Imigrantes palestinos, identidades brasileiras: compreendendo a identidade palestina e as suas transformações
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/22381 |
Resumo: | Este trabalho investiga a inserção de um grupo de imigrantes palestinos que chegou ao Recife desde o final do século XIX. A proposta inicial era fazer uma reflexão acerca dos processos sociais de construção da identidade étnica desses imigrantes e da constituição de um grupo étnico palestino a partir das relações interétnicas com a sociedade que os acolheu. Mas, algo diferente parece ter acontecido com esse grupo de palestinos. Primeiramente, não existem mais as diferenças culturais que o diferenciava da sociedade brasileira nem sinais de contraste em relação à sociedade acolhedora. Já não perduram os interesses comuns nem a solidariedade étnica que caracterizou os primeiros anos da imigração e não se consegue perceber entre eles a etnicidade capaz de demarcar fronteiras e mobilizar a coletividade para a constituição de uma comunidade étnica caracterizada pela ação social. Procurou-se então compreender o que teria acontecido com a etnicidade desses imigrantes desde a saída da Palestina. Os relatos da etnografia indicaram que os filhos dos primeiros imigrantes podem ter sido assimilados. “Todos já se sentiam brasileiros e se comportavam como brasileiros e nada mais os ligavam à Palestina”. Nesse caso, o trabalho questiona como aplicar os conceitos de etnicidade ou de grupo étnico numa ‘comunidade’ onde não se consegue enxergar sequer resíduos de uma identidade étnica entre os imigrantes. Então, na impossibilidade de investigar esta imigração pela perspectiva teórica da etnicidade, precisou-se recorre a antigas discussões sobre os conceitos de assimilação e aculturação, apesar das conotações negativas que estes conceitos possam representar. Contudo, os relatos também apontam para uma ressurgência da etnicidade entre netos e bisnetos cujos pais ou avós já haviam sido assimilados, e para essa questão a categoria assimilação não tem explicação. Por essa razão, esse trabalho precisou, em diferentes momentos, recorrer às duas perspectivas teóricas para uma melhor compreensão do processo de integração. |
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HAZIN, Hissa Mussahttp://lattes.cnpq.br/9068709058545118http://lattes.cnpq.br/7211673860027901MEDEIROS, Bartolomeu Tito Figueiroa de2017-11-20T17:23:15Z2017-11-20T17:23:15Z2016-08-11https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/22381ark:/64986/001300000vqjxEste trabalho investiga a inserção de um grupo de imigrantes palestinos que chegou ao Recife desde o final do século XIX. A proposta inicial era fazer uma reflexão acerca dos processos sociais de construção da identidade étnica desses imigrantes e da constituição de um grupo étnico palestino a partir das relações interétnicas com a sociedade que os acolheu. Mas, algo diferente parece ter acontecido com esse grupo de palestinos. Primeiramente, não existem mais as diferenças culturais que o diferenciava da sociedade brasileira nem sinais de contraste em relação à sociedade acolhedora. Já não perduram os interesses comuns nem a solidariedade étnica que caracterizou os primeiros anos da imigração e não se consegue perceber entre eles a etnicidade capaz de demarcar fronteiras e mobilizar a coletividade para a constituição de uma comunidade étnica caracterizada pela ação social. Procurou-se então compreender o que teria acontecido com a etnicidade desses imigrantes desde a saída da Palestina. Os relatos da etnografia indicaram que os filhos dos primeiros imigrantes podem ter sido assimilados. “Todos já se sentiam brasileiros e se comportavam como brasileiros e nada mais os ligavam à Palestina”. Nesse caso, o trabalho questiona como aplicar os conceitos de etnicidade ou de grupo étnico numa ‘comunidade’ onde não se consegue enxergar sequer resíduos de uma identidade étnica entre os imigrantes. Então, na impossibilidade de investigar esta imigração pela perspectiva teórica da etnicidade, precisou-se recorre a antigas discussões sobre os conceitos de assimilação e aculturação, apesar das conotações negativas que estes conceitos possam representar. Contudo, os relatos também apontam para uma ressurgência da etnicidade entre netos e bisnetos cujos pais ou avós já haviam sido assimilados, e para essa questão a categoria assimilação não tem explicação. Por essa razão, esse trabalho precisou, em diferentes momentos, recorrer às duas perspectivas teóricas para uma melhor compreensão do processo de integração.This work investigates the inclusion of a group of Palestinian immigrants who have arrived in Recife since the late nineteenth century. The initial proposal was to reflect about the social processes of construction of an ethnic identity of these immigrants and the establishment of a Palestinian ethnic group starting from the interethnic relations with the society that welcomed them. But something else seems to have happened to this group of Palestinians. First, there are no more the cultural differences that distinguished in the past this group from the Brazilian society, neither exists contrasting signals in relation to the welcoming society. Also, no longer exist the common interests or the ethnic solidarity that have characterized the early years of immigration and it is not possible to perceive among the group, an ethnicity capable to demarcate borders and to mobilize the collectivity to form an ethnic community characterized by social action. It was then sought to understand what had happened to the ethnicity of the immigrants since the exit from Palestine. The reports of the ethnography indicate that the children of the first immigrants may have been assimilated. "Everyone already considered themselves as Brazilians and behaved as Brazilians and nothing more bonded them to Palestine." In this case, this work questions how to apply the concepts of ethnicity or of ethnic group in a 'community' where it is not possible to observe residues of an ethnic identity among the immigrants. Therefore, in the impossibility to investigate this immigration under the theoretical perspective of ethnicity, it was necessary to resort to the old discussions on the concepts of assimilation and acculturation, despite the negative connotations that these concepts can represent. However, the reports also point out to a resurgence of ethnicity among the grandchildren and the great grandchildren of those whose parents or grandparents had been assimilated and for that matter the concept of category assimilation has no explanation. For this reason, this work needed at different times, to rely on these two theoretical perspectives for a better understanding of the integration process.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em AntropologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAntropologiaImigrantes - ÁrabesImigrantes - PalestinosImigrantes - Assimilação culturalEtnicidadeAculturaçãoImigrantes palestinos, identidades brasileiras: compreendendo a identidade palestina e as suas transformaçõesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO HISSA MUSSA HAZIN.pdf.jpgDISSERTAÇÃO HISSA MUSSA HAZIN.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1328https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/22381/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20HISSA%20MUSSA%20HAZIN.pdf.jpg8b1aa9bd1af9e287a2587c6b5afda9bdMD55ORIGINALDISSERTAÇÃO HISSA MUSSA HAZIN.pdfDISSERTAÇÃO HISSA MUSSA HAZIN.pdfapplication/pdf7022317https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/22381/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20HISSA%20MUSSA%20HAZIN.pdfaae880dc9f795e58023782cfec63d357MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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