Relações que moldam o campo jornalístico : estudo com foco nas percepções de jornalistas sobre condições de trabalho e regulação da mídia
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Data de Publicação: | 2022 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44603 |
Resumo: | A presente investigação analisa as relações de forças (principalmente político-econômicas) que moldam o jornalismo e, assim, influenciam as condições em que jornalistas desenvolvem o trabalho-profissão. O binômio é utilizado com o intuito de desde logo pontuar a crítica à hegemônica concepção positivista, também central na investigação, que tende à identificação de tais sujeitos como ‘profissionais’, imparciais produtores de informação, abstração que contribui para invisibilizar as condições em que produzem e são (sujeitos plurais), eles/as mesmo, constituídos/as. Ao contrário, o estudo parte do pressuposto que o jornalismo, integrado no sistema de mídia, é campo estruturado e estruturante, com papel central na construção social da realidade, sendo, por isso, as possibilidades de nela intervir bastante diferenciadas em função das posições e relações que diferentes agentes, internos e externos ao campo, ocupam e estabelecem entre si. O estudo está referenciado, principalmente, na Teoria de Campos de Pierre Bourdieu (1996, 2001, 2004), nos contributos de autores/as vinculados à Economia Política da Comunicação para refletir sobre a constituição e regulação do sistema de mídia no Brasil (BOLAÑO, 2003, 2007; JAMBEIRO, 2002, 2009; LIMA, 2001, 2004, RAMOS, 2000), e em estudos que já identificaram elevadas taxas de precariedade laboral entre jornalistas (HELOANI, 2005; FIGARO, 2011; REIMBERG, 2015; LELO, 2019; NICOLETTI, 2019;). Dentre os principais resultados, identificamos o aumento de processos de enxugamento das redações, a ele relacionado, a juvenilização daqueles espaços e a intensificação do ritmo e volume de trabalho; na generalidade, ainda que com significativas diferenças em função de empresas e cargos ocupados, jornalistas trabalham em clima de insegurança empregatícia, auferindo baixos salários e não perspetivando possibilidades de melhorias em futuro próximo; em função de relações clientelistas entre dirigentes empresariais dos veículos e agentes do campo político e econômico, a autonomia interna é relativamente baixa; quanto à ‘regulação’, ainda que a maioria tenha pouca familiaridade com o tema, posiciona-se de forma favorável a um maior controle sobre a propriedade e conteúdo de mídia, atitude que frequentemente está relacionada à percepção da atuação dos principais conglomerados de mídia no desenvolver da atual crise sociopolítica no país. |
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O binômio é utilizado com o intuito de desde logo pontuar a crítica à hegemônica concepção positivista, também central na investigação, que tende à identificação de tais sujeitos como ‘profissionais’, imparciais produtores de informação, abstração que contribui para invisibilizar as condições em que produzem e são (sujeitos plurais), eles/as mesmo, constituídos/as. Ao contrário, o estudo parte do pressuposto que o jornalismo, integrado no sistema de mídia, é campo estruturado e estruturante, com papel central na construção social da realidade, sendo, por isso, as possibilidades de nela intervir bastante diferenciadas em função das posições e relações que diferentes agentes, internos e externos ao campo, ocupam e estabelecem entre si. O estudo está referenciado, principalmente, na Teoria de Campos de Pierre Bourdieu (1996, 2001, 2004), nos contributos de autores/as vinculados à Economia Política da Comunicação para refletir sobre a constituição e regulação do sistema de mídia no Brasil (BOLAÑO, 2003, 2007; JAMBEIRO, 2002, 2009; LIMA, 2001, 2004, RAMOS, 2000), e em estudos que já identificaram elevadas taxas de precariedade laboral entre jornalistas (HELOANI, 2005; FIGARO, 2011; REIMBERG, 2015; LELO, 2019; NICOLETTI, 2019;). Dentre os principais resultados, identificamos o aumento de processos de enxugamento das redações, a ele relacionado, a juvenilização daqueles espaços e a intensificação do ritmo e volume de trabalho; na generalidade, ainda que com significativas diferenças em função de empresas e cargos ocupados, jornalistas trabalham em clima de insegurança empregatícia, auferindo baixos salários e não perspetivando possibilidades de melhorias em futuro próximo; em função de relações clientelistas entre dirigentes empresariais dos veículos e agentes do campo político e econômico, a autonomia interna é relativamente baixa; quanto à ‘regulação’, ainda que a maioria tenha pouca familiaridade com o tema, posiciona-se de forma favorável a um maior controle sobre a propriedade e conteúdo de mídia, atitude que frequentemente está relacionada à percepção da atuação dos principais conglomerados de mídia no desenvolver da atual crise sociopolítica no país.CAPESThe present investigation analyzes the power relations (mainly political-economic) that shape journalism and, thus, influence the conditions in which journalists develop their work- profession. The binomial is used to punctuate the criticism to the hegemonic positivist conception, also central to the investigation, which tends to identify such subjects as 'professionals', impartial producers of information, an abstraction that contributes to turn invisible the conditions in which they produce and are (plural subjects), themselves, constituted. On the contrary, the study assumes that journalism, integrated in the media system, is a structured and structuring field, playing a central role in the social construction of reality, and therefore the possibilities of intervening in it are quite different depending on the positions and relationships that different agents, internal and external to the field, occupy and establish among themselves. The study is based, mainly, on Pierre Bourdieu's Theory of Fields (BOURIDEU, 1996, 2001, 2004), in the contributions of authors linked to the Political Economy of Communication (BOLAÑO, 2003, 2007; JAMBEIRO, 2002, 2009; LIMA, 2001, 2004, RAMOS, 2000) and in studies that have already identified high rates of job insecurity among journalists (HELOANI, 2005; FIGARO, 2011; REIMBERG, 2015; LELO, 2019; NICOLETTI, 2019;). As main results: it was identified the increase of newsrooms’ downsizing processes, related to it, the juvenilization of those spaces and the intensification of the rhythm and volume of work; in general, although with significant differences depending on the companies and occupied positions, journalists work in a climate of job insecurity, earning low salaries and do not perceive possibilities for improvement in the near future; due to clientelistic relationships between business leaders of the vehicles and agents in the political and economic field, internal autonomy is relatively low; although most journalists have little familiarity with the topic ‘regulation’, an attitude that often is related to the evaluation of the important role that the mein media conglomerates took part in the development of the current sociopolitical crisis in the country.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em ComunicacaoUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessComunicaçãoJornalistasCondições de trabalhoRegulação da mídiaProfissionalismoRelações que moldam o campo jornalístico : estudo com foco nas percepções de jornalistas sobre condições de trabalho e regulação da mídiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETEXTTESE Rui Miguel Pereira Caeiro.pdf.txtTESE Rui Miguel Pereira Caeiro.pdf.txtExtracted texttext/plain990850https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44603/4/TESE%20Rui%20Miguel%20Pereira%20Caeiro.pdf.txt2cfbcad3244c848adaa80ec7e12bf275MD54THUMBNAILTESE Rui Miguel Pereira Caeiro.pdf.jpgTESE Rui Miguel Pereira Caeiro.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1317https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44603/5/TESE%20Rui%20Miguel%20Pereira%20Caeiro.pdf.jpgfe2e5dafda12ecf50786cdb60771c764MD55ORIGINALTESE Rui Miguel Pereira Caeiro.pdfTESE Rui Miguel Pereira Caeiro.pdfapplication/pdf4313585https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44603/1/TESE%20Rui%20Miguel%20Pereira%20Caeiro.pdf7b49d047b0418200c8e7039603bc802dMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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