Neuromodulação guiada por análise de biomarcadores corticais em pessoas com doença de Parkinson

• Autor(a) principal: NASCIMENTO, Lívia Shirahige Gomes do
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
• dARK ID: ark:/64986/0013000012mm7
• Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43287
• topic: Estimulação magnética transcraniana; Doença de Parkinson; letroencefalografia; Fisioterapia

Pode-se observar fenótipos da doença de Parkinson (DP), com características clínicas distintas, podendo se destacar o tremor-dominante (TD) e o de instabilidade postural com dificuldade na marcha (PIGD). Entender o padrão eletrofisiológico de atividade cortical (AC) encontrado em cada fenótipo da DP pode ser fundamental para indicação de intervenções terapêuticas mais eficazes para esta população. Uma compreensão mais aprofundada da AC em pessoas com DP que pode estar diretamente ligada ao prognóstico e às características da doença pode ser relevante, por exemplo, para guiar os profissionais da saúde quanto ao uso terapêutico das estimulações cerebrais não invasivas (ECNIs) nesta população, técnicas seguras e de fácil aplicação, já estudadas para a população de DP. Dentre as ECNIs, a estimulação magnética transcraniana repetitiva (rTMS) possui grau de recomendação para a diminuição de sintomas da DP. Dessa forma, o estudo se propõe a avaliar a influência de características clínicas na AC em pessoas com DP e compará-los aos saudáveis, além de avaliar biomarcadores de prognóstico terapêutico para diferentes protocolos de rTMS associado a fisioterapia nos sintomas da DP. Para a elaboração da seguinte tese foram realizados três estudos: (i) uma revisão sistemática que teve como hipótese principal que a avaliação da AC por EEG pode ser uma maneira de detectar biomarcadores corticais sensório-motores em pessoas com DP; (ii) um estudo transversal cuja hipótese foi que pessoas com diferentes fenótipos da DP possuem padrões de AC distintos, quando comparados entre eles e com adultos sem DP e (iii) um ensaio clínico, cuja hipótese foi que os fenótipos da doença e as características eletrofisiológicas iniciais dos voluntários são biomarcadores preditores de resposta a diferentes protocolos de rTMS. A partir dos resultados encontrados na seguinte tese, foi observado que a desaceleração das ondas corticais avaliadas por EEG pode ser um fenômeno fisiológico mais comumente encontrado na DP. Foi indicado também que ambos os fenótipos da DP apresentam “lentificação cortical” (pessoas com fenótipo TD apresentam esta característica durante o repouso, enquanto aqueles com fenótipo PIGD apresentam “lentificação” mais marcante durante o movimento). Por fim, foi indicado que o fenótipo da DP parece não ser um biomarcador clínico para a resposta terapêutica à rTMS. No entanto, alterações nas atividades cerebrais basais associadas à DP podem ser capazes de predizer possíveis respondedores a rTMS, de uma maneira frequência-dependente.