Síndrome das pernas inquietas em pacientes com insuficiência renal crônica e em sujeitos sem doença renal: um estudo comparativo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosa Xavier de Albuquerque, Hercília
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000wprm
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8500
Resumo: Objetivo do estudo: Comparar a freqüência e as características clínicas da SPI em pacientes com IRC e no grupo controle. Sujeitos e método: 123 pacientes com IRC e 129 acompanhantes dos pacientes com IRC, sem doença renal foram avaliados mediante questionário contendo os critérios para diagnóstico e escala de gravidade da SPI, estabelecidos pelo grupo internacional de estudo da SPI, caracterização clínica, história familiar de SPI, hábitos de vida e medicações em uso. Apenas para os pacientes com IRC foram analisados os exames laboratoriais rotineiros e clearance de creatinina. Resultados: A freqüência da SPI foi 21,1% no grupo de pacientes e 10,9% nos controles. Comparando os subgrupos de pacientes com IRC, dialítico e não-dialítico, com o controle, a freqüência diferiu apenas nos pacientes em tratamento dialítico (p=0,024). História familiar de SPI aumentou a chance de apresentar a síndrome em 10,4 vezes entre os pacientes e em 16,8 vezes entre os controles. A forma de evolução clínica diferiu significativamente entre os grupos; o tipo exacerbação/melhora predominou nos pacientes e os e a forma com remissão espontânea foi observada apenas no grupo controle. A evolução em degraus não foi encontrada em nenhum dos acometidos pela síndrome. Os grupos não diferiram quanto ao relato de fatores de piora da SPI; os pacientes com IRC associaram como eventos que agravam os sintomas a imobilização prolongada, o cansaço, a menstruação, o período pré-menstrual, a sessão de hemodiálise e o estresse, enquanto que os controles relacionaram como eventos que pioram os sintomas o estresse, o cansaço, a ingestão de polivitamínicos, o repouso prolongado, a gestação e o aumento do fluxo menstrual. Apenas 3 sujeitos do grupo controle relataram fatores de atenuação da síndrome. Os fatores associados com alívio dos sintomas foram: deambular, banho quente, molhar as pernas e gravidez. Os pacientes com IRC, com e sem a SPI, não apresentaram diferença estatisticamente significativa quanto aos valores de hemoglobina, hematócrito e níveis séricos de cálcio, fósforo e ferro, exceto no caso dos pacientes sub metidos ao transplante renal, que não tinham análise laboratorial do ferro sérico, e que por isso não entraram na análise. Conclusão: A freqüência da SPI em pacientes com IRC é maior que a observada em indivíduos sem doença renal, e aumenta com o progredir da IRC. De modo geral, as características clínicas da SPI em pacientes com IRC se assemelham às do grupo controle, diferindo na forma de evolução clínica que na população com IRC se comporta com períodos de exacerbação e de melhora, provavelmente devido
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Sujeitos e método: 123 pacientes com IRC e 129 acompanhantes dos pacientes com IRC, sem doença renal foram avaliados mediante questionário contendo os critérios para diagnóstico e escala de gravidade da SPI, estabelecidos pelo grupo internacional de estudo da SPI, caracterização clínica, história familiar de SPI, hábitos de vida e medicações em uso. Apenas para os pacientes com IRC foram analisados os exames laboratoriais rotineiros e clearance de creatinina. Resultados: A freqüência da SPI foi 21,1% no grupo de pacientes e 10,9% nos controles. Comparando os subgrupos de pacientes com IRC, dialítico e não-dialítico, com o controle, a freqüência diferiu apenas nos pacientes em tratamento dialítico (p=0,024). História familiar de SPI aumentou a chance de apresentar a síndrome em 10,4 vezes entre os pacientes e em 16,8 vezes entre os controles. 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