Fenologia, biologia reprodutiva e ecologia da polinização de Calotropis procera Ait. R. Br. (APOCYNACEAE-ASCLEPIADOIDEAE)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: TABATINGA FILHO, George Machado
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/0013000012j4c
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1025
Resumo: Calotropis procera é uma espécie exótica e invasora, encontrada no Brasil em áreas de Caatinga e em ambientes urbanos, onde é cultivada como ornamental. Pouco é conhecido sobre seus aspectos reprodutivos, existindo apenas trabalhos enfocando sua polinização em áreas de ocorrência natural da espécie na Ásia. Esta espécie apresenta flores brancas com detalhes roxos na margem das pétalas, oferta néctar como recurso floral e apresentam uma morfologia bastante complexa, comum em Asclepiadoideae. Neste trabalho foi acompanhada a fenologia de 13 indivíduos de C. procera durante um ano, estudada sua ecologia da polinização em áreas de Caatinga, através do registro da riqueza, freqüência e comportamento dos visitantes florais, e realizados experimentos controlados nas flores para conhecer seu sistema reprodutivo. Calotropis procera comportou-se como perenifólia, assim como o observado em áreas onde é nativa. Sua floração e frutificação, tendo sido contínuas, divergem tanto do observado em áreas onde é nativa quanto do observado como padrão em espécies nativas da Caatinga. A estação seca corresponde ao período em que se encontram a maior quantidade de frutos maduros dispersando, possivelmente relacionado ao fato destes serem anemocóricos. Quanto ao seu sistema reprodutivo, foi observada não só autocompatibilidade, como autogamia do tipo in situ, uma vez que as polínias germinam ainda nas anteras da própria planta. Este tipo de reprodução faz com que a planta não necessite de polinizadores para se propagar, facilitando assim sua disseminação, em detrimento de maior variabilidade genética. Calotropis procera produz néctar abundante (13,5 μl) e em concentrações de açúcares acima de 30 %. Foram observadas várias espécies de visitantes florais tentando acessar o néctar, entre eles abelhas, vespas e formigas, os quais não tiveram sucesso, visto o néctar se encontrar protegido nas flores por rígidas estruturas (coronas). Apesar dos diversos trabalhos realizados em áreas de sua ocorrência natural indicarem que abelhas do gênero Xylocopa são sempre encontradas polinizando flores de C. procera, e de na Caatinga existirem sete espécies deste gênero, estas, embora localmente presentes, não visitaram as flores desta espécie. Os aspectos reprodutivos de C. procera encontrados neste trabalho são típicos de espécies invasoras e explicam seu potencial em se disseminar em áreas associadas à Caatinga
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Esta espécie apresenta flores brancas com detalhes roxos na margem das pétalas, oferta néctar como recurso floral e apresentam uma morfologia bastante complexa, comum em Asclepiadoideae. Neste trabalho foi acompanhada a fenologia de 13 indivíduos de C. procera durante um ano, estudada sua ecologia da polinização em áreas de Caatinga, através do registro da riqueza, freqüência e comportamento dos visitantes florais, e realizados experimentos controlados nas flores para conhecer seu sistema reprodutivo. Calotropis procera comportou-se como perenifólia, assim como o observado em áreas onde é nativa. Sua floração e frutificação, tendo sido contínuas, divergem tanto do observado em áreas onde é nativa quanto do observado como padrão em espécies nativas da Caatinga. A estação seca corresponde ao período em que se encontram a maior quantidade de frutos maduros dispersando, possivelmente relacionado ao fato destes serem anemocóricos. Quanto ao seu sistema reprodutivo, foi observada não só autocompatibilidade, como autogamia do tipo in situ, uma vez que as polínias germinam ainda nas anteras da própria planta. Este tipo de reprodução faz com que a planta não necessite de polinizadores para se propagar, facilitando assim sua disseminação, em detrimento de maior variabilidade genética. Calotropis procera produz néctar abundante (13,5 μl) e em concentrações de açúcares acima de 30 %. Foram observadas várias espécies de visitantes florais tentando acessar o néctar, entre eles abelhas, vespas e formigas, os quais não tiveram sucesso, visto o néctar se encontrar protegido nas flores por rígidas estruturas (coronas). Apesar dos diversos trabalhos realizados em áreas de sua ocorrência natural indicarem que abelhas do gênero Xylocopa são sempre encontradas polinizando flores de C. procera, e de na Caatinga existirem sete espécies deste gênero, estas, embora localmente presentes, não visitaram as flores desta espécie. Os aspectos reprodutivos de C. procera encontrados neste trabalho são típicos de espécies invasoras e explicam seu potencial em se disseminar em áreas associadas à CaatingaporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessBiologia ReprodutivaCaatingaEspécies InvasorasPolinizaçãoFenologia, biologia reprodutiva e ecologia da polinização de Calotropis procera Ait. R. Br. 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