O Bairro do Recife veste sua fantasia : o início da cenografia do Carnaval Multicultural do Recife

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MATA NETO, Diogenes Teixeira da
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000c09j
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40180
Resumo: O Carnaval multicultural do Recife emergiu sob os conceitos de descentralização e de diversidade/pluralidade cultural, sendo construído com o objetivo de ser um evento democrático e acessível para todos. O novo formato de carnaval, criado pela prefeitura em 2001, incluiu diferentes estilos musicais ao festejo, que já era composto por uma rica diversidade de manifestações culturais, e levou a festa para toda cidade, através de polos carnavalescos temáticos locados em diferentes pontos do Recife. Estabeleceu-se assim uma festa carnavalesca marcada pela coexistência da tradição e do novo e pela multiplicidade de ritmos, públicos e espaços. Nesse contexto, a cenografia urbana se instaurou como um elemento visual agregador para o enaltecimento da cultural local, ultrapassando o caráter decorativo, e se efetivou como uma intervenção urbana temporária fomentadora de novas possibilidades e experiências espaciais, na possível incumbência de conduzir o folião a degustar o espaço, antes costumeiro, como um lugar de festas e fantasias. Ao mesmo tempo, a cenografia urbana se apresentou com um recurso que acentuou o rompimento de um formato de carnaval comum às gestões anteriores. Partindo dessa compreensão, a partir de uma visão de pesquisa qualitativa e interdisciplinar, a pesquisa guiou-se por uma visão cultural, atingindo o campo do design artístico. O estudo em questão buscou compreender como essa cenografia urbana e suas estruturas efêmeras foram concebidas pelo escritório do arquiteto Carlos Augusto Lira, juntamente com a designer Joana Lira, nos primeiros anos do Carnaval Multicultural, de 2001 a 2003, enquanto instrumento de ressignificação do evento e do Bairro do Recife. Definido como o lugar empírico, o sítio histórico do bairro acolhe os principais polos carnavalescos, atraindo o maior número de brincantes e, por consequência, recebe os maiores investimentos atribuídos pela prefeitura. Logo, as intervenções cenográficas mais impactantes da cidade são incorporadas aos seus espaços. Além dos textos definidores de conceitos e categorias, a análise aqui proposta utiliza como principal base os registros iconográficos: proposta da marca, projetos das cenografias e fotografias dos processos e dos resultados finais.
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O novo formato de carnaval, criado pela prefeitura em 2001, incluiu diferentes estilos musicais ao festejo, que já era composto por uma rica diversidade de manifestações culturais, e levou a festa para toda cidade, através de polos carnavalescos temáticos locados em diferentes pontos do Recife. Estabeleceu-se assim uma festa carnavalesca marcada pela coexistência da tradição e do novo e pela multiplicidade de ritmos, públicos e espaços. Nesse contexto, a cenografia urbana se instaurou como um elemento visual agregador para o enaltecimento da cultural local, ultrapassando o caráter decorativo, e se efetivou como uma intervenção urbana temporária fomentadora de novas possibilidades e experiências espaciais, na possível incumbência de conduzir o folião a degustar o espaço, antes costumeiro, como um lugar de festas e fantasias. Ao mesmo tempo, a cenografia urbana se apresentou com um recurso que acentuou o rompimento de um formato de carnaval comum às gestões anteriores. Partindo dessa compreensão, a partir de uma visão de pesquisa qualitativa e interdisciplinar, a pesquisa guiou-se por uma visão cultural, atingindo o campo do design artístico. O estudo em questão buscou compreender como essa cenografia urbana e suas estruturas efêmeras foram concebidas pelo escritório do arquiteto Carlos Augusto Lira, juntamente com a designer Joana Lira, nos primeiros anos do Carnaval Multicultural, de 2001 a 2003, enquanto instrumento de ressignificação do evento e do Bairro do Recife. Definido como o lugar empírico, o sítio histórico do bairro acolhe os principais polos carnavalescos, atraindo o maior número de brincantes e, por consequência, recebe os maiores investimentos atribuídos pela prefeitura. Logo, as intervenções cenográficas mais impactantes da cidade são incorporadas aos seus espaços. Além dos textos definidores de conceitos e categorias, a análise aqui proposta utiliza como principal base os registros iconográficos: proposta da marca, projetos das cenografias e fotografias dos processos e dos resultados finais.Recife's Multicultural Carnival emerged under the concepts of decentralization and cultural diversity/plurality, being built with the objective of being a democratic and accessible event for all. The new carnival format, created by the city in 2001, included different musical styles for the celebration, which was already composed of a rich diversity of cultural art manifestations, and took the party to the whole city through thematic carnival centers located in different points of Recife. Thus, a carnival festival was established, marked by the coexistence of tradition and the new and by the multiplicity of rhythms, audiences and spaces. In this context, urban scenography was established as an aggregating visual element to enhance the local culture, surpassing the decorative character, and became effective as a temporary urban intervention promoting new possibilities and spatial experiences, with the aim of leading the carnival reveler to taste space, previously usual, as a place for parties and fantasies. Meanwhile, urban scenography presented itself as a resource that accentuated the rupture of a carnival format common to previous administrations. Starting from this understanding, from a qualitative and interdisciplinary research view, the research was guided by a cultural vision, reaching the field of artistic design. This study sought to understand how urban scenography and its ephemeral structures were conceived by the office of the architect Carlos Augusto Lira, together with the designer Joana Lira, in the early years of the Multicultural Carnival, from 2001 to 2003, as an instrument to redefine the event and Bairro do Recife neighborhood. Defined as the empirical place, the historic site of the neighborhood is home to the main carnival centers, attracting the greatest number of people and, consequently, receiving the largest investments attributed by the city. Therefore, the most impactful scenographic interventions in the city are incorporated into its spaces. In addition to the texts defining concepts and categories, the analysis proposed here uses iconographic records as the main basis: brand proposal, scenography projects and photographs of the processes and the final results.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Desenvolvimento UrbanoUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCenografia UrbanaEstruturas EfêmerasIntervenção UrbanaCarnaval MulticulturalBairro do RecifeO Bairro do Recife veste sua fantasia : o início da cenografia do Carnaval Multicultural do Recifeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Diogenes Teixeira da Mata Neto.pdfDISSERTAÇÃO Diogenes Teixeira da Mata Neto.pdfapplication/pdf9109811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/40180/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Diogenes%20Teixeira%20da%20Mata%20Neto.pdf43e7707e27a23332f8a8c22c5dd794a0MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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