforest, that are refuge for the microorganisms species, including the fungi species. So far, 34 fungi species from the Mucorales order are reported to be in the soils of the northeastern upland forests, which probably do not reflect the real richness of this fungi in these areas. Therefore, the aims of this work were: to know the frequency of occurrence and the relative abundance of the Mucorales species in the soils of the three upland forests from the semiarid region of Pernambuco; to know and compare the richness, diversity, equitability and the composition of Mucorales species among the inventoried soils of upland forests; to evaluate if the temperature and rainfall impact the distribution of Mucorales species in the mentioned studied soil of upland forests; to describe and illustrate new, rare species and first occurrence in Brazil, as well as for the Northeast region of the country; to contribute with the preservation of ex situ (in the Herbário URM, Micoteca URM and GenBank) of the diversity and genetic patrimony of zygosporic fungi. Eight collections of soil were done in the upland forests of Serra do Jardim, Serra do Vento and Serra do Benedito, located in the cities of Agrestina, Belo Jardim and Gravatá, respectively. For the mucoraceous isolation, five milligrams of soil were inoculated in wheat germ agar culture medium, plus chloramphenicol, contained into Petri dishes, in triplicate. Twenty-nine taxa of Mucorales were isolated, being distributed among Absidia, Backusella, Cunninghamella, Gongronella, Lichtheimia, Mucor, Rhizopus and Syncephalastrum. Cunninghamella bertholletiae was the most frequent and abundant taxon in the upland areas, followed by Gongronella sp. 1 and Absidia cornuta. The equitability, diversity and riches of Mucorales in the inventaried soils were, statistically, higher in the Serra do Benedito compared to the other two upland forests, but they did not differ from the Serras do Jardim and Serras do Vento uplands. Concerning the species composition, the three upland communities were similar, and this similarity was more apparent between the Serras do Jardim and Serras do Vento uplands, with the temperature and moisture being influencing factors which, directly, influenced the distribution of species in the analysed upland areas. Absidia sp. 1 and Gongronella sp. 1 are new species. Backusella gigacellularis and Mucor minutus are being registered for the first time in Northeast Brazil.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia de FungosUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessFungosEcologiaTaxonomiaDiversidade de Mucorales (Mucoromycotina) em brejos de altitude Pernambucoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Ana Lúcia Sabino de Melo Alves.pdfTESE Ana Lúcia Sabino de Melo Alves.pdfapplication/pdf4704595https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48601/1/TESE%20Ana%20L%c3%bacia%20Sabino%20de%20Melo%20Alves.pdfd3cf7b533acbdf9a85521097c4646c22MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48601/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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