Relação entre condições de trabalho e saúde vocal de professores no ensino superior
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10522 |
Resumo: | O estudo teve como objetivo investigar a relação entre as condições de trabalho e saúde vocal de professores no ensino superior. A pesquisa foi desenvolvida em duas instituições do Município de Vitória de Santo Antão – PE, uma pública e outra privada, ao todo participaram 143 docentes (pública= 88, privada=55). Foi utilizado um questionário validado auto-aplicável para coleta dos dados, os quais foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial, com nível de significância a 5%, foi empregado o teste qui-quadrado para verificar diferenças e associação entre os aspectos estudados. Foram encontrados os seguintes resultados: predominância feminina na instituição pública (69,3%) e masculina na instituição privada (50,9%); a faixa etária 22 a 39 foi prevalente em ambas as instituições; a renda mensal individual foi maior entre os professores da pública (>9 salários mínimos) que na privada (6 a 9 salários mínimos). A média do tempo de docência foi maior na instituição privada-11 anos do que na pública- 9 anos; a carga horária semanal variou de 3h a 45h em ambas as instituições; docentes da pública trabalham dois turnos e os da privada um turno (p<0,001); docentes que possuem outro trabalho além da docência (pública= 6,8%, privada= 83,6%, p<0,001); as aulas expositivas predominam em relação a outros métodos de ensino em ambas as instituições, assim como foi predominante levar trabalho para casa. Houve diferenças entre as instituições em relação à presença de poeira (pública= 68,2%, privada= 36,4%), ausência de temperatura agradável (pública= 6,8%, privada= 56,4%), exposição a produtos químicos (pública= 62,5%, privada= 14,6%) e tamanho da sala adequado (pública= 8,0%, privada= 25,5%). Em relação aos hábitos deletérios para a voz, apenas dois prevaleceram em ambas as instituições, o falar muito e falar alto. Os sintomas vocais mais citados foram: rouquidão, falhas na voz e voz fraca e as sensações laríngeas: garganta seca, pigarro, tosse seca e cansaço ao falar. Foi identificado um percentual pequeno de professores disfônicos (28%). A maior parte dos docentes (65%) nunca receberam orientações e cuidados com a voz. As causas das alterações vocais mais citadas foram o uso intensivo da voz e o estresse. No estudo não foi encontrada associação significativa entre os aspectos organizacionais, ambientais e hábitos com a ocorrência de disfonia. O estudo mostrou que há diferenças significativas entre as instituições quanto a alguns aspectos organizacionais e ambientais, e identificou hábitos deletérios para a saúde vocal dos docentes em ambas as instituições. É preciso que instituições e professores tomem medidas de cuidados, para minimizar e/ou eliminar aspectos que contribuem para o surgimento de distúrbios vocais relacionados ao trabalho. |
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Foi utilizado um questionário validado auto-aplicável para coleta dos dados, os quais foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial, com nível de significância a 5%, foi empregado o teste qui-quadrado para verificar diferenças e associação entre os aspectos estudados. Foram encontrados os seguintes resultados: predominância feminina na instituição pública (69,3%) e masculina na instituição privada (50,9%); a faixa etária 22 a 39 foi prevalente em ambas as instituições; a renda mensal individual foi maior entre os professores da pública (>9 salários mínimos) que na privada (6 a 9 salários mínimos). A média do tempo de docência foi maior na instituição privada-11 anos do que na pública- 9 anos; a carga horária semanal variou de 3h a 45h em ambas as instituições; docentes da pública trabalham dois turnos e os da privada um turno (p<0,001); docentes que possuem outro trabalho além da docência (pública= 6,8%, privada= 83,6%, p<0,001); as aulas expositivas predominam em relação a outros métodos de ensino em ambas as instituições, assim como foi predominante levar trabalho para casa. Houve diferenças entre as instituições em relação à presença de poeira (pública= 68,2%, privada= 36,4%), ausência de temperatura agradável (pública= 6,8%, privada= 56,4%), exposição a produtos químicos (pública= 62,5%, privada= 14,6%) e tamanho da sala adequado (pública= 8,0%, privada= 25,5%). Em relação aos hábitos deletérios para a voz, apenas dois prevaleceram em ambas as instituições, o falar muito e falar alto. 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