Toxicidade do tributilestanho (TBT) para o copépodo marinho Tisbe biminiensis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: COSTA, Bruno Varella Motta da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
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Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10584
Resumo: O tributilestanho (TBT) é muito tóxico para organismos marinhos e tem sido reportado como interferente endócrino para moluscos e crustáceos. Os objetivos deste trabalho foram revisar a toxicidade aguda do TBT para crustáceos e avaliar a toxicidade deste contaminante na água e no sedimento para o copépodo Tisbe biminiensis. A revisão da toxicidade foi realizada a partir de dados extraídos da base de dados da Pesticide Action Network (PAN). Os dados foram agrupados por critérios taxonômicos, experimentais e químicos. A revisão indicou que as espécies de copépodos são mais sensíveis ao TBT em relação a outros grupos de crustáceos. Não há diferenças significativas entre os resultados de testes estático, semi-estático e de fluxo contínuo. Também não há diferença de toxicidade entre os compostos mais empregados em bioensaios: óxido, fluoreto e cloreto de TBT. A toxicidade aguda do TBT na água para fêmeas ovígeras de T. biminiensis foi avaliada em exposições de 48 h. As CL50-24h e CL50-48h médias foram 37 e 36 μg TBT L-1, respectivamente. A razão entre essas CL50 em torno de 1 é menor do que aquelas obtidas para cromo e amônia em bioensaios com T. biminiensis, sugerindo que esta espécie absorve o TBT mais rapidamente que o cromo e amônia. T. biminiensis foi menos sensível ao TBT relativamente a outras espécies de copépodos bentônicos. Entretanto, copépodos bentônicos são menos sensíveis ao TBT do que copépodos planctônicos. Nos bioensaios com sedimento, avaliou-se a toxicidade letal (CL50) e sub-letal (CE50, efeito sobre a fecundidade) do TBT em exposições de 96 h. Foi também avaliado o efeito da liofilização sobre estes parâmetros de toxicidade. A CL50- 96h média do TBT foi de 31 μg g-1 peso úmido (p.u.), enquanto a CE50-96h média sobre a fecundidade total foi de 5,2 μg g-1 p.u. Os bioensaios revelaram que T. biminiensis é mais sensível ao TBT do que outros organismos (anfípodo, poliqueta e peixe). A CL50- 96h no sedimento se ajustou à predição feita a partir da teoria de equilíbrio de partição água-sedimento, sugerindo que o TBT atingiu equilíbrio dinâmico durante os bioensaios. A manipulação do sedimento através da liofilização aumentou a toxicidade aguda do mesmo quando comparado aos bioensaios com sedimento úmido. Por outro lado, houve uma atenuação na toxicidade aguda do sedimento liofilizado ao longo de 30 dias de estocagem em freezer. Apesar disso, a liofilização não teve efeito sobre a toxicidade sub-letal do sedimento. A liofilização foi vantajosa porque reduziu a variabilidade das CL50-96h e isto pode ser resultado da eliminação de micro-gradientes físico-químicos no sedimento. Como desvantagem da liofilização, destaca-se a eliminação dos micro-gradientes físico-químicos do sedimento, que pode dificultar a caracterização da toxicidade in situ de amostras coletadas no campo. Novos estudos devem considerar o efeito da liofilização sobre amostras fortificadas com metais e outros contaminantes orgânicos a fim de melhor avaliar essa técnica de manipulação.
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A revisão indicou que as espécies de copépodos são mais sensíveis ao TBT em relação a outros grupos de crustáceos. Não há diferenças significativas entre os resultados de testes estático, semi-estático e de fluxo contínuo. Também não há diferença de toxicidade entre os compostos mais empregados em bioensaios: óxido, fluoreto e cloreto de TBT. A toxicidade aguda do TBT na água para fêmeas ovígeras de T. biminiensis foi avaliada em exposições de 48 h. As CL50-24h e CL50-48h médias foram 37 e 36 μg TBT L-1, respectivamente. A razão entre essas CL50 em torno de 1 é menor do que aquelas obtidas para cromo e amônia em bioensaios com T. biminiensis, sugerindo que esta espécie absorve o TBT mais rapidamente que o cromo e amônia. T. biminiensis foi menos sensível ao TBT relativamente a outras espécies de copépodos bentônicos. Entretanto, copépodos bentônicos são menos sensíveis ao TBT do que copépodos planctônicos. 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