Ser e/ou não ser : a dupla natureza do discurso senhorial em anúncios de escravizados no Diário de Pernambuco (1837-1843)
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Data de Publicação: | 2024 |
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Resumo: | O presente trabalho aborda uma aparente dicotomia na base do discurso senhorial no século XIX visualizada a partir de anúncios de venda e fuga de escravizados no Diário de Pernambuco. Seu objetivo envolve reivindicar a viabilidade e a relevância de uma proposta de interdisciplinaridade entre a história e a linguística, contribuindo para a história social da escravidão no Brasil, demonstrando a realidade oitocentista do cotidiano do cativeiro a partir do discurso senhorial. A teoria desta pesquisa é de base materialista e crítica, sendo composta, principalmente, pelo conceito marxiano de totalidade; pela dinâmica da negociação e do conflito, de J. J. Reis e E. Silva; pela crítica à historiografia tradicional do escravismo, em C. Moura, A. Nascimento e B. Nascimento; pela Análise Crítica do Discurso, em N. Fairclough, T. van Dijk e T. van Leeuwen; e pelo conceito de signo linguístico, de F. de Saussure. As fontes históricas são centenas de anúncios de venda e de fuga de escravizados em setenta edições do Diário, entre 1837 e 1843, e os dicionários de L. M. da Silva Pinto (1832) e A. de Moraes e Silva (1823). A metodologia, de teor indutivo-dedutivo, envolve uma proposta qualitativa de análise do discurso e outra quantitativa de investigação dos signos encontrados. A partir disso, descortina-se a aparente dupla natureza do discurso senhorial, composta por uma dimensão comodificadora e outra subjetivadora dos agentes históricos escravizados. Nos anúncios, tendo a primeira dimensão como perspectiva, visualiza-se a predominância de menções às “nações” africanas, a indivíduos entre 16 e 20 anos, a mulheres vendidas e homens fugidos e a ofícios domésticos entre os vendidos e ofícios do ganho entre os fugidos. Quanto à segunda dimensão, vê-se características físicas genéricas e “sedutoras” na venda e específicas e “sinceras” na fuga; ausência de defeitos entre os vendidos; alta frequência de cicatrizes, vícios e sequelas de doenças entre os fugidos; menções às habilidades da fala e ao semblante; a frequência com a qual os fugidos se “intitulavam forros”; o uso de adereços como brincos e a presença de “marcas de nação”; e a primazia de peças de roupa de algodão ou de chita. |
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A teoria desta pesquisa é de base materialista e crítica, sendo composta, principalmente, pelo conceito marxiano de totalidade; pela dinâmica da negociação e do conflito, de J. J. Reis e E. Silva; pela crítica à historiografia tradicional do escravismo, em C. Moura, A. Nascimento e B. Nascimento; pela Análise Crítica do Discurso, em N. Fairclough, T. van Dijk e T. van Leeuwen; e pelo conceito de signo linguístico, de F. de Saussure. As fontes históricas são centenas de anúncios de venda e de fuga de escravizados em setenta edições do Diário, entre 1837 e 1843, e os dicionários de L. M. da Silva Pinto (1832) e A. de Moraes e Silva (1823). A metodologia, de teor indutivo-dedutivo, envolve uma proposta qualitativa de análise do discurso e outra quantitativa de investigação dos signos encontrados. A partir disso, descortina-se a aparente dupla natureza do discurso senhorial, composta por uma dimensão comodificadora e outra subjetivadora dos agentes históricos escravizados. Nos anúncios, tendo a primeira dimensão como perspectiva, visualiza-se a predominância de menções às “nações” africanas, a indivíduos entre 16 e 20 anos, a mulheres vendidas e homens fugidos e a ofícios domésticos entre os vendidos e ofícios do ganho entre os fugidos. Quanto à segunda dimensão, vê-se características físicas genéricas e “sedutoras” na venda e específicas e “sinceras” na fuga; ausência de defeitos entre os vendidos; alta frequência de cicatrizes, vícios e sequelas de doenças entre os fugidos; menções às habilidades da fala e ao semblante; a frequência com a qual os fugidos se “intitulavam forros”; o uso de adereços como brincos e a presença de “marcas de nação”; e a primazia de peças de roupa de algodão ou de chita.FACEPEThis essay addresses a possible dichotomy at the basis of seigneurial discourse in the 19th century Brazil seen through advertisements for the sale and escape of enslaved people in the newspaper Diário de Pernambuco. Its objective involves advocating for an interdisciplinarity proposal between history and linguistics, contributing to the social history of slavery in Brazil, demonstrating the nineteenth-century reality of everyday life in captivity based on seigneurial discourse. The theory of this research has a materialist and critical basis, being mainly composed by the Marxian concept of totality; by the dynamics of negotiation and conflict, by J. J. Reis and E. Silva; by the criticism of the traditional Brazilian slavery historiography, in C. Moura, A. Nascimento and B. Nascimento; by the Critical Discourse Analysis, in N. Fairclough, T. van Dijk and T. van Leeuwen; and by the concept of linguistic sign, by F. de Saussure. The historical sources are hundreds of advertisements for the sale and escape of enslaved people in seventy editions of the Di·rio, between 1837 and 1843, and the dictionaries of L. M. da Silva Pinto (1832) and A. de Moraes e Silva (1823). The methodology, with an inductive-deductive core, involves a qualitative proposal for discourse analysis and a quantitative proposal for investigating the signs found. From this, the apparent double nature of the seigneurial discourse is revealed, composed by a commodifying dimension and a subjectifying dimension of the enslaved historical agents. In the advertisements, taking the first dimension as a perspective, the mentions of the African “nations”, of individuals between 16 and 20 years old, of sold women and escaped men, and of domestic crafts among those sold and street crafts among those escaped are predominant. As for the second dimension, we see generic and “seductive” physical characteristics in the sale ads and detailed and “sincere” ones in the escape ads; absence of imperfections among those sold; high frequency of scars, addictions and disease consequences among those who fled; mentions of their speech skills and their countenance; the frequency with which fugitives “called themselves freedmen”; the use of accessories such as earrings and the presence of “nation marks”; and the primacy of cotton or chintz clothing.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em HistoriaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessHistóriaHistória socialEscravismoAnálise crítica do discursoAnúncios - JornaisPernambucoSer e/ou não ser : a dupla natureza do discurso senhorial em anúncios de escravizados no Diário de Pernambuco (1837-1843)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Pedro Ivo Szpak Furtado Correia.pdfDISSERTAÇÃO Pedro Ivo Szpak Furtado Correia.pdfapplication/pdf1376786https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56303/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Pedro%20Ivo%20Szpak%20Furtado%20Correia.pdfb93c9f51008a1f5d6d456e800a142a1aMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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