Avaliação do potencial invasor de Kappaphycus alvarezii (Rhodophyta, Gigartinales) no litoral da Paraíba, Brasil
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Data de Publicação: | 2013 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10703 |
Resumo: | Kappaphycus alvarezii (Doty) Doty ex P.C. Silva (Rhodophyta, Gigartinales) foi introduzida no litoral da Paraíba, nordeste do Brasil, no início da década de 2000 e tem sido cultivada em escala artesanal até o momento. Esta introdução gerou questionamentos acerca do risco de invasão ambiental na costa nordeste do Brasil. Assim, o presente estudo avaliou e monitorou o potencial de invasão de K. alvarezii no litoral da Paraíba, e teve como objetivos: (i) identificar a linhagem de K. alvarezii introduzida na Paraíba através de ferramenta molecular; (ii) avaliar a sobrevivência e crescimento da K. alvarezii arribada sob diferentes temperaturas (20, 24, 28, 32 °C) e salinidades (15, 25, 35, 45, 55 ups); (iii) avaliar e monitorar o potencial de estabelecimento de K. alvarezii na costa da Paraíba e de Pernambuco através de propagação vegetativa e pela produção de esporos/gametas e a dispersão por fragmentos arribados ao longo da costa. A análise de Máxima Verossimilhança (ML) e a Inferência Bayesiana (BI) mostraram semelhanças entre a linhagem de K. alvarezii cultivada na Paraíba e aquelas que são cultivadas em diversas partes do mundo e que não tem mostrado comportamento invasivo. A temperatura e a salinidade influenciaram a sobrevivência e crescimento de K. alvarezii arribada, a maior sobrevivência ocorreu a 20 e 24 °C e as algas coletadas na estação seca mostraram maior sobrevivência e crescimento a 25 e 35 ups de salinidade, enquanto que as algas coletadas na estação chuvosa, a 15 e 25 ups. Temperaturas de 32 °C e salinidade de 55 ups foram letais. Talos despigmentados e contaminação pela alga vermelha Acrochaetium ocorreu e prejudicou a sobrevivência e desenvolvimento da K. alvarezii arribada. O monitoramento indicou que a dispersão de K. alvarezii arribado é pontual, concentrada nas praias próximas ao local das balsas de cultivo. A direção do vento e a temperatura ambiente e da água do mar tiveram relação com a biomassa arribada. Não foram observadas estruturas reprodutivas nas algas arribadas, nem recrutamento e desenvolvimento de esporos ou gametas nos substratos artificiais. Também não foram observados talos de K. alvarezii crescendo fixos ou enroscados em substratos naturais das formações recifais e nódulos de algas calcárias. Portanto, os resultados indicam que, até o momento, não há estabelecimento de K. alvarezii no litoral da Paraíba, e o potencial de invasão desta espécie é baixo para a região. Todavia, é importante dar continuidade às ações de monitoramento ambiental na área sob influência do cultivo desta espécie exótica. |
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Assim, o presente estudo avaliou e monitorou o potencial de invasão de K. alvarezii no litoral da Paraíba, e teve como objetivos: (i) identificar a linhagem de K. alvarezii introduzida na Paraíba através de ferramenta molecular; (ii) avaliar a sobrevivência e crescimento da K. alvarezii arribada sob diferentes temperaturas (20, 24, 28, 32 °C) e salinidades (15, 25, 35, 45, 55 ups); (iii) avaliar e monitorar o potencial de estabelecimento de K. alvarezii na costa da Paraíba e de Pernambuco através de propagação vegetativa e pela produção de esporos/gametas e a dispersão por fragmentos arribados ao longo da costa. A análise de Máxima Verossimilhança (ML) e a Inferência Bayesiana (BI) mostraram semelhanças entre a linhagem de K. alvarezii cultivada na Paraíba e aquelas que são cultivadas em diversas partes do mundo e que não tem mostrado comportamento invasivo. 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Também não foram observados talos de K. alvarezii crescendo fixos ou enroscados em substratos naturais das formações recifais e nódulos de algas calcárias. Portanto, os resultados indicam que, até o momento, não há estabelecimento de K. alvarezii no litoral da Paraíba, e o potencial de invasão desta espécie é baixo para a região. 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