Rio Jaguaribe, das entradas aos açudes : a guerra como fundamento da formação territorial do Ceará
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51317 |
Resumo: | O Rio Jaguaribe está localizado no Estado do Ceará e perfaz uma bacia hidrográfica que abrange mais da metade do território do referido Estado. O local de seu nascedouro ocorre nas fontes do Rio Carrapateira no limite do município de Mombaça/CE, seu alto curso termina no local de encontro com os aportes hídricos recebidos pela sub-bacia do Rio Salgado advindos da Chapada do Araripe. Seu médio curso culmina na formação de grandes reservatórios que acumulam águas advindas de outra sub-bacia, Banabuiú, e do Salgado. Seu baixo curso segue a depressão sertaneja tendo foz no Atlântico entre os municípios de Fortim e Aracati. O Jaguaribe possui hoje um percurso controlado por 80 reservatório de água e três transposições de bacias hidrográficas, grandes projetos que culminam os cem anos de obras de enfrentamentos às secas que consolidaram a Solução Hidráulica e a Vocação Agrícola como duas ideologias espaciais definidoras da atuação do Estado. Esse estudo analisa a formação territorial do Ceará a partir dos processos de controle territorial do Rio Jaguaribe, manuseia conceitos como Bacia Hidrográfica e Ciclo Hidrológico a partir de um viés territorial buscando entender a territorialização do capitalismo e a formação do Estado territorial. A pesquisa parte do pressuposto que é possível entender a dinâmica de produção da sociedade capitalista a partir das águas e objetiva mais especificamente analisar a dinâmica de realização dos rios na constituição das Geografias originárias nos sertões e a guerra como imperativo espacial da Geografia colonial; investigar os sentidos territoriais da colonialidade do poder e o lugar dos rios nos sertões como caminhos de entrada e instrumentos de reprodução da Geografia colonial; analisar as estratégias de gestão territorial do Jaguaribe como fundamento da formação do Estado territorial. O estudo conclui que os rios, no processo de expansão territorial da colonização, não foram mobilizados apenas como caminhos de entradas, a imposição de uma cognição da dinâmica desses pela Coroa foi fundamental para produzir uma sociedade colonial nos sertões. Para ocupar, sinalizar e ordenar o território, fundar na sequência vilas de índios, as primeiras vilas coloniais e consolidar extrações econômicas utilizando a força dos rios dominados, foi necessário instituir um novo regime de origem e criação desses rios fazendo com que suas águas movessem a expansão de uma outra razão de entendimento da natureza. O estudo analisa as guerras coloniais em suas dimensões produtivas e financeiras; consolidando- se como um instrumento de produção de riqueza no Novo Mundo, a conversão dos rios em mecânica de entradas só foi possível com a imposição de uma guerra contínua que fez dos aldeamentos e das primeiras vilas instrumentos territoriais de reelaboração do extermínio, confinamento e redução como instrumentos de territorialização do Estado e de formação da sociedade senhorial. Das entradas até a construção dos primeiros grandes açudes, o autor analisa como o controle e comportamento do Rio Jaguaribe se constituiu como um instrumento fundamental de gestão da força de trabalho e formação da ordem social latifundiária. |
id |
UFPE_f55794225e6c58b084c8362dc2b1704a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/51317 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
BRITO, Anderson Camargo Rodrigueshttp://lattes.cnpq.br/7935190017984212http://lattes.cnpq.br/9294713752237494http://lattes.cnpq.br/3149618278772704GONÇALVES, Claudio UbiratanCOSTA, André Monteiro2023-06-28T13:10:01Z2023-06-28T13:10:01Z2023-03-02BRITO, Anderson Camargo Rodrigues. Rio Jaguaribe, das entradas aos açudes: a guerra como fundamento da formação territorial do Ceará. 2023. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51317O Rio Jaguaribe está localizado no Estado do Ceará e perfaz uma bacia hidrográfica que abrange mais da metade do território do referido Estado. O local de seu nascedouro ocorre nas fontes do Rio Carrapateira no limite do município de Mombaça/CE, seu alto curso termina no local de encontro com os aportes hídricos recebidos pela sub-bacia do Rio Salgado advindos da Chapada do Araripe. Seu médio curso culmina na formação de grandes reservatórios que acumulam águas advindas de outra sub-bacia, Banabuiú, e do Salgado. Seu baixo curso segue a depressão sertaneja tendo foz no Atlântico entre os municípios de Fortim e Aracati. O Jaguaribe possui hoje um percurso controlado por 80 reservatório de água e três transposições de bacias hidrográficas, grandes projetos que culminam os cem anos de obras de enfrentamentos às secas que consolidaram a Solução Hidráulica e a Vocação Agrícola como duas ideologias espaciais definidoras da atuação do Estado. Esse estudo analisa a formação territorial do Ceará a partir dos processos de controle territorial do Rio Jaguaribe, manuseia conceitos como Bacia Hidrográfica e Ciclo Hidrológico a partir de um viés territorial buscando entender a territorialização do capitalismo e a formação do Estado territorial. A pesquisa parte do pressuposto que é possível entender a dinâmica de produção da sociedade capitalista a partir das águas e objetiva mais especificamente analisar a dinâmica de realização dos rios na constituição das Geografias originárias nos sertões e a guerra como imperativo espacial da Geografia colonial; investigar os sentidos territoriais da colonialidade do poder e o lugar dos rios nos sertões como caminhos de entrada e instrumentos de reprodução da Geografia colonial; analisar as estratégias de gestão territorial do Jaguaribe como fundamento da formação do Estado territorial. O estudo conclui que os rios, no processo de expansão territorial da colonização, não foram mobilizados apenas como caminhos de entradas, a imposição de uma cognição da dinâmica desses pela Coroa foi fundamental para produzir uma sociedade colonial nos sertões. Para ocupar, sinalizar e ordenar o território, fundar na sequência vilas de índios, as primeiras vilas coloniais e consolidar extrações econômicas utilizando a força dos rios dominados, foi necessário instituir um novo regime de origem e criação desses rios fazendo com que suas águas movessem a expansão de uma outra razão de entendimento da natureza. O estudo analisa as guerras coloniais em suas dimensões produtivas e financeiras; consolidando- se como um instrumento de produção de riqueza no Novo Mundo, a conversão dos rios em mecânica de entradas só foi possível com a imposição de uma guerra contínua que fez dos aldeamentos e das primeiras vilas instrumentos territoriais de reelaboração do extermínio, confinamento e redução como instrumentos de territorialização do Estado e de formação da sociedade senhorial. Das entradas até a construção dos primeiros grandes açudes, o autor analisa como o controle e comportamento do Rio Jaguaribe se constituiu como um instrumento fundamental de gestão da força de trabalho e formação da ordem social latifundiária.CAPESThe Jaguaribe River is located in the State of Ceará and forms a hydrographic basin that covers more than half of the territory of that state. Its source is located in the sources of the Carrapateira River on the boundary of the municipality of Mombaça/CE, its upper course ends at the meeting place with the water inputs received by the Salgado River sub-basin from Chapada do Araripe. Its mid-course culminates in the formation of large reservoirs that accumulate water from another sub-basin, Banabuiú, and from Salgado. Its lower course follows the sertaneja depression having its mouth in the Atlantic between the municipalities of Fortim and Aracati. Today, the Jaguaribe has a route controlled by 80 water reservoirs and three transpositions of hydrographic basins, major projects that culminate the hundred years of work to combat droughts that consolidated the Hydraulic Solution and the Agricultural Vocation as two spatial ideologies that define State action. This study analyzes the territorial formation of Ceará from the territorial control processes of the Jaguaribe River, handles concepts such as Hydrographic Basin and Hydrological Cycle from a territorial bias seeking to understand the territorialization of capitalism and the formation of the territorial State. The research assumes that it is possible to understand the dynamics of production of capitalist society from the waters and more specifically aims to analyze the dynamics of realization of rivers in the constitution of original geographies in the backlands and war as a spatial imperative of colonial geography; to investigate the territorial meanings of the coloniality of power and the place of rivers in the hinterlands as entry ways and instruments for the reproduction of colonial Geography; to analyze Jaguaribe's territorial management strategies as the basis for the formation of the territorial State. The study concludes that the rivers, in the process of territorial expansion of colonization, were not mobilized only as entry ways, the imposition of a cognition of their dynamics by the Crown was fundamental to produce a colonial society in the sertões. In order to occupy, signalize and organize the territory, to found indian villages, the first colonial villages and to consolidate economic extractions using the power of the dominated rivers, it was necessary to institute a new regime of origin and creation of these rivers, making their waters move the expansion of another reason for understanding nature. The study analyzes colonial wars in their productive and financial dimensions; consolidating itself as an instrument of wealth production in the New World, the conversion of rivers into input mechanics was only possible with the imposition of a continuous war that made the villages and the first villages territorial instruments for the re-elaboration of the extermination, confinement and reduction as instruments for the territorialization of the State and the formation of a manorial society. From the entrances to the construction of the first large dams, the author analyzes how the control and behavior of the Jaguaribe River was constituted as a fundamental instrument for the management of the labor force and the formation of the latifundium social order.El Río Jaguaribe está ubicado en el Estado de Ceará y conforma una cuenca hidrográfica que cubre más de la mitad del territorio de ese Estado. Su nacimiento está ubicado en las fuentes del río Carrapateira en el límite del municipio de Mombaça/CE, su curso superior termina en el lugar de encuentro con las entradas de agua recibidas por la subcuenca del río Salgado de Chapada do Araripe. Su curso medio culmina con la formación de grandes embalses que acumulan agua de otra subcuenca, Banabuiú, y de Salgado. Su curso bajo sigue la depresión sertaneja que tiene desembocadura en el Atlántico entre los municipios de Fortim y Aracati. El Jaguaribe cuenta ahora con una ruta controlada por 80 reservorios de agua y tres transmisiones de cuencas, grandes proyectos que culminan los cien años de obras para hacer frente a las sequías que consolidaron la solución Hidráulica y la vocación agrícola como dos ideologías espaciales que definen la acción del estado. Este estudio analiza la formación territorial de Ceará a partir de los procesos de control territorial del río Jaguaribe, maneja conceptos como cuenca hidrográfica y ciclo hidrológico desde un sesgo territorial buscando comprender la territorialización del capitalismo y la formación del estado territorial. La investigación asume que es posible comprender la dinámica de producción de la sociedad capitalista a partir de las aguas y apunta más específicamente a analizar la dinámica de realización de los ríos en la constitución de las geografías originales en los sertones y la guerra como un imperativo espacial de la geografía colonial; investigar los significados territoriales de la colonialidad del poder y el lugar de los ríos en los sertones como caminos de entrada e instrumentos de reproducción de la geografía colonial; Analizar las estrategias de gestión territorial del Jaguaribe como base para la formación del Estado territorial. El estudio concluye que los ríos, en el proceso de expansión territorial de la colonización, no se movilizaron solo como caminos de entrada, la imposición de una cognición de la dinámica de estos por parte de la Corona fue fundamental para producir una sociedad colonial en los sertones. Para ocupar, señalizar y ordenar el territorio, luego fundar aldeas indigenas, las primeras aldeas coloniales y consolidar extracciones económicas utilizando la fuerza de los ríos dominados, fue necesario instituir un nuevo régimen de origen y creación de estos ríos haciendo que sus aguas muevan la expansión de otra razón para entender la naturaleza. El estudio analiza las guerras coloniales en sus dimensiones productivas y financieras; consolidándose como instrumento de producción de riqueza en el Nuevo Mundo, la conversión de ríos en mecánica de entradas sólo fue posible con la imposición de una guerra continua que convirtió a los asentamientos indigenas y a los primeros pueblos en instrumentos territoriales de reelaboración del exterminio, confinamiento y reducción como instrumentos de territorialización del Estado y formación de la sociedad señorial. Desde las entradas hasta la construcción de los primeros grandes embalses, el autor analiza cómo el control y comportamiento del río Jaguaribe constituyó como un instrumento fundamental para la gestión de la fuerza de trabajo y la formación del orden social de los terratenientes.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em GeografiaUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessGeografiaJaguaribe, Rio (CE)CearáFormação territorialGuerras dos BárbarosGuerras coloniaisSertãoRio Jaguaribe, das entradas aos açudes : a guerra como fundamento da formação territorial do Cearáinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETEXTTESE Anderson Camargo Rodrigues Brito.pdf.txtTESE Anderson Camargo Rodrigues Brito.pdf.txtExtracted texttext/plain872192https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51317/4/TESE%20Anderson%20Camargo%20Rodrigues%20Brito.pdf.txtf793905cfef65be50eaa9fe289761428MD54THUMBNAILTESE Anderson Camargo Rodrigues Brito.pdf.jpgTESE Anderson Camargo Rodrigues Brito.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1195https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51317/5/TESE%20Anderson%20Camargo%20Rodrigues%20Brito.pdf.jpg9fc17ef7c178f0917ca6718cbb90edfaMD55ORIGINALTESE Anderson Camargo Rodrigues Brito.pdfTESE Anderson Camargo Rodrigues Brito.pdfapplication/pdf4396762https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51317/1/TESE%20Anderson%20Camargo%20Rodrigues%20Brito.pdf74509ae5201102fd1db0b33b8fe8ef67MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51317/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51317/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53123456789/513172023-06-29 03:43:23.421oai:repositorio.ufpe.br:123456789/51317VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2l6YcOnw6NvIGRlIERvY3VtZW50b3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRQoKCkRlY2xhcm8gZXN0YXIgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBlc3RlIFRlcm1vIGRlIERlcMOzc2l0byBMZWdhbCBlIEF1dG9yaXphw6fDo28gdGVtIG8gb2JqZXRpdm8gZGUgZGl2dWxnYcOnw6NvIGRvcyBkb2N1bWVudG9zIGRlcG9zaXRhZG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgZSBkZWNsYXJvIHF1ZToKCkkgLSBvcyBkYWRvcyBwcmVlbmNoaWRvcyBubyBmb3JtdWzDoXJpbyBkZSBkZXDDs3NpdG8gc8OjbyB2ZXJkYWRlaXJvcyBlIGF1dMOqbnRpY29zOwoKSUkgLSAgbyBjb250ZcO6ZG8gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIMOpIGRlIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUgZGUgc3VhIGF1dG9yaWE7CgpJSUkgLSBvIGNvbnRlw7pkbyDDqSBvcmlnaW5hbCwgZSBzZSBvIHRyYWJhbGhvIGUvb3UgcGFsYXZyYXMgZGUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgZm9yYW0gdXRpbGl6YWRvcywgZXN0YXMgZm9yYW0gZGV2aWRhbWVudGUgcmVjb25oZWNpZGFzOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIG9icmEgY29sZXRpdmEgKG1haXMgZGUgdW0gYXV0b3IpOiB0b2RvcyBvcyBhdXRvcmVzIGVzdMOjbyBjaWVudGVzIGRvIGRlcMOzc2l0byBlIGRlIGFjb3JkbyBjb20gZXN0ZSB0ZXJtbzsKClYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gY29ycmVzcG9uZGUgw6AgdmVyc8OjbyBmaW5hbCBkbyB0cmFiYWxobzsKClZJIC0gcXVhbmRvIHRyYXRhci1zZSBkZSBUcmFiYWxobyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvLCBEaXNzZXJ0YcOnw6NvIG91IFRlc2U6IGVzdG91IGNpZW50ZSBkZSBxdWUgYSBhbHRlcmHDp8OjbyBkYSBtb2RhbGlkYWRlIGRlIGFjZXNzbyBhbyBkb2N1bWVudG8gYXDDs3MgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBhbnRlcyBkZSBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvLCBxdWFuZG8gZm9yIGVzY29saGlkbyBhY2Vzc28gcmVzdHJpdG8sIHNlcsOhIHBlcm1pdGlkYSBtZWRpYW50ZSBzb2xpY2l0YcOnw6NvIGRvIChhKSBhdXRvciAoYSkgYW8gU2lzdGVtYSBJbnRlZ3JhZG8gZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVUZQRSAoU0lCL1VGUEUpLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvOgoKTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIGF1dG9yIHF1ZSByZWNhZW0gc29icmUgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGZ1bmRhbWVudGFkbyBuYSBMZWkgZGUgRGlyZWl0byBBdXRvcmFsIG5vIDkuNjEwLCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIGEgcGFydGlyIGRhIGRhdGEgZGUgZGVww7NzaXRvLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gUmVzdHJpdG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAgZGUgMTkgZGUgZmV2ZXJlaXJvIGRlIDE5OTgsIGFydC4gMjksIGluY2lzbyBJSUksIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVybmFtYnVjbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCAoYXF1aXNpw6fDo28pIGF0cmF2w6lzIGRvIHNpdGUgZG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBubyBlbmRlcmXDp28gaHR0cDovL3d3dy5yZXBvc2l0b3Jpby51ZnBlLmJyLCBxdWFuZG8gZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgZW1iYXJnbyBjb25kaXplbnRlIGFvIHRpcG8gZGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb25mb3JtZSBpbmRpY2FkbyBubyBjYW1wbyBEYXRhIGRlIEVtYmFyZ28uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212023-06-29T06:43:23Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Rio Jaguaribe, das entradas aos açudes : a guerra como fundamento da formação territorial do Ceará |
title |
Rio Jaguaribe, das entradas aos açudes : a guerra como fundamento da formação territorial do Ceará |
spellingShingle |
Rio Jaguaribe, das entradas aos açudes : a guerra como fundamento da formação territorial do Ceará BRITO, Anderson Camargo Rodrigues Geografia Jaguaribe, Rio (CE) Ceará Formação territorial Guerras dos Bárbaros Guerras coloniais Sertão |
title_short |
Rio Jaguaribe, das entradas aos açudes : a guerra como fundamento da formação territorial do Ceará |
title_full |
Rio Jaguaribe, das entradas aos açudes : a guerra como fundamento da formação territorial do Ceará |
title_fullStr |
Rio Jaguaribe, das entradas aos açudes : a guerra como fundamento da formação territorial do Ceará |
title_full_unstemmed |
Rio Jaguaribe, das entradas aos açudes : a guerra como fundamento da formação territorial do Ceará |
title_sort |
Rio Jaguaribe, das entradas aos açudes : a guerra como fundamento da formação territorial do Ceará |
author |
BRITO, Anderson Camargo Rodrigues |
author_facet |
BRITO, Anderson Camargo Rodrigues |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7935190017984212 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/9294713752237494 |
dc.contributor.advisor-coLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3149618278772704 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
BRITO, Anderson Camargo Rodrigues |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
GONÇALVES, Claudio Ubiratan |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
COSTA, André Monteiro |
contributor_str_mv |
GONÇALVES, Claudio Ubiratan COSTA, André Monteiro |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Geografia Jaguaribe, Rio (CE) Ceará Formação territorial Guerras dos Bárbaros Guerras coloniais Sertão |
topic |
Geografia Jaguaribe, Rio (CE) Ceará Formação territorial Guerras dos Bárbaros Guerras coloniais Sertão |
description |
O Rio Jaguaribe está localizado no Estado do Ceará e perfaz uma bacia hidrográfica que abrange mais da metade do território do referido Estado. O local de seu nascedouro ocorre nas fontes do Rio Carrapateira no limite do município de Mombaça/CE, seu alto curso termina no local de encontro com os aportes hídricos recebidos pela sub-bacia do Rio Salgado advindos da Chapada do Araripe. Seu médio curso culmina na formação de grandes reservatórios que acumulam águas advindas de outra sub-bacia, Banabuiú, e do Salgado. Seu baixo curso segue a depressão sertaneja tendo foz no Atlântico entre os municípios de Fortim e Aracati. O Jaguaribe possui hoje um percurso controlado por 80 reservatório de água e três transposições de bacias hidrográficas, grandes projetos que culminam os cem anos de obras de enfrentamentos às secas que consolidaram a Solução Hidráulica e a Vocação Agrícola como duas ideologias espaciais definidoras da atuação do Estado. Esse estudo analisa a formação territorial do Ceará a partir dos processos de controle territorial do Rio Jaguaribe, manuseia conceitos como Bacia Hidrográfica e Ciclo Hidrológico a partir de um viés territorial buscando entender a territorialização do capitalismo e a formação do Estado territorial. A pesquisa parte do pressuposto que é possível entender a dinâmica de produção da sociedade capitalista a partir das águas e objetiva mais especificamente analisar a dinâmica de realização dos rios na constituição das Geografias originárias nos sertões e a guerra como imperativo espacial da Geografia colonial; investigar os sentidos territoriais da colonialidade do poder e o lugar dos rios nos sertões como caminhos de entrada e instrumentos de reprodução da Geografia colonial; analisar as estratégias de gestão territorial do Jaguaribe como fundamento da formação do Estado territorial. O estudo conclui que os rios, no processo de expansão territorial da colonização, não foram mobilizados apenas como caminhos de entradas, a imposição de uma cognição da dinâmica desses pela Coroa foi fundamental para produzir uma sociedade colonial nos sertões. Para ocupar, sinalizar e ordenar o território, fundar na sequência vilas de índios, as primeiras vilas coloniais e consolidar extrações econômicas utilizando a força dos rios dominados, foi necessário instituir um novo regime de origem e criação desses rios fazendo com que suas águas movessem a expansão de uma outra razão de entendimento da natureza. O estudo analisa as guerras coloniais em suas dimensões produtivas e financeiras; consolidando- se como um instrumento de produção de riqueza no Novo Mundo, a conversão dos rios em mecânica de entradas só foi possível com a imposição de uma guerra contínua que fez dos aldeamentos e das primeiras vilas instrumentos territoriais de reelaboração do extermínio, confinamento e redução como instrumentos de territorialização do Estado e de formação da sociedade senhorial. Das entradas até a construção dos primeiros grandes açudes, o autor analisa como o controle e comportamento do Rio Jaguaribe se constituiu como um instrumento fundamental de gestão da força de trabalho e formação da ordem social latifundiária. |
publishDate |
2023 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-06-28T13:10:01Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-06-28T13:10:01Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2023-03-02 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
BRITO, Anderson Camargo Rodrigues. Rio Jaguaribe, das entradas aos açudes: a guerra como fundamento da formação territorial do Ceará. 2023. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51317 |
identifier_str_mv |
BRITO, Anderson Camargo Rodrigues. Rio Jaguaribe, das entradas aos açudes: a guerra como fundamento da formação territorial do Ceará. 2023. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023. |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51317 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Geografia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51317/4/TESE%20Anderson%20Camargo%20Rodrigues%20Brito.pdf.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51317/5/TESE%20Anderson%20Camargo%20Rodrigues%20Brito.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51317/1/TESE%20Anderson%20Camargo%20Rodrigues%20Brito.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51317/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51317/3/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
f793905cfef65be50eaa9fe289761428 9fc17ef7c178f0917ca6718cbb90edfa 74509ae5201102fd1db0b33b8fe8ef67 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310815284461568 |