Entre o mutualismo e o sindicalismo: a resistência solidária dos trabalhadores portuários de Fortaleza (1912-1933)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MORAIS, Nágila Maia de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31064
Resumo: A presente pesquisa analisa as ações de resistência solidária dos trabalhadores do Porto de Fortaleza, entre 1912 e 1933, a partir da compreensão de que os trabalhadores do porto de Fortaleza que se associaram à Associação mutual Deus e Mar, Deus e União, e ao STPC, e que se fortaleceram enquanto coletividade, por meio do autoconhecer-se, e de identificação das necessidades e lutas comuns no processo de fazer-se enquanto classe social. Para tanto, utilizaram as práticas mutuais (assistência médica, pecúlio, auxilio funeral etc.), de resistência (greves, manifestações, paralisações) e negociações (às vezes com figuras políticas, outras vezes políticas e religiosas, e também com os contratadores e as empresas de Navegação), as quais objetivavam melhorar as condições de vida e de trabalho dos portuários. Problematiza-se a dinâmica de funcionamento, sistema de contratação dos serviços do Porto, valores de pagamentos, jornadas de trabalho, as condições materiais de vida desses trabalhadores, de modo a entender as relações estabelecidas entre os portuários, e destes com os socialistas, anarquistas, a política sindical e as leis implementadas pelo governo de Getúlio Vargas, com a Ação da Igreja Católica e a Legião Cearense do Trabalho (LCT). Em meio a essas ideias, questiona-se como os trabalhadores se organizaram na condição de coletividade, no processo de autoconhecer, e identificação entre “nós” e “eles”, que os auxiliaram nas lutas de resistências e negociações com os patrões (contratadores), no fazer-se cotidiano e no processo de construção da consciência de classe. Para a elaboração e amadurecimento da problemática, foram utilizados como referenciais teóricos: E. P. Thompson; Richard Horgart; James Scott; e William Mello. A pesquisa foi realizada com base nos jornais à época: Correio do Ceará, A Tribuna, O Nordeste, Diário do Ceará, Trabalhador Graphico e O Combate. Também foram analisadas as Atas das Assembleias do STPC e as obras literárias: A Normalista, A Afilhada e O Mississipi, as quais descrevem a cidade de Fortaleza e a região portuária nos primeiros anos do século XX; e, ao serem cruzadas com as informações das plantas da cidade, torna mais compreensível o cenário ao qual essa análise se dedica.
id UFPE_e8ad662b1ba46ace6fcd7ccf20347866
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/31064
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling MORAIS, Nágila Maia dehttp://lattes.cnpq.br/5807609615071834http://lattes.cnpq.br/1799364778411869DABAT, Christine Paulette Yves Rufino2019-06-12T18:53:19Z2019-06-12T18:53:19Z2017-11-20https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31064A presente pesquisa analisa as ações de resistência solidária dos trabalhadores do Porto de Fortaleza, entre 1912 e 1933, a partir da compreensão de que os trabalhadores do porto de Fortaleza que se associaram à Associação mutual Deus e Mar, Deus e União, e ao STPC, e que se fortaleceram enquanto coletividade, por meio do autoconhecer-se, e de identificação das necessidades e lutas comuns no processo de fazer-se enquanto classe social. Para tanto, utilizaram as práticas mutuais (assistência médica, pecúlio, auxilio funeral etc.), de resistência (greves, manifestações, paralisações) e negociações (às vezes com figuras políticas, outras vezes políticas e religiosas, e também com os contratadores e as empresas de Navegação), as quais objetivavam melhorar as condições de vida e de trabalho dos portuários. Problematiza-se a dinâmica de funcionamento, sistema de contratação dos serviços do Porto, valores de pagamentos, jornadas de trabalho, as condições materiais de vida desses trabalhadores, de modo a entender as relações estabelecidas entre os portuários, e destes com os socialistas, anarquistas, a política sindical e as leis implementadas pelo governo de Getúlio Vargas, com a Ação da Igreja Católica e a Legião Cearense do Trabalho (LCT). Em meio a essas ideias, questiona-se como os trabalhadores se organizaram na condição de coletividade, no processo de autoconhecer, e identificação entre “nós” e “eles”, que os auxiliaram nas lutas de resistências e negociações com os patrões (contratadores), no fazer-se cotidiano e no processo de construção da consciência de classe. Para a elaboração e amadurecimento da problemática, foram utilizados como referenciais teóricos: E. P. Thompson; Richard Horgart; James Scott; e William Mello. A pesquisa foi realizada com base nos jornais à época: Correio do Ceará, A Tribuna, O Nordeste, Diário do Ceará, Trabalhador Graphico e O Combate. Também foram analisadas as Atas das Assembleias do STPC e as obras literárias: A Normalista, A Afilhada e O Mississipi, as quais descrevem a cidade de Fortaleza e a região portuária nos primeiros anos do século XX; e, ao serem cruzadas com as informações das plantas da cidade, torna mais compreensível o cenário ao qual essa análise se dedica.CAPESThis thesis analyzes dockworker solidarity on the port of Fortaleza between 1912 and 1933. Specifically, this study examines the collective action of longshoremen through the actions of the mutual Associations, Deus e Mar, Deus e União and the trade union STPC. Collective action on the port was driven through a combination of self-knowledge and identification of common good and class conflict. This process was underscored by a combination of practices of mutual assistance (medical assistance, pecuniary assistance, funeral assistance, etc.), and actions of resistance (strikes, demonstrations, stoppages) and negotiations. The conflict between dockworkers drew into the fray political and religious figures, as well as private contractors and shipping companies; and was aimed at providing better living and working conditions for port workers. In large part conflict on the port merges the dynamics of port operations, the security problems, contracting port services, wages, working hours, and material conditions of dockworkers. In order to understand the actions of dock workers and their multiple forms of representation it is important to understand the influence of socialists, anarchists, the Catholic Church and the Legion of Workers of Ceará (LCT) as well as trade union policies and newly implemented labor legislation by Getúlio Vargas government. In this sense how did workers organize for collective action and expand their self-knowledge and identification; a concept of "us" and "them" underscoring a daily process of resistance and negotiations with shipping employers as a means of building class consciousness. I draw on the theoretical references E. P. Thompson, Richard Horgart, James Scott and William Mello. The research utilizes newspapers of the period, such as, Correio do Ceará, A Tribuna, O Noreste, Diário do Ceará, Trabalhador Graphico and O Combate. Also analyzed were the minutes of the Assemblies of the STPC and the literary works: A Normalista, A Afilhada and O Mississipi, in order to better understand the city of Fortaleza and the port region during the early years of the twentieth century. This information was crossed with the information provided in the city development plans.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em HistoriaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessHistóriaPortuários – Fortaleza (CE) – 1912-1933SindicalismoMutualismoConsciência de classeEntre o mutualismo e o sindicalismo: a resistência solidária dos trabalhadores portuários de Fortaleza (1912-1933)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Nágila Maia de Morais Galvão.pdf.jpgTESE Nágila Maia de Morais Galvão.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1189https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31064/5/TESE%20N%c3%a1gila%20Maia%20de%20Morais%20Galv%c3%a3o.pdf.jpga0ecf5fca3a97b1a549a36cfd83ffc42MD55ORIGINALTESE Nágila Maia de Morais Galvão.pdfTESE Nágila Maia de Morais Galvão.pdfapplication/pdf5846155https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31064/1/TESE%20N%c3%a1gila%20Maia%20de%20Morais%20Galv%c3%a3o.pdf2c643895b1558d0b146eac41cfb4abd4MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31064/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82310https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31064/3/license.txtbd573a5ca8288eb7272482765f819534MD53TEXTTESE Nágila Maia de Morais Galvão.pdf.txtTESE Nágila Maia de Morais Galvão.pdf.txtExtracted texttext/plain777483https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31064/4/TESE%20N%c3%a1gila%20Maia%20de%20Morais%20Galv%c3%a3o.pdf.txt681bcf4ca16a5d8d9a3e9661b34a2709MD54123456789/310642019-10-25 08:50:26.938oai:repositorio.ufpe.br:123456789/31064TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLCBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWlzcXVlciBvYnJpZ2HDp8O1ZXMgZXhpZ2lkYXMgcGVsbyByZXNwZWN0aXZvIGNvbnRyYXRvIG91IGFjb3Jkby4KCkEgVUZQRSBpZGVudGlmaWNhcsOhIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T11:50:26Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Entre o mutualismo e o sindicalismo: a resistência solidária dos trabalhadores portuários de Fortaleza (1912-1933)
title Entre o mutualismo e o sindicalismo: a resistência solidária dos trabalhadores portuários de Fortaleza (1912-1933)
spellingShingle Entre o mutualismo e o sindicalismo: a resistência solidária dos trabalhadores portuários de Fortaleza (1912-1933)
MORAIS, Nágila Maia de
História
Portuários – Fortaleza (CE) – 1912-1933
Sindicalismo
Mutualismo
Consciência de classe
title_short Entre o mutualismo e o sindicalismo: a resistência solidária dos trabalhadores portuários de Fortaleza (1912-1933)
title_full Entre o mutualismo e o sindicalismo: a resistência solidária dos trabalhadores portuários de Fortaleza (1912-1933)
title_fullStr Entre o mutualismo e o sindicalismo: a resistência solidária dos trabalhadores portuários de Fortaleza (1912-1933)
title_full_unstemmed Entre o mutualismo e o sindicalismo: a resistência solidária dos trabalhadores portuários de Fortaleza (1912-1933)
title_sort Entre o mutualismo e o sindicalismo: a resistência solidária dos trabalhadores portuários de Fortaleza (1912-1933)
author MORAIS, Nágila Maia de
author_facet MORAIS, Nágila Maia de
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5807609615071834
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1799364778411869
dc.contributor.author.fl_str_mv MORAIS, Nágila Maia de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv DABAT, Christine Paulette Yves Rufino
contributor_str_mv DABAT, Christine Paulette Yves Rufino
dc.subject.por.fl_str_mv História
Portuários – Fortaleza (CE) – 1912-1933
Sindicalismo
Mutualismo
Consciência de classe
topic História
Portuários – Fortaleza (CE) – 1912-1933
Sindicalismo
Mutualismo
Consciência de classe
description A presente pesquisa analisa as ações de resistência solidária dos trabalhadores do Porto de Fortaleza, entre 1912 e 1933, a partir da compreensão de que os trabalhadores do porto de Fortaleza que se associaram à Associação mutual Deus e Mar, Deus e União, e ao STPC, e que se fortaleceram enquanto coletividade, por meio do autoconhecer-se, e de identificação das necessidades e lutas comuns no processo de fazer-se enquanto classe social. Para tanto, utilizaram as práticas mutuais (assistência médica, pecúlio, auxilio funeral etc.), de resistência (greves, manifestações, paralisações) e negociações (às vezes com figuras políticas, outras vezes políticas e religiosas, e também com os contratadores e as empresas de Navegação), as quais objetivavam melhorar as condições de vida e de trabalho dos portuários. Problematiza-se a dinâmica de funcionamento, sistema de contratação dos serviços do Porto, valores de pagamentos, jornadas de trabalho, as condições materiais de vida desses trabalhadores, de modo a entender as relações estabelecidas entre os portuários, e destes com os socialistas, anarquistas, a política sindical e as leis implementadas pelo governo de Getúlio Vargas, com a Ação da Igreja Católica e a Legião Cearense do Trabalho (LCT). Em meio a essas ideias, questiona-se como os trabalhadores se organizaram na condição de coletividade, no processo de autoconhecer, e identificação entre “nós” e “eles”, que os auxiliaram nas lutas de resistências e negociações com os patrões (contratadores), no fazer-se cotidiano e no processo de construção da consciência de classe. Para a elaboração e amadurecimento da problemática, foram utilizados como referenciais teóricos: E. P. Thompson; Richard Horgart; James Scott; e William Mello. A pesquisa foi realizada com base nos jornais à época: Correio do Ceará, A Tribuna, O Nordeste, Diário do Ceará, Trabalhador Graphico e O Combate. Também foram analisadas as Atas das Assembleias do STPC e as obras literárias: A Normalista, A Afilhada e O Mississipi, as quais descrevem a cidade de Fortaleza e a região portuária nos primeiros anos do século XX; e, ao serem cruzadas com as informações das plantas da cidade, torna mais compreensível o cenário ao qual essa análise se dedica.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-11-20
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-06-12T18:53:19Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-06-12T18:53:19Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31064
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31064
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Historia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31064/5/TESE%20N%c3%a1gila%20Maia%20de%20Morais%20Galv%c3%a3o.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31064/1/TESE%20N%c3%a1gila%20Maia%20de%20Morais%20Galv%c3%a3o.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31064/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31064/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31064/4/TESE%20N%c3%a1gila%20Maia%20de%20Morais%20Galv%c3%a3o.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv a0ecf5fca3a97b1a549a36cfd83ffc42
2c643895b1558d0b146eac41cfb4abd4
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
bd573a5ca8288eb7272482765f819534
681bcf4ca16a5d8d9a3e9661b34a2709
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310825186164736