Perspectivas dos efeitos do aumento do CO2 atmosférico sobre os organismos construtores do Atol das Rocas- RN

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: PINHEIRO, Barbara Ramos
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000qspc
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18644
Resumo: O aumento da pressão parcial de dióxido de carbono (pCO2) na atmosfera, que passou de uma média de 280ppm antes da revolução industrial para acima de 400ppm nos dias atuais, é um dos principais responsáveis por uma série de mudanças globais. Entre elas, a elevação da temperatura superficial da água do mar (TSM), a elevação do nível do mar, e a acidificação oceânica (AO). Os ambientes recifais têm sido apontados como os mais vulneráveis a estas mudanças. Efeitos da elevação da pCO2 sob ambientes recifais no Atlântico Sul, são escassos e na sua maioria reportam apenas efeitos da elevação da TSM e eventos de branqueamento. O Atol das Rocas é a primeira Reserva Biológica marinha do Brasil e foi escolhido neste estudo por ser um exemplo de recife biogênico, oceânico e praticamente livre de impactos como sobrepesca, poluição, e turismo desordenado. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da elevação da pCO2 atmosférica sob os organismos construtores do atol para estabelecer um ponto de referência para futuras comparações, devido a sua vulnerabilidade a estes processos. A pesquisa foi dividida em três etapas, sendo essas a caracterização, a avaliação do estado e a experimentação dos prováveis efeitos da acidificação nos organismos calcários. Inicialmente são apresentados dados sobre a cobertura bentônica e a sua interação com os parâmetros abióticos (temperatura, salinidade, disponibilidade de nutrientes dissolvidos, pH e alcalinidade total). Foi observada dominância de macro e tufos de algas em locais com maior disponibilidade de nutrientes dissolvidos, indicando que maiores concentrações de nutrientes inorgânicos na água do mar contribuem para a distribuição dos organismos no atol. E, além disso, ambientes com alta frequência de organismos carbonáticos foram associados com uma diminuição da concentração de alcalinidade. Em seguida, dados foram obtidos sobre reprodução, crescimento e distribuição de frequência da população da espécie de coral dominante nas piscinas do atol (Siderastrea stellata). Foi observado um evento de planulação e o crescimento inicial dos pólipos primários, os quais, após 3 meses mostraram uma média de diâmetro de 1,49±0,45 mm, variando entre 0,9 e 2,28 mm e 14,70% de taxa de mortalidade. A média da taxa de extensão anual das colônias adultas foi de 6,8 ± 0,7 mm. ano-1. Colônias com 4,1 a 10 cm de diâmetro também foram frequentes no atol (48,1±14,5%). A população de S. stellata no atol mostra-se com um alto potencial de manutenção e recuperação, embora tenha sido observado uma baixa taxa de recrutamento. Na outra etapa do estudo se fez uma caracterização do sistema carbonato no atol, avaliando a influência do metabolismo dos organismos sob as variações espaço-temporais observadas. Os resultados indicaram uma grande disponibilidade de carbonato dissolvido nas piscinas do atol. Os índices de saturação de aragonita não só suprem as necessidades metabólicas dos organismos, como estão acima dos observados para outros ambientes recifais. Desta forma, é possível que a intensa atividade biológica no atol das rocas possa servir como um tampão adicional para o equilíbrio do pH e mitigar alguns dos efeitos da acidificação oceânica localmente. Por fim, foi realizado um experimento com espécies que ocorrem no atol, o coral scleractíneo Porites astreoides e o zoantídeo Palythoa caribaeorum. Foram avaliadas as respostas fisiológicas (crescimento, respiração, fotossíntese, lipídios totais e clorofila a) desses organismos mediante condições de estresse térmico e acidificação. P. astreoides sofreu influência do aquecimento e da acidificação em todas as taxas metabólicas avaliadas, enquanto o P. caribaeorum teve um menor, ou nenhum impacto no seu metabolismo.
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spelling PINHEIRO, Barbara Ramoshttp://lattes.cnpq.br/0017521803800265http://lattes.cnpq.br/2999296486918048MONTES, Manuel de Jesus FloresALBRIGHT, Rebecca2017-04-26T16:06:29Z2017-04-26T16:06:29Z2016-08-30https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18644ark:/64986/001300000qspcO aumento da pressão parcial de dióxido de carbono (pCO2) na atmosfera, que passou de uma média de 280ppm antes da revolução industrial para acima de 400ppm nos dias atuais, é um dos principais responsáveis por uma série de mudanças globais. Entre elas, a elevação da temperatura superficial da água do mar (TSM), a elevação do nível do mar, e a acidificação oceânica (AO). Os ambientes recifais têm sido apontados como os mais vulneráveis a estas mudanças. Efeitos da elevação da pCO2 sob ambientes recifais no Atlântico Sul, são escassos e na sua maioria reportam apenas efeitos da elevação da TSM e eventos de branqueamento. O Atol das Rocas é a primeira Reserva Biológica marinha do Brasil e foi escolhido neste estudo por ser um exemplo de recife biogênico, oceânico e praticamente livre de impactos como sobrepesca, poluição, e turismo desordenado. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da elevação da pCO2 atmosférica sob os organismos construtores do atol para estabelecer um ponto de referência para futuras comparações, devido a sua vulnerabilidade a estes processos. A pesquisa foi dividida em três etapas, sendo essas a caracterização, a avaliação do estado e a experimentação dos prováveis efeitos da acidificação nos organismos calcários. Inicialmente são apresentados dados sobre a cobertura bentônica e a sua interação com os parâmetros abióticos (temperatura, salinidade, disponibilidade de nutrientes dissolvidos, pH e alcalinidade total). Foi observada dominância de macro e tufos de algas em locais com maior disponibilidade de nutrientes dissolvidos, indicando que maiores concentrações de nutrientes inorgânicos na água do mar contribuem para a distribuição dos organismos no atol. E, além disso, ambientes com alta frequência de organismos carbonáticos foram associados com uma diminuição da concentração de alcalinidade. Em seguida, dados foram obtidos sobre reprodução, crescimento e distribuição de frequência da população da espécie de coral dominante nas piscinas do atol (Siderastrea stellata). Foi observado um evento de planulação e o crescimento inicial dos pólipos primários, os quais, após 3 meses mostraram uma média de diâmetro de 1,49±0,45 mm, variando entre 0,9 e 2,28 mm e 14,70% de taxa de mortalidade. A média da taxa de extensão anual das colônias adultas foi de 6,8 ± 0,7 mm. ano-1. Colônias com 4,1 a 10 cm de diâmetro também foram frequentes no atol (48,1±14,5%). A população de S. stellata no atol mostra-se com um alto potencial de manutenção e recuperação, embora tenha sido observado uma baixa taxa de recrutamento. Na outra etapa do estudo se fez uma caracterização do sistema carbonato no atol, avaliando a influência do metabolismo dos organismos sob as variações espaço-temporais observadas. Os resultados indicaram uma grande disponibilidade de carbonato dissolvido nas piscinas do atol. Os índices de saturação de aragonita não só suprem as necessidades metabólicas dos organismos, como estão acima dos observados para outros ambientes recifais. Desta forma, é possível que a intensa atividade biológica no atol das rocas possa servir como um tampão adicional para o equilíbrio do pH e mitigar alguns dos efeitos da acidificação oceânica localmente. Por fim, foi realizado um experimento com espécies que ocorrem no atol, o coral scleractíneo Porites astreoides e o zoantídeo Palythoa caribaeorum. Foram avaliadas as respostas fisiológicas (crescimento, respiração, fotossíntese, lipídios totais e clorofila a) desses organismos mediante condições de estresse térmico e acidificação. P. astreoides sofreu influência do aquecimento e da acidificação em todas as taxas metabólicas avaliadas, enquanto o P. caribaeorum teve um menor, ou nenhum impacto no seu metabolismo.The increase in carbon dioxide partial pressure (pCO2) in the atmosphere, which rose from an average of 280 ppm before pre-industrial times to over 400 ppm today, it is one of the main responsible for a series of global changes. Among them, increasing sea surface temperature (SST), sea level rise and ocean acidification (OA). Coral reefs have been identified as the most vulnerable ecosystem to these changes. Investigations about the effects of elevated anthropogenic pCO2 on coral reef environments in the South Atlantic are scarce and mostly only effects of the increase of SST and bleaching events were reported. Rocas Atoll is the first Marine Biological Reserve in Brazil and was chosen in this study because it is an example of a oceanic biogenic reef, and virtually free from impacts such as overfishing, pollution, and unregulated tourism. Thus, the aim of this study was to evaluate the effects of increased atmospheric pCO2 on the atoll building organisms to establish a benchmark for future comparisons, because of their vulnerability to these processes. Initially are presented data on the benthic cover and its interaction with the abiotic parameters (temperature, salinity, availability of dissolved nutrients, pH and total alkalinity). It was observed a dominance of macro and tuff algae in places with higher availability of dissolved nutrients, indicating that higher concentrations of inorganic nutrients in seawater contribute to the spatial distribution of organisms on the atoll. And besides, environments with high frequency of carbonate organisms were associated with a decrease of alkalinity. Then, data were obtained on reproduction, growth and frequency distribution of the population of the dominant coral species in the atoll pools (Siderastrea stellata). A planulation event was observed and initial growth of primary polyps which, after 3 months showed 1.49 ± 0.45 mm average diameter ranging between 0.9 and 2.28 mm and 14.70% mortality rate. The average annual extension rate of adult colonies was 6.8 ± 0.7 mm. year-1. Colonies with 4.1 to 10 cm diameter were also common in the atoll (48.1 ± 14.5%). The population of S. stellata in the atoll shows a high potential for maintenance and recovery, although it was observed a low recruitment rate. In another stage of the study, a characterization of the carbonate system of the atoll was made, in order to assess the influence of the metabolism of organisms under spatio-temporal variations. The results indicated a large availability of dissolved carbonate in the atoll pools. The aragonite saturation rates not only supply the metabolic demands of the corals, but are above those observed for other coral reef environments. Thus, it is possible that the intense biological activity of the Rocas Atoll can serve as an additional buffer for the pH equilibrium and locally mitigate some of the effects of ocean acidification. Finally, an experiment was conducted with species that occur in the atoll, the scleractinian coral Porites astreoides and the zoanthid Palythoa caribaeorum. The physiological responses of these organisms were evaluated (growth, respiration, photosynthesis, total lipids and chlorophyll a) under conditions of heat stress and acidification. P. astreoides was influenced by warmer temperatures and acidification in all measured metabolic rates while P. caribaeorum showed a minor or no impact on your metabolism.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em OceanografiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAmbientes recifaisAcidificação oceânicaAquecimento globalAtol das RocasBrasilBrazilCoral ReefsGlobal warmingOcean acidification.Rocas AtollPerspectivas dos efeitos do aumento do CO2 atmosférico sobre os organismos construtores do Atol das Rocas- RNinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTese_Pinheiro_BR_2016_PPGO_UFPE.pdf.jpgTese_Pinheiro_BR_2016_PPGO_UFPE.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1307https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18644/5/Tese_Pinheiro_BR_2016_PPGO_UFPE.pdf.jpg134731894aefb72c088abc4a1d25ac81MD55ORIGINALTese_Pinheiro_BR_2016_PPGO_UFPE.pdfTese_Pinheiro_BR_2016_PPGO_UFPE.pdfapplication/pdf4797187https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18644/1/Tese_Pinheiro_BR_2016_PPGO_UFPE.pdf23d620ab5ad4e454bcb109d992f47da5MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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