Com o mesmo calor do sol, com o mesmo peso da enxada: a experiência da Teologia da Enxada no agreste central pernambucano entre 1964 e 1985
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Data de Publicação: | 2013 |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11342 |
Resumo: | Nossa análise central consiste em compreender o período da Ditadura Militar (1964-1985), a partir do surgimento de uma nova prática pastoral experenciada no agreste pernambucano denominada Teologia da Enxada. A mesma é oriunda de um novo método de formação dos seminaristas do ITER relacionada com a efervescência de fins da década de 1960, ou seja, os conflitos católicos envolvendo conservadores e progressistas, as influências do clero progressista de movimentos de base ligados às camadas populares anteriores ao Concílio Vaticano II e o próprio Concílio, e as perseguições a membros da Igreja Católica pela ditadura militar brasileira. Através do conhecimento sobre o desenvolvimento da Teologia da Enxada no agreste pernambucano, especialmente na cidade de Tacaimbó, compreendemos as relações de tal experiência com o contexto político e social brasileiro de então obtendo uma percepção microscópica de um processo histórico mais amplo, do qual numa análise local observamos os conflitos envolvendo o poder político local com as atuações da Igreja Católica de orientação progressista, também localmente caracterizada pela atomização das utopias coletivas de transformação da ordem social e política. Para o alcance desse objetivo, analisamos periódicos publicados no agreste pernambucano, como o Jornal A Defesa e o Jornal Vanguarda no sentido de identificarmos o posicionamento da Igreja e o empresariado local frente ao golpe militar de 1964 e à ditadura, as práticas sociais dos seminaristas do ITER e outros membros do clero progressista na referida região, além de uma gama de material produzidos no período pela CNBB e o Seminário Regional do Nordeste II. Metodologicamente, buscamos através do jogo de escalas, ampliando e reduzindo-as, construir nossa análise baseada num diálogo permanente entre o contexto macro e micro, e inovar no olhar sobre o período e espaço relatados, tendo em vista que a produção historiográfica atual não preencheu por completo tais estudos, até porque em sua maioria se refere aos grandes centros urbanos ou à periferia dos grandes centros, ao passo que este trabalho trata-se de um objeto ainda pouco explorado (Teologia da Enxada), além de discutir a relação de conflito entre a Igreja e a ditadura militar no Brasil, tendo como espaço de observação pequenas cidades do interior pernambucano. Portanto, na presente dissertação, analisamos os meandros em que se desencadeou a Teologia da Enxada, suas práticas e resultados no contexto político da ditadura militar, percebendo de que maneira tal período reverberou no agreste pernambucano. |
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A mesma é oriunda de um novo método de formação dos seminaristas do ITER relacionada com a efervescência de fins da década de 1960, ou seja, os conflitos católicos envolvendo conservadores e progressistas, as influências do clero progressista de movimentos de base ligados às camadas populares anteriores ao Concílio Vaticano II e o próprio Concílio, e as perseguições a membros da Igreja Católica pela ditadura militar brasileira. Através do conhecimento sobre o desenvolvimento da Teologia da Enxada no agreste pernambucano, especialmente na cidade de Tacaimbó, compreendemos as relações de tal experiência com o contexto político e social brasileiro de então obtendo uma percepção microscópica de um processo histórico mais amplo, do qual numa análise local observamos os conflitos envolvendo o poder político local com as atuações da Igreja Católica de orientação progressista, também localmente caracterizada pela atomização das utopias coletivas de transformação da ordem social e política. 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