Fotodegradação dos fármacos atenolol e propranolol empregando processos oxidativos avançados com diferentes fontes de ferro
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45004 |
Resumo: | Este trabalho estudou a eficiência dos POA fotoperoxidação (FP), Fenton e foto-Fenton (FF) para o tratamento da mistura dos fármacos atenolol e propranolol em solução aquosa (SA) e efluente sintético (ES). A influência do pH inicial da solução e as concentrações de H2O2 e de ferro utilizadas foram avaliadas a fim de determinar as melhores condições experimentais. Observou-se que, os POA homogêneos FP e FF, usando radiação UV-C, foram mais eficientes para a SA. Para FP, após 240 min, obteve-se degradações superiores a e 94,5% para os λ de 215 e 280 nm, respectivamente, enquanto o FF, após 300 min, atingiu superiores 97,4% de eficiência para estes λ, respectivamente. Visando reduzir o custo operacional o POA FF foi testado em reator LED, sendo obtidos 84,3 e 65,2% de degradação após 300 min, para 215 e 280 nm. A cinética de degradação para todos os sistemas apresentou bom ajuste ao modelo cinético proposto Chan e Chu com 0,96 ≤ R2 ≤0,99; enquanto o modelo de He et al. obteve 0,61≤ R2 ≤0,98. Os ensaios de toxicidade realizados com bactérias (E. coli e S. enteritidis), indicaram uma sensibilidade aos intermediários formados por estes POA. No entanto, os ensaios com sementes (agrião, cenoura e tomilho) mostraram que a SA tratada não apresentou toxicidade. Ainda para esta matriz, verificou-se que o tratamento via POA heterogêneo (com magnetita comercial) foi eficiente apenas para radiação UV-C, com 94,8 e 100% de degradação, para os λ de 215 e 280 nm, respectivamente; embora a fonte de Fe empregada não tenha apresentado alto grau de pureza. Os dados experimentais do FF/UV-C/magnetita demonstraram que a cinética reacional seguiu um modelo de pseudo-primeira ordem; adequando-se melhor ao modelo de Chan e Chu com valores de R2 ≥ 0,97. Para He et al. obteve-se R2 ≥ 0,77. A SA tratada via POA heterogêneo não apresentou toxicidade para as sementes supracitadas, no entanto influenciou negativamente no crescimento das bactérias. Ao avaliar o ES por espectrofotometria de ultravioleta/visível constatou-se um deslocamento do pico de 215 nm para 209 nm. Ao tratar esta matriz, percebe-se que entre os POA homogêneos o sistema foto-Fenton/UV-C foi mais eficiente, degradando 50,6 e 96,9% dos λ de 209 e 280 nm, respectivamente, após 250 min de reação. Por outro lado, ao fazer uso do FF/UV-C/magnetita, atingiu-se 52,9 e 99,5% de degradação para 209 e 280 nm, respectivamente. Foi constatado para os dois processos um bom ajuste ao modelo cinético de Chan e Chu com R2 ≥ 0,90. Os dados experimentais para este POA não puderam ser descritos pelo modelo de He et al. visto que para 209 nm 0,63 ≤ R2 ≤ 0,72. Para esta matriz não foi evidenciada presença de toxicidade após tratamento para os organismos analisados. Ressalta-se ainda, que através de análises cromatografia líquida de alta eficiência, foi evidenciada a completa degradação dos fármacos para as duas matrizes. Deste modo, pode-se afirmar que tratamentos selecionados demonstram uma eficiência na degradação dos fármacos. |
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Observou-se que, os POA homogêneos FP e FF, usando radiação UV-C, foram mais eficientes para a SA. Para FP, após 240 min, obteve-se degradações superiores a e 94,5% para os λ de 215 e 280 nm, respectivamente, enquanto o FF, após 300 min, atingiu superiores 97,4% de eficiência para estes λ, respectivamente. Visando reduzir o custo operacional o POA FF foi testado em reator LED, sendo obtidos 84,3 e 65,2% de degradação após 300 min, para 215 e 280 nm. A cinética de degradação para todos os sistemas apresentou bom ajuste ao modelo cinético proposto Chan e Chu com 0,96 ≤ R2 ≤0,99; enquanto o modelo de He et al. obteve 0,61≤ R2 ≤0,98. Os ensaios de toxicidade realizados com bactérias (E. coli e S. enteritidis), indicaram uma sensibilidade aos intermediários formados por estes POA. No entanto, os ensaios com sementes (agrião, cenoura e tomilho) mostraram que a SA tratada não apresentou toxicidade. Ainda para esta matriz, verificou-se que o tratamento via POA heterogêneo (com magnetita comercial) foi eficiente apenas para radiação UV-C, com 94,8 e 100% de degradação, para os λ de 215 e 280 nm, respectivamente; embora a fonte de Fe empregada não tenha apresentado alto grau de pureza. Os dados experimentais do FF/UV-C/magnetita demonstraram que a cinética reacional seguiu um modelo de pseudo-primeira ordem; adequando-se melhor ao modelo de Chan e Chu com valores de R2 ≥ 0,97. Para He et al. obteve-se R2 ≥ 0,77. A SA tratada via POA heterogêneo não apresentou toxicidade para as sementes supracitadas, no entanto influenciou negativamente no crescimento das bactérias. Ao avaliar o ES por espectrofotometria de ultravioleta/visível constatou-se um deslocamento do pico de 215 nm para 209 nm. Ao tratar esta matriz, percebe-se que entre os POA homogêneos o sistema foto-Fenton/UV-C foi mais eficiente, degradando 50,6 e 96,9% dos λ de 209 e 280 nm, respectivamente, após 250 min de reação. Por outro lado, ao fazer uso do FF/UV-C/magnetita, atingiu-se 52,9 e 99,5% de degradação para 209 e 280 nm, respectivamente. Foi constatado para os dois processos um bom ajuste ao modelo cinético de Chan e Chu com R2 ≥ 0,90. Os dados experimentais para este POA não puderam ser descritos pelo modelo de He et al. visto que para 209 nm 0,63 ≤ R2 ≤ 0,72. Para esta matriz não foi evidenciada presença de toxicidade após tratamento para os organismos analisados. Ressalta-se ainda, que através de análises cromatografia líquida de alta eficiência, foi evidenciada a completa degradação dos fármacos para as duas matrizes. Deste modo, pode-se afirmar que tratamentos selecionados demonstram uma eficiência na degradação dos fármacos.CAPESThis work studied the efficiency of the photoperoxidation (PP), Fenton and photo-Fenton (PF) AOP for the treatment of the mixture of the drugs atenolol and propranolol in aqueous solution (AS) and synthetic effluent (SE). The influence of the initial pH of the solution and the concentrations of H2O2 and iron used were evaluated in order to determine the best experimental conditions. It was observed that homogeneous PP and PF, applying UV-C radiation, were more efficient for the AS. For PP, after 240 min, higher degradation 94.4% were obtained for the λ of 215 and 280 nm, respectively, while PF, after 300 min, reached higher 97,4% efficiency for these λ, respectively. In order to reduce the operation costs, the PF AOP was tested in an LED reactor, with 84.3% and 65.2% of degradation after 300 min, for 215 and 280 nm. The degradation kinetics for all systems showed a good fit to the proposed kinetic model of Chan and Chu with 0.96 ≤ R2 ≤ 0.99; while the model by He et al. obtained 0.61 ≤ R2 ≤ 0.98. The toxicity tests carried out with bacteria (E. coli e S. enteritidis), indicated a sensitivity to the intermediates formed by these AOP. However, tests on seeds (watercress, carrots, and thyme) showed that the treated AS did not present toxicity. Also, for this matrix, it was found that the treatment by heterogeneous AOP (with commercial magnetite) was efficient only for UV-C radiation, with 94.8 and 100% degradation, for the λ of 215 and 280 nm, respectively. Although the source of Fe used did not present a high degree of purity. The experimental data of the FF/UV-C/magnetite demonstrated that the reaction kinetics followed a pseudo-first order model; adapting better to the Chan and Chu model with values of R2 ≥ 0.97. For He et al. an R2 ≥ 0.77 was obtained. The AS treated via heterogeneous AOP did not present toxicity to the aforementioned seeds, however it negatively influenced the growth of bacteria. When evaluating the SE by ultraviolet/visible spectrophotometry, a peak shift from 215 nm to 209 nm was detected. When treating this matrix, it can be seen that among homogeneous AOP the photo-Fenton/UV-C system more efficient, degrading 50.6% and 96.9% of 209 nm and 280 nm, respectively, after 250 min of reaction. On the other hand, when using PF/UV-C/magnetite, 52.9% and 99.5% degradation was reached for 209 and 280 nm, respectively. It was found for both processes a good fit to the kinetic model of Chan and Chu with R2 ≥ 0.90. The experimental data for this AOP could not be described by the model of He et al. whereas for 209 nm 0.63 ≤ R2 ≤ 0.72. For this matrix there was no evidence of toxicity after treatment for the analyzed organisms. It should be noted that through chromatographic analysis, the complete degradation of the drugs for the two matrices was evidenced. Thus, it can be said that selected treatments demonstrate an efficiency in the degradation of the drugs.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Engenharia QuimicaUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessEngenharia químicaFoto-fentonMagnetitaReações fotocatalíticasToxicidadeFotodegradação dos fármacos atenolol e propranolol empregando processos oxidativos avançados com diferentes fontes de ferroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Vanessa de Oliveira Marques Cavalcanti.pdfDISSERTAÇÃO Vanessa de Oliveira Marques Cavalcanti.pdfapplication/pdf1570433https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45004/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Vanessa%20de%20Oliveira%20Marques%20Cavalcanti.pdf16fce794f376af0445fd43a901c00d7fMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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Este trabalho estudou a eficiência dos POA fotoperoxidação (FP), Fenton e foto-Fenton (FF) para o tratamento da mistura dos fármacos atenolol e propranolol em solução aquosa (SA) e efluente sintético (ES). A influência do pH inicial da solução e as concentrações de H2O2 e de ferro utilizadas foram avaliadas a fim de determinar as melhores condições experimentais. Observou-se que, os POA homogêneos FP e FF, usando radiação UV-C, foram mais eficientes para a SA. Para FP, após 240 min, obteve-se degradações superiores a e 94,5% para os λ de 215 e 280 nm, respectivamente, enquanto o FF, após 300 min, atingiu superiores 97,4% de eficiência para estes λ, respectivamente. Visando reduzir o custo operacional o POA FF foi testado em reator LED, sendo obtidos 84,3 e 65,2% de degradação após 300 min, para 215 e 280 nm. A cinética de degradação para todos os sistemas apresentou bom ajuste ao modelo cinético proposto Chan e Chu com 0,96 ≤ R2 ≤0,99; enquanto o modelo de He et al. obteve 0,61≤ R2 ≤0,98. Os ensaios de toxicidade realizados com bactérias (E. coli e S. enteritidis), indicaram uma sensibilidade aos intermediários formados por estes POA. No entanto, os ensaios com sementes (agrião, cenoura e tomilho) mostraram que a SA tratada não apresentou toxicidade. Ainda para esta matriz, verificou-se que o tratamento via POA heterogêneo (com magnetita comercial) foi eficiente apenas para radiação UV-C, com 94,8 e 100% de degradação, para os λ de 215 e 280 nm, respectivamente; embora a fonte de Fe empregada não tenha apresentado alto grau de pureza. Os dados experimentais do FF/UV-C/magnetita demonstraram que a cinética reacional seguiu um modelo de pseudo-primeira ordem; adequando-se melhor ao modelo de Chan e Chu com valores de R2 ≥ 0,97. Para He et al. obteve-se R2 ≥ 0,77. A SA tratada via POA heterogêneo não apresentou toxicidade para as sementes supracitadas, no entanto influenciou negativamente no crescimento das bactérias. Ao avaliar o ES por espectrofotometria de ultravioleta/visível constatou-se um deslocamento do pico de 215 nm para 209 nm. Ao tratar esta matriz, percebe-se que entre os POA homogêneos o sistema foto-Fenton/UV-C foi mais eficiente, degradando 50,6 e 96,9% dos λ de 209 e 280 nm, respectivamente, após 250 min de reação. Por outro lado, ao fazer uso do FF/UV-C/magnetita, atingiu-se 52,9 e 99,5% de degradação para 209 e 280 nm, respectivamente. Foi constatado para os dois processos um bom ajuste ao modelo cinético de Chan e Chu com R2 ≥ 0,90. Os dados experimentais para este POA não puderam ser descritos pelo modelo de He et al. visto que para 209 nm 0,63 ≤ R2 ≤ 0,72. Para esta matriz não foi evidenciada presença de toxicidade após tratamento para os organismos analisados. Ressalta-se ainda, que através de análises cromatografia líquida de alta eficiência, foi evidenciada a completa degradação dos fármacos para as duas matrizes. Deste modo, pode-se afirmar que tratamentos selecionados demonstram uma eficiência na degradação dos fármacos. |
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