A utilização da Microalga Skeletonema Costatum (Greville) Cleve (Bacillariophyceae) na avaliação da qualidade ambiental de áreas estuarinas de Pernambuco
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6465 |
Resumo: | Os ambientes costeiros são regiões caracterizadas pela alta complexidade e diversidade biológica, onde a variedade supera outros ecossistemas já estabelecidos. As áreas estuarinas constituem um dos ecossistemas mais produtivos do mundo, graças ao grande aporte de nutrientes inorgânicos dissolvidos, oriundos do continente. O que vem sendo modificado nos últimos anos, devido ao seu uso indiscriminado. Nesse contexto, os estuários do rio Ipojuca e da bacia do Pina estão localizados, à cerca de 40 km ao sul da cidade do Recife e na parte interna da capital, respectivamente e encontram-se inseridos na região metropolitana do estado de Pernambuco. Esses ecossistemas foram investigados com o objetivo de inventariar a ocorrência da diatomécea Skeletonema costatum (Greville) Cleve analisando suas variações quantitativas e morfométricas e as principais variáveis ambientais que interferem no seu desenvolvimento. O material analisado foi coletado nos meses de Junho, Julho e Agosto (período seco) e Outubro, Novembro e Dezembro (período chuvoso) nos anos de 1986, no rio Ipojuca, e 1990, na bacia do Pina, na baixa-mar e preamar. Foram aferidos no local: temperatura do ar e da água e transparência. Foram coletadas amostras da água com garrafa do tipo Nansen para análise dos demais parâmetros hidrológicos. As amostras do fitoplâncton foram coletadas através de arrasto superficial, horizontal, com duração de 3 minutos e auxílio de barco a motor, utilizando rede de plâncton (64μm de abertura de malha) e neutralizadas com formol 4%. A temperatura, transparência da água e salinidade, nos dois ambientes, teve seus maiores valores no período seco, o fosfato foi maior apenas na bacia do Pina e o silicato no rio Ipojuca. O pH não variou sazonalmente nos dois ambientes. Os maiores valores de oxigênio dissolvido, nitrito e nitrato foram registrados no período chuvoso. Em relação às marés, os valores mais elevados durante as baixa-mares foram temperatura e nitrato (no rio Ipojuca) e nitrito (na bacia do Pina), fosfato e silicato, de uma maneira geral. Nas preamares, foram registrados maiores valores de transparência, salinidade, pH, oxigênio dissolvido, nitrito (no rio Ipojuca), temperatura e nitrato (na bacia do Pina). A espécie apresentou características distintas. No estuário do Ipojuca as células eram robustas, maiores e visíveis, colônias grandes, com processos evidentes. No estuário do Pina as frústulas eram frágeis, quase imperceptíveis, esbranquiçadas, com processos curtos e colônias pequenas. Os valores da altura, processos celulares e n° de cél/colônia apresentaram pequena variação sazonal, nos ciclos de marés e entre os ambientes, não sendo consideradas significativas pelo teste t de significância. O diâmetro celular demonstrou forte variação, entre os ambientes, mostrando-se mais elevado no estuário do rio Ipojuca representando o parâmetro mais significativo. A densidade celular, no rio Ipojuca, obteve valores elevados no período chuvoso, quando ocorreu baixa salinidade e maiores concentrações de silicato. Na bacia do Pina os maiores valores ocorreram no período seco. O biovolume celular foi mais alto no estuário do rio Ipojuca e os valores de biovolume total foram equivalentes nos dois ambientes. A análise dos componentes principais (ACP) evidenciou que no rio Ipojuca o oxigênio dissolvido, pH, nitrito, nitrato e fosfato contribuíram positivamente para o desenvolvimento da espécie. No entanto, para a bacia do Pina, a precipitação e transparência da água determinaram o desenvolvimento da espécie. Os dados obtidos classificam o estuário da bacia do Pina como ecossistema com forte estresse ambiental e eutrofização. O estuário do rio Ipojuca ainda encontra-se com certo grau de conservação. O estudo mostrou que a espécie Skeletonema costatum desenvolve-se melhor em ambientes não eutrofizados, sendo assim, uma boa indicadora da qualidade do ambiente |
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Marins, Marília Oliveira SilvaPassavanté, José Zanon de Oliveira2014-06-12T18:05:16Z2014-06-12T18:05:16Z2007Oliveira Silva Marins, Marília; Zanon de Oliveira Passavanté, José. A utilização da Microalga Skeletonema Costatum (Greville) Cleve (Bacillariophyceae) na avaliação da qualidade ambiental de áreas estuarinas de Pernambuco. 2007. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Gestão e Políticas Ambientais, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2007.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6465ark:/64986/001300000xv12Os ambientes costeiros são regiões caracterizadas pela alta complexidade e diversidade biológica, onde a variedade supera outros ecossistemas já estabelecidos. As áreas estuarinas constituem um dos ecossistemas mais produtivos do mundo, graças ao grande aporte de nutrientes inorgânicos dissolvidos, oriundos do continente. O que vem sendo modificado nos últimos anos, devido ao seu uso indiscriminado. Nesse contexto, os estuários do rio Ipojuca e da bacia do Pina estão localizados, à cerca de 40 km ao sul da cidade do Recife e na parte interna da capital, respectivamente e encontram-se inseridos na região metropolitana do estado de Pernambuco. Esses ecossistemas foram investigados com o objetivo de inventariar a ocorrência da diatomécea Skeletonema costatum (Greville) Cleve analisando suas variações quantitativas e morfométricas e as principais variáveis ambientais que interferem no seu desenvolvimento. O material analisado foi coletado nos meses de Junho, Julho e Agosto (período seco) e Outubro, Novembro e Dezembro (período chuvoso) nos anos de 1986, no rio Ipojuca, e 1990, na bacia do Pina, na baixa-mar e preamar. Foram aferidos no local: temperatura do ar e da água e transparência. Foram coletadas amostras da água com garrafa do tipo Nansen para análise dos demais parâmetros hidrológicos. 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No estuário do Ipojuca as células eram robustas, maiores e visíveis, colônias grandes, com processos evidentes. No estuário do Pina as frústulas eram frágeis, quase imperceptíveis, esbranquiçadas, com processos curtos e colônias pequenas. Os valores da altura, processos celulares e n° de cél/colônia apresentaram pequena variação sazonal, nos ciclos de marés e entre os ambientes, não sendo consideradas significativas pelo teste t de significância. O diâmetro celular demonstrou forte variação, entre os ambientes, mostrando-se mais elevado no estuário do rio Ipojuca representando o parâmetro mais significativo. A densidade celular, no rio Ipojuca, obteve valores elevados no período chuvoso, quando ocorreu baixa salinidade e maiores concentrações de silicato. Na bacia do Pina os maiores valores ocorreram no período seco. O biovolume celular foi mais alto no estuário do rio Ipojuca e os valores de biovolume total foram equivalentes nos dois ambientes. A análise dos componentes principais (ACP) evidenciou que no rio Ipojuca o oxigênio dissolvido, pH, nitrito, nitrato e fosfato contribuíram positivamente para o desenvolvimento da espécie. No entanto, para a bacia do Pina, a precipitação e transparência da água determinaram o desenvolvimento da espécie. Os dados obtidos classificam o estuário da bacia do Pina como ecossistema com forte estresse ambiental e eutrofização. O estuário do rio Ipojuca ainda encontra-se com certo grau de conservação. O estudo mostrou que a espécie Skeletonema costatum desenvolve-se melhor em ambientes não eutrofizados, sendo assim, uma boa indicadora da qualidade do ambienteporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessNordeste do BrasilPernambucoBacia do PinaRio IpojucaBioindicaçãoEstuárioSkeletonema costatumA utilização da Microalga Skeletonema Costatum (Greville) Cleve (Bacillariophyceae) na avaliação da qualidade ambiental de áreas estuarinas de Pernambucoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo8191_1.pdf.jpgarquivo8191_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1671https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6465/4/arquivo8191_1.pdf.jpg26bbd0b93b68bfee41a0485acfbd1a53MD54ORIGINALarquivo8191_1.pdfapplication/pdf2835101https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6465/1/arquivo8191_1.pdf92c50cb21826629cadc7d03ff73c1058MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6465/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo8191_1.pdf.txtarquivo8191_1.pdf.txtExtracted texttext/plain244395https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6465/3/arquivo8191_1.pdf.txtc6cb868a8efec53b8ef152099c8c7c5dMD53123456789/64652019-10-25 03:55:23.301oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6465Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T06:55:23Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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A utilização da Microalga Skeletonema Costatum (Greville) Cleve (Bacillariophyceae) na avaliação da qualidade ambiental de áreas estuarinas de Pernambuco Marins, Marília Oliveira Silva Nordeste do Brasil Pernambuco Bacia do Pina Rio Ipojuca Bioindicação Estuário Skeletonema costatum |
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