Break em Recife: hierarquias e sociabilidades

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues da Silva, Paula
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
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Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1123
Resumo: O ambiente urbano e a juventude têm sido temas de discussões e reflexões tanto na esfera acadêmica quanto no âmbito político-social, principalmente a partir do século XX. Culturalmente, os jovens eram vistos como contraventores por criarem formas de resistência às imposições sociais, inclusive, formas de sobrevivência às realidades dos guetos, da violência e das drogas, como no caso do surgimento da cultura Hip Hop, entre as décadas de 60 e 70, nos Estados Unidos. O Hip Hop é dividido em quatro tipos de linguagem artística: o graffitti como artes visuais; o MC (Mestre de Cerimônias) como responsável por apresentar eventos do estilo e compor rimas; o DJ (Disc-Jockey) como responsável pela parte musical; e o break enquanto dança. No Brasil, essa manifestação cultural teve suas primeiras imagens exibidas na mídia no início da década de 80 o que contribuiu para a formação dos primeiros grupos de hoppers (como os seus praticantes também são chamados) e também para a produção das primeiras pesquisas acadêmicas sobre Hip Hop. Então, ao realizar uma busca por trabalhos acadêmicos que tivessem tal tema como foco, grande parte dos autores encontrados foca seus olhares sobre o rap, estilo musical presente nessa cultura juvenil. Além disso, boa parte dos estudos tem como lugar de pesquisa a região Sudeste do país e argumentam tal cultura como instrumento dos jovens moradores das periferias urbanas superarem os problemas sociais. São poucos os trabalhos que abordem o break como elemento principal de análise e, dos que foram encontrados, nenhum é proveniente das ciências sociais. Assim, este trabalho tem como foco um grupo de breakers (praticantes de break) da cidade do Recife e visa compreender de qual forma a sociabilidade estabelecida por eles contribui na formação e negociação de hierarquias; para a obtenção de dados, foram realizadas entrevistas e anotações em diário de campo pelo tempo de 3 meses durante os encontros do grupo. Dessa forma, no conjunto observado Recife City Breakers foi percebida a forte presença de líderes e liderados, através das dinâmicas dos encontros; as ações que denotaram as hierarquias puderam ser observadas nas movimentações dos corpos, nas relações estabelecidas entre os membros, nas relações de gênero e na organização do próprio espaço para a dança. A sociabilidade construída pelos componentes do coletivo, portanto, não está isenta de hierarquias e é na sistemática dos encontros de breakers que elas são negociadas e estabelecidas
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O Hip Hop é dividido em quatro tipos de linguagem artística: o graffitti como artes visuais; o MC (Mestre de Cerimônias) como responsável por apresentar eventos do estilo e compor rimas; o DJ (Disc-Jockey) como responsável pela parte musical; e o break enquanto dança. No Brasil, essa manifestação cultural teve suas primeiras imagens exibidas na mídia no início da década de 80 o que contribuiu para a formação dos primeiros grupos de hoppers (como os seus praticantes também são chamados) e também para a produção das primeiras pesquisas acadêmicas sobre Hip Hop. Então, ao realizar uma busca por trabalhos acadêmicos que tivessem tal tema como foco, grande parte dos autores encontrados foca seus olhares sobre o rap, estilo musical presente nessa cultura juvenil. Além disso, boa parte dos estudos tem como lugar de pesquisa a região Sudeste do país e argumentam tal cultura como instrumento dos jovens moradores das periferias urbanas superarem os problemas sociais. São poucos os trabalhos que abordem o break como elemento principal de análise e, dos que foram encontrados, nenhum é proveniente das ciências sociais. Assim, este trabalho tem como foco um grupo de breakers (praticantes de break) da cidade do Recife e visa compreender de qual forma a sociabilidade estabelecida por eles contribui na formação e negociação de hierarquias; para a obtenção de dados, foram realizadas entrevistas e anotações em diário de campo pelo tempo de 3 meses durante os encontros do grupo. Dessa forma, no conjunto observado Recife City Breakers foi percebida a forte presença de líderes e liderados, através das dinâmicas dos encontros; as ações que denotaram as hierarquias puderam ser observadas nas movimentações dos corpos, nas relações estabelecidas entre os membros, nas relações de gênero e na organização do próprio espaço para a dança. A sociabilidade construída pelos componentes do coletivo, portanto, não está isenta de hierarquias e é na sistemática dos encontros de breakers que elas são negociadas e estabelecidasporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAntropologiajovenscultura.Break em Recife: hierarquias e sociabilidadesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo9613_1.pdf.jpgarquivo9613_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1230https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1123/4/arquivo9613_1.pdf.jpgd56c7034b229a2c589bc6a6e6c89a649MD54ORIGINALarquivo9613_1.pdfapplication/pdf1629237https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1123/1/arquivo9613_1.pdf536923cf1c36f6cfa86ad645dd823c96MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1123/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo9613_1.pdf.txtarquivo9613_1.pdf.txtExtracted texttext/plain250373https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1123/3/arquivo9613_1.pdf.txtf91033aae7699778d8b2f14fcd60cf9bMD53123456789/11232019-10-25 04:13:54.608oai:repositorio.ufpe.br:123456789/1123Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T07:13:54Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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