Balanço energético na produção de biomassa de palma forrageira no semiárido brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Jéssica Bárbara da
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45712
Resumo: O aumento crescente da população, a necessidade de redução das emissões de poluentes atmosféricos e a expansão de terras áridas e semiáridas no mundo, inclusive no Brasil, exigem alternativas de cultivos agrícolas que produzam alimento e biocombustíveis e que sejam resistentes ao clima dessas regiões e a baixa oferta hídrica. Sem contar que essas biomassas precisam apresentar viabilidade econômica e energética favorável em relação ao investimento realizado. Na região semiárida do Brasil as palmas forrageiras são uma alternativa para suprimento de forragem onde vários estudos destacam essa biomassa como fonte potencial para a produção de biocombustíveis. Para verificar a sua viabilidade energética e qual forma de produção seria mais eficiente, foi analisado o balanço energético da palma forrageira em sistemas de produção de baixa (A), média (B) e alta intensidade (C) tecnológica, no Semiárido brasileiro. Foram obtidos, entre abril a agosto de 2021, dados de insumos e processos de manejo de 54 produtores rurais, abrangendo 7 estados do Nordeste (4,0% dos entrevistados são de Alagoas, 4,0% do Ceará, 7,0% da Bahia, 20,0% da Paraíba, 55,5% de Pernambuco, 4,0% do Rio Grande do Norte e 5,5% de Sergipe), equivalendo a 0,043% do total de produtores no país. Com os dados, realizou-se balanços energéticos a partir do método do retorno energético sobre o investimento (EROI). O sistema A teve o menor gasto energético investido (46.208 MJ ha-1 a-1) e a menor produtividade (204.020 MJ ha-1 a-1) com um EROI de 4,42, e o sistema B teve um gasto energético investido cerca de 89.575 MJ ha-1 a-1 e uma produtividade média de 322.544 MJ ha-1 a-1, resultando no menor EROI (3,60) que fica ainda menor se considerar somente os produtores que adicionaram adubação mineral na produção (3,21), enquanto o sistema C se destacou com o maior gasto energético médio, no valor de 89.682 MJ ha-1 a-1 e obteve a maior produtividade energética (472.147 MJ ha-1 a-1), resultando no maior valor médio de EROI (5,26), cujo retorno energético se torna máximo ao considerar somente os cultivos que utilizam adubação mineral com irrigação (EROI de 6,14), mas também pode reduzir consideravelmente nos casos sem irrigação e sem adubação mineral (EROI de 4,05), tornando-se menor que o sistema A. Verificou-se também, a partir do teste de Kruskal-Wallis e Wilcoxon–Mann– Whitney, que a maior variabilidade do EROI se deu nos cultivos de produtores acima de 65 anos, com nível médio de escolaridade e sistema de cultivo de alta intensidade tecnológica, enquanto que a produtividade também mostrou-se a maior variabilidade para este sistema. Portanto, o sistema de produção de alta intensidade tecnológica mostrou-se, no geral, o mais eficiente do ponto de vista energético, podendo ser a alternativa mais viável para produção da biomassa em larga escala tanto para produção de forragem como de biocombustíveis. É importante considerar que mesmo com a aplicação de um sistema de produção de baixa intensidade tecnológica, além de ser mais sustentável no âmbito econômico e ambiental, o retorno energético da palma forrageira mostrou-se positivo, sendo de viável acesso ao pequeno produtor rural.
id UFPE_e2fb0b6703b33774e1e8176891e6b6a6
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/45712
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling SILVA, Jéssica Bárbara dahttp://lattes.cnpq.br/8023168590724601http://lattes.cnpq.br/0359600775598226http://lattes.cnpq.br/9563136339839657DUTRA, Emmanuel DamilanoSALES, Aldo Torres2022-08-15T16:11:42Z2022-08-15T16:11:42Z2022-03-11SILVA, Jéssica Bárbara da. Balanço energético na produção de biomassa de palma forrageira no semiárido brasileiro. 2022. Dissertação (Mestrado em Tecnologias Energéticas e Nucleares) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45712O aumento crescente da população, a necessidade de redução das emissões de poluentes atmosféricos e a expansão de terras áridas e semiáridas no mundo, inclusive no Brasil, exigem alternativas de cultivos agrícolas que produzam alimento e biocombustíveis e que sejam resistentes ao clima dessas regiões e a baixa oferta hídrica. Sem contar que essas biomassas precisam apresentar viabilidade econômica e energética favorável em relação ao investimento realizado. Na região semiárida do Brasil as palmas forrageiras são uma alternativa para suprimento de forragem onde vários estudos destacam essa biomassa como fonte potencial para a produção de biocombustíveis. Para verificar a sua viabilidade energética e qual forma de produção seria mais eficiente, foi analisado o balanço energético da palma forrageira em sistemas de produção de baixa (A), média (B) e alta intensidade (C) tecnológica, no Semiárido brasileiro. Foram obtidos, entre abril a agosto de 2021, dados de insumos e processos de manejo de 54 produtores rurais, abrangendo 7 estados do Nordeste (4,0% dos entrevistados são de Alagoas, 4,0% do Ceará, 7,0% da Bahia, 20,0% da Paraíba, 55,5% de Pernambuco, 4,0% do Rio Grande do Norte e 5,5% de Sergipe), equivalendo a 0,043% do total de produtores no país. Com os dados, realizou-se balanços energéticos a partir do método do retorno energético sobre o investimento (EROI). O sistema A teve o menor gasto energético investido (46.208 MJ ha-1 a-1) e a menor produtividade (204.020 MJ ha-1 a-1) com um EROI de 4,42, e o sistema B teve um gasto energético investido cerca de 89.575 MJ ha-1 a-1 e uma produtividade média de 322.544 MJ ha-1 a-1, resultando no menor EROI (3,60) que fica ainda menor se considerar somente os produtores que adicionaram adubação mineral na produção (3,21), enquanto o sistema C se destacou com o maior gasto energético médio, no valor de 89.682 MJ ha-1 a-1 e obteve a maior produtividade energética (472.147 MJ ha-1 a-1), resultando no maior valor médio de EROI (5,26), cujo retorno energético se torna máximo ao considerar somente os cultivos que utilizam adubação mineral com irrigação (EROI de 6,14), mas também pode reduzir consideravelmente nos casos sem irrigação e sem adubação mineral (EROI de 4,05), tornando-se menor que o sistema A. Verificou-se também, a partir do teste de Kruskal-Wallis e Wilcoxon–Mann– Whitney, que a maior variabilidade do EROI se deu nos cultivos de produtores acima de 65 anos, com nível médio de escolaridade e sistema de cultivo de alta intensidade tecnológica, enquanto que a produtividade também mostrou-se a maior variabilidade para este sistema. Portanto, o sistema de produção de alta intensidade tecnológica mostrou-se, no geral, o mais eficiente do ponto de vista energético, podendo ser a alternativa mais viável para produção da biomassa em larga escala tanto para produção de forragem como de biocombustíveis. É importante considerar que mesmo com a aplicação de um sistema de produção de baixa intensidade tecnológica, além de ser mais sustentável no âmbito econômico e ambiental, o retorno energético da palma forrageira mostrou-se positivo, sendo de viável acesso ao pequeno produtor rural.CAPESGrowing population, the need to reduce emissions of atmospheric pollutants and the expansion of arid and semi-arid lands in the world, including Brazil, require alternative crops that produce food and biofuels which are resistant to the climatic conditions of these regions and low water supply. In the semi-arid region of Brazil, forage palms are an alternative for animal feed supply, also several studies highlight this biomass as a potential raw material for the production of biofuels. In addition, these biomasses need to present favorable economic and energy viability in relation to the investment made. To verify its energy feasibility and determine which form of production is efficient, the energy balance of forage cactus was analyzed in production systems of low (A), medium (B) and high technological intensity (C) in the Brazilian semiarid region. From April to August 2021, data on inputs and management processes were obtained from 54 rural producers, covering 7 states in the Northeast (4.0% in Alagoas, 4.0% in Ceará, 7.0% in Bahia, 20 .0% in Paraíba, 55.5% in Pernambuco, 4.0% in Rio Grande do Norte and 5.5% in Sergipe), equivalent to 0.043% of the total of producers in the country. With the data, energy balances were made using the energy return on investment (EROI) method. System A had the lowest invested energy expenditure (46,208 MJ ha-1 year-1) and the lowest productivity (204,020 MJ ha-1 year-1) with an EROI of 4.42, and system B had the energy expenditure invested of about 89,575 MJ ha-1 year-1 and an average productivity of 322,544 MJ ha-1 year-1, resulting in the lowest EROI (3.60) which is even lower if we consider only those that added energy from mineral fertilization in production (3.21), while system C stood out with the highest average energy expenditure, amounting to 89,682 MJ ha-1 year-1 and higher productivity (472,147 MJ ha-1 year-1), resulting in the highest EROI value (5.26 ), whose energy return increases when considering the system of only those which use mineral fertilization with irrigation (6,14). It was also verified, from the Kruskal-Wallis and Wilcoxon-Mann-Whitney test, that the greatest variability of the EROI was in the crops of producers over 65 years old, with medium level of education and high technological intensity cropping system, while productivity also showed the greatest variability for this system. Hence, the high technological intensity production system proved to be the most efficient from the energy point of view, and may be the most viable alternative for large-scale biomass production for both forage and biofuel production. It is important to consider that even with the application of a low technological intensity production system, besides being more sustainable in the economic and environmental scope, the energy return of the forage cactus was positive, being of feasible access to small rural producers.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e NuclearUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessTecnologias energéticas e nuclearesEficiência energéticaEROICultivoProdutividade agrícolaBalanço energético na produção de biomassa de palma forrageira no semiárido brasileiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPECC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45712/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82142https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45712/3/license.txt6928b9260b07fb2755249a5ca9903395MD53ORIGINALDISSERTAÇÃO Jéssica Bárbara da Silva.pdfDISSERTAÇÃO Jéssica Bárbara da Silva.pdfapplication/pdf1324199https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45712/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20J%c3%a9ssica%20B%c3%a1rbara%20da%20Silva.pdfc17683f06e579d9040e6525552a540d9MD51TEXTDISSERTAÇÃO Jéssica Bárbara da Silva.pdf.txtDISSERTAÇÃO Jéssica Bárbara da Silva.pdf.txtExtracted texttext/plain122802https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45712/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20J%c3%a9ssica%20B%c3%a1rbara%20da%20Silva.pdf.txt63edd7752c6b87840b9663e3cfd2414aMD54THUMBNAILDISSERTAÇÃO Jéssica Bárbara da Silva.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Jéssica Bárbara da Silva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1237https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45712/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20J%c3%a9ssica%20B%c3%a1rbara%20da%20Silva.pdf.jpgc483a211bd68dc555faf8e49e9506848MD55123456789/457122022-08-16 02:19:08.951oai:repositorio.ufpe.br:123456789/45712VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2HDp8OjbyBkZSBEb2N1bWVudG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUKIAoKRGVjbGFybyBlc3RhciBjaWVudGUgZGUgcXVlIGVzdGUgVGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyB0ZW0gbyBvYmpldGl2byBkZSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZG9zIGRvY3VtZW50b3MgZGVwb3NpdGFkb3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBlIGRlY2xhcm8gcXVlOgoKSSAtICBvIGNvbnRlw7pkbyBkaXNwb25pYmlsaXphZG8gw6kgZGUgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBkZSBzdWEgYXV0b3JpYTsKCklJIC0gbyBjb250ZcO6ZG8gw6kgb3JpZ2luYWwsIGUgc2UgbyB0cmFiYWxobyBlL291IHBhbGF2cmFzIGRlIG91dHJhcyBwZXNzb2FzIGZvcmFtIHV0aWxpemFkb3MsIGVzdGFzIGZvcmFtIGRldmlkYW1lbnRlIHJlY29uaGVjaWRhczsKCklJSSAtIHF1YW5kbyB0cmF0YXItc2UgZGUgVHJhYmFsaG8gZGUgQ29uY2x1c8OjbyBkZSBDdXJzbywgRGlzc2VydGHDp8OjbyBvdSBUZXNlOiBvIGFycXVpdm8gZGVwb3NpdGFkbyBjb3JyZXNwb25kZSDDoCB2ZXJzw6NvIGZpbmFsIGRvIHRyYWJhbGhvOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogZXN0b3UgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBhIGFsdGVyYcOnw6NvIGRhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgYWNlc3NvIGFvIGRvY3VtZW50byBhcMOzcyBvIGRlcMOzc2l0byBlIGFudGVzIGRlIGZpbmRhciBvIHBlcsOtb2RvIGRlIGVtYmFyZ28sIHF1YW5kbyBmb3IgZXNjb2xoaWRvIGFjZXNzbyByZXN0cml0bywgc2Vyw6EgcGVybWl0aWRhIG1lZGlhbnRlIHNvbGljaXRhw6fDo28gZG8gKGEpIGF1dG9yIChhKSBhbyBTaXN0ZW1hIEludGVncmFkbyBkZSBCaWJsaW90ZWNhcyBkYSBVRlBFIChTSUIvVUZQRSkuCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBBYmVydG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAsIGRlIDE5IGRlIGZldmVyZWlybyBkZSAxOTk4LCBhcnQuIDI5LCBpbmNpc28gSUlJLCBhdXRvcml6byBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFBlcm5hbWJ1Y28gYSBkaXNwb25pYmlsaXphciBncmF0dWl0YW1lbnRlLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHBhcmEgZmlucyBkZSBsZWl0dXJhLCBpbXByZXNzw6NvIGUvb3UgZG93bmxvYWQgKGFxdWlzacOnw6NvKSBhdHJhdsOpcyBkbyBzaXRlIGRvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgbm8gZW5kZXJlw6dvIGh0dHA6Ly93d3cucmVwb3NpdG9yaW8udWZwZS5iciwgYSBwYXJ0aXIgZGEgZGF0YSBkZSBkZXDDs3NpdG8uCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBSZXN0cml0bzoKCk5hIHF1YWxpZGFkZSBkZSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBhdXRvciBxdWUgcmVjYWVtIHNvYnJlIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBmdW5kYW1lbnRhZG8gbmEgTGVpIGRlIERpcmVpdG8gQXV0b3JhbCBubyA5LjYxMCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIHF1YW5kbyBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvIGNvbmRpemVudGUgYW8gdGlwbyBkZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbmZvcm1lIGluZGljYWRvIG5vIGNhbXBvIERhdGEgZGUgRW1iYXJnby4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212022-08-16T05:19:08Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Balanço energético na produção de biomassa de palma forrageira no semiárido brasileiro
title Balanço energético na produção de biomassa de palma forrageira no semiárido brasileiro
spellingShingle Balanço energético na produção de biomassa de palma forrageira no semiárido brasileiro
SILVA, Jéssica Bárbara da
Tecnologias energéticas e nucleares
Eficiência energética
EROI
Cultivo
Produtividade agrícola
title_short Balanço energético na produção de biomassa de palma forrageira no semiárido brasileiro
title_full Balanço energético na produção de biomassa de palma forrageira no semiárido brasileiro
title_fullStr Balanço energético na produção de biomassa de palma forrageira no semiárido brasileiro
title_full_unstemmed Balanço energético na produção de biomassa de palma forrageira no semiárido brasileiro
title_sort Balanço energético na produção de biomassa de palma forrageira no semiárido brasileiro
author SILVA, Jéssica Bárbara da
author_facet SILVA, Jéssica Bárbara da
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8023168590724601
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0359600775598226
dc.contributor.advisor-coLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9563136339839657
dc.contributor.author.fl_str_mv SILVA, Jéssica Bárbara da
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv DUTRA, Emmanuel Damilano
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv SALES, Aldo Torres
contributor_str_mv DUTRA, Emmanuel Damilano
SALES, Aldo Torres
dc.subject.por.fl_str_mv Tecnologias energéticas e nucleares
Eficiência energética
EROI
Cultivo
Produtividade agrícola
topic Tecnologias energéticas e nucleares
Eficiência energética
EROI
Cultivo
Produtividade agrícola
description O aumento crescente da população, a necessidade de redução das emissões de poluentes atmosféricos e a expansão de terras áridas e semiáridas no mundo, inclusive no Brasil, exigem alternativas de cultivos agrícolas que produzam alimento e biocombustíveis e que sejam resistentes ao clima dessas regiões e a baixa oferta hídrica. Sem contar que essas biomassas precisam apresentar viabilidade econômica e energética favorável em relação ao investimento realizado. Na região semiárida do Brasil as palmas forrageiras são uma alternativa para suprimento de forragem onde vários estudos destacam essa biomassa como fonte potencial para a produção de biocombustíveis. Para verificar a sua viabilidade energética e qual forma de produção seria mais eficiente, foi analisado o balanço energético da palma forrageira em sistemas de produção de baixa (A), média (B) e alta intensidade (C) tecnológica, no Semiárido brasileiro. Foram obtidos, entre abril a agosto de 2021, dados de insumos e processos de manejo de 54 produtores rurais, abrangendo 7 estados do Nordeste (4,0% dos entrevistados são de Alagoas, 4,0% do Ceará, 7,0% da Bahia, 20,0% da Paraíba, 55,5% de Pernambuco, 4,0% do Rio Grande do Norte e 5,5% de Sergipe), equivalendo a 0,043% do total de produtores no país. Com os dados, realizou-se balanços energéticos a partir do método do retorno energético sobre o investimento (EROI). O sistema A teve o menor gasto energético investido (46.208 MJ ha-1 a-1) e a menor produtividade (204.020 MJ ha-1 a-1) com um EROI de 4,42, e o sistema B teve um gasto energético investido cerca de 89.575 MJ ha-1 a-1 e uma produtividade média de 322.544 MJ ha-1 a-1, resultando no menor EROI (3,60) que fica ainda menor se considerar somente os produtores que adicionaram adubação mineral na produção (3,21), enquanto o sistema C se destacou com o maior gasto energético médio, no valor de 89.682 MJ ha-1 a-1 e obteve a maior produtividade energética (472.147 MJ ha-1 a-1), resultando no maior valor médio de EROI (5,26), cujo retorno energético se torna máximo ao considerar somente os cultivos que utilizam adubação mineral com irrigação (EROI de 6,14), mas também pode reduzir consideravelmente nos casos sem irrigação e sem adubação mineral (EROI de 4,05), tornando-se menor que o sistema A. Verificou-se também, a partir do teste de Kruskal-Wallis e Wilcoxon–Mann– Whitney, que a maior variabilidade do EROI se deu nos cultivos de produtores acima de 65 anos, com nível médio de escolaridade e sistema de cultivo de alta intensidade tecnológica, enquanto que a produtividade também mostrou-se a maior variabilidade para este sistema. Portanto, o sistema de produção de alta intensidade tecnológica mostrou-se, no geral, o mais eficiente do ponto de vista energético, podendo ser a alternativa mais viável para produção da biomassa em larga escala tanto para produção de forragem como de biocombustíveis. É importante considerar que mesmo com a aplicação de um sistema de produção de baixa intensidade tecnológica, além de ser mais sustentável no âmbito econômico e ambiental, o retorno energético da palma forrageira mostrou-se positivo, sendo de viável acesso ao pequeno produtor rural.
publishDate 2022
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-08-15T16:11:42Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-08-15T16:11:42Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-03-11
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SILVA, Jéssica Bárbara da. Balanço energético na produção de biomassa de palma forrageira no semiárido brasileiro. 2022. Dissertação (Mestrado em Tecnologias Energéticas e Nucleares) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45712
identifier_str_mv SILVA, Jéssica Bárbara da. Balanço energético na produção de biomassa de palma forrageira no semiárido brasileiro. 2022. Dissertação (Mestrado em Tecnologias Energéticas e Nucleares) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45712
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45712/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45712/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45712/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20J%c3%a9ssica%20B%c3%a1rbara%20da%20Silva.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45712/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20J%c3%a9ssica%20B%c3%a1rbara%20da%20Silva.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45712/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20J%c3%a9ssica%20B%c3%a1rbara%20da%20Silva.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
6928b9260b07fb2755249a5ca9903395
c17683f06e579d9040e6525552a540d9
63edd7752c6b87840b9663e3cfd2414a
c483a211bd68dc555faf8e49e9506848
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310825087598592