Influência do crescimento fetal e pós-natal nas respostas e variabilidades adaptativas nutricionais na adolescência
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17123 |
Resumo: | Estudos epidemiológicos e experimentais apontam que injúrias ocorridas durante o período perinatal podem ter repercussões imediatas sobre o metabolismo e a composição corporal e/ou influencia-las em longo prazo. A restrição do crescimento fetal estaria associada ao aumento desproporcional de massa gorda em relação à massa magra corporal e, segundo os modelos desenvolvimentistas de saúde e doença, essa desproporção seria uma consequência da falta de adaptação aos estímulos externos, habilidade que pode ser adquirida durante a “janela de plasticidade”. Contudo, é incerta a relação entre o crescimento pré e pós-natal e a composição corporal em populações de baixo desenvolvimento socioeconômico, e é questionável se o crescimento em outras fases do ciclo da vida apresentaria maior influência sobre a composição corporal. Acredita-se que crianças com restrição do crescimento fetal apresentam uma menor adaptação aos estímulos externos e são mais susceptíveis à influência do ambiente sobre o crescimento durante a infância e adolescência. Essas crianças acumulariam uma maior proporção de gordura em relação à massa magra corporal, independente de suas condições socioeconômicas e estilo de vida. O objetivo deste estudo foi investigar a influência do crescimento fetal, na infância e adolescência sobre a composição corporal de adolescentes nascidos a termo, com pesos baixo e adequado. Este é um estudo de coorte realizado na Zona da Mata de Pernambuco, região de baixo desenvolvimento socioeconômico, com 217 adolescentes recrutados ao nascer, acompanhados nos seis primeiros meses, e reavaliados aos 8 e 18 anos. O peso ao nascer (74 com baixo peso e 143 com peso entre 3000 e 3500g) e a proporcionalidade corporal (proporcionais: índice ponderal de Rohrer ³ 2,5 g/cm³ e desproporcionais < 2,5 g/cm3) foram avaliados. O ganho de peso > 0,67 escore z entre o nascimento e seis meses foi definido como rápido. O ganho de índice de massa corporal entre as idades seis meses e oito anos, e oito e 18 anos foi avaliado segundo esse mesmo critério. Sexo, escolaridade, condições socioeconômicas, nível de atividade física e, frequência de consumo de alimentos ultraprocessados e doces foram avaliados. O peso ao nascer não se associou à composição corporal na adolescência. A análise de regressão linear multivariada mostrou que o sexo masculino, o rápido ganho ponderal nos primeiros 6 meses pós-natal, o rápido ganho de índice de massa corporal entre seis meses e oito anos, e entre oito e 18 anos foram as variáveis que melhor explicaram a variação do índice de massa magra na adolescência. O rápido ganho de índice de massa corporal entre seis meses e oito anos, e entre oito e 18 anos contribuíram significantemente para explicar uma maior variação na proporção entre massa gorda em relação à massa magra corporal. Conclui-se que há um efeito em cascata entre as fases do crescimento fetal e pós-natal. O rápido ganho ponderal nos primeiros meses do período pós-natal favorece uma maior proporção de massa magra em longo prazo. O ganho de índice de massa corporal no período mais próximo da adolescência permite um maior acúmulo de massa gorda em relação à massa magra. |
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GONÇALVES, Fabiana Cristina Lima da Silva Pastichhttp://lattes.cnpq.br/2941443133440411Lima, Marilia de Carvalho2016-06-17T12:04:59Z2016-06-17T12:04:59Z2015-12-09https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17123Estudos epidemiológicos e experimentais apontam que injúrias ocorridas durante o período perinatal podem ter repercussões imediatas sobre o metabolismo e a composição corporal e/ou influencia-las em longo prazo. A restrição do crescimento fetal estaria associada ao aumento desproporcional de massa gorda em relação à massa magra corporal e, segundo os modelos desenvolvimentistas de saúde e doença, essa desproporção seria uma consequência da falta de adaptação aos estímulos externos, habilidade que pode ser adquirida durante a “janela de plasticidade”. Contudo, é incerta a relação entre o crescimento pré e pós-natal e a composição corporal em populações de baixo desenvolvimento socioeconômico, e é questionável se o crescimento em outras fases do ciclo da vida apresentaria maior influência sobre a composição corporal. Acredita-se que crianças com restrição do crescimento fetal apresentam uma menor adaptação aos estímulos externos e são mais susceptíveis à influência do ambiente sobre o crescimento durante a infância e adolescência. Essas crianças acumulariam uma maior proporção de gordura em relação à massa magra corporal, independente de suas condições socioeconômicas e estilo de vida. O objetivo deste estudo foi investigar a influência do crescimento fetal, na infância e adolescência sobre a composição corporal de adolescentes nascidos a termo, com pesos baixo e adequado. Este é um estudo de coorte realizado na Zona da Mata de Pernambuco, região de baixo desenvolvimento socioeconômico, com 217 adolescentes recrutados ao nascer, acompanhados nos seis primeiros meses, e reavaliados aos 8 e 18 anos. O peso ao nascer (74 com baixo peso e 143 com peso entre 3000 e 3500g) e a proporcionalidade corporal (proporcionais: índice ponderal de Rohrer ³ 2,5 g/cm³ e desproporcionais < 2,5 g/cm3) foram avaliados. O ganho de peso > 0,67 escore z entre o nascimento e seis meses foi definido como rápido. O ganho de índice de massa corporal entre as idades seis meses e oito anos, e oito e 18 anos foi avaliado segundo esse mesmo critério. Sexo, escolaridade, condições socioeconômicas, nível de atividade física e, frequência de consumo de alimentos ultraprocessados e doces foram avaliados. O peso ao nascer não se associou à composição corporal na adolescência. A análise de regressão linear multivariada mostrou que o sexo masculino, o rápido ganho ponderal nos primeiros 6 meses pós-natal, o rápido ganho de índice de massa corporal entre seis meses e oito anos, e entre oito e 18 anos foram as variáveis que melhor explicaram a variação do índice de massa magra na adolescência. O rápido ganho de índice de massa corporal entre seis meses e oito anos, e entre oito e 18 anos contribuíram significantemente para explicar uma maior variação na proporção entre massa gorda em relação à massa magra corporal. Conclui-se que há um efeito em cascata entre as fases do crescimento fetal e pós-natal. O rápido ganho ponderal nos primeiros meses do período pós-natal favorece uma maior proporção de massa magra em longo prazo. O ganho de índice de massa corporal no período mais próximo da adolescência permite um maior acúmulo de massa gorda em relação à massa magra.CAPEsExperimental and epidemiological studies show that injuries during the perinatal period can have immediate repercussions on metabolism and body composition and / or influence them in the long term. The fetal growth restriction would be associated with the disproportionate increase of fat mass relative to lean body mass and, according to the developmental models of health and disease, this disproportion would be a consequence of the lack of adaptation to external stimuli, skill that can be acquired during the "plasticity window." However, the relationship between the pre- and postnatal growth and body composition in low socioeconomic developing populations is uncertain, and it is questionable whether growth in other phases of the life cycle would present greater influence on body composition. It is believed that children with fetal growth restriction are less adapted to external stimuli and are more susceptible to the influence of environment on growth during childhood and adolescence. These children accumulate a greater proportion of fat relative to lean body mass, regardless of their socioeconomic conditions and lifestyle. The objective of this study was to investigate the influence of fetal growth during childhood and adolescence on body composition in adolescents born at term with low and adequate weights. This is a cohort study conducted in Zona da Mata of Pernambuco in a low socioeconomic development region. The sample consisted of 217 adolescents recruited at birth, followed in the first six month, and reassessed at 8 and 18 years. Birth weight (74 low birth weight and 143 with weight from 3000 to 3500g) and body proportionality (proportionate: Rohrer ponderal index equal or higher than 2.5 g/cm³ and disproportionate <2.5 g/cm3) were evaluated. Weight gain> 0.67 zscore between birth and six months was defined as fast. Body mass index gain between ages six months and eight years, eight to 18 years was evaluated according to the same criteria. Sex, education, socioeconomic status, level of physical activity and frequency of ultraprocessed and sweet foods intake were evaluated. Birth weight was not associated with body composition in adolescence. Multivariate linear regression analysis showed that males, rapid weight gain in the first 6 postnatal months, rapid gain in body mass index between six months and eight years, and between eight and 18 were the variables that best explained the variation in lean mass index in adolescence. The rapid gain in body mass index between six months and eight years, and between eight and 18 years significantly contributed to explain the variation in the ratio of fat mass relative to lean body mass. It concludes that there is a cascading effect between the stages of fetal and postnatal growth. The rapid weight gain in the first months of postnatal period favors a greater proportion of lean body mass in the long term. Body mass index gain in the earliest period of adolescence allows a greater fat mass accumulation in relation to lean body mass.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do AdolescenteUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCrescimentoAdaptaçãoAdolescênciaCoorteComposição corporalPeso ao nascerGrowthAdaptationAdolescenceCohortBody compositionBirth weightInfluência do crescimento fetal e pós-natal nas respostas e variabilidades adaptativas nutricionais na adolescênciainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE_PÓSBANCA_Fabiana Pastich_arquivo biblioteca.pdf.jpgTESE_PÓSBANCA_Fabiana Pastich_arquivo biblioteca.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1149https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17123/5/TESE_P%c3%93SBANCA_Fabiana%20Pastich_arquivo%20biblioteca.pdf.jpg7120e49ffbc69a66dc33db10171d74b8MD55ORIGINALTESE_PÓSBANCA_Fabiana Pastich_arquivo biblioteca.pdfTESE_PÓSBANCA_Fabiana Pastich_arquivo biblioteca.pdfapplication/pdf4205001https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17123/1/TESE_P%c3%93SBANCA_Fabiana%20Pastich_arquivo%20biblioteca.pdf005cf67b5164c915485888f1c2b301cbMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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