De uma guerra à outra: a dramaturgia experimental de Osman Lins

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ALVES, Ivana Maria de Moura
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29553
Resumo: Das primeiras peças ao teatro experimental, uma mudança sensível marca a dramaturgia de Osman Lins. Ou seja, da primeira para a segunda fase houve uma metamorfose de sua escrita teatral. No início da carreira, o autor investiu na linha cômico-popular e ganhou os aplausos do público e da crítica com Lisbela e o Prisioneiro. O drama realista Guerra do Cansa-Cavalo teve boa acolhida e até mesmo a recepção fria à montagem A Idade dos Homens – com sua crítica social urbana – gerou um bom debate na mídia. As inovações da trilogia Santa, Automóvel e Soldado, composta pelas peças Mistério das Figuras de Barro, Auto do Salão do Automóvel e Romance dos Dois Soldados de Herodes ainda são pouco conhecidas, encenadas e estudadas. A dissertação, de abordagem interdisciplinar investiga dois campos imbricados que envolvem a trilogia Santa, Automóvel e Soldado. O primeiro detém-se sobre os possíveis motivos dessa dramaturgia não ter alcançado o merecido reconhecimento, numa tentativa de desvelar os obstáculos da receptividade da trilogia. O segundo debruça-se sobre a análise das peças. Sigo o pressuposto de que uma rede complexa de acontecimentos impediu a consagração da trilogia. Minha hipótese é que a conjuntura do período (ainda sob o regime militar), a estética teatral hegemônica, os duelos travados nos bastidores entre grupos para firmar seu ideário, as estratégias de negociação para que determinada estética chegasse ao público; além da publicação do seu livro de ensaios Guerra sem Testemunhas – um estudo crítico sobre a realidade do escritor brasileiro, que traça conexões entre campo literário (inclusive teatral) e campo de poder – contribuíram para o isolamento e até mesmo o silêncio sobre as peças que são objeto dessa pesquisa. Na segunda ponta do trabalho, baseio-me na hipótese de que o teatro corria em paralelo à sua obra ficcional, ou seja, Lins empreendeu inovações também na dramaturgia, estabelecendo nessas experimentações um novo gênero épico.
id UFPE_d92f72ca5f5205c1a56929f416067dd4
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/29553
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling ALVES, Ivana Maria de Mourahttp://lattes.cnpq.br/4856330073461286FERREIRA, Luzilá Gonçalves2019-02-28T22:26:54Z2019-02-28T22:26:54Z2005-09-08https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29553Das primeiras peças ao teatro experimental, uma mudança sensível marca a dramaturgia de Osman Lins. Ou seja, da primeira para a segunda fase houve uma metamorfose de sua escrita teatral. No início da carreira, o autor investiu na linha cômico-popular e ganhou os aplausos do público e da crítica com Lisbela e o Prisioneiro. O drama realista Guerra do Cansa-Cavalo teve boa acolhida e até mesmo a recepção fria à montagem A Idade dos Homens – com sua crítica social urbana – gerou um bom debate na mídia. As inovações da trilogia Santa, Automóvel e Soldado, composta pelas peças Mistério das Figuras de Barro, Auto do Salão do Automóvel e Romance dos Dois Soldados de Herodes ainda são pouco conhecidas, encenadas e estudadas. A dissertação, de abordagem interdisciplinar investiga dois campos imbricados que envolvem a trilogia Santa, Automóvel e Soldado. O primeiro detém-se sobre os possíveis motivos dessa dramaturgia não ter alcançado o merecido reconhecimento, numa tentativa de desvelar os obstáculos da receptividade da trilogia. O segundo debruça-se sobre a análise das peças. Sigo o pressuposto de que uma rede complexa de acontecimentos impediu a consagração da trilogia. Minha hipótese é que a conjuntura do período (ainda sob o regime militar), a estética teatral hegemônica, os duelos travados nos bastidores entre grupos para firmar seu ideário, as estratégias de negociação para que determinada estética chegasse ao público; além da publicação do seu livro de ensaios Guerra sem Testemunhas – um estudo crítico sobre a realidade do escritor brasileiro, que traça conexões entre campo literário (inclusive teatral) e campo de poder – contribuíram para o isolamento e até mesmo o silêncio sobre as peças que são objeto dessa pesquisa. Na segunda ponta do trabalho, baseio-me na hipótese de que o teatro corria em paralelo à sua obra ficcional, ou seja, Lins empreendeu inovações também na dramaturgia, estabelecendo nessas experimentações um novo gênero épico.From his first plays to his experimental drama, there is a palpable change in style in the theatrical work of Osman Lins. Put differently, there was a radical transformation in his dramatic writing between the first and the second phase of his career. Initially, Lins was interested in popular comic entertainment and gained much public and critical acclaim for his play, Lisbela e o Prisioneiro [Lisbela and the Prisoner]. The realistic drama of Guerra do Cansa-Cavalo [The War of the Weary Horse] was also well received, and even the cool reception of A Idade dos Homens [The Age of Men] – with its urban social criticism – generated a good debate in the media. The innovations of the trilogy Santa, Automóvel e Soldado [Saint, Motor Car and Soldier], comprising Mistério das Figuras de Barro [The Mystery of the Clay Figures], Auto do Salão do Automóvel [Show Room Car] and Romance dos Dois Soldados de Herodes [The Romance of Herod’s Two Soldiers] are less well-known, and not often studied or staged. This dissertation adopts an interdisciplinary approach, by way of two overlapping lines of investigation regarding the Saint, Motor Car and Soldier trilogy. The first of these concerns the possible reasons why these later plays have not received the recognition they deserve, and an attempt is made to demonstrate the factors which militated against such recognition. The second presents an analysis of the plays and attempts to demonstrate the contemporary relevance of each. It is assumed that a complex train of events has prevented the trilogy from being regarded as a classic. The hypothesis is presented that the political situation and the dominant theatrical style at the time (when the military regime was still in power), the battles waged backstage between ideologically opposed factions, and the negotiation strategies adopted when determining which styles are to be seen by the public, as well as the publication of Lins’s book of essays, Guerra sem Testemunhas [War without Witnesses] – a critical study of the reality of being a writer in Brazil, which makes connections between the fields of literature (including theatre) and political power – , all contributed to the neglect which these plays have suffered. For this part of the study, the theories of Pierre Bourdieu are used. The second part of the investigation is based on the hypothesis that Lins’s theatre parallels his other fictional work. Lins employed innovations in the theatre also, establishing, through these experimental pieces, a new epic genre.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em LetrasUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessLiteratura brasileiraLins, Osman – Crítica e interpretaçãoCrítica textualTeatro brasileiroTeatro (Literatura)Teatro experimentalIntertextualidadeModernismo (Literatura)De uma guerra à outra: a dramaturgia experimental de Osman Linsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Ivana Maria de Moura Alves.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Ivana Maria de Moura Alves.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1122https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29553/6/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ivana%20Maria%20de%20Moura%20Alves.pdf.jpgebed12d3aa7c9fdc802761ce0039ef48MD56ORIGINALDISSERTAÇÃO Ivana Maria de Moura Alves.pdfDISSERTAÇÃO Ivana Maria de Moura Alves.pdfapplication/pdf1290844https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29553/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ivana%20Maria%20de%20Moura%20Alves.pdfd4913c0028ba9b5204202451cb00dd24MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29553/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29553/4/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD54TEXTDISSERTAÇÃO Ivana Maria de Moura Alves.pdf.txtDISSERTAÇÃO Ivana Maria de Moura Alves.pdf.txtExtracted texttext/plain364883https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29553/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ivana%20Maria%20de%20Moura%20Alves.pdf.txt8ae1de285005d98b8ea6ff716a4f5edcMD55123456789/295532019-10-25 08:25:28.161oai:repositorio.ufpe.br:123456789/29553TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T11:25:28Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv De uma guerra à outra: a dramaturgia experimental de Osman Lins
title De uma guerra à outra: a dramaturgia experimental de Osman Lins
spellingShingle De uma guerra à outra: a dramaturgia experimental de Osman Lins
ALVES, Ivana Maria de Moura
Literatura brasileira
Lins, Osman – Crítica e interpretação
Crítica textual
Teatro brasileiro
Teatro (Literatura)
Teatro experimental
Intertextualidade
Modernismo (Literatura)
title_short De uma guerra à outra: a dramaturgia experimental de Osman Lins
title_full De uma guerra à outra: a dramaturgia experimental de Osman Lins
title_fullStr De uma guerra à outra: a dramaturgia experimental de Osman Lins
title_full_unstemmed De uma guerra à outra: a dramaturgia experimental de Osman Lins
title_sort De uma guerra à outra: a dramaturgia experimental de Osman Lins
author ALVES, Ivana Maria de Moura
author_facet ALVES, Ivana Maria de Moura
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4856330073461286
dc.contributor.author.fl_str_mv ALVES, Ivana Maria de Moura
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv FERREIRA, Luzilá Gonçalves
contributor_str_mv FERREIRA, Luzilá Gonçalves
dc.subject.por.fl_str_mv Literatura brasileira
Lins, Osman – Crítica e interpretação
Crítica textual
Teatro brasileiro
Teatro (Literatura)
Teatro experimental
Intertextualidade
Modernismo (Literatura)
topic Literatura brasileira
Lins, Osman – Crítica e interpretação
Crítica textual
Teatro brasileiro
Teatro (Literatura)
Teatro experimental
Intertextualidade
Modernismo (Literatura)
description Das primeiras peças ao teatro experimental, uma mudança sensível marca a dramaturgia de Osman Lins. Ou seja, da primeira para a segunda fase houve uma metamorfose de sua escrita teatral. No início da carreira, o autor investiu na linha cômico-popular e ganhou os aplausos do público e da crítica com Lisbela e o Prisioneiro. O drama realista Guerra do Cansa-Cavalo teve boa acolhida e até mesmo a recepção fria à montagem A Idade dos Homens – com sua crítica social urbana – gerou um bom debate na mídia. As inovações da trilogia Santa, Automóvel e Soldado, composta pelas peças Mistério das Figuras de Barro, Auto do Salão do Automóvel e Romance dos Dois Soldados de Herodes ainda são pouco conhecidas, encenadas e estudadas. A dissertação, de abordagem interdisciplinar investiga dois campos imbricados que envolvem a trilogia Santa, Automóvel e Soldado. O primeiro detém-se sobre os possíveis motivos dessa dramaturgia não ter alcançado o merecido reconhecimento, numa tentativa de desvelar os obstáculos da receptividade da trilogia. O segundo debruça-se sobre a análise das peças. Sigo o pressuposto de que uma rede complexa de acontecimentos impediu a consagração da trilogia. Minha hipótese é que a conjuntura do período (ainda sob o regime militar), a estética teatral hegemônica, os duelos travados nos bastidores entre grupos para firmar seu ideário, as estratégias de negociação para que determinada estética chegasse ao público; além da publicação do seu livro de ensaios Guerra sem Testemunhas – um estudo crítico sobre a realidade do escritor brasileiro, que traça conexões entre campo literário (inclusive teatral) e campo de poder – contribuíram para o isolamento e até mesmo o silêncio sobre as peças que são objeto dessa pesquisa. Na segunda ponta do trabalho, baseio-me na hipótese de que o teatro corria em paralelo à sua obra ficcional, ou seja, Lins empreendeu inovações também na dramaturgia, estabelecendo nessas experimentações um novo gênero épico.
publishDate 2005
dc.date.issued.fl_str_mv 2005-09-08
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-02-28T22:26:54Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-02-28T22:26:54Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29553
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29553
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Letras
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29553/6/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ivana%20Maria%20de%20Moura%20Alves.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29553/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ivana%20Maria%20de%20Moura%20Alves.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29553/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29553/4/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29553/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ivana%20Maria%20de%20Moura%20Alves.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv ebed12d3aa7c9fdc802761ce0039ef48
d4913c0028ba9b5204202451cb00dd24
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
8ae1de285005d98b8ea6ff716a4f5edc
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310712868995072