Efeitos da mirmecocoria no estabelecimento de plântulas de Euphorbiaceae de Caatingas, Juazeiro, BA
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/487 |
Resumo: | Muitas espécies de Angiospermas têm suas sementes dispersas por formigas, processo denominado mirmecocoria. O objetivo desse estudo foi verificar a influência da mirmecocoria na distribuição espacial e no crescimento e sobrevivência de plântulas de Euphorbiaceae em uma área de Caatinga em Juazeiro, Bahia. Em junho de 2006, 10 parcelas de 1 m2 foram montadas em três tratamentos: (1) abaixo da planta-mãe, (2) nas adjacências dos formigueiros de espécies selecionadas e (3) em áreas controle sem indivíduos adultos e sem formigueiros, porém com a ocorrência de plântulas. Todas as plântulas de Cnidoscolus quercifolius, Croton blanchetianus, Croton heliotropiifolius, Jatropha mollissima. e Jatropha ribifolia encontradas foram marcadas e as distâncias entre elas mapeadas através do método do vizinho mais próximo. Para verificar diferenças no crescimento e na sobrevivência das plântulas em diferentes densidades, um experimento em casa de vegetação foi montado a partir das distâncias entre plântulas observadas em campo. Além disso, para medir a influência das características dos solos e do ataque a inimigos naturais pelas formigas o crescimento e a sobrevivência de plântulas foram acompanhados em campo através do transplante de 10 plântulas em cada uma das 10 parcelas dos três tratamentos acima mencionados. Menores distâncias entre as plântulas foram observadas abaixo da planta-mãe, seguidas pelo formigueiro e, por último, pelas áreas controle para todas as espécies testadas exceto Jatropha mollissima. Na casa de vegetação, apenas Croton blanchetianus não germinou. Para as demais espécies, o crescimento das plântulas foi maior nos formigueiros e área controle e menor abaixo da planta-mãe, exceto em Cnidoscolus quercifolius. Não houve diferença entre a sobrevivência para nenhuma das espécies testadas, exceto para Croton heliotropiifolius, provavelmente pela disponibilidade semelhante de nutrientes e pelo tempo de duração do experimento, que, se estendido, poderia gerar resultados semelhantes aos observados em campo. Em campo, todas as espécies de Euphorbiaceae apresentaram maior ganho em altura no tratamento formigueiro. As taxas de sobrevivência também se mostraram mais elevadas para o tratamento formigueiro em todas as espécies vegetais, exceto Croton blanchetianus. A penetrabilidade do solo foi maior no tratamento formigueiro para todas as espécies vegetais estudadas. Já em relação aos nutrientes, houve diferenças significativas para Fósforo, Cálcio, Magnésio, Enxofre, Manganês, Cobre, e para matéria orgânica e capacidade de troca de cátions, com os formigueiros apresentando maiores valores para a maioria dos elementos em que houve diferenças significativas. Adicionalmente, as plântulas de Jatropha mollissima e J. ribifolia onde as formigas foram experimentalmente removidas apresentaram maiores taxas de ataques de inimigos naturais e menores taxas de crescimento. Esses resultados indicam um efeito positivo da mirmecocoria na distribuição espacial, no crescimento e na sobrevivência de plântulas da maioria das espécies testadas e confirmam a importância deste processo de dispersão não apenas na germinação de sementes, como descrito anteriormente, mas também em fases posteriores do recrutamento de novos indivíduos nas populações de espécies mirmecocóricas |
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Nascimento Sátiro, LarissaRoberta Leal, Inara 2014-06-12T15:03:04Z2014-06-12T15:03:04Z2010-01-31Nascimento Sátiro, Larissa; Roberta Leal, Inara. Efeitos da mirmecocoria no estabelecimento de plântulas de Euphorbiaceae de Caatingas, Juazeiro, BA. 2010. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/487Muitas espécies de Angiospermas têm suas sementes dispersas por formigas, processo denominado mirmecocoria. O objetivo desse estudo foi verificar a influência da mirmecocoria na distribuição espacial e no crescimento e sobrevivência de plântulas de Euphorbiaceae em uma área de Caatinga em Juazeiro, Bahia. Em junho de 2006, 10 parcelas de 1 m2 foram montadas em três tratamentos: (1) abaixo da planta-mãe, (2) nas adjacências dos formigueiros de espécies selecionadas e (3) em áreas controle sem indivíduos adultos e sem formigueiros, porém com a ocorrência de plântulas. Todas as plântulas de Cnidoscolus quercifolius, Croton blanchetianus, Croton heliotropiifolius, Jatropha mollissima. e Jatropha ribifolia encontradas foram marcadas e as distâncias entre elas mapeadas através do método do vizinho mais próximo. Para verificar diferenças no crescimento e na sobrevivência das plântulas em diferentes densidades, um experimento em casa de vegetação foi montado a partir das distâncias entre plântulas observadas em campo. Além disso, para medir a influência das características dos solos e do ataque a inimigos naturais pelas formigas o crescimento e a sobrevivência de plântulas foram acompanhados em campo através do transplante de 10 plântulas em cada uma das 10 parcelas dos três tratamentos acima mencionados. Menores distâncias entre as plântulas foram observadas abaixo da planta-mãe, seguidas pelo formigueiro e, por último, pelas áreas controle para todas as espécies testadas exceto Jatropha mollissima. Na casa de vegetação, apenas Croton blanchetianus não germinou. Para as demais espécies, o crescimento das plântulas foi maior nos formigueiros e área controle e menor abaixo da planta-mãe, exceto em Cnidoscolus quercifolius. Não houve diferença entre a sobrevivência para nenhuma das espécies testadas, exceto para Croton heliotropiifolius, provavelmente pela disponibilidade semelhante de nutrientes e pelo tempo de duração do experimento, que, se estendido, poderia gerar resultados semelhantes aos observados em campo. Em campo, todas as espécies de Euphorbiaceae apresentaram maior ganho em altura no tratamento formigueiro. As taxas de sobrevivência também se mostraram mais elevadas para o tratamento formigueiro em todas as espécies vegetais, exceto Croton blanchetianus. A penetrabilidade do solo foi maior no tratamento formigueiro para todas as espécies vegetais estudadas. Já em relação aos nutrientes, houve diferenças significativas para Fósforo, Cálcio, Magnésio, Enxofre, Manganês, Cobre, e para matéria orgânica e capacidade de troca de cátions, com os formigueiros apresentando maiores valores para a maioria dos elementos em que houve diferenças significativas. Adicionalmente, as plântulas de Jatropha mollissima e J. ribifolia onde as formigas foram experimentalmente removidas apresentaram maiores taxas de ataques de inimigos naturais e menores taxas de crescimento. Esses resultados indicam um efeito positivo da mirmecocoria na distribuição espacial, no crescimento e na sobrevivência de plântulas da maioria das espécies testadas e confirmam a importância deste processo de dispersão não apenas na germinação de sementes, como descrito anteriormente, mas também em fases posteriores do recrutamento de novos indivíduos nas populações de espécies mirmecocóricasUniversidade Federal de AlagoasporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCaracterísticas edáficasDispersão de sementes por formigasDistribuição espacialElaiossomoEstabelecimento de plântulasFormigueiroHerbívorosMirmecocoriaPatógenosPenetrabilidade do soloEfeitos da mirmecocoria no estabelecimento de plântulas de Euphorbiaceae de Caatingas, Juazeiro, BAinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo2082_1.pdf.jpgarquivo2082_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1262https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/487/4/arquivo2082_1.pdf.jpg73c351d2d2a4bbbfd86e35faca743c23MD54ORIGINALarquivo2082_1.pdfapplication/pdf1809473https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/487/1/arquivo2082_1.pdfc7e5497103a9416611fb395d655b8859MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/487/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo2082_1.pdf.txtarquivo2082_1.pdf.txtExtracted texttext/plain210077https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/487/3/arquivo2082_1.pdf.txtf9f25e6bc6770df7c9459ea720adbcc6MD53123456789/4872019-10-25 12:31:28.568oai:repositorio.ufpe.br:123456789/487Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T15:31:28Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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