Resposta dos besouros escarabeíneos (Scarabaeidae) e borboletas frugívoras (Nymphalidae) à modificação de habitat na floresta atlântica nordestina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FILGUEIRAS, Bruno Karol Cordeiro
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300001621h
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13934
Resumo: Com a expansão de paisagens modificadas pelo homem nos ecossistemas tropicais, o uso de indicadores ambientais torna-se importante para verificar como a biodiversidade está respondendo as diferentes condições de habitat. Na presente tese, verificou-se a resposta dos besouros escarabeíneos e das borboletas frugívoras à modificação de habitat em uma paisagem modificada pelo homem da Floresta Atlântica. Para isso, subdividiram-se os seguintes tópicos: (1) persistência de besouros escarabeíneos em paisagens modificadas pelo homem: combinando espécies indicadoras com o uso antropogênico da terra e efeitos relacionados à fragmentação; (2) turnover spacial das assembléias de besouros escarabeíneos neotropicais em habitats de borda: implicações para conservação em paisagens modificadas pelo homem e (3) o valor de habitats dominados por borda na persistência de borboletas frugívoras em uma paisagem modificada pelo homem na Floresta Atlântica. Foi selecionada para o estudo uma paisagem hiper-fragmentada (Paisagem Serra Grande), localizada na Floresta Atlântica do Nordeste brasileiro. Verificou-se que (1) a distinção taxonômica entre os habitats é associada com a presença de espécies indicadoras, com algumas espécies beneficiando-se ou sendo dependentes de habitats alterados, como os afetados por borda e as matrizes não florestais; (2) o turnover espacial dos besouros escarabeíneos é influenciado pelos efeitos relacionados à fragmentação (efeito da área, borda e isolamento), aumentando em locais alterados (habitats afetados por borda e matrizes não florestais) o que corrobora a hipótese de diferenciação desses besouros em paisagens antropizadas; e (3) fragmentos florestais pequenos, dominados por borda, isolados e com alta proporção de árvores pioneiras afetam a persistência de borboletas frugívoras favorecendo espécies de borda adptadas a elevada intensidade luminosa em paisagens fragmentadas. Tal composição ecológica demonstrada nesse estudo sugere que embora as florestas primárias e suas áreas interiores sejam insubistituíveis para a biodiversidade, os habitats afetados por borda retêm espécies de besouros escarabeíneos e borboletas frugívoras. Esses resultados adicionam novas perspectivas sobre a manutenção da biodiversidade em paisagens tropicais severamente degradadas e podem ser utilizados em futuros planos de conservação da biodiversidade na Floresta Atlântica.
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FILGUEIRAS, Bruno Karol Cordeiro
Floresta Atlântica
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