A Moral Cartesiana no Discurso do Método
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17504 |
Resumo: | O presente trabalho tem como escopo uma abordagem da moral cartesiana encontrada no Discurso Sobre o Método; pretendemos discutir o conceito de morale par provision estabelecido por Descartes como o código moral que ele pretende seguir na condução de sua vida e mostraremos que as declarações de Descartes na sexta parte do Discurso são o resultado dessa moral. Para evitar a irresolução na vida prática, esse código deveria possibilitar a Descartes tomar sempre a decisão melhor possível. Sua fundamentação, diz Descartes, está no fato de que ele tirou essas máximas do método exposto na segunda parte desse mesmo texto. Inicialmente fazemos uma breve genealogia do método, comparando-o com aquele exposto nas Regulae ad Directionem Ingenii. Mostrado que o método de Descartes não sofre alterações significativas entre as Regulae e o Discurso, o nosso texto passa então a uma análise das quatro máximas morais à luz do método, buscando verificar a possibilidade de afirmar, como quis Descartes, que esse código moral foi extraído do método. O texto segue então sua análise voltando-se agora para o conceito e significado da morale par provision. Qual teria sido a intenção de Descartes em acrescentar o par provision após decidir falar no texto sobre sua moral? A essa altura discute-se se esse termo teria o sentido de provisório/temporário, opinião muito aceita entre os ―cartesianos‖ dedicados a esse tema; ou se teria o sentido de provedor/mantenedor, opinião da qual partilhamos e que oferecemos, além de uma fundamentação sustentada em importantes comentadores, nossa interpretação a cerca do tema. Discorrer-se-á ainda, sobre o alcance dessa moral provedora na sustentação das ações de Descartes como filósofo e homem de ciência. Por fim, pretendemos mostrar que há outros momentos na obra em que encontramos um traço moral, todavia, não no mesmo sentido que encontramos na terceira parte, haja visto que lá Descartes fundamenta os preceitos de sua moral, enquanto que (principalmente) na primeira e sexta parte do Discurso ele põe-na em prática a partir da produção filosófica e científica que é o Discurso e seus textos subsequentes. Por isso sustentamos, enfim, que o Discurso tem uma moral mais bem constituída e sólida do que comumente se tem defendido. |
id |
UFPE_ed67bd5d31c253872747d024eb72d920 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/17504 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
FONSECA, Cícero Laclércio Rodrigues dahttp://lattes.cnpq.br/7003274909129773http://lattes.cnpq.br/0725459534795685OLIVEIRA, Érico Andrade Marques de2016-07-21T14:17:22Z2016-07-21T14:17:22Z2015-08-25https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17504O presente trabalho tem como escopo uma abordagem da moral cartesiana encontrada no Discurso Sobre o Método; pretendemos discutir o conceito de morale par provision estabelecido por Descartes como o código moral que ele pretende seguir na condução de sua vida e mostraremos que as declarações de Descartes na sexta parte do Discurso são o resultado dessa moral. Para evitar a irresolução na vida prática, esse código deveria possibilitar a Descartes tomar sempre a decisão melhor possível. Sua fundamentação, diz Descartes, está no fato de que ele tirou essas máximas do método exposto na segunda parte desse mesmo texto. Inicialmente fazemos uma breve genealogia do método, comparando-o com aquele exposto nas Regulae ad Directionem Ingenii. Mostrado que o método de Descartes não sofre alterações significativas entre as Regulae e o Discurso, o nosso texto passa então a uma análise das quatro máximas morais à luz do método, buscando verificar a possibilidade de afirmar, como quis Descartes, que esse código moral foi extraído do método. O texto segue então sua análise voltando-se agora para o conceito e significado da morale par provision. Qual teria sido a intenção de Descartes em acrescentar o par provision após decidir falar no texto sobre sua moral? A essa altura discute-se se esse termo teria o sentido de provisório/temporário, opinião muito aceita entre os ―cartesianos‖ dedicados a esse tema; ou se teria o sentido de provedor/mantenedor, opinião da qual partilhamos e que oferecemos, além de uma fundamentação sustentada em importantes comentadores, nossa interpretação a cerca do tema. Discorrer-se-á ainda, sobre o alcance dessa moral provedora na sustentação das ações de Descartes como filósofo e homem de ciência. Por fim, pretendemos mostrar que há outros momentos na obra em que encontramos um traço moral, todavia, não no mesmo sentido que encontramos na terceira parte, haja visto que lá Descartes fundamenta os preceitos de sua moral, enquanto que (principalmente) na primeira e sexta parte do Discurso ele põe-na em prática a partir da produção filosófica e científica que é o Discurso e seus textos subsequentes. Por isso sustentamos, enfim, que o Discurso tem uma moral mais bem constituída e sólida do que comumente se tem defendido.CAPEsLe présent travail a pour finalité une abordage de la morale cartésienne rencontrée dans le Discours de la Méthode; nous souhaitons discuter le concept de morale par provision établi par Descartes comme le côde moral qu‘il prétend suivre à la conduite de sa vie et nous montrerons que les déclarations de Descartes à la sixième partie du Discours sont le résultat de cette morale. Pour éviter l‘irrésolution dans la vie pratique, ce code devrait permettre à Descartes de prendre toujours la meilleure décision possible. Son fondement, dit Descartes, est dans le fait qu‘il a obténu ces maximes de la méthode décrite dans la deuxième partie du même texte. Initialement nous faisons une brève généalogie de la méthode, la comparant avec à celle exposée dans Regulae ad Directionem Ingenii. En montrant que la méthode de Descartes ne subit pas des modifications importantes entre les Regulae et le Discours, notre texte passe alors à une analyse des quatre maximes morales à la lumière de la méthode, tout en cherchant à vérifier la possibilité d‘affirmer, comme voulu par Descartes, que ce côde moral a été extrait de la méthode. Le texte suit alors son analyse en se penchant maintenant vers le concept et le sens de la morale par provision. Quelle aurait été l'intention de Descartes à ajouter le par provision après avoir décider de parler dans le texte sur sa morale ? À ce stade, nous discutons si ce terme aurait le sens du provisoire/temporaire, une opinion très acceptée parmi les ―cartésiens‖ interessés à ce thème; ou s‘il aurait le sens de pourvoyeur/mainteneur, l‘opinion que nous partageons et que nous offrons, au-delà d‘un fondement soutenu par des commenteurs importants, notre interpretation concernant le sujet. Il sera discuté davantage sur la portée de ce moral pourvoyeur à l'appui des actions de Descartes comme un philosophe et homme de science. Enfin, nous avons l'intention de montrer qu'il ya d'autres moments dans l'oeuvre dans lesquels nous trouvons un trait moral, cependant, pas dans le même sens que l'on trouve dans la troisième partie, compte tenu du fait que Descartes fonde ses préceptes de morale, tandis que (surtout) dans la première et sixième partie du Discours qu'il en met en pratique a partir de la production philosophique et scientifique, qui est le Discours et ses textes subséquents. Aissim, nous soutenons finalment que, le Discours a une morale plus constituée et solide contrairement de la façon dont il s‘est couramment défendu.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em FilosofiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessDescartesDiscursoMétodoMoralDescartesDiscourseMéthodeMoraleA Moral Cartesiana no Discurso do Métodoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDissert_RodrigoLaclércio_BC.pdfDissert_RodrigoLaclércio_BC.pdfapplication/pdf1549443https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17504/1/Dissert_RodrigoLacl%c3%a9rcio_BC.pdf32be05c37a9c2114041601b9ae1e2093MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17504/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17504/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDissert_RodrigoLaclércio_BC.pdf.txtDissert_RodrigoLaclércio_BC.pdf.txtExtracted texttext/plain240019https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17504/4/Dissert_RodrigoLacl%c3%a9rcio_BC.pdf.txt7b57effa76e287b232d72a127b77deddMD54THUMBNAILDissert_RodrigoLaclércio_BC.pdf.jpgDissert_RodrigoLaclércio_BC.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1229https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17504/5/Dissert_RodrigoLacl%c3%a9rcio_BC.pdf.jpg21cbb8b820c08dcc2180bf8570f9fd0dMD55123456789/175042019-10-25 02:13:12.786oai:repositorio.ufpe.br:123456789/17504TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T05:13:12Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A Moral Cartesiana no Discurso do Método |
title |
A Moral Cartesiana no Discurso do Método |
spellingShingle |
A Moral Cartesiana no Discurso do Método FONSECA, Cícero Laclércio Rodrigues da Descartes Discurso Método Moral Descartes Discourse Méthode Morale |
title_short |
A Moral Cartesiana no Discurso do Método |
title_full |
A Moral Cartesiana no Discurso do Método |
title_fullStr |
A Moral Cartesiana no Discurso do Método |
title_full_unstemmed |
A Moral Cartesiana no Discurso do Método |
title_sort |
A Moral Cartesiana no Discurso do Método |
author |
FONSECA, Cícero Laclércio Rodrigues da |
author_facet |
FONSECA, Cícero Laclércio Rodrigues da |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7003274909129773 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0725459534795685 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
FONSECA, Cícero Laclércio Rodrigues da |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
OLIVEIRA, Érico Andrade Marques de |
contributor_str_mv |
OLIVEIRA, Érico Andrade Marques de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Descartes Discurso Método Moral Descartes Discourse Méthode Morale |
topic |
Descartes Discurso Método Moral Descartes Discourse Méthode Morale |
description |
O presente trabalho tem como escopo uma abordagem da moral cartesiana encontrada no Discurso Sobre o Método; pretendemos discutir o conceito de morale par provision estabelecido por Descartes como o código moral que ele pretende seguir na condução de sua vida e mostraremos que as declarações de Descartes na sexta parte do Discurso são o resultado dessa moral. Para evitar a irresolução na vida prática, esse código deveria possibilitar a Descartes tomar sempre a decisão melhor possível. Sua fundamentação, diz Descartes, está no fato de que ele tirou essas máximas do método exposto na segunda parte desse mesmo texto. Inicialmente fazemos uma breve genealogia do método, comparando-o com aquele exposto nas Regulae ad Directionem Ingenii. Mostrado que o método de Descartes não sofre alterações significativas entre as Regulae e o Discurso, o nosso texto passa então a uma análise das quatro máximas morais à luz do método, buscando verificar a possibilidade de afirmar, como quis Descartes, que esse código moral foi extraído do método. O texto segue então sua análise voltando-se agora para o conceito e significado da morale par provision. Qual teria sido a intenção de Descartes em acrescentar o par provision após decidir falar no texto sobre sua moral? A essa altura discute-se se esse termo teria o sentido de provisório/temporário, opinião muito aceita entre os ―cartesianos‖ dedicados a esse tema; ou se teria o sentido de provedor/mantenedor, opinião da qual partilhamos e que oferecemos, além de uma fundamentação sustentada em importantes comentadores, nossa interpretação a cerca do tema. Discorrer-se-á ainda, sobre o alcance dessa moral provedora na sustentação das ações de Descartes como filósofo e homem de ciência. Por fim, pretendemos mostrar que há outros momentos na obra em que encontramos um traço moral, todavia, não no mesmo sentido que encontramos na terceira parte, haja visto que lá Descartes fundamenta os preceitos de sua moral, enquanto que (principalmente) na primeira e sexta parte do Discurso ele põe-na em prática a partir da produção filosófica e científica que é o Discurso e seus textos subsequentes. Por isso sustentamos, enfim, que o Discurso tem uma moral mais bem constituída e sólida do que comumente se tem defendido. |
publishDate |
2015 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2015-08-25 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2016-07-21T14:17:22Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2016-07-21T14:17:22Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17504 |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17504 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Filosofia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17504/1/Dissert_RodrigoLacl%c3%a9rcio_BC.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17504/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17504/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17504/4/Dissert_RodrigoLacl%c3%a9rcio_BC.pdf.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17504/5/Dissert_RodrigoLacl%c3%a9rcio_BC.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
32be05c37a9c2114041601b9ae1e2093 66e71c371cc565284e70f40736c94386 4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08 7b57effa76e287b232d72a127b77dedd 21cbb8b820c08dcc2180bf8570f9fd0d |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310608242081792 |