Alterações posturais, instabilidade da coluna e estabilização segmentar vertebral em adolescentes e adultos jovens obesos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SIQUEIRA, Gisela Rocha de
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/0013000004mp2
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9099
Resumo: Os agravos à saúde provocados pelo excesso de peso se apresentam cada vez mais precoces, observando-se o aumento da prevalência de obesidade, em adolescentes e adultos jovens. O acúmulo de gordura no abdome pode desencadear alterações posturais, associadas a um risco de disfunção na musculatura que dá sustentação à coluna espinhal, concorrendo para o surgimento da instabilidade neste segmento. Apesar de existirem pesquisas associando a Área de Secção Transversa (AST) dos multífidos e transverso do abdome à instabilidade, não há estudos avaliando a influência da deposição da gordura no abdome sobre o tamanho desta AST. Os objetivos da tese foram: verificar a associação entre a instabilidade lombar e a AST dos músculos multífidos e transverso do abdome e avaliar a eficácia de um programa de Estabilização Segmentar Vertebral (ESV), em adolescentes e adultos jovens obesos, do sexo masculino. Inicialmente, foi realizado um estudo descritivo, no período de agosto a dezembro de 2009, incluindo 131 adolescentes e adultos jovens, do sexo masculino (70 eutróficos e 61 obesos), entre 18 e 25 anos, que foram submetidos a uma avaliação antropométrica (peso, altura e circunferência abdominal), ultrassonográfica (AST dos multífidos, do transverso do abdome e da gordura abdominal), postural (vista lateral) e da instabilidade lombar (através de uma Unidade Pressórica de Biofeedback). Os sujeitos foram questionados quanto à presença de lombalgia. Observou-se uma diferença estatisticamente significativa entre a instabilidade da coluna (p=0,00), a presença de dor lombar (p=0,01), e a hiperlordose lombar (p=0,00), nos obesos, em relação aos eutróficos. Quanto à AST dos estabilizadores, houve uma correlação negativa entre a circunferência abdominal e a AST dos multífidos e transverso do abdome dos obesos. No período de dezembro de 2009 a maio de 2010 foi realizado um estudo de intervenção em uma amostra de 54 indivíduos obesos, portadores de instabilidade lombar, divididos aleatoriamente em dois grupos: 27 no grupo que realizou ESV e 27 que foram submetidos à técnica tradicional de fortalecimento de abdominais e paravertebrais lombares (FAPL). Após o período de 20 sessões, os indivíduos foram reavaliados quanto à presença de dor, hiperlordose e instabilidade da coluna lombar e AST dos músculos estabilizadores. O grupo ESV apresentou menor percentual de instabilidade, quando comparado ao grupo FAPL (p=0,00). Foi visível o aumento da AST do transverso do abdome e dos multífidos, nos dois grupos, com melhores resultados para o grupo ESV (p=0,00). A dor lombar apresentou declínio, nos dois grupos, porém no grupo ESV houve menor percentual de sintomas dolorosos (p=0,02). Quanto às alterações posturais, constatou-se uma redução da hiperlordose, porém não houve diferença entre os grupos (p=0,22). Conclui-se que há uma relação negativa entre a quantidade de gordura abdominal e a AST dos músculos estabilizadores, associada a um maior percentual de instabilidade lombar, nos indivíduos obesos. Verifica-se, assim, a importância de investir em programas de treinamento muscular, principalmente com a utilização da ESV como forma de tratamento da instabilidade lombar, em obesos, face aos melhores resultados obtidos pelos indivíduos submetidos a esta técnica
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Apesar de existirem pesquisas associando a Área de Secção Transversa (AST) dos multífidos e transverso do abdome à instabilidade, não há estudos avaliando a influência da deposição da gordura no abdome sobre o tamanho desta AST. Os objetivos da tese foram: verificar a associação entre a instabilidade lombar e a AST dos músculos multífidos e transverso do abdome e avaliar a eficácia de um programa de Estabilização Segmentar Vertebral (ESV), em adolescentes e adultos jovens obesos, do sexo masculino. Inicialmente, foi realizado um estudo descritivo, no período de agosto a dezembro de 2009, incluindo 131 adolescentes e adultos jovens, do sexo masculino (70 eutróficos e 61 obesos), entre 18 e 25 anos, que foram submetidos a uma avaliação antropométrica (peso, altura e circunferência abdominal), ultrassonográfica (AST dos multífidos, do transverso do abdome e da gordura abdominal), postural (vista lateral) e da instabilidade lombar (através de uma Unidade Pressórica de Biofeedback). Os sujeitos foram questionados quanto à presença de lombalgia. Observou-se uma diferença estatisticamente significativa entre a instabilidade da coluna (p=0,00), a presença de dor lombar (p=0,01), e a hiperlordose lombar (p=0,00), nos obesos, em relação aos eutróficos. Quanto à AST dos estabilizadores, houve uma correlação negativa entre a circunferência abdominal e a AST dos multífidos e transverso do abdome dos obesos. No período de dezembro de 2009 a maio de 2010 foi realizado um estudo de intervenção em uma amostra de 54 indivíduos obesos, portadores de instabilidade lombar, divididos aleatoriamente em dois grupos: 27 no grupo que realizou ESV e 27 que foram submetidos à técnica tradicional de fortalecimento de abdominais e paravertebrais lombares (FAPL). Após o período de 20 sessões, os indivíduos foram reavaliados quanto à presença de dor, hiperlordose e instabilidade da coluna lombar e AST dos músculos estabilizadores. O grupo ESV apresentou menor percentual de instabilidade, quando comparado ao grupo FAPL (p=0,00). Foi visível o aumento da AST do transverso do abdome e dos multífidos, nos dois grupos, com melhores resultados para o grupo ESV (p=0,00). A dor lombar apresentou declínio, nos dois grupos, porém no grupo ESV houve menor percentual de sintomas dolorosos (p=0,02). Quanto às alterações posturais, constatou-se uma redução da hiperlordose, porém não houve diferença entre os grupos (p=0,22). Conclui-se que há uma relação negativa entre a quantidade de gordura abdominal e a AST dos músculos estabilizadores, associada a um maior percentual de instabilidade lombar, nos indivíduos obesos. Verifica-se, assim, a importância de investir em programas de treinamento muscular, principalmente com a utilização da ESV como forma de tratamento da instabilidade lombar, em obesos, face aos melhores resultados obtidos pelos indivíduos submetidos a esta técnicaFaculdade Intergrada do RecifeporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessEstudos de intervençãoObesidadeGordura abdominalEstabilizaçãoColuna vertebralPosturaAlterações posturais, instabilidade da coluna e estabilização segmentar vertebral em adolescentes e adultos jovens obesosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo1400_1.pdf.jpgarquivo1400_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1227https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9099/4/arquivo1400_1.pdf.jpg0dc7199574e0a193875dc42a5e228468MD54ORIGINALarquivo1400_1.pdfapplication/pdf4054296https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9099/1/arquivo1400_1.pdf68b0b07694a1fac91b7ecaff59ebbd9eMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9099/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo1400_1.pdf.txtarquivo1400_1.pdf.txtExtracted texttext/plain209483https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9099/3/arquivo1400_1.pdf.txt40277dd38a00cdbf5c4534688f737b0bMD53123456789/90992019-10-25 19:58:54.869oai:repositorio.ufpe.br:123456789/9099Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T22:58:54Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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