Sensoriamento remoto aplicado ao estudo do ecossistema manguezal em Pernambuco / Janaína Barbosa da Silva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Janaína Barbosa da.
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000q13x
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10792
Resumo: As áreas estuarinas são apontadas como os ambientes naturais mais impactados na faixa intertropical, principalmente aqueles que apresentam manguezais. No Brasil, os manguezais apresentam distribuição descontínua, podendo apresentar um continuum de feições distintas em função do perfil da linha de costa, das freqüências e amplitude das marés e pluviosidade e cobrem aproximadamente 1,38 milhões de hectares. Esse ecossistema é composto por uma cobertura vegetal típica, com desenvolvimento de flora especializada, caracterizada por espécies arbóreas que lhe conferem fisionomia peculiar (feição ―mangue‖). A importância desse ambiente vai além do aspecto ecológico; muitas comunidades que vivem no litoral tiram seu sustento dos manguezais através da pesca artesanal e de subsistência como fonte de renda necessária à sua sobrevivência. Assim, a degradação deste ambiente causa não só modificações no meio ecológico, mas também impactos sociais e econômicos. Os estudos desenvolvidos acerca deste ecossistema variam entre as ciências com base nas mais diversas técnicas e instrumentações disponíveis nas mais diversas escalas onde o sensoriamento remoto (SR) vem sendo amplamente utilizado. Imagens de satélites são utilizadas para monitorar, quantificar, mapear e acompanhar a qualidade dos recursos humanos e terrestres. Esta pesquisa foi dividida em três capítulos distintos todos com base em dados de SR, onde o primeiro analisou ao longo do tempo e espaço a vegetação de mangue nas áreas estuarinas de Pernambuco utilizando imagens TM do Landsat 5 obtidas entre os anos de 1987 a 2010. De acordo com os resultados obtidos neste capítulo das onze áreas analisadas no período dos últimos 22 anos contabilizou-se um aumento de 910,4 hectares. Os estuários que apresentaram aumento são os do Goiana, Canal de Santa Cruz, Timbó, Jaboatão/Pirapama, Ipojuca, Maracaípe e Rio Formoso. Por outro lado Itapessoca, Sirinhaém e Una apresentaram redução. O segundo capítulo analisou a resposta espectral de três espécies comuns nos estuários de Pernambuco (Rhizophora mangle, Laguncularia. racemosa e Aviccenia. schaueriana) através de espectrorradiometria no estuário de Itapessoca no litoral norte do Estado e correlacionou com dados de campo e espectrorradiometria resultando em um modelo denominado HSAVI para zonação das espécies supracitadas. O terceiro e último analisou alguns componentes físicos (cor e granulometria) e químicos (pH, P, Mg, Ca, K, Na) dos solos de apicum e correlacioná-los com suas respostas espectrais e, desta forma, definir qual o regime hidrodinâmico do estuário de Itapessoca, Pernambuco, Brasil. Os resultados identificaram que o sensoriamento remoto hiperespectral pode auxiliar na identificação das áreas de apicuns e inferir sobre as propriedades físicas e químicas do solo; que as faixas espectrais que apresentaram alta correlação para inferir sobre os componentes físicos foram a faixa do violeta com o silte e a areia grossa com o amarelo; entre as correlações químicas as significantes foram: potássio com a faixa do verde e do fósforo com a laranja.
id UFPE_e7dd2e83270bd347f3acc85ca371f07c
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/10792
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling SILVA, Janaína Barbosa da.GALVÍNCIO, Josiclêda Domiciano2015-03-05T17:07:00Z2015-03-05T17:07:00Z2012-01-31SILVA, Janaina Barbosa da. Sensoriamento remoto aplicado ao estudo do ecossistema manguezal em Pernambuco. Recife, 2012. 183 f. Tese (doutorado) - UFPE, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-graduação em Geografia. Recife, 2012..https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10792ark:/64986/001300000q13xAs áreas estuarinas são apontadas como os ambientes naturais mais impactados na faixa intertropical, principalmente aqueles que apresentam manguezais. No Brasil, os manguezais apresentam distribuição descontínua, podendo apresentar um continuum de feições distintas em função do perfil da linha de costa, das freqüências e amplitude das marés e pluviosidade e cobrem aproximadamente 1,38 milhões de hectares. Esse ecossistema é composto por uma cobertura vegetal típica, com desenvolvimento de flora especializada, caracterizada por espécies arbóreas que lhe conferem fisionomia peculiar (feição ―mangue‖). A importância desse ambiente vai além do aspecto ecológico; muitas comunidades que vivem no litoral tiram seu sustento dos manguezais através da pesca artesanal e de subsistência como fonte de renda necessária à sua sobrevivência. Assim, a degradação deste ambiente causa não só modificações no meio ecológico, mas também impactos sociais e econômicos. Os estudos desenvolvidos acerca deste ecossistema variam entre as ciências com base nas mais diversas técnicas e instrumentações disponíveis nas mais diversas escalas onde o sensoriamento remoto (SR) vem sendo amplamente utilizado. Imagens de satélites são utilizadas para monitorar, quantificar, mapear e acompanhar a qualidade dos recursos humanos e terrestres. Esta pesquisa foi dividida em três capítulos distintos todos com base em dados de SR, onde o primeiro analisou ao longo do tempo e espaço a vegetação de mangue nas áreas estuarinas de Pernambuco utilizando imagens TM do Landsat 5 obtidas entre os anos de 1987 a 2010. De acordo com os resultados obtidos neste capítulo das onze áreas analisadas no período dos últimos 22 anos contabilizou-se um aumento de 910,4 hectares. Os estuários que apresentaram aumento são os do Goiana, Canal de Santa Cruz, Timbó, Jaboatão/Pirapama, Ipojuca, Maracaípe e Rio Formoso. Por outro lado Itapessoca, Sirinhaém e Una apresentaram redução. O segundo capítulo analisou a resposta espectral de três espécies comuns nos estuários de Pernambuco (Rhizophora mangle, Laguncularia. racemosa e Aviccenia. schaueriana) através de espectrorradiometria no estuário de Itapessoca no litoral norte do Estado e correlacionou com dados de campo e espectrorradiometria resultando em um modelo denominado HSAVI para zonação das espécies supracitadas. O terceiro e último analisou alguns componentes físicos (cor e granulometria) e químicos (pH, P, Mg, Ca, K, Na) dos solos de apicum e correlacioná-los com suas respostas espectrais e, desta forma, definir qual o regime hidrodinâmico do estuário de Itapessoca, Pernambuco, Brasil. Os resultados identificaram que o sensoriamento remoto hiperespectral pode auxiliar na identificação das áreas de apicuns e inferir sobre as propriedades físicas e químicas do solo; que as faixas espectrais que apresentaram alta correlação para inferir sobre os componentes físicos foram a faixa do violeta com o silte e a areia grossa com o amarelo; entre as correlações químicas as significantes foram: potássio com a faixa do verde e do fósforo com a laranja.FACEPE CNPQporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMapeamento mangueEspectrorradiometriaApicumSensoriamento remotoHiperespectralSensoriamento remoto aplicado ao estudo do ecossistema manguezal em Pernambuco / Janaína Barbosa da Silvainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILjanaina.pdf.jpgjanaina.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2025https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10792/5/janaina.pdf.jpg24f534c19471614a5bb89f5c178d416eMD55ORIGINALjanaina.pdfjanaina.pdfapplication/pdf5773094https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10792/1/janaina.pdfec9d0229cd0d43ef80574635e2c0a378MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10792/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10792/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTjanaina.pdf.txtjanaina.pdf.txtExtracted texttext/plain236057https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10792/4/janaina.pdf.txtd004b586bb07e4f40e4bc2db261c52f6MD54123456789/107922019-10-25 16:30:45.196oai:repositorio.ufpe.br:123456789/10792TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T19:30:45Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Sensoriamento remoto aplicado ao estudo do ecossistema manguezal em Pernambuco / Janaína Barbosa da Silva
title Sensoriamento remoto aplicado ao estudo do ecossistema manguezal em Pernambuco / Janaína Barbosa da Silva
spellingShingle Sensoriamento remoto aplicado ao estudo do ecossistema manguezal em Pernambuco / Janaína Barbosa da Silva
SILVA, Janaína Barbosa da.
Mapeamento mangue
Espectrorradiometria
Apicum
Sensoriamento remoto
Hiperespectral
title_short Sensoriamento remoto aplicado ao estudo do ecossistema manguezal em Pernambuco / Janaína Barbosa da Silva
title_full Sensoriamento remoto aplicado ao estudo do ecossistema manguezal em Pernambuco / Janaína Barbosa da Silva
title_fullStr Sensoriamento remoto aplicado ao estudo do ecossistema manguezal em Pernambuco / Janaína Barbosa da Silva
title_full_unstemmed Sensoriamento remoto aplicado ao estudo do ecossistema manguezal em Pernambuco / Janaína Barbosa da Silva
title_sort Sensoriamento remoto aplicado ao estudo do ecossistema manguezal em Pernambuco / Janaína Barbosa da Silva
author SILVA, Janaína Barbosa da.
author_facet SILVA, Janaína Barbosa da.
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv SILVA, Janaína Barbosa da.
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv GALVÍNCIO, Josiclêda Domiciano
contributor_str_mv GALVÍNCIO, Josiclêda Domiciano
dc.subject.por.fl_str_mv Mapeamento mangue
Espectrorradiometria
Apicum
Sensoriamento remoto
Hiperespectral
topic Mapeamento mangue
Espectrorradiometria
Apicum
Sensoriamento remoto
Hiperespectral
description As áreas estuarinas são apontadas como os ambientes naturais mais impactados na faixa intertropical, principalmente aqueles que apresentam manguezais. No Brasil, os manguezais apresentam distribuição descontínua, podendo apresentar um continuum de feições distintas em função do perfil da linha de costa, das freqüências e amplitude das marés e pluviosidade e cobrem aproximadamente 1,38 milhões de hectares. Esse ecossistema é composto por uma cobertura vegetal típica, com desenvolvimento de flora especializada, caracterizada por espécies arbóreas que lhe conferem fisionomia peculiar (feição ―mangue‖). A importância desse ambiente vai além do aspecto ecológico; muitas comunidades que vivem no litoral tiram seu sustento dos manguezais através da pesca artesanal e de subsistência como fonte de renda necessária à sua sobrevivência. Assim, a degradação deste ambiente causa não só modificações no meio ecológico, mas também impactos sociais e econômicos. Os estudos desenvolvidos acerca deste ecossistema variam entre as ciências com base nas mais diversas técnicas e instrumentações disponíveis nas mais diversas escalas onde o sensoriamento remoto (SR) vem sendo amplamente utilizado. Imagens de satélites são utilizadas para monitorar, quantificar, mapear e acompanhar a qualidade dos recursos humanos e terrestres. Esta pesquisa foi dividida em três capítulos distintos todos com base em dados de SR, onde o primeiro analisou ao longo do tempo e espaço a vegetação de mangue nas áreas estuarinas de Pernambuco utilizando imagens TM do Landsat 5 obtidas entre os anos de 1987 a 2010. De acordo com os resultados obtidos neste capítulo das onze áreas analisadas no período dos últimos 22 anos contabilizou-se um aumento de 910,4 hectares. Os estuários que apresentaram aumento são os do Goiana, Canal de Santa Cruz, Timbó, Jaboatão/Pirapama, Ipojuca, Maracaípe e Rio Formoso. Por outro lado Itapessoca, Sirinhaém e Una apresentaram redução. O segundo capítulo analisou a resposta espectral de três espécies comuns nos estuários de Pernambuco (Rhizophora mangle, Laguncularia. racemosa e Aviccenia. schaueriana) através de espectrorradiometria no estuário de Itapessoca no litoral norte do Estado e correlacionou com dados de campo e espectrorradiometria resultando em um modelo denominado HSAVI para zonação das espécies supracitadas. O terceiro e último analisou alguns componentes físicos (cor e granulometria) e químicos (pH, P, Mg, Ca, K, Na) dos solos de apicum e correlacioná-los com suas respostas espectrais e, desta forma, definir qual o regime hidrodinâmico do estuário de Itapessoca, Pernambuco, Brasil. Os resultados identificaram que o sensoriamento remoto hiperespectral pode auxiliar na identificação das áreas de apicuns e inferir sobre as propriedades físicas e químicas do solo; que as faixas espectrais que apresentaram alta correlação para inferir sobre os componentes físicos foram a faixa do violeta com o silte e a areia grossa com o amarelo; entre as correlações químicas as significantes foram: potássio com a faixa do verde e do fósforo com a laranja.
publishDate 2012
dc.date.issued.fl_str_mv 2012-01-31
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-03-05T17:07:00Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-03-05T17:07:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SILVA, Janaina Barbosa da. Sensoriamento remoto aplicado ao estudo do ecossistema manguezal em Pernambuco. Recife, 2012. 183 f. Tese (doutorado) - UFPE, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-graduação em Geografia. Recife, 2012..
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10792
dc.identifier.dark.fl_str_mv ark:/64986/001300000q13x
identifier_str_mv SILVA, Janaina Barbosa da. Sensoriamento remoto aplicado ao estudo do ecossistema manguezal em Pernambuco. Recife, 2012. 183 f. Tese (doutorado) - UFPE, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-graduação em Geografia. Recife, 2012..
ark:/64986/001300000q13x
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10792
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10792/5/janaina.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10792/1/janaina.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10792/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10792/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10792/4/janaina.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 24f534c19471614a5bb89f5c178d416e
ec9d0229cd0d43ef80574635e2c0a378
66e71c371cc565284e70f40736c94386
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
d004b586bb07e4f40e4bc2db261c52f6
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1815172881545428992