Em nome do reino : ações humanitárias brasileiras de Tuparetama (Brasil) a Dakar (Senegal)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RODRIGUES JUNIOR, Gilson José
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
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Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38285
Resumo: A presente pesquisa buscou contribuir com o aprofundamento de questões concernentes ao que vem se convencionando chamar de antropologia da ajuda humanitária, o que, no caso da pesquisa aqui empreendida, surge como fruto do desenvolvimento de uma etnografia multissituada que se propôs a acompanhar grupos humanitários brasileiros – advindos de um mesmo movimento religioso nacional, o Caminho da Graça – que se fizeram presentes em diferentes regiões do Brasil e do continente Africano: SOS RELIGAR e Caminho-Nações. Dessa forma, este trabalho se configura enquanto uma análise etnográfica de caráter multissituado tendo em vista que não teve como ponto de partida diversos campos, mas apenas um o qual se espalhou por diferentes contextos e localidades. Nisto estão incluídas as cidades anunciadas no título, onde o trabalho de campo foi realizado de maneira mais direta, como também em contextos onde, por diversas questões, não se pôde fazer um acompanhamento sistemático, como é o caso do Lixão de Jardim Gramacho, na Baixada Fluminense (RJ) e da cidade de Oron, interior do estado de Akwa Ibon, no sudoeste da Nigéria. Para se caracterizar, a ajuda humanitária depende de movimentos geopolíticos e da manutenção de desigualdades que estão calcadas na invenção dessa hierarquia geopolítica entre o Ocidente – o que inclui relações de desigualdade tanto geopolíticas, étnico-raciais e de gênero - e o resto do mundo, visto como precisando de sua “ajuda”. Diante disso, cabe salientar que as escolhas geográficas aqui acompanhadas remetem a este movimento, e apontam para as generalizações que compõem invenções, seja do Nordeste Brasileiro – em especial do semiárido– ou do Continente Africano – enquanto espaços imagéticos-morais que precisam ainda passar por normatizações, para as quais a ajuda humanitária se torna um instrumento gerador de consciência.
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spelling RODRIGUES JUNIOR, Gilson Joséhttp://lattes.cnpq.br/1169215729060726http://lattes.cnpq.br/3496902001574617SCOTT, Russell Parry2020-10-07T21:07:56Z2020-10-07T21:07:56Z2019-03-14RODRIGUES JUNIOR, Gilson José. Em nome do reino: ações humanitárias brasileiras de Tuparetama (Brasil) a Dakar (Senegal). 2019. Tese (Doutorado em Antropologia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38285ark:/64986/001300000c8qpA presente pesquisa buscou contribuir com o aprofundamento de questões concernentes ao que vem se convencionando chamar de antropologia da ajuda humanitária, o que, no caso da pesquisa aqui empreendida, surge como fruto do desenvolvimento de uma etnografia multissituada que se propôs a acompanhar grupos humanitários brasileiros – advindos de um mesmo movimento religioso nacional, o Caminho da Graça – que se fizeram presentes em diferentes regiões do Brasil e do continente Africano: SOS RELIGAR e Caminho-Nações. Dessa forma, este trabalho se configura enquanto uma análise etnográfica de caráter multissituado tendo em vista que não teve como ponto de partida diversos campos, mas apenas um o qual se espalhou por diferentes contextos e localidades. Nisto estão incluídas as cidades anunciadas no título, onde o trabalho de campo foi realizado de maneira mais direta, como também em contextos onde, por diversas questões, não se pôde fazer um acompanhamento sistemático, como é o caso do Lixão de Jardim Gramacho, na Baixada Fluminense (RJ) e da cidade de Oron, interior do estado de Akwa Ibon, no sudoeste da Nigéria. Para se caracterizar, a ajuda humanitária depende de movimentos geopolíticos e da manutenção de desigualdades que estão calcadas na invenção dessa hierarquia geopolítica entre o Ocidente – o que inclui relações de desigualdade tanto geopolíticas, étnico-raciais e de gênero - e o resto do mundo, visto como precisando de sua “ajuda”. Diante disso, cabe salientar que as escolhas geográficas aqui acompanhadas remetem a este movimento, e apontam para as generalizações que compõem invenções, seja do Nordeste Brasileiro – em especial do semiárido– ou do Continente Africano – enquanto espaços imagéticos-morais que precisam ainda passar por normatizações, para as quais a ajuda humanitária se torna um instrumento gerador de consciência.FACEPEThis research engages on the debates concerning what is conventionally called anthropology of humanitarian aid. This particular research, arises as a development of a multisite ethnography among Brazilian humanitarian groups – branches of the same national religious movement, the Caminho da Graça [Way to the Grace] – present in different regions of Brazil and the African continent: SOS Religar and Caminho-Nações [Way to the Nations]. Thus, this work is set as a multisited ethnographic analysis, which spreads from an initial singular field towards different contexts and places. Those include the cities listed in the title, where the fieldwork was carried out more directly, as well as contexts where, for several reasons, a mor systematic approach wasn’t possible, such as the Jardim Gramacho landfill, in the Baixada Fluminense (RJ) and the city of Oron, state of Akwa Ibon, Southwest of Nigeria. In order to become humanitarian aid, it depends on geopolitical movements of maintenance of inequality, which are rooted in the invention of a geopolitical hierarchy between the West – including inequality relations in terms of geopolitics, ethnic-racial and gender – and the rest of the world, regarded as needing help. Thence, it is worth noticing that the geographic choices concerning this research are linked to such movement, and point to the generalization that make inventions both of the Brazilian Northeast – specially the semi-arid – and the African continent – as moral-imagery spaces that still need to go through normalizations, for which the humanitarian aid is a device that raise consciousness.La présente recherche a eu pour but de contribuer à l’approfondissement des questions concernant ce qu’on appelle désormais l’anthropologie de l’aide humanitaire, qui, dans le cas de la recherche ci-entreprise, est le fruit du développement d’une ethnographie multisituée qui a proposé d’accompagner des groupes humanitaires brésiliens – issus d’un même mouvement religieux national, Chemin de Grâce - présents dans de différentes régions du Brésil et du continent africain: SOS RÉLIER et Chemin des Nations. Ainsi, ce travail est configuré comme une analyse ethnographique de caractère multisitué, une fois qu’il n’a pas pris plusieurs champs comme point de départ, mais seulement un qui s’étend par de différents contextes et localités, ce qui comprend les villes annoncées dans le titre, où le travail de cette étude a été réalisée de manière plus directe, ainsi que dans des contextes où, pour diverses raisons, un suivi systématique n’a pas été possible, tels que les décharges d’ordures à Jardim Gramacho (RJ) et dans la ville d’Oron, dans l’intérieur de l’état d’Akwa Ibon, au sud-ouest du Nigéria. Pour continuer d’exister, l’aide humanitaire dépend de certains mouvements géopolitiques et du maintien d’inégalités fondées sur l’invention de cette hiérarchie géopolitique entre l’Occident – ce qui comprend des relations d’inégalité à la fois géopolitiques, ethniques-raciales et de genre - et le reste du monde considéré comme ayant besoin de leur « aide ». Dans cette perspective, il convient de souligner que les choix géographiques qui sont inclus dans cette recherche renvoient à ce mouvement et indiquent les généralisations qui constituent des inventions, que ce soit dans le nord-est du Brésil - en particulier le semi-aride - ou sur le continent africain - en tant qu'espaces imagétiques et moraux qui doivent toujours subir des standardisations, et pour lesquelles l'aide humanitaire devient un instrument de sensibilisation.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em AntropologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAntropologiaAssistência humanitáriaÁfricaSertãoSenegalEm nome do reino : ações humanitárias brasileiras de Tuparetama (Brasil) a Dakar (Senegal)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPELICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82310https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38285/3/license.txtbd573a5ca8288eb7272482765f819534MD53ORIGINALTESE Gilson José Rodrigues Junior.pdfTESE Gilson José Rodrigues Junior.pdfapplication/pdf7093523https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38285/1/TESE%20Gilson%20Jos%c3%a9%20Rodrigues%20Junior.pdf69a9234c81d2b7f64ac0df1fcb853102MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38285/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52TEXTTESE Gilson José Rodrigues Junior.pdf.txtTESE Gilson José Rodrigues Junior.pdf.txtExtracted texttext/plain836240https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38285/4/TESE%20Gilson%20Jos%c3%a9%20Rodrigues%20Junior.pdf.txt9f027115a365bef2b660f4301b110bbeMD54THUMBNAILTESE Gilson José Rodrigues Junior.pdf.jpgTESE Gilson José Rodrigues Junior.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1208https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38285/5/TESE%20Gilson%20Jos%c3%a9%20Rodrigues%20Junior.pdf.jpgf02095e940d4b7e39f217d1183379258MD55123456789/382852020-10-08 02:10:37.759oai:repositorio.ufpe.br:123456789/38285TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLCBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWlzcXVlciBvYnJpZ2HDp8O1ZXMgZXhpZ2lkYXMgcGVsbyByZXNwZWN0aXZvIGNvbnRyYXRvIG91IGFjb3Jkby4KCkEgVUZQRSBpZGVudGlmaWNhcsOhIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212020-10-08T05:10:37Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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