Diversidade e atividade de fungos micorrízicos arbusculares em agroecossistemas do semi-árido paraibano

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: da Silva Sousa, Carla
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9295
Resumo: A necessidade do entendimento sobre a dinâmica das associações micorrízicas tem aumentado nos últimos anos, bem como o reconhecimento da importante função desta simbiose no desenvolvimento das plantas, nos diversos ecossistemas terrestres. Este trabalho teve como objetivo avaliar a ocorrência, a diversidade e a atividade dos fungos micorrízicos arbusculares (FMA) em agroecossistemas do semi-árido paraibano, visando a otimização dos efeitos benéficos da simbiose. Foram instalados dois experimentos na Estação Agroecológica Vila Maria Rita, no município de Taperoá. O primeiro teve como objetivo avaliar o efeito da adubação orgânica com gliricídia e/ou esterco sobre FMA em um sistema consorciado de milho, feijão e algodão e o segundo avaliar as relações entre a diversidade e atividade de FMA e os sistemas de uso da terra (áreas de cultivo agrícola, pastagens ou campos de cultivo de palma) em parcelas agroflorestais e sem a presença das árvores. Um terceiro experimento foi instalado na Fazenda Tamanduá, no município de Patos, com o objetivo de avaliar a ocorrência e a diversidade de fungos micorrízicos arbusculares em diferentes estádios sucessionais de caatinga. Em um quarto experimento foi avaliada a eficiência de dois extratores e da temperatura de armazenamento das amostras sobre a quantidade de glomalina extraída em dois solos da região semi-árida paraibana. Não foi possível identificar o sistema que mais favoreceu a comunidade de FMA associada ao milho e feijão, contudo estes foram superiores ao tratamento sem adição dos adubos orgânicos. Em ambos os anos, o sistema de adubação em que o esterco foi incorporado ao solo e a gliricídia foi aplicada em cobertura 45 dias após o plantio (E+GC) houve favorecimento da produção de esporos e de glomalina na rizosfera do algodoeiro. Em 2007, independentemente do sistema de adubação e da cultura, houve aumento significativo da densidade de esporos, colonização micorrízica, produção de glomalina e riqueza de espécies de FMA. Nos sistemas esterco antes do plantio (E) e esterco antes do plantio + gliricídia em cobertura 45 dias após plantio (E+GC) foi registrado o maior número de espécies de FMA, independentemente do ano e da cultura. Os FMA demonstraram ser importante no estabelecimento das espécies vegetais, contudo as áreas apresentaram baixo 14 potencial de infectividade, sugerindo a introdução de mudas micorrizadas como uma alternativa viável para acelerar o processo de revegetação das áreas. Com exceção das áreas em estádio tardio, houve aumento dos reservatórios de glomalina com o avanço do processo de sucessão vegetal. Áreas em estádio tardio de sucessão apresentam maior riqueza de espécies de FMA, indicando que o estabelecimento da vegetação também exerce efeito sobre a comunidade fúngica. Espécies de Glomus e Acaulospora predominaram nas áreas, possivelmente por serem adaptadas às condições de semi-árido. A presença das árvores favoreceu aumento da esporulação, colonização micorrízica e número de propágulos infectivos de FMA nos sistemas de uso da terra. O sistema de produção de palma, independentemente da presença das árvores, favoreceu a produção de glomalina pelos FMA. Não houve efeito significativo da presença das árvores e dos sistemas de uso da terra sobre a riqueza de espécies de FMA. Espécies do gênero Glomus predominaram independentemente da presença das árvores, do sistema de uso da terra e do período de coleta. Solos armazenados sob refrigeração (4 ºC), durante 15 meses apresentaram até 48% mais glomalina do que quando armazenados a temperatura ambiente. O pirofosfato de sódio extraiu 17% mais glomalina do que o citrato de sódio nas amostras do Neossolo Flúvico. Recomenda-se o refrigeramento das amostras de solo a 4ºC após a coleta para quantificação mais precisa da glomalina
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Foram instalados dois experimentos na Estação Agroecológica Vila Maria Rita, no município de Taperoá. O primeiro teve como objetivo avaliar o efeito da adubação orgânica com gliricídia e/ou esterco sobre FMA em um sistema consorciado de milho, feijão e algodão e o segundo avaliar as relações entre a diversidade e atividade de FMA e os sistemas de uso da terra (áreas de cultivo agrícola, pastagens ou campos de cultivo de palma) em parcelas agroflorestais e sem a presença das árvores. Um terceiro experimento foi instalado na Fazenda Tamanduá, no município de Patos, com o objetivo de avaliar a ocorrência e a diversidade de fungos micorrízicos arbusculares em diferentes estádios sucessionais de caatinga. Em um quarto experimento foi avaliada a eficiência de dois extratores e da temperatura de armazenamento das amostras sobre a quantidade de glomalina extraída em dois solos da região semi-árida paraibana. Não foi possível identificar o sistema que mais favoreceu a comunidade de FMA associada ao milho e feijão, contudo estes foram superiores ao tratamento sem adição dos adubos orgânicos. Em ambos os anos, o sistema de adubação em que o esterco foi incorporado ao solo e a gliricídia foi aplicada em cobertura 45 dias após o plantio (E+GC) houve favorecimento da produção de esporos e de glomalina na rizosfera do algodoeiro. Em 2007, independentemente do sistema de adubação e da cultura, houve aumento significativo da densidade de esporos, colonização micorrízica, produção de glomalina e riqueza de espécies de FMA. Nos sistemas esterco antes do plantio (E) e esterco antes do plantio + gliricídia em cobertura 45 dias após plantio (E+GC) foi registrado o maior número de espécies de FMA, independentemente do ano e da cultura. 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Recomenda-se o refrigeramento das amostras de solo a 4ºC após a coleta para quantificação mais precisa da glomalinaConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAssociação micorrízicaCaatingaAdubação orgânicaSistemas agroflorestaisSucessão vegetalGlomalina.Diversidade e atividade de fungos micorrízicos arbusculares em agroecossistemas do semi-árido paraibanoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo2705_1.pdf.jpgarquivo2705_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1318https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9295/4/arquivo2705_1.pdf.jpg3d0ee3641eab6f753982d0ec36e4548aMD54ORIGINALarquivo2705_1.pdfapplication/pdf1322766https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9295/1/arquivo2705_1.pdff6b1167f15b820fbb5fca4ccbe9b8d88MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9295/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo2705_1.pdf.txtarquivo2705_1.pdf.txtExtracted texttext/plain277905https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9295/3/arquivo2705_1.pdf.txtcbf0bebf0c4faf89ec4e972714b5555cMD53123456789/92952019-10-25 15:12:31.715oai:repositorio.ufpe.br:123456789/9295Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T18:12:31Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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