Militares no home front: Projetos urbanos e arquitetônicos das areas residencias militares brasileiras no segundo pós-guerra

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BONATES, Mariana Fialho
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17489
Resumo: Em 1949, foi lançado um programa de construção de áreas residenciais militares nos Estados Unidos, o qual foi reformulado em 1955 e funcionou até o início dos anos sessenta. No Brasil, em 1956, Juscelino Kubitschek aprovou a construção de Brasília ao mesmo tempo em que assinou um decreto destinando uma grande soma de recursos para a produção de vilas militares em todo o território nacional por um período de dez anos. Essas ações constituíram parte de uma cultura militar que se fortaleceu no segundo pós-guerra e foi marcada por acordos de cooperação e intercâmbios entre os dois países, com impactos nos sistemas de treinamento e de educação da instituição militar brasileira. Destacou-se, nesse sentido, a cooperação técnica entre o Brasil e os Estados Unidos na organização do Concurso de Anteprojetos de Arquitetura para o Centro Técnico da Aeronáutica (CTA). Este projeto, concebido por Niemeyer, foi divulgado mundialmente com as publicações de Hitchcock (1955), Mindlin (1956) e Papadaki (1960), tendo contribuído na formação de um retrato de casas militares modernas, de acordo com a imagem difundida da arquitetura brasileira naquele momento. Aparte deste caso isolado do projeto do CTA, pouco se sabe sobre o home front dos militares no Brasil, apesar dos incentivos financeiros acima mencionados. Diante dessa lacuna historiográfica, este trabalho investigou os projetos urbanos e arquitetônicos das áreas residenciais do Exército no Brasil durante o segundo pós-guerra, de modo a enriquecer o debate academicamente estabelecido sobre o entrelaçamento de técnicas militares com o universo da arquitetura e do urbanismo. Para tanto, partiu-se da análise de uma série de projetos urbanos e arquitetônicos elaborados entre 1946 e 1971 – período de atuação de um órgão específico de obras da instituição militar, a Diretoria de Obras e Fortificações do Exército (DOFE). Analisando os dados sob uma perspectiva internacional, desenvolveu-se uma trama discursiva acerca da arquitetura e do urbanismo das áreas residenciais militares no Brasil e Estados Unidos. Salienta-se que não se tratou de um estudo comparativo, mas de um entendimento da experiência norteamericana e brasileira, a fim de se compreender os elementos que poderiam formar uma cultura generalizada de produção residencial militar durante a Guerra Fria, abrindo espaço para um novo campo de investigação. O fato é que a concepção das vilas militares no Brasil pode ser sumarizada como a burocratização da concepção projetual, em que o processo era mais importante do que o produto propriamente dito e incluía um método de concepção estandardizável que materializava as demandas e características da instituição. O método foi marcado, sobretudo, pela estandardização com variação dos projetos-tipo de arquitetura, fenômeno que foi chamado de modified modern nos trópicos em referência à prática do modified modern nos Estados Unidos.
id UFPE_e73a4f5e7ecf6f842f48ae278d0a65fb
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/17489
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling BONATES, Mariana FialhoMOREIRA, Fernando Diniz2016-07-20T17:26:43Z2016-07-20T17:26:43Z2015-02-15https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17489Em 1949, foi lançado um programa de construção de áreas residenciais militares nos Estados Unidos, o qual foi reformulado em 1955 e funcionou até o início dos anos sessenta. No Brasil, em 1956, Juscelino Kubitschek aprovou a construção de Brasília ao mesmo tempo em que assinou um decreto destinando uma grande soma de recursos para a produção de vilas militares em todo o território nacional por um período de dez anos. Essas ações constituíram parte de uma cultura militar que se fortaleceu no segundo pós-guerra e foi marcada por acordos de cooperação e intercâmbios entre os dois países, com impactos nos sistemas de treinamento e de educação da instituição militar brasileira. Destacou-se, nesse sentido, a cooperação técnica entre o Brasil e os Estados Unidos na organização do Concurso de Anteprojetos de Arquitetura para o Centro Técnico da Aeronáutica (CTA). Este projeto, concebido por Niemeyer, foi divulgado mundialmente com as publicações de Hitchcock (1955), Mindlin (1956) e Papadaki (1960), tendo contribuído na formação de um retrato de casas militares modernas, de acordo com a imagem difundida da arquitetura brasileira naquele momento. Aparte deste caso isolado do projeto do CTA, pouco se sabe sobre o home front dos militares no Brasil, apesar dos incentivos financeiros acima mencionados. Diante dessa lacuna historiográfica, este trabalho investigou os projetos urbanos e arquitetônicos das áreas residenciais do Exército no Brasil durante o segundo pós-guerra, de modo a enriquecer o debate academicamente estabelecido sobre o entrelaçamento de técnicas militares com o universo da arquitetura e do urbanismo. Para tanto, partiu-se da análise de uma série de projetos urbanos e arquitetônicos elaborados entre 1946 e 1971 – período de atuação de um órgão específico de obras da instituição militar, a Diretoria de Obras e Fortificações do Exército (DOFE). Analisando os dados sob uma perspectiva internacional, desenvolveu-se uma trama discursiva acerca da arquitetura e do urbanismo das áreas residenciais militares no Brasil e Estados Unidos. Salienta-se que não se tratou de um estudo comparativo, mas de um entendimento da experiência norteamericana e brasileira, a fim de se compreender os elementos que poderiam formar uma cultura generalizada de produção residencial militar durante a Guerra Fria, abrindo espaço para um novo campo de investigação. O fato é que a concepção das vilas militares no Brasil pode ser sumarizada como a burocratização da concepção projetual, em que o processo era mais importante do que o produto propriamente dito e incluía um método de concepção estandardizável que materializava as demandas e características da instituição. O método foi marcado, sobretudo, pela estandardização com variação dos projetos-tipo de arquitetura, fenômeno que foi chamado de modified modern nos trópicos em referência à prática do modified modern nos Estados Unidos.CAPESIn 1949, the United States launched a housing program aiming to finance the construction of military housing all over the country. In 1955 that program was reformulated into another one and held its activities up until the beginning of the sixties. In Brazil, in 1956, the current president, Juscelino Kubitschek, approved the construction of the new capital, Brasilia, and signed a decree allowing a huge financial support along 10 years for the production of military housing throughout the country as well. This set of actions could be considered as part of a military culture, which grew stronger after World War II and included military exchanges and international cooperation between Brazil and the United States. As an outcome of those exchanges, American military doctrine became an inspiration to the Brazilian military institution, specially into their training and educational systems. Another outcome that also indicates an intricate web between a military universe and an architectural culture in Brazil was the technical cooperation between Brazilians and Americans to organize an Architectural Competition for the Technical Center of the Air Force in Brazil´s hinterland (Centro Técnico da Aeronáutica – CTA). Niemeyer´s proposal was the winning design and it was worldwide published by Hitchcock (1955), Mindlin (1956) e Papadaki (1960). Nevertheless the CTA was an unique case, those publications might have contributed for the creation of a modern military housing image, in accordance with the Brazilian modern architecture as it was being shaped and spread at that point. Besides the CTA design, very little is known about the military home front in Brazil, despite the financial support for the construction of this postwar real estate. Based on the lack of studies about this topic, this dissertation aimed to investigate the postwar military housing blueprints in Brazil in order to increase the academic debate already well established about the web between military techniques and an urban and architectural culture. To accomplish the goal, a set of urban and architectural blueprints designed among 1946 up until 1971 were evaluated. That timeframe was grounded on the postwar work of the department in charge of most of the engineering activities of the Army, the DOFE (Diretoria de Obras e Fortificações do Exército), which means “The Army´s Division of Works and Fortifications”. The database was evaluated taking into consideration an international perspective so that a narrative about American and Brazilian´s military housing could be properly developed. Nonetheless, it did not mean a comparative study but only a method to comprehend some common features that might support the idea of a worldwide culture of military housing production during the Cold War period. In this sense, it could provide a new field of investigation and further studies. In sum, the military housing in Brazil was planned under a bureaucratic process, which was far more important than the product itself, and included a standardized method of design. This method was characterized by the architectural variation of the standard and called modified modern in the tropics, in a reference to a design practice developed in the United States know as modified modern.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Desenvolvimento UrbanoUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessVilas militares. Projetos urbanos e arquitetônicos. EstandardizaçãoMilitary housing. Urban and architectural blueprints. StandardizationMilitares no home front: Projetos urbanos e arquitetônicos das areas residencias militares brasileiras no segundo pós-guerraMilitares no home front: concepção projetual das vilas militares brasileiras entre 1946 e 1971info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAIL2016_TESE_Mariana Bonates.compressed.pdf.jpg2016_TESE_Mariana Bonates.compressed.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1331https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17489/5/2016_TESE_Mariana%20Bonates.compressed.pdf.jpgf79aa6cd34b301f6b43406c632346ad0MD55ORIGINAL2016_TESE_Mariana Bonates.compressed.pdf2016_TESE_Mariana Bonates.compressed.pdfapplication/pdf8003505https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17489/1/2016_TESE_Mariana%20Bonates.compressed.pdfd996139c4075325c7d9c693f101e0123MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17489/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17489/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXT2016_TESE_Mariana Bonates.compressed.pdf.txt2016_TESE_Mariana Bonates.compressed.pdf.txtExtracted texttext/plain785335https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17489/4/2016_TESE_Mariana%20Bonates.compressed.pdf.txt92a2e95e25b3e631620e7a0d62af2568MD54123456789/174892019-10-25 12:09:10.53oai:repositorio.ufpe.br:123456789/17489TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T15:09:10Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Militares no home front: Projetos urbanos e arquitetônicos das areas residencias militares brasileiras no segundo pós-guerra
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Militares no home front: concepção projetual das vilas militares brasileiras entre 1946 e 1971
title Militares no home front: Projetos urbanos e arquitetônicos das areas residencias militares brasileiras no segundo pós-guerra
spellingShingle Militares no home front: Projetos urbanos e arquitetônicos das areas residencias militares brasileiras no segundo pós-guerra
BONATES, Mariana Fialho
Vilas militares. Projetos urbanos e arquitetônicos. Estandardização
Military housing. Urban and architectural blueprints. Standardization
title_short Militares no home front: Projetos urbanos e arquitetônicos das areas residencias militares brasileiras no segundo pós-guerra
title_full Militares no home front: Projetos urbanos e arquitetônicos das areas residencias militares brasileiras no segundo pós-guerra
title_fullStr Militares no home front: Projetos urbanos e arquitetônicos das areas residencias militares brasileiras no segundo pós-guerra
title_full_unstemmed Militares no home front: Projetos urbanos e arquitetônicos das areas residencias militares brasileiras no segundo pós-guerra
title_sort Militares no home front: Projetos urbanos e arquitetônicos das areas residencias militares brasileiras no segundo pós-guerra
author BONATES, Mariana Fialho
author_facet BONATES, Mariana Fialho
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv BONATES, Mariana Fialho
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv MOREIRA, Fernando Diniz
contributor_str_mv MOREIRA, Fernando Diniz
dc.subject.por.fl_str_mv Vilas militares. Projetos urbanos e arquitetônicos. Estandardização
Military housing. Urban and architectural blueprints. Standardization
topic Vilas militares. Projetos urbanos e arquitetônicos. Estandardização
Military housing. Urban and architectural blueprints. Standardization
description Em 1949, foi lançado um programa de construção de áreas residenciais militares nos Estados Unidos, o qual foi reformulado em 1955 e funcionou até o início dos anos sessenta. No Brasil, em 1956, Juscelino Kubitschek aprovou a construção de Brasília ao mesmo tempo em que assinou um decreto destinando uma grande soma de recursos para a produção de vilas militares em todo o território nacional por um período de dez anos. Essas ações constituíram parte de uma cultura militar que se fortaleceu no segundo pós-guerra e foi marcada por acordos de cooperação e intercâmbios entre os dois países, com impactos nos sistemas de treinamento e de educação da instituição militar brasileira. Destacou-se, nesse sentido, a cooperação técnica entre o Brasil e os Estados Unidos na organização do Concurso de Anteprojetos de Arquitetura para o Centro Técnico da Aeronáutica (CTA). Este projeto, concebido por Niemeyer, foi divulgado mundialmente com as publicações de Hitchcock (1955), Mindlin (1956) e Papadaki (1960), tendo contribuído na formação de um retrato de casas militares modernas, de acordo com a imagem difundida da arquitetura brasileira naquele momento. Aparte deste caso isolado do projeto do CTA, pouco se sabe sobre o home front dos militares no Brasil, apesar dos incentivos financeiros acima mencionados. Diante dessa lacuna historiográfica, este trabalho investigou os projetos urbanos e arquitetônicos das áreas residenciais do Exército no Brasil durante o segundo pós-guerra, de modo a enriquecer o debate academicamente estabelecido sobre o entrelaçamento de técnicas militares com o universo da arquitetura e do urbanismo. Para tanto, partiu-se da análise de uma série de projetos urbanos e arquitetônicos elaborados entre 1946 e 1971 – período de atuação de um órgão específico de obras da instituição militar, a Diretoria de Obras e Fortificações do Exército (DOFE). Analisando os dados sob uma perspectiva internacional, desenvolveu-se uma trama discursiva acerca da arquitetura e do urbanismo das áreas residenciais militares no Brasil e Estados Unidos. Salienta-se que não se tratou de um estudo comparativo, mas de um entendimento da experiência norteamericana e brasileira, a fim de se compreender os elementos que poderiam formar uma cultura generalizada de produção residencial militar durante a Guerra Fria, abrindo espaço para um novo campo de investigação. O fato é que a concepção das vilas militares no Brasil pode ser sumarizada como a burocratização da concepção projetual, em que o processo era mais importante do que o produto propriamente dito e incluía um método de concepção estandardizável que materializava as demandas e características da instituição. O método foi marcado, sobretudo, pela estandardização com variação dos projetos-tipo de arquitetura, fenômeno que foi chamado de modified modern nos trópicos em referência à prática do modified modern nos Estados Unidos.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-02-15
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-07-20T17:26:43Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-07-20T17:26:43Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17489
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17489
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento Urbano
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17489/5/2016_TESE_Mariana%20Bonates.compressed.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17489/1/2016_TESE_Mariana%20Bonates.compressed.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17489/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17489/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17489/4/2016_TESE_Mariana%20Bonates.compressed.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv f79aa6cd34b301f6b43406c632346ad0
d996139c4075325c7d9c693f101e0123
66e71c371cc565284e70f40736c94386
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
92a2e95e25b3e631620e7a0d62af2568
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310590464524288