Narrativas sobre transfobia no cárcere por mulheres transgênero : “a prisão não são as grades e a liberdade não é a rua”

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: NASCIMENTO, Arles Monaliza Rodrigues
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38083
Resumo: Esta dissertação teve como objetivo geral analisar narrativas produzidas por mulheres transgênero sobre situações de transfobia vivenciadas no sistema prisional. A partir do nosso posicionamento construcionista e feminista em psicologia social, realizamos uma pesquisa qualitativa, cujo instrumento metodológico foi a entrevista narrativa. Utilizamos como pergunta provocadora a seguinte questão:“Você poderia nos contar como foi sua vivência no sistema prisional?” As entrevistas foram realizadas em quatro cidades de Pernambuco: Caruaru, Recife, Olinda e Paulista. O exercício analítico resultou em cinco eixos de análise, a partir dos quais discutimos como violências transfóbicas se manifestam e operam na vida e nos corpos das interlocutoras no cenário prisional. Os eixos produzidos foram: 1) Manifestações materiais da transfobia, que se referem às violências físicas; 2) Manifestações simbólicas da transfobia, representadas pelas violências sutis e invisíveis; 3) Práticas de violência institucional, exercidas pelas/os profissionais; 4) Transfobia como preservação da matriz cisnormativa, que sinaliza violências evidentemente relacionadas ao cunho de preservação dessa matriz; e 5) Formas de agenciamento, entre ajustamentos e resistências, que apresenta os momentos em que foi possível às participantes se utilizarem da agência e resistirem às violências transfóbicas do cárcere. Por fim, entre afetos e agradecimentos escrevemos uma síntese em forma de carta às interlocutoras, em que dialogamos sobre os alcances e os limites desta dissertação, que identificou que a transfobia no cárcere se manifesta das mais diversas formas, com contornos tão complexos e particulares quanto às experiências de cada interlocutora. Essas violências operam a partir de agressões físicas e psicológicas, que muitas vezes se assemelham ao horror da tortura.
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spelling NASCIMENTO, Arles Monaliza Rodrigueshttp://lattes.cnpq.br/9678945138124984http://lattes.cnpq.br/3188365001747186DANTAS, Benedito Medrado2020-09-24T21:31:21Z2020-09-24T21:31:21Z2020-02-14NASCIMENTO, Arles Monaliza Rodrigues. Narrativas sobre transfobia no cárcere por mulheres transgênero: “a prisão não são as grades e a liberdade não é a rua”. 2020. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38083Esta dissertação teve como objetivo geral analisar narrativas produzidas por mulheres transgênero sobre situações de transfobia vivenciadas no sistema prisional. A partir do nosso posicionamento construcionista e feminista em psicologia social, realizamos uma pesquisa qualitativa, cujo instrumento metodológico foi a entrevista narrativa. Utilizamos como pergunta provocadora a seguinte questão:“Você poderia nos contar como foi sua vivência no sistema prisional?” As entrevistas foram realizadas em quatro cidades de Pernambuco: Caruaru, Recife, Olinda e Paulista. O exercício analítico resultou em cinco eixos de análise, a partir dos quais discutimos como violências transfóbicas se manifestam e operam na vida e nos corpos das interlocutoras no cenário prisional. Os eixos produzidos foram: 1) Manifestações materiais da transfobia, que se referem às violências físicas; 2) Manifestações simbólicas da transfobia, representadas pelas violências sutis e invisíveis; 3) Práticas de violência institucional, exercidas pelas/os profissionais; 4) Transfobia como preservação da matriz cisnormativa, que sinaliza violências evidentemente relacionadas ao cunho de preservação dessa matriz; e 5) Formas de agenciamento, entre ajustamentos e resistências, que apresenta os momentos em que foi possível às participantes se utilizarem da agência e resistirem às violências transfóbicas do cárcere. Por fim, entre afetos e agradecimentos escrevemos uma síntese em forma de carta às interlocutoras, em que dialogamos sobre os alcances e os limites desta dissertação, que identificou que a transfobia no cárcere se manifesta das mais diversas formas, com contornos tão complexos e particulares quanto às experiências de cada interlocutora. Essas violências operam a partir de agressões físicas e psicológicas, que muitas vezes se assemelham ao horror da tortura.FACEPEThis dissertation aimed to analyze narratives produced by transgender women about situations of transphobia experienced in the prison system. From our constructionist and feminist positioning in social psychology, a qualitative research was carried out, whose methodological instrument was the narrative interview. We used as a provocative question the following question: “Could you tell us how was your experience in the prison system?” The interviews were conducted in four cities of Pernambuco: Caruaru, Recife, Olinda and Paulista. The analytical exercise resulted in five axes of analysis, from which we discuss how transphobic violence manifests and operates in the lives and bodies of the interlocutors in the prison setting. The axes produced were: 1) Material manifestations of transphobia, which refer to physical violence; 2) Symbolic manifestations of transphobia, represented by subtle and invisible violence; 3) Practices of institutional violence, exercised by professionals; 4) Transphobia as preservation of the cisnormative matrix, which signals violence evidently related to the preservation imprint of this matrix; and 5) Forms of agency, between adjustments and resistances, which presents the moments when it was possible for participants to use the agency and resisted the transphobic violence of the prison. Lastly, between affection and acknowledgments, a letter-like synthesis was written to the interlocutors, in which we talked about the scope and the limits of this dissertation, which identified that the transphobia in the prison manifests itself in the most diverse ways, with as complex and particular contours as to the experiences of each interlocutor. This violence operates from physical and psychological aggressions, which often resemble the horror of torture.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em PsicologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessPsicologiaTransgeneridadeTravestilidadeTransexualidadeTransfobiaPrisãoNarrativas sobre transfobia no cárcere por mulheres transgênero : “a prisão não são as grades e a liberdade não é a rua”info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETEXTDISSERTAÇÃO Arles Monaliza Rodrigues Nascimento.pdf.txtDISSERTAÇÃO Arles Monaliza Rodrigues Nascimento.pdf.txtExtracted texttext/plain243955https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38083/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Arles%20Monaliza%20Rodrigues%20Nascimento.pdf.txt1d3b493e88279c25acea1a2d3d4e87fcMD54THUMBNAILDISSERTAÇÃO Arles Monaliza Rodrigues Nascimento.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Arles Monaliza Rodrigues Nascimento.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1547https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38083/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Arles%20Monaliza%20Rodrigues%20Nascimento.pdf.jpg135e25e5b69853d0e49f520907f4d97aMD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Arles Monaliza Rodrigues Nascimento.pdfDISSERTAÇÃO Arles Monaliza Rodrigues Nascimento.pdfapplication/pdf3931789https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38083/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Arles%20Monaliza%20Rodrigues%20Nascimento.pdf401e4d023e7a5bf2d018110e3f0319dcMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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