Diálogos sobre sexualidade com os/as adolescentes/jovens de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca - PE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SHUÑA, Rocio del Pilar Bravo
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10337
Resumo: Este estudo busca compreender como as/os adolescentes/jovens (interlocutoras/es), com idades entre 16 e 19 anos, moradores dos municípios de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, significam a sexualidade, especificamente o início da suas vidas sexuais e o namoro, em interseção com os marcadores sociais de gênero, geração, raça e classe. Desta forma, procurou-se refletir sobre o método de intervenção utilizado, trazendo as experiências que são (re)construídas nos (des)encontros entre a/os pesquisadora/es e as/os interlocutoras/es, e as produções acadêmicas na área de psicologia sobre a sexualidade das/dos adolescentes/jovens questionadas/os a partir de um olhar feminista pós-estrutural, sendo uma Pesquisa Ação Participativa (PAR), cujos instrumentos metodológicos foram as rodas de diálogos e o diário de campo. Nestes diálogos observamos (des)igualdades, diferenças e agenciamentos que as/os adolescentes/jovens vivem e mobilizam no percurso de suas carreiras sexuais (HEILBORN, 1999). O início da vida sexual delas/deles acontece, em média, entre os 14 e 15 anos, idades que o mundo adulto considera “cedo” ou “precoce”. As práticas sexuais que definem este início giram em torno do que é considerado como “normal” e da noção de “virgindade”. Por outro lado, o namoro ainda mantém certas características do amor romântico, o pretendente é quem vai à casa da namorada para solicitar a aceitação dos pais, como sinal de fidelidade e de compromisso futuro para um casamento – muito embora o relacionamento possa continuar mesmo sem ter o aceite dos pais da adolescente/jovem, o mesmo não acontece com os rapazes. Assim sendo, outros vínculos afetivo-sexuais surgem na “ilegalidade” como “ficar”, “amizade colorida” e “conhecerem-se”, formas menos complicadas de elas/eles viverem a sexualidade fora da vigilância adultocêntrica. Através destas experiências, também discutimos as teorias ideológicas (heterossexismo, capitalismo, patriarcado, colonialismo) que sustentam e mobilizam saberes/poderes na interação entre as micropolíticas e macropolíticas que circulam nos cenários sexuais das/dos adolescentes/jovens (SPIVAK, 2010); discutimos ainda os circuitos (des)integrados (HARAWAY, 2009): família, escola, religião e posto de saúde, os quais dificultam a vivência da sexualidade delas/deles e o acesso a seus direitos sexuais e direitos reprodutivos. Este é um panorama mais constrangedor para as mulheres e para os grupos LGBTTI. Outro aspecto importante é que a metodologia nos permitiu (re)pensar sobre o próprio dispositivo de pesquisa. Assim, consideramos que trabalhar a partir de uma perspectiva teórico-metodológica feminista pós-estrutural tenha facilitado as reflexões e os posicionamentos das/dos adolescentes/jovens como sujeitos responsáveis por sua sexualidade. Por este motivo, é importante seguir investindo em novas formas de fazer pesquisa que possam visibilizar a voz das/dos adolescentes/jovens, capazes de debater e exigir seus próprios direitos sexuais e direitos reprodutivos, de lutar contra as desigualdades que as/os atingem.
id UFPE_d1f29f553b364a8a0cad446ffca84417
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/10337
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling SHUÑA, Rocio del Pilar BravoADRIÃO, Karla Galvão2015-03-04T13:34:53Z2015-03-04T13:34:53Z2014-04-25https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10337Este estudo busca compreender como as/os adolescentes/jovens (interlocutoras/es), com idades entre 16 e 19 anos, moradores dos municípios de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, significam a sexualidade, especificamente o início da suas vidas sexuais e o namoro, em interseção com os marcadores sociais de gênero, geração, raça e classe. Desta forma, procurou-se refletir sobre o método de intervenção utilizado, trazendo as experiências que são (re)construídas nos (des)encontros entre a/os pesquisadora/es e as/os interlocutoras/es, e as produções acadêmicas na área de psicologia sobre a sexualidade das/dos adolescentes/jovens questionadas/os a partir de um olhar feminista pós-estrutural, sendo uma Pesquisa Ação Participativa (PAR), cujos instrumentos metodológicos foram as rodas de diálogos e o diário de campo. Nestes diálogos observamos (des)igualdades, diferenças e agenciamentos que as/os adolescentes/jovens vivem e mobilizam no percurso de suas carreiras sexuais (HEILBORN, 1999). O início da vida sexual delas/deles acontece, em média, entre os 14 e 15 anos, idades que o mundo adulto considera “cedo” ou “precoce”. As práticas sexuais que definem este início giram em torno do que é considerado como “normal” e da noção de “virgindade”. Por outro lado, o namoro ainda mantém certas características do amor romântico, o pretendente é quem vai à casa da namorada para solicitar a aceitação dos pais, como sinal de fidelidade e de compromisso futuro para um casamento – muito embora o relacionamento possa continuar mesmo sem ter o aceite dos pais da adolescente/jovem, o mesmo não acontece com os rapazes. Assim sendo, outros vínculos afetivo-sexuais surgem na “ilegalidade” como “ficar”, “amizade colorida” e “conhecerem-se”, formas menos complicadas de elas/eles viverem a sexualidade fora da vigilância adultocêntrica. Através destas experiências, também discutimos as teorias ideológicas (heterossexismo, capitalismo, patriarcado, colonialismo) que sustentam e mobilizam saberes/poderes na interação entre as micropolíticas e macropolíticas que circulam nos cenários sexuais das/dos adolescentes/jovens (SPIVAK, 2010); discutimos ainda os circuitos (des)integrados (HARAWAY, 2009): família, escola, religião e posto de saúde, os quais dificultam a vivência da sexualidade delas/deles e o acesso a seus direitos sexuais e direitos reprodutivos. Este é um panorama mais constrangedor para as mulheres e para os grupos LGBTTI. Outro aspecto importante é que a metodologia nos permitiu (re)pensar sobre o próprio dispositivo de pesquisa. Assim, consideramos que trabalhar a partir de uma perspectiva teórico-metodológica feminista pós-estrutural tenha facilitado as reflexões e os posicionamentos das/dos adolescentes/jovens como sujeitos responsáveis por sua sexualidade. Por este motivo, é importante seguir investindo em novas formas de fazer pesquisa que possam visibilizar a voz das/dos adolescentes/jovens, capazes de debater e exigir seus próprios direitos sexuais e direitos reprodutivos, de lutar contra as desigualdades que as/os atingem.Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de PernambucoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessSexualidadesAdolescentesJovensFeminismosDireitosDiálogos sobre sexualidade com os/as adolescentes/jovens de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca - PEinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Rocio del Pilar Bravo Shuña .pdf.jpgDISSERTAÇÃO Rocio del Pilar Bravo Shuña .pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2075https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10337/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rocio%20del%20Pilar%20Bravo%20Shu%c3%b1a%20.pdf.jpge219ca914e029edea86c8bc9c1a02af5MD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Rocio del Pilar Bravo Shuña .pdfDISSERTAÇÃO Rocio del Pilar Bravo Shuña .pdfapplication/pdf3635764https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10337/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rocio%20del%20Pilar%20Bravo%20Shu%c3%b1a%20.pdf383305d887084a0ca4a7bee4e6d5e0a6MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10337/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10337/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDISSERTAÇÃO Rocio del Pilar Bravo Shuña .pdf.txtDISSERTAÇÃO Rocio del Pilar Bravo Shuña .pdf.txtExtracted texttext/plain345122https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10337/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rocio%20del%20Pilar%20Bravo%20Shu%c3%b1a%20.pdf.txt996371026e759afacad6296014ed2fa5MD54123456789/103372019-10-25 16:03:20.341oai:repositorio.ufpe.br:123456789/10337TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T19:03:20Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Diálogos sobre sexualidade com os/as adolescentes/jovens de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca - PE
title Diálogos sobre sexualidade com os/as adolescentes/jovens de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca - PE
spellingShingle Diálogos sobre sexualidade com os/as adolescentes/jovens de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca - PE
SHUÑA, Rocio del Pilar Bravo
Sexualidades
Adolescentes
Jovens
Feminismos
Direitos
title_short Diálogos sobre sexualidade com os/as adolescentes/jovens de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca - PE
title_full Diálogos sobre sexualidade com os/as adolescentes/jovens de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca - PE
title_fullStr Diálogos sobre sexualidade com os/as adolescentes/jovens de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca - PE
title_full_unstemmed Diálogos sobre sexualidade com os/as adolescentes/jovens de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca - PE
title_sort Diálogos sobre sexualidade com os/as adolescentes/jovens de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca - PE
author SHUÑA, Rocio del Pilar Bravo
author_facet SHUÑA, Rocio del Pilar Bravo
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv SHUÑA, Rocio del Pilar Bravo
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv ADRIÃO, Karla Galvão
contributor_str_mv ADRIÃO, Karla Galvão
dc.subject.por.fl_str_mv Sexualidades
Adolescentes
Jovens
Feminismos
Direitos
topic Sexualidades
Adolescentes
Jovens
Feminismos
Direitos
description Este estudo busca compreender como as/os adolescentes/jovens (interlocutoras/es), com idades entre 16 e 19 anos, moradores dos municípios de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, significam a sexualidade, especificamente o início da suas vidas sexuais e o namoro, em interseção com os marcadores sociais de gênero, geração, raça e classe. Desta forma, procurou-se refletir sobre o método de intervenção utilizado, trazendo as experiências que são (re)construídas nos (des)encontros entre a/os pesquisadora/es e as/os interlocutoras/es, e as produções acadêmicas na área de psicologia sobre a sexualidade das/dos adolescentes/jovens questionadas/os a partir de um olhar feminista pós-estrutural, sendo uma Pesquisa Ação Participativa (PAR), cujos instrumentos metodológicos foram as rodas de diálogos e o diário de campo. Nestes diálogos observamos (des)igualdades, diferenças e agenciamentos que as/os adolescentes/jovens vivem e mobilizam no percurso de suas carreiras sexuais (HEILBORN, 1999). O início da vida sexual delas/deles acontece, em média, entre os 14 e 15 anos, idades que o mundo adulto considera “cedo” ou “precoce”. As práticas sexuais que definem este início giram em torno do que é considerado como “normal” e da noção de “virgindade”. Por outro lado, o namoro ainda mantém certas características do amor romântico, o pretendente é quem vai à casa da namorada para solicitar a aceitação dos pais, como sinal de fidelidade e de compromisso futuro para um casamento – muito embora o relacionamento possa continuar mesmo sem ter o aceite dos pais da adolescente/jovem, o mesmo não acontece com os rapazes. Assim sendo, outros vínculos afetivo-sexuais surgem na “ilegalidade” como “ficar”, “amizade colorida” e “conhecerem-se”, formas menos complicadas de elas/eles viverem a sexualidade fora da vigilância adultocêntrica. Através destas experiências, também discutimos as teorias ideológicas (heterossexismo, capitalismo, patriarcado, colonialismo) que sustentam e mobilizam saberes/poderes na interação entre as micropolíticas e macropolíticas que circulam nos cenários sexuais das/dos adolescentes/jovens (SPIVAK, 2010); discutimos ainda os circuitos (des)integrados (HARAWAY, 2009): família, escola, religião e posto de saúde, os quais dificultam a vivência da sexualidade delas/deles e o acesso a seus direitos sexuais e direitos reprodutivos. Este é um panorama mais constrangedor para as mulheres e para os grupos LGBTTI. Outro aspecto importante é que a metodologia nos permitiu (re)pensar sobre o próprio dispositivo de pesquisa. Assim, consideramos que trabalhar a partir de uma perspectiva teórico-metodológica feminista pós-estrutural tenha facilitado as reflexões e os posicionamentos das/dos adolescentes/jovens como sujeitos responsáveis por sua sexualidade. Por este motivo, é importante seguir investindo em novas formas de fazer pesquisa que possam visibilizar a voz das/dos adolescentes/jovens, capazes de debater e exigir seus próprios direitos sexuais e direitos reprodutivos, de lutar contra as desigualdades que as/os atingem.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-04-25
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-03-04T13:34:53Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-03-04T13:34:53Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10337
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10337
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10337/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rocio%20del%20Pilar%20Bravo%20Shu%c3%b1a%20.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10337/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rocio%20del%20Pilar%20Bravo%20Shu%c3%b1a%20.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10337/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10337/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10337/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rocio%20del%20Pilar%20Bravo%20Shu%c3%b1a%20.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv e219ca914e029edea86c8bc9c1a02af5
383305d887084a0ca4a7bee4e6d5e0a6
66e71c371cc565284e70f40736c94386
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
996371026e759afacad6296014ed2fa5
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310662062342144