Temperamento emocional e afetivo na dependência por álcool

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOUSA, Henrique Faria de
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/0013000005x2q
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17194
Resumo: O temperamento é um traço herdado geneticamente, e constitui a base do humor, do comportamento e da personalidade. Acredita-se atualmente que o temperamento esteja intimamente relacionado ao desenvolvimento dos transtornos mentais. O alcoolismo é um transtorno mental grave, que se transformou num sério problema de saúde pública mundial, e o seu tratamento ainda é muito deficiente, dificultando muito a recuperação total destes pacientes. A adoção urgente de novas estratégias terapêuticas é necessária para que esta dependência seja controlada de forma mais eficaz. Alguns estudos tem mostrado associação entre traços característicos de temperamento e a dependência por álcool, e esta possível relação pode ser uma ferramenta importante como medida preventiva e para o aperfeiçoamento no processo terapêutico destes indivíduos. Objetivo: Verificar a associação entre temperamentos emocional e afetivo e a dependência por álcool. Método: Trata-se de um estudo transversal, com amostragem não probabilística do tipo intencional, realizado em 50 indivíduos dependentes de álcool, tratados no Núcleo Especializado em Dependência Química do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (NEDEQ/HC/UFPE) – do município do Recife, e no Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas – do município do Cabo de Santo Agostinho-PE (CAPS-AD). Inicialmente, o estudo caracterizou o perfil sócio-demográfico dos sujeitos e, em seguida, selecionou os dependentes de álcool por meio do instrumento The Alcohol Use Identification Test (AUDIT), e identificou os tipos de temperamento emocional e afetivo através da escala The Affective and Emotional Composite Temperament Scale (AFECTS). Resultados: A amostra foi composta na sua maioria por indivíduos do sexo masculino, com média de idade de 44 anos. A pontuação média obtida no AUDIT foi de 30,08. Quanto ao AFECTS, a seção emocional mostrou maior prevalência nos altos níveis de vontade e nos baixos níveis de sensibilidade e inibição, enquanto que na seção afetiva, houve uma predominância no subgrupo dos temperamentos instáveis, com uma maior prevalência do temperamento ciclotímico em toda a amostra. Nos ciclotímicos, realmente foi encontrado altos níveis de desejo, raiva e sensibilidade, e de baixos níveis de coping. Conclusão: Houve associação entre temperamento e dependência por álcool na amostra. Os dados deste e de outros estudos sobre temperamento podem auxiliar na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de indivíduos com dependência por álcool. É necessário que mais estudos esclareçam esta relação e ajudem a aperfeiçoar os modelos de tratamento do alcoolismo.
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spelling SOUSA, Henrique Faria deLIMA, Murilo Duarte Costa2016-06-29T17:19:51Z2016-06-29T17:19:51Z2015-03-06https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17194ark:/64986/0013000005x2qO temperamento é um traço herdado geneticamente, e constitui a base do humor, do comportamento e da personalidade. Acredita-se atualmente que o temperamento esteja intimamente relacionado ao desenvolvimento dos transtornos mentais. O alcoolismo é um transtorno mental grave, que se transformou num sério problema de saúde pública mundial, e o seu tratamento ainda é muito deficiente, dificultando muito a recuperação total destes pacientes. A adoção urgente de novas estratégias terapêuticas é necessária para que esta dependência seja controlada de forma mais eficaz. Alguns estudos tem mostrado associação entre traços característicos de temperamento e a dependência por álcool, e esta possível relação pode ser uma ferramenta importante como medida preventiva e para o aperfeiçoamento no processo terapêutico destes indivíduos. Objetivo: Verificar a associação entre temperamentos emocional e afetivo e a dependência por álcool. Método: Trata-se de um estudo transversal, com amostragem não probabilística do tipo intencional, realizado em 50 indivíduos dependentes de álcool, tratados no Núcleo Especializado em Dependência Química do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (NEDEQ/HC/UFPE) – do município do Recife, e no Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas – do município do Cabo de Santo Agostinho-PE (CAPS-AD). Inicialmente, o estudo caracterizou o perfil sócio-demográfico dos sujeitos e, em seguida, selecionou os dependentes de álcool por meio do instrumento The Alcohol Use Identification Test (AUDIT), e identificou os tipos de temperamento emocional e afetivo através da escala The Affective and Emotional Composite Temperament Scale (AFECTS). Resultados: A amostra foi composta na sua maioria por indivíduos do sexo masculino, com média de idade de 44 anos. A pontuação média obtida no AUDIT foi de 30,08. Quanto ao AFECTS, a seção emocional mostrou maior prevalência nos altos níveis de vontade e nos baixos níveis de sensibilidade e inibição, enquanto que na seção afetiva, houve uma predominância no subgrupo dos temperamentos instáveis, com uma maior prevalência do temperamento ciclotímico em toda a amostra. Nos ciclotímicos, realmente foi encontrado altos níveis de desejo, raiva e sensibilidade, e de baixos níveis de coping. Conclusão: Houve associação entre temperamento e dependência por álcool na amostra. Os dados deste e de outros estudos sobre temperamento podem auxiliar na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de indivíduos com dependência por álcool. É necessário que mais estudos esclareçam esta relação e ajudem a aperfeiçoar os modelos de tratamento do alcoolismo.The temperament is a genetically inherited trait, and forms the basis of mood, behavior and personality. It is currently believed that temperament is closely related to the development of mental disorders. Alcoholism is a serious mental disorder, which has become a serious public health problem worldwide, and its treatment is still very poor, making it difficult to complete recovery of these patients. The urgent adoption of new therapeutic strategies is necessary so that this dependence is controlled more effectively. Some studies have shown an association between temperament traits and alcohol dependence, and this possible relationship can be an important tool as a preventive measure and to improve the therapeutic process these individuals. Objective: To investigate the association between emotional and affective temperaments and alcohol dependence. Method: This was a cross-sectional study with non-probabilistic intentional sampling, conducted in 50 alcohol-dependent individuals treated at the Center for Chemical Dependency Specialist, Hospital das Clinicas, Federal University of Pernambuco (NEDEQ / HC / UFPE) - the city of Recife, and Psychosocial Care Center - Alcohol and Drugs - the city of Cabo de Santo Agostinho- PE (CAPS-AD). Initially, the study characterized the socio-demographic profile of the subjects and then selected alcoholics by means of the instrument The Alcohol Use Disorder Identification Test (AUDIT), and identified the types of emotional and affective temperament scale through The Affective and Emotional Composite Temperament Scale (AFECTS). Results: The sample consisted mostly of males, with a mean age of 44 years. The average score on the AUDIT was 30.08. Regarding AFECTS, emotional section showed higher prevalence in high levels of volition and the low levels of sensitivity and inhibition, whereas there was a predominance in the subgroup of unstable affective temperaments in section, with a higher prevalence of cyclothymic temperament in the whole sample. In cyclothymic, was actually found high levels of desire, anger and sensibility, and low levels of coping. Conclusion: There was an association between temperament and alcohol dependence in the sample. The data from this and other studies temper may assist in the prevention, diagnosis and treatment of patients with alcohol dependence. It is necessary that further studies clarify this relationship and help improve treatment models of alcoholism.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do ComportamentoUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessTemperamento. Traço. Dependência de Álcool. AlcoolismoTemperament. Trait. Alcohol Dependence. AlcoholismTemperamento emocional e afetivo na dependência por álcoolinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTEMPERAMENTO.pdf.jpgTEMPERAMENTO.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1231https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17194/5/TEMPERAMENTO.pdf.jpg1cba1615f38a3390aec35e8de1229ae7MD55ORIGINALTEMPERAMENTO.pdfTEMPERAMENTO.pdfapplication/pdf515563https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17194/1/TEMPERAMENTO.pdff0effde4fd02a7e920fe7e33fd43137fMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17194/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17194/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTTEMPERAMENTO.pdf.txtTEMPERAMENTO.pdf.txtExtracted texttext/plain141994https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17194/4/TEMPERAMENTO.pdf.txt1dd033ec0873b9bd1496a7d7e760e38cMD54123456789/171942019-10-25 19:07:04.821oai:repositorio.ufpe.br:123456789/17194TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T22:07:04Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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