Remoção de ácidos naftênicos em mistura modelo de querosene de aviação (Ácido n-dodecanóico em n-dodecano) por adsorção, utilizando novos materiais
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6173 |
Resumo: | A corrosão por ácidos naftênicos a altas temperaturas nas unidades de refino é um dos maiores problemas nas refinarias de todo o mundo, uma vez que, podem causar envenenamento de catalisadores e paradas operacionais de alto custo. Os ácidos naftênicos correspondem a uma mistura complexa de ácidos carboxílicos presentes no petróleo, responsáveis diretamente pela sua acidez e corrosividade. Tais compostos também estão presentes nas frações destiladas do petróleo, causando diversos problemas na qualidade final do produto. Dentre estas frações do petróleo pode-se destacar o querosene de aviação (QAV) que é produzido através do fracionamento por destilação à pressão atmosférica. Os óleos nacionais estão cada vez mais ácidos, estimulando a busca por novos e eficientes métodos de mitigação. Métodos propostos por estudos científicos e industriais para minimizar a corrosão provocada por ácidos naftênicos vêm apresentando custos elevados e problemas de operação. O processo de adsorção tem a vantagem da possibilidade de recuperação dos ácidos orgânicos, que são precursores de surfactantes e aditivos para lubrificantes, não havendo formação de resíduos poluentes e contribuindo com o meio ambiente. As peneiras moleculares mesoporosas (MCM-41) vêm despertando grande interesse na comunidade científica em função da perspectiva da sua aplicação em processos de adsorção e catálise. A fim de reduzir o alto custo dos processos de separação por adsorção, principalmente devido ao elevado valor de alguns adsorventes, a utilização de resíduos agroindustriais como adsorventes vem se destacando como método alternativo. O objetivo deste trabalho foi a remoção da acidez naftênica de uma mistura modelo de QAV (ácido dodecanóico em ndodecano) com uso do adsorvente Sr-MCM-41 e de adsorvente preparado a partir de resíduo agroindustrial. No presente trabalho foi sintetizada a peneira molecular mesoporosa Sr-MCM- 41, na qual a incorporação do estrôncio resultou no aumento da basicidade do material e consequentemente da sua afinidade pelos ácidos. O adsorvente Sr-MCM-41 foi caracterizado por análise termogravimétrica (TG) e termogravimétrica diferencial (DTG), difração de raios- X (DRX), medida de área superficial por adsorção de N2 (BET), espectrometria de emissão óptica com plasma indutivamente acoplado (ICP-OES) e espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (FT-IR). Os resultados da caracterização deste material indicaram que a incorporação do estrôncio não comprometeu a estrutura mesoporosa e que os materiais sintetizados apresentaram um bom grau de organização. Foi utilizada a técnica de planejamento fatorial para otimização do processo adsortivo visando a determinação das melhores condições de operação. Em seguida foram realizados estudos de cinética e equilíbrio de adsorção com o adsorvente Sr-MCM-41, obtendo-se como capacidade máxima adsortiva 2,0 gácido.g-1 adsorvente, a partir do estudo de equilíbrio de adsorção. Os dados de equilíbrio foram ajustados a isoterma de BET tipo IV. A cinética de adsorção foi modelada considerando-se um modelo de força motriz linear. Também foi preparado o carvão ativado a partir da casca da laranja, o qual foi caracterizado através da medida de área superficial por adsorção de N2 (BET) apresentando isoterma do tipo I, característica de materiais microporosos e foram realizados testes para avaliação de sua capacidade adsortiva que foi em torno de 0,40 gácido.g-1 adsorvente. O estudo de adsorção utilizando a Sr-MCM-41 apresentou significativa eficiência, uma vez que o adsorvente apresentou uma alta capacidade adsortiva. Para o adsorvente carvão ativado preparado a partir da casca da laranja constatou-se a potencialidade de sua aplicação por ser um resíduo agroindustrial, porém, verificou-se a necessidade de um estudo mais detalhado |
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Elisandra Do Nascimento, GrazieleMaria Bezerra De Menezes, Celmy 2014-06-12T18:02:35Z2014-06-12T18:02:35Z2011-01-31Elisandra Do Nascimento, Graziele; Maria Bezerra De Menezes, Celmy. Remoção de ácidos naftênicos em mistura modelo de querosene de aviação (Ácido n-dodecanóico em n-dodecano) por adsorção, utilizando novos materiais. 2011. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6173ark:/64986/001300000rnkqA corrosão por ácidos naftênicos a altas temperaturas nas unidades de refino é um dos maiores problemas nas refinarias de todo o mundo, uma vez que, podem causar envenenamento de catalisadores e paradas operacionais de alto custo. Os ácidos naftênicos correspondem a uma mistura complexa de ácidos carboxílicos presentes no petróleo, responsáveis diretamente pela sua acidez e corrosividade. Tais compostos também estão presentes nas frações destiladas do petróleo, causando diversos problemas na qualidade final do produto. Dentre estas frações do petróleo pode-se destacar o querosene de aviação (QAV) que é produzido através do fracionamento por destilação à pressão atmosférica. Os óleos nacionais estão cada vez mais ácidos, estimulando a busca por novos e eficientes métodos de mitigação. Métodos propostos por estudos científicos e industriais para minimizar a corrosão provocada por ácidos naftênicos vêm apresentando custos elevados e problemas de operação. O processo de adsorção tem a vantagem da possibilidade de recuperação dos ácidos orgânicos, que são precursores de surfactantes e aditivos para lubrificantes, não havendo formação de resíduos poluentes e contribuindo com o meio ambiente. As peneiras moleculares mesoporosas (MCM-41) vêm despertando grande interesse na comunidade científica em função da perspectiva da sua aplicação em processos de adsorção e catálise. A fim de reduzir o alto custo dos processos de separação por adsorção, principalmente devido ao elevado valor de alguns adsorventes, a utilização de resíduos agroindustriais como adsorventes vem se destacando como método alternativo. O objetivo deste trabalho foi a remoção da acidez naftênica de uma mistura modelo de QAV (ácido dodecanóico em ndodecano) com uso do adsorvente Sr-MCM-41 e de adsorvente preparado a partir de resíduo agroindustrial. No presente trabalho foi sintetizada a peneira molecular mesoporosa Sr-MCM- 41, na qual a incorporação do estrôncio resultou no aumento da basicidade do material e consequentemente da sua afinidade pelos ácidos. O adsorvente Sr-MCM-41 foi caracterizado por análise termogravimétrica (TG) e termogravimétrica diferencial (DTG), difração de raios- X (DRX), medida de área superficial por adsorção de N2 (BET), espectrometria de emissão óptica com plasma indutivamente acoplado (ICP-OES) e espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (FT-IR). Os resultados da caracterização deste material indicaram que a incorporação do estrôncio não comprometeu a estrutura mesoporosa e que os materiais sintetizados apresentaram um bom grau de organização. Foi utilizada a técnica de planejamento fatorial para otimização do processo adsortivo visando a determinação das melhores condições de operação. Em seguida foram realizados estudos de cinética e equilíbrio de adsorção com o adsorvente Sr-MCM-41, obtendo-se como capacidade máxima adsortiva 2,0 gácido.g-1 adsorvente, a partir do estudo de equilíbrio de adsorção. Os dados de equilíbrio foram ajustados a isoterma de BET tipo IV. A cinética de adsorção foi modelada considerando-se um modelo de força motriz linear. Também foi preparado o carvão ativado a partir da casca da laranja, o qual foi caracterizado através da medida de área superficial por adsorção de N2 (BET) apresentando isoterma do tipo I, característica de materiais microporosos e foram realizados testes para avaliação de sua capacidade adsortiva que foi em torno de 0,40 gácido.g-1 adsorvente. O estudo de adsorção utilizando a Sr-MCM-41 apresentou significativa eficiência, uma vez que o adsorvente apresentou uma alta capacidade adsortiva. Para o adsorvente carvão ativado preparado a partir da casca da laranja constatou-se a potencialidade de sua aplicação por ser um resíduo agroindustrial, porém, verificou-se a necessidade de um estudo mais detalhadoConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessSr-MCM-41AdsorçãoQAVRemoção de ácidos naftênicos em mistura modelo de querosene de aviação (Ácido n-dodecanóico em n-dodecano) por adsorção, utilizando novos materiaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo164_1.pdf.jpgarquivo164_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2005https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6173/4/arquivo164_1.pdf.jpg156bf12076b34992016ceaeaf3dc5241MD54ORIGINALarquivo164_1.pdfapplication/pdf3053526https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6173/1/arquivo164_1.pdf2e5eafdf454df7889e3e5ba1c87ceb2aMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6173/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo164_1.pdf.txtarquivo164_1.pdf.txtExtracted texttext/plain201661https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6173/3/arquivo164_1.pdf.txtfd6789d549d8f95be6c370c544ad568eMD53123456789/61732019-10-25 03:33:32.25oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6173Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T06:33:32Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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