Prekärer: análise dos fundamentos da precarização do trabalho a partir da crítica da economia política

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BARROS, Albani de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
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Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32417
Resumo: Esta tese busca analisar os fundamentos da existência, reprodução e expansão da precarização do trabalho, com base no referencial teórico da crítica da economia política. Para realizar tal análise, parte-se do exame das categorias da crítica da economia política contidas na obra marxiana e que mais diretamente incidem sobre o objeto da pesquisa, entre essas: a mercadoria, trabalho assalariado, valor e superpopulação relativa. A tese foi construída com esteio na revisão bibliográfica, notadamente tomando por alicerce a obra marxiana e os autores da tradição marxista que analisam as relações de produção no mundo contemporâneo. É um elemento central deste trabalho a compreensão de que os fundamentos da precarização do trabalho estão explicitados na Lei geral da acumulação capitalista, não apenas por nela encontrar-se uma robusta apreciação de como o movimento de acumulação promove o empobrecimento e a degradação da classe trabalhadora, como também pela abordagem direta sobre a precarização, nos itens relativos à superpopulação relativa. Se as condições de existência encontram-se ameaçadas pela ausência de um horizonte que lhe garanta a possibilidade de ao menos saber se conseguirá ser “escravizado” pelo salário, o que resta ao trabalhador é submeter-se às formas salariais mais precárias, como apontado na obra marxiana. No desenvolvimento do objeto de estudo, considera-se que a precarização é parte constitutiva do modo de produção capitalista, entendida neste estudo tal dimensão como precariedade. Desde as últimas décadas do século XX, tal fenômeno foi significativamente ampliado, tornando-se mais extenso e intenso e promovendo uma multiplicidade de formas fenomênicas de precarização. Assim, é possível afirmar que a expansão mundial das formas de trabalho marcadas pela “flexibilidade laboral”, pelo medo, pela ausência de vínculos e de incerteza se haverá emprego constitui um modo ampliado da precariedade, portanto, de um processo de precarização do trabalho. Ainda que o desenvolvimento do capitalismo tenha introduzido particularidades históricas que mereçam um exame específico, a crítica da economia política desenvolvida na obra marxiana possui uma validade indispensável na análise da precarização. As múltiplas formas de representação da precarização do trabalho, a exemplo de incerteza quanto ao emprego, informalidade, elevadas taxas de rotatividade, trabalho em tempo parcial, contrato de trabalho “zero hora” (trabalho intermitente), precariedade subjetiva, trabalho invisível precarizado, entre outras, são aspectos que, ainda que ampliados ou reconfigurados nas últimas décadas, têm por origem fundamental o movimento de acumulação de capital.
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É um elemento central deste trabalho a compreensão de que os fundamentos da precarização do trabalho estão explicitados na Lei geral da acumulação capitalista, não apenas por nela encontrar-se uma robusta apreciação de como o movimento de acumulação promove o empobrecimento e a degradação da classe trabalhadora, como também pela abordagem direta sobre a precarização, nos itens relativos à superpopulação relativa. Se as condições de existência encontram-se ameaçadas pela ausência de um horizonte que lhe garanta a possibilidade de ao menos saber se conseguirá ser “escravizado” pelo salário, o que resta ao trabalhador é submeter-se às formas salariais mais precárias, como apontado na obra marxiana. No desenvolvimento do objeto de estudo, considera-se que a precarização é parte constitutiva do modo de produção capitalista, entendida neste estudo tal dimensão como precariedade. Desde as últimas décadas do século XX, tal fenômeno foi significativamente ampliado, tornando-se mais extenso e intenso e promovendo uma multiplicidade de formas fenomênicas de precarização. Assim, é possível afirmar que a expansão mundial das formas de trabalho marcadas pela “flexibilidade laboral”, pelo medo, pela ausência de vínculos e de incerteza se haverá emprego constitui um modo ampliado da precariedade, portanto, de um processo de precarização do trabalho. Ainda que o desenvolvimento do capitalismo tenha introduzido particularidades históricas que mereçam um exame específico, a crítica da economia política desenvolvida na obra marxiana possui uma validade indispensável na análise da precarização. As múltiplas formas de representação da precarização do trabalho, a exemplo de incerteza quanto ao emprego, informalidade, elevadas taxas de rotatividade, trabalho em tempo parcial, contrato de trabalho “zero hora” (trabalho intermitente), precariedade subjetiva, trabalho invisível precarizado, entre outras, são aspectos que, ainda que ampliados ou reconfigurados nas últimas décadas, têm por origem fundamental o movimento de acumulação de capital.This thesis aims to analyze the foundations of existence, reproductions and expansion of the precariousness of work, based on the theoretical referential of the critique of political economy. In order to carry out this analysis, it starts with the examination of the categories of the critique from the political economy contained in the Marxian work and which directly affects the research object, among them: the merchandise, salaried employments, value and relative super population. The thesis was built on bibliographic review, notably taking into account the Marxian work and the authors of the Marxist tradition who analyze the relation of production in the contemporary world. The main goal of this work is the comprehension that the foundations of work precariousness are explicit in the General Law of Capitalist accumulation, not only because it contains a robust appreciation on how the accumulation movement promotes impoverishment and degradation of the laboring class, but also by the direct approach on precariousness in the items related to the relative overpopulation. If the conditions of existence are threatened by the absence of a horizon assures the possibility of at least knowing if it will be “slaved” by the salary, what remains for the worker is to submit to the most precarious forms of wages, as mentioned in the Marxian work. During the development of the study object, it is considered that the precariousness is a constituent part of the capitalist way of production, understood in this study as instability. Since the last two decades of the 20th century, such phenomenon was significantly broadened, becoming extensive and intense and promoting a multiplicity of phenomenal forms of precariousness. Hence, it is possible to affirm that the worldwide expansion of labor forms traced by “labor flexibility”, due to fear, due to the absence of bonds and the uncertainty whether there will be employment or not is an extended way of precariousness, therefore, a process of work precarization. Although the development of capitalism has introduced historical peculiarities that deserve a specific examination, the critique of the political economy developed in the Marxian work has an indispensable validity in the analysis of precariousness. The multiple forms of representation of work precariousness, such as uncertainty about employment, informality, turnover rates, part-time work, “zero hours” work contract (intermittent work), subjective precariousness, precarious invisible work, among others, are aspects that, although broadened or reconfigured in the past decades, have as fundamental origin the movement of capital accumulation.Cette thèse cherche à analyser les fondements de l'existence, de la reproduction et de l'expansion de la précarité du travail, à partir de la référence théorique de la critique de l'économie politique. Pour effectuer cette analyse, nous commençons à examiner la critique des catégories de l'économie politique contenues dans l'oeuvre de Marx et qui préoccupent le plus directement l'objet de la recherche, parmi ceux-ci: un produit de base, le travail salarié, la valeur et la population excédentaire relative. La thèse a été construit avec des piliers dans la revue de la littérature, notamment en prenant les travaux de fondation marxienne et les auteurs de la tradition marxiste qui analysent les rapports de production dans le monde contemporain. Il est un élément central de ce travail, la prise de conscience que l'insécurité de l'emploi des fondamentaux sont expliqués dans la loi générale de l'accumulation capitaliste, non seulement pour elle de rencontrer une appréciation solide de la façon dont l'accumulation de mouvement favorise l'appauvrissement et à la dégradation de la classe ouvrière , ainsi que par l'approche directe de la précarité dans les éléments relatifs de la superpopulation. Si les conditions d'existence sont menacés par l'absence d'un horizon qui garantit la possibilité de savoir, même si elle peut être “ réduit en esclavage “ par le salaire, ce qui reste à l'employé est de se soumettre à des formes de salaires les plus précaires, comme l'a souligné dans le Travail marxiste. En développant l'objet d'une étude, on considère que la précarité est une partie constitutive du mode de production capitaliste, compris dans cette étude que cette instabilité de dimension. Depuis les dernières décennies du XXe siècle, ce phénomène s'est considérablement étendu, s'est étendu et s'est intensifié et a favorisé une multiplicité de formes phénoménales de précarité. Ainsi, on peut dire que l'expansion mondiale des formes de travail marqué par la “flexibilité du travail “, par la peur, par l'absence de liens et l'incertitude s'il y aura un emploi est un plein écran de la précarité, par conséquent, un processus d'insécurité de l'emploi. Bien que le développement du capitalisme ait introduit des particularités historiques méritant un examen spécifique, la critique de l'économie politique développée dans l'oeuvre marxiste a une validité indispensable dans l'analyse de la précarisation. Les multiples formes de représentation de la précarité du travail, telles que l'incertitude sur l'emploi, l'informalité, les taux de roulement élevés, le travail à temps partiel, le contrat de travail “zéro heure”, la précarité subjective, le travail invisible précaire d'autres sont des aspects qui, bien qu'élargis ou reconfigurés dans les dernières décennies, ont pour origine fondamentale le mouvement d'accumulation du capital.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Servico SocialUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAcumulação capitalistaDesempregoTrabalho assalariadoPrekärer: análise dos fundamentos da precarização do trabalho a partir da crítica da economia políticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Albani de Barros.pdf.jpgTESE Albani de Barros.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1191https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32417/6/TESE%20Albani%20de%20Barros.pdf.jpg7c2bc2f2672410b305e4120d23ffa1c3MD56ORIGINALTESE Albani de Barros.pdfTESE Albani de Barros.pdfapplication/pdf1745874https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32417/1/TESE%20Albani%20de%20Barros.pdf238b464b6609eeb835ba8dccc2133098MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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