Variação morfológica e distribuição geográfica em morcegos nectarívoros dos gêneros Xeronycteris e Lonchophylla (Chiroptera: Phyllostomidae: Lonchophyllinae) com ocorrência no Brasil
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Data de Publicação: | 2022 |
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Resumo: | Devido aos serviços ecológicos que oferecem enquanto polinizadores, os morcegos nectarívoros ocupam um lugar-chave na reprodução de espécies vegetais, contribuindo para a manutenção das formações vegetais e dos ambientes em que ocorrem. Na região Neotropical, ocorrem pelo menos duas linhagens evolutivas distintas destes morcegos, classificados em duas subfamílias da família Phyllostomidae: Glossophaginae e Lonchophyllinae, representadas no Brasil por nove espécies cada. No presente trabalho, exploro a variação morfológica em espécies de Lonchophyllinae de ocorrência no Brasil como etapa inicial no estudo da diversidade do gênero, com o objetivo de contribuir para delinear seus limites taxonômicos e geográficos com foco nos gêneros Lonchophylla e Xeronycteris, e faço apontamentos importantes sobre a distribuição geográfica do gênero Hsunycteris. A tese está estruturada em quatro partes: na primeira parte (capítulo 1) apresento uma revisão histórica da construção do conhecimento acerca da diversidade de morcegos nectarívoros neotropicais, partindo desde as primeiras classificações sistemáticas, passando pelas primeiras discussões sobre a classificação dos morcegos nectarívoros, até o estado da arte atual para este grupo taxonômico, detalhando por fim os objetivos específicos da presente pesquisa; na segunda parte (capítulo 2), apresento o estudo da variação morfológica das espécies do gênero Lonchophylla com ocorrência no Brasil, contextualizando tanto a posição do gênero em relação aos demais gêneros da subfamília, como a variação encontrada dentro do gênero, e apresento também (apêndices A e B) os dados de suporte para o capítulo 2, incluindo caracteres quantitativos e discretos, o levantamento completo das referências e espécimes utilizados na delimitação da distribuição das espécies estudadas bem como listas sinonímicas; na terceira parte (apêndice C), incluo dados adicionais da tese referentes a um artigo em preparação com novos registros para do gênero Hsunycteris e direcionamentos para o estudo de suas espécies do gênero no Brasil e, na quarta parte (apêndice D) incluo o artigo já publicado na revista Acta Chiropterologica, onde apresento um aprofundado estudo da variação morfológica no gênero monotípico Xeronycteris, utilizando a maior amostra utilizada até o momento para este táxon, atualizando a sua distribuição geográfica baseada em espécimes de coleções e colocando em perspectiva a sua relação com espécies simpátricas de Lonchophylla e concentrando a discussão nas questões sobre endemismos em áreas secas do Brasil. Como principais resultados da pesquisa, detecto a existência de uma descontinuidade morfológica entre as espécies brasileiras de Lonchophylla, apresento uma análise comparativa da variação entre elas e apresento evidências que sugerem a existência de táxons não descritos pela ciência entre as populações estudadas. Em um contexto geográfico, aponto os grupos que já apresentam uma clara delimitação morfológica entre si e indico os que ainda exigem o uso de métodos adicionais para a confirmação da validade de tais táxons em estudos futuros. |
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Na região Neotropical, ocorrem pelo menos duas linhagens evolutivas distintas destes morcegos, classificados em duas subfamílias da família Phyllostomidae: Glossophaginae e Lonchophyllinae, representadas no Brasil por nove espécies cada. No presente trabalho, exploro a variação morfológica em espécies de Lonchophyllinae de ocorrência no Brasil como etapa inicial no estudo da diversidade do gênero, com o objetivo de contribuir para delinear seus limites taxonômicos e geográficos com foco nos gêneros Lonchophylla e Xeronycteris, e faço apontamentos importantes sobre a distribuição geográfica do gênero Hsunycteris. A tese está estruturada em quatro partes: na primeira parte (capítulo 1) apresento uma revisão histórica da construção do conhecimento acerca da diversidade de morcegos nectarívoros neotropicais, partindo desde as primeiras classificações sistemáticas, passando pelas primeiras discussões sobre a classificação dos morcegos nectarívoros, até o estado da arte atual para este grupo taxonômico, detalhando por fim os objetivos específicos da presente pesquisa; na segunda parte (capítulo 2), apresento o estudo da variação morfológica das espécies do gênero Lonchophylla com ocorrência no Brasil, contextualizando tanto a posição do gênero em relação aos demais gêneros da subfamília, como a variação encontrada dentro do gênero, e apresento também (apêndices A e B) os dados de suporte para o capítulo 2, incluindo caracteres quantitativos e discretos, o levantamento completo das referências e espécimes utilizados na delimitação da distribuição das espécies estudadas bem como listas sinonímicas; na terceira parte (apêndice C), incluo dados adicionais da tese referentes a um artigo em preparação com novos registros para do gênero Hsunycteris e direcionamentos para o estudo de suas espécies do gênero no Brasil e, na quarta parte (apêndice D) incluo o artigo já publicado na revista Acta Chiropterologica, onde apresento um aprofundado estudo da variação morfológica no gênero monotípico Xeronycteris, utilizando a maior amostra utilizada até o momento para este táxon, atualizando a sua distribuição geográfica baseada em espécimes de coleções e colocando em perspectiva a sua relação com espécies simpátricas de Lonchophylla e concentrando a discussão nas questões sobre endemismos em áreas secas do Brasil. Como principais resultados da pesquisa, detecto a existência de uma descontinuidade morfológica entre as espécies brasileiras de Lonchophylla, apresento uma análise comparativa da variação entre elas e apresento evidências que sugerem a existência de táxons não descritos pela ciência entre as populações estudadas. Em um contexto geográfico, aponto os grupos que já apresentam uma clara delimitação morfológica entre si e indico os que ainda exigem o uso de métodos adicionais para a confirmação da validade de tais táxons em estudos futuros.FACEPENectar-feeding bats play a key role in the reproduction of plant species due to the ecological services they offer as pollinators, being one of the main contributors to the maintenance of the ecosystems in which they occur. In the Neotropical region, there are at least two distinct evolutionary lineages, classified into two subfamilies of the Phyllostomidae family: Glossophaginae and Lonchophyllinae, represented in Brazil by nine species, each. In this research, I explore the morphological variation in species of Brazilian Lonchophyllinae as an initial step in the study of the diversity of the genus, in order to contribute to their taxonomic delimitation and understanding of their geographic limits. It focus primarily on the genera Lonchophylla and Xeronycteris, as well as I make important notes on the geographic distribution of the genus Hsunycteris. The thesis is structured in four parts: in the first (chapter 1) I present a historical review of the knowledge about the diversity of Neotropical nectarivorous bats, since from the first systematic classifications, throughout the first discussions on the classification of these bats, until the current state of the art for this taxonomic group and the specific objectives of the whole research; in the second (chapter 2), I present the study of the morphological variation of the genus Lonchophylla focusing on Brazilian species, contextualizing both the position of the genus in relation to the other genera of the subfamily as well as the variation found within the genus, and I also present supporting data for chapter 2 (appendices A and B), including quantitative and discrete characters, the complete survey of references and specimens used in delimiting species’ geographic distribution as well as synonymic lists; in the third (appendix C), I include additional data referring to an article in preparation with new records for the genus Hsunycteris and directions for the study of its species in Brazil and, in the fourth (appendix D), I include the article already published in the journal Acta Chiropterologica, where I present an in-depth study of morphological variation in the monotypic genus Xeronycteris based on the largest sample used so far for this taxon, updated its geographic distribution based on specimens from scientific collections and discuss its relationship with sympatric species of Lonchophylla, focusing the discussion on questions about endemism in dry areas of Brazil. As main results of the research, I detect the existence of a morphological discontinuity between the Brazilian species of Lonchophylla, I present a comparative analysis of the variation between them and I present evidences that suggest the existence of not described taxa among the studied populations. In a geographic context, I point out the groups that already present a clear morphological delimitation among themselves and indicate those that still require the use of additional methods to confirm the validity of such taxa in future studies.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia AnimalUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMorcegosBiologia- classificaçãoBrasilVariação morfológica e distribuição geográfica em morcegos nectarívoros dos gêneros Xeronycteris e Lonchophylla (Chiroptera: Phyllostomidae: Lonchophyllinae) com ocorrência no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Patricia Pilatti Alves.pdfTESE Patricia Pilatti Alves.pdfapplication/pdf13247531https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/49545/1/TESE%20Patricia%20Pilatti%20Alves.pdff6f19de415b9bc13ef9c8cb5a04bcdafMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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