Abuso sexual infantil: sentidos compartilhados por professores
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24319 |
Resumo: | O abuso sexual infantil tornou-se um problema de saúde pública, que perpassa diferentes classes sociais, culturas, etnias e relações de gênero. O objetivo desta pesquisa foi compreender como professores de Educação Infantil representam o abuso sexual de crianças nessa etapa de escolarização. O estudo parte do pressuposto de que a escola se mostra como um ambiente com alto potencial de detecção do abuso sexual infantil, mas os professores não se sentem preparados para detectar o abuso e agir diante de tais situações. Nesta investigação, a infância é compreendida como uma construção histórica, social e psicológica, e não como um dado puramente biológico. O abuso sexual, por sua vez, constitui-se como um jogo desigual de poder em que alguém em uma posição de autoridade aproveita-se de outra para satisfação de seus interesses sexuais. O referencial teórico-metodológico da investigação foi a Teoria das Representações Sociais, originada por Serge Moscovici, particularmente, a abordagem estrutural das Representações Sociais, que tem Jean Claude Abric como um de seus principais expoentes. Conforme esta abordagem, as Representações Sociais se organizam a partir de um núcleo central (em que se encontram os elementos mais normativos e resistentes à mudança) e de um sistema periférico (com elementos que contextualizam e atualizam constantemente as representações). A metodologia adotada está circunscrita na abordagem qualitativa e foi desenvolvida em duas etapas. Participaram da primeira etapa 44 professoras, que responderam a um questionário contendo dois testes de associação livre de palavras, cuja análise foi desenvolvida a partir de quadros de quatro casas, tendo sido utilizado o software EVOC. Na segunda etapa, integrou o estudo um subgrupo de três professoras participantes da primeira. Nessa última fase, utilizamos um instrumento projetivo inspirado no Jogo de Areia. Os dados da segunda etapa da coleta de dados foram submetidos à Análise de Conteúdo Categorial. Os resultados da pesquisa apontaram para um conteúdo das representações de abuso sexual na educação infantil voltado para elementos que tratavam da vítima, do agressor, do professor que convive com crianças que são possíveis vítimas de abuso sexual e de outros atores envolvidos nesse processo, principalmente a família, associando-a à negligência. O núcleo central evidenciou a violência envolvida no abuso que destrói a inocência da criança e a revolta que os professores sentem em virtude disso. Considerando que a escola pode ser um local propício para o enfrentamento do abuso sexual infantil, os resultados desta pesquisa não são promissores. Constatamos que as professoras, embora tenham a sensibilidade necessária para detectar o problema não se sentem preparadas para enfrentar a situação, que é extremamente complexa e desafiadora. |
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FREIRE, Suelen Batistahttp://lattes.cnpq.br/9437971104808423http://lattes.cnpq.br/6311786387582869MACHADO, Laeda Bezerra2018-04-16T19:47:53Z2018-04-16T19:47:53Z2016-09-30https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24319ark:/64986/0013000004zjfO abuso sexual infantil tornou-se um problema de saúde pública, que perpassa diferentes classes sociais, culturas, etnias e relações de gênero. O objetivo desta pesquisa foi compreender como professores de Educação Infantil representam o abuso sexual de crianças nessa etapa de escolarização. O estudo parte do pressuposto de que a escola se mostra como um ambiente com alto potencial de detecção do abuso sexual infantil, mas os professores não se sentem preparados para detectar o abuso e agir diante de tais situações. Nesta investigação, a infância é compreendida como uma construção histórica, social e psicológica, e não como um dado puramente biológico. O abuso sexual, por sua vez, constitui-se como um jogo desigual de poder em que alguém em uma posição de autoridade aproveita-se de outra para satisfação de seus interesses sexuais. O referencial teórico-metodológico da investigação foi a Teoria das Representações Sociais, originada por Serge Moscovici, particularmente, a abordagem estrutural das Representações Sociais, que tem Jean Claude Abric como um de seus principais expoentes. Conforme esta abordagem, as Representações Sociais se organizam a partir de um núcleo central (em que se encontram os elementos mais normativos e resistentes à mudança) e de um sistema periférico (com elementos que contextualizam e atualizam constantemente as representações). A metodologia adotada está circunscrita na abordagem qualitativa e foi desenvolvida em duas etapas. Participaram da primeira etapa 44 professoras, que responderam a um questionário contendo dois testes de associação livre de palavras, cuja análise foi desenvolvida a partir de quadros de quatro casas, tendo sido utilizado o software EVOC. Na segunda etapa, integrou o estudo um subgrupo de três professoras participantes da primeira. Nessa última fase, utilizamos um instrumento projetivo inspirado no Jogo de Areia. Os dados da segunda etapa da coleta de dados foram submetidos à Análise de Conteúdo Categorial. Os resultados da pesquisa apontaram para um conteúdo das representações de abuso sexual na educação infantil voltado para elementos que tratavam da vítima, do agressor, do professor que convive com crianças que são possíveis vítimas de abuso sexual e de outros atores envolvidos nesse processo, principalmente a família, associando-a à negligência. O núcleo central evidenciou a violência envolvida no abuso que destrói a inocência da criança e a revolta que os professores sentem em virtude disso. Considerando que a escola pode ser um local propício para o enfrentamento do abuso sexual infantil, os resultados desta pesquisa não são promissores. Constatamos que as professoras, embora tenham a sensibilidade necessária para detectar o problema não se sentem preparadas para enfrentar a situação, que é extremamente complexa e desafiadora.FACEPEChild sexual abuse has become a public health problem that includes different social classes, cultures, ethnicities and gender relations. The objective of this research was to understand how childhood education teachers represent the sexual abuse of children in this school stage. The study assumes that the school appears as an environment with high potential detection of child sexual abuse, but teachers do not feel prepared to detect abuse and act before such situations. In this research, childhood is understood as a historical, social and psychological construction, and not as a purely biological data. Sexual abuse, in turn, is constituted as an unequal power play in which someone in a position of authority takes advantage of another to satisfy his sexual interests. The theoretical framework of the investigation was the Theory of Social Representations, originated by Serge Moscovici, particularly the structural approach of social representations, which has Jean Claude Abric as one of its leading exponents. Under this approach, the social representations are organized from a central core (they are in the most normative elements and resistant to change) and a peripheral system (with elements that contextualize and constantly update the representations). The methodology is based in the qualitative approach and was developed in two stages. They participated in the first stage 44 teachers who responded to a questionnaire containing two free association tests of words, whose analysis was developed from four houses frames (EVOC software was used). In the second stage, joined the study a subset of three participants of the first teachers. In this last stage, we use a projective instrument inspired by the Sandplay. The data of the second stage of data collection were submitted to Categorical Content Analysis. The survey results pointed to a content of sexual abuse of representations in early childhood education facing elements who treated the victim, the aggressor, the teacher who lives with children who are possible victims of sexual abuse and other actors involved in this process, especially family, associating it with neglect. The central core showed the violence involved in the abuse that destroys the innocence of children and the revolt that teachers feel because of it. Whereas the school can be a place conducive to confront child sexual abuse, the results of this research are not promising. We found that the teachers, although they have the sensitivity required to detect the problem do not feel prepared to face the situation, which is extremely complex and challenging.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em EducacaoUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCrime sexual contra as criançasCrianças maltratadas sexualmenteRepresentações sociaisUFPE - Pós-graduaçãoAbuso sexual infantil: sentidos compartilhados por professoresinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Suelen Batista Freire.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Suelen Batista Freire.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1208https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/24319/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Suelen%20Batista%20Freire.pdf.jpg2aa4443c1e96c174f22f64bd5c080304MD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Suelen Batista Freire.pdfDISSERTAÇÃO Suelen Batista Freire.pdfapplication/pdf4347042https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/24319/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Suelen%20Batista%20Freire.pdf21ca16b5431dc49491858d98104772e0MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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